1. Bendize, ó minha alma, o Senhor! Senhor, meu Deus, vós sois imensamente grande! De majestade e esplendor vos revestis,*

1. ipsi David benedic anima mea Domino Domine Deus meus magnificatus es vehementer confessionem et decorem induisti

2. envolvido de luz como de um manto. Vós estendestes o céu qual pavilhão,

2. amictus lumine sicut vestimento extendens cælum sicut pellem

3. acima das águas fixastes vossa morada. De nuvens fazeis vosso carro, andais nas asas do vento;

3. qui tegis in aquis superiora ejus qui ponis nubem ascensum tuum qui ambulas super pinnas ventorum

4. fazeis dos ventos os vossos mensageiros, e dos flamejantes relâmpagos vossos ministros.*

4. qui facis angelos tuos spiritus et ministros tuos ignem urentem

5. Fundastes a terra em bases sólidas que são eternamente inabaláveis.

5. qui fundasti terram super stabilitatem suam non inclinabitur in sæculum sæculi

6. Vós a tínheis coberto com o manto do oceano, as águas ultrapassavam as montanhas.

6. abyssus sicut vestimentum amictus ejus super montes stabunt aquæ

7. Mas à vossa ameaça elas se afastaram, ao estrondo de vosso trovão estremeceram.

7. ab increpatione tua fugient a voce tonitrui tui formidabunt

8. Elevaram-se as montanhas, sulcaram-se os vales nos lugares que vós lhes destinastes.

8. ascendunt montes et descendunt campi in locum quem fundasti eis

9. Estabelecestes os limites, que elas não hão de ultrapassar, para que não mais tornem a cobrir a terra.*

9. terminum posuisti quem non transgredientur neque convertentur operire terram

10. Mandastes as fontes correr em riachos, que serpeiam por entre os montes.

10. qui emittis fontes in convallibus inter medium montium pertransibunt aquæ

11. Ali vão beber os animais dos campos, neles matam a sede os asnos selvagens.

11. potabunt omnes bestiæ agri expectabunt onagri in siti sua

12. Os pássaros do céu vêm aninhar em suas margens, e cantam entre as folhagens.

12. super ea volucres cæli habitabunt de medio petrarum dabunt vocem

13. Do alto de vossas moradas derramais a chuva nas montanhas, do fruto de vossas obras se farta a terra.

13. rigans montes de superioribus suis de fructu operum tuorum satiabitur terra

14. Fazeis brotar a relva para o gado, e plantas úteis ao homem, para que da terra possa extrair o pão

14. producens fænum jumentis et herbam servituti hominum ut educas panem de terra

15. e o vinho que alegra o coração do homem, o óleo que lhe faz brilhar o rosto e o pão que lhe sustenta as forças.

15. et vinum lætificat cor hominis ut exhilaret faciem in oleo et panis cor hominis confirmat

16. As árvores do Senhor são cheias de seiva, assim como os cedros do Líbano que ele plantou.

16. saturabuntur ligna campi et cedri Libani quas plantavit

17. Lá constroem as aves os seus ninhos, nos ciprestes a cegonha tem sua casa.

17. illic passeres nidificabunt erodii domus dux est eorum

18. Os altos montes dão abrigo às cabras, e os rochedos aos arganazes.

18. montes excelsi cervis petra refugium erinaciis

19. Fizestes a lua para indicar os tempos; o sol conhece a hora de se pôr.

19. fecit lunam in tempora sol cognovit occasum suum

20. Mal estendeis as trevas e já se faz noite, entram a rondar os animais das selvas.

20. posuisti tenebras et facta est nox in ipsa pertransibunt omnes bestiæ silvæ

21. Rugem os leõezinhos por sua presa, e pedem a Deus o seu sustento.

21. catuli leonum rugientes ut rapiant et quærant a Deo escam sibi

22. Mas se retiram ao raiar do sol, e vão se deitar em seus covis.

22. ortus est sol et congregati sunt et in cubilibus suis conlocabuntur

23. É então que o homem sai para o trabalho, e trabalha sem descanso até o entardecer.

23. exibit homo ad opus suum et ad operationem suam usque ad vesperum

24. Ó Senhor, quão variadas são as vossas obras! Feitas, todas, com sabedoria, a terra está cheia das coisas que criastes.

24. quam magnificata sunt opera tua Domine omnia in sapientia fecisti impleta est terra possessione tua

25. Eis o mar, imenso e vasto, onde, sem conta, se agitam animais grandes e pequenos.

25. hoc mare magnum et spatiosum manibus illic reptilia quorum non est numerus animalia pusilla cum magnis

26. Nele navegam as naus e o Leviatã que criastes para brincar nas ondas.*

26. illic naves pertransibunt draco iste quem formasti ad inludendum ei

27. Todos esses seres esperam de vós que lhes deis de comer em seu tempo.

27. omnia a te expectant ut des illis escam in tempore

28. Vós lhes dais e eles o recolhem; abris a mão, e se fartam de bens.

28. dante te illis colligent aperiente te manum tuam omnia implebuntur bonitate

29. Se desviais o rosto, eles se perturbam; se lhes retirais o sopro, expiram e voltam ao pó donde saíram.

29. avertente autem te faciem turbabuntur auferes spiritum eorum et deficient et in pulverem suum revertentur

30. Se enviais, porém, o vosso sopro, eles revivem e renovais a face da terra.

30. emittes spiritum tuum et creabuntur et renovabis faciem terræ

31. Ao Senhor, glória eterna; alegre-se o Senhor em suas obras!

31. sit gloria Domini in sæculum lætabitur Dominus in operibus suis

32. Ele, cujo olhar basta para fazer tremer a terra, e cujo contato inflama as montanhas.*

32. qui respicit terram et facit eam tremere qui tangit montes et fumigant

33. Enquanto viver, cantarei à glória do Senhor, salmodiarei o meu Deus enquanto existir.

33. cantabo Domino in vita mea psallam Deo meo quamdiu sum

34. Possam minhas palavras lhe ser agradáveis! Minha única alegria se encontra no Senhor.

34. jucundum sit ei eloquium meum ego vero delectabor in Domino

35. Sejam tirados da terra os pecadores e doravante desapareçam os ímpios. Bendize, ó minha alma, o Senhor! Aleluia.

35. deficiant peccatores a terra et iniqui ita ut non sint benedic anima mea Domino

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Por que a tentação passada deixa na alma uma certa perturbação? perguntou um penitente a Padre Pio. Ele respondeu: “Você já presenciou um tremor de terra? Quando tudo estremece a sua volta, você também é sacudido; no entanto, não necessariamente fica enterrado nos destroços!” São Padre Pio de Pietrelcina