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O Papa exorta a servir sem pedir nada em troca, como fez Jesus

VATICANO, 24 Jun. 13 / 10:33 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao receber ontem pouco antes do meio-dia aos membros da Associação dos Santos Pedro e Paulo, o Papa Francisco os felicitou por seu trabalho de voluntariado e assinalou que é “formoso” o “servir sem pedir nada em troca, como fez Jesus. Jesus serviu a todos nós e não pediu nada em troca!”.

Entre os membros da Associação dos Santos Pedro e Paulo figuram profissionais, artesãos, estudantes, professores e empregados católicos, que vivem em Roma e dedicam um tempo a iniciativas de voluntariado, dando testemunho de sua vida cristã, apostolado e fidelidade à Sé Apostólica.

Francisco assinalou que “é um sinal distintivo do cristão” particularmente “a caridade, a atenção concreta para com os outros, para com os pobres, frágeis e necessitados”.

“Vocês têm também um intenso programa de formação dos aspirantes e dos jovens estudantes que querem participar da vida da Associação. Crescer na consciência e no amor de Deus é essencial para levar e para viver a sua misericórdia a todos, vendo no rosto de quem encontramos a sua Face”.

O Papa assinalou que “por tudo isto, desejo exprimir-vos o meu apreço e a minha gratidão”.

“Isto é belo: servir sem pedir nada em troca, como fez Jesus. Jesus serviu a todos nós e não pediu nada em troca! Jesus fez as coisas com gratuidade e vocês fazem as coisas com gratuidade.”.

O Santo Padre assinalou que a recompensa “é propriamente esta: a alegria de servir ao Senhor e de fazê-lo juntos!”.

“Conheçam-No sempre mais, com a oração, com os dias de retiro, com a meditação sobre a Palavra, com o estudo do Catecismo, para amá-Lo sempre mais e servi-Lo com coração generoso e grande, com magnanimidade”, concluiu.

O Papa convida a “perder a vida por Cristo”, cumprindo o próprio dever com amor

Papa Francisco

Vaticano, 23 Jun. 13 / 03:17 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à reza do Ângelus, perante os milhares de reunidos na Praça de São Pedro, o Papa Francisco exortou a “‘perder a vida’ por Cristo, cumprindo o próprio dever com amor”.

O Santo Padre assinalou que “no Evangelho deste domingo ressoa uma das palavras mais incisivas de Jesus: ‘Quem quer salvar sua vida, a perderá; mas quem perde sua vida por mim, esse a salvará’”.

“Aqui há uma síntese da mensagem de Cristo, e está expressa com um paradoxo muito eficaz, que nos faz conhecer seu modo de falar, quase nos faz sentir sua voz”.

O Papa explicou que “perder a vida por causa de Jesus” pode “acontecer de duas maneiras explicitamente confessando a fé, ou implicitamente defendendo a verdade”.

“Os mártires são o máximo exemplo do perder a vida por Cristo. Em dois mil anos são uma fila imensa de homens e mulheres que sacrificaram sua vida por permanecer fiéis a Jesus Cristo e a seu Evangelho. E hoje, em muitas partes do mundo são tantos, tantos, mais que nos primeiros séculos, tantos mártires que dão sua vida por Cristo”.

Francisco remarcou que “esta é nossa Igreja, hoje temos mais mártires que nos primeiros séculos. Mas também está o martírio cotidiano, que não comporta a morte, mas que também é um ‘perder a vida’ por Cristo, cumprindo o próprio dever com amor, segundo a lógica de Jesus, a lógica da doação, do sacrifício”.

“Pensemos: quantos pais e mães cada dia põem em prática sua fé oferecendo concretamente sua própria vida pelo bem da família! Pensemos nisto. Quantos sacerdotes, religiosos e religiosas desenvolvem com generosidade seu serviço pelo Reino de Deus! Quantos jovens renunciam a seus próprios interesses para dedicar-se às crianças, aos deficientes, aos anciãos…! Também estes são mártires, mártires cotidianos, mártires da cotidianidade!”.

O Santo Padre recordou que “há tantas pessoas, cristãos e não cristãos, que “perdem sua própria vida’ pela verdade. E Cristo afirmou ‘eu sou a verdade’, portanto, quem serve a verdade serve Cristo”.

“Uma destas pessoas, que deu sua vida pela verdade é João, o Batista: precisamente amanhã, 24 de junho, é sua festa grande, a solenidade de seu nascimento”.

O Papa indicou que “João foi eleito por Deus para ir diante de Jesus a preparar seu caminho, e o indicou ao povo de Israel como o Messias, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. João se consagrou completamente a Deus e a seu enviado, Jesus. Mas ao final, o que aconteceu?, morreu por causa da verdade, quando denunciou o adultério do rei Herodes”.

“Quantas pessoas pagam a caro o preço o compromisso pela verdade! Quantos homens retos preferem ir contracorrente, com tal de não renegar a voz da consciência, a voz da verdade!”.

Francisco também pediu aos jovens que “não tenham medo de ir contracorrente”.

“Quando queiram roubar-lhes a esperança, quando lhe proponham estes valores que são valores decompostos, valores como comida decomposta; quando um alimento está estragado ele nos faz mal… Estes valores nos fazem mal e por isso devemos ir contracorrente”.

“E vocês jovens são os primeiros que devem ir contracorrente. E ter esta dignidade de ir precisamente contracorrente. Daqui em diante, sejam valentes e vão contracorrente! E estejam orgulhosos de fazê-lo”.

O Papa exortou os fiéis a receberem “com alegria esta palavra de Jesus. É uma regra de vida proposta a todos. E que São João Batista nos ajude a pô-la em prática”.

“Por este caminho nos precede, como sempre, nossa Mãe, Maria Santíssima: ela perdeu sua vida por Jesus, até a Cruz, e a recebeu em plenitude, com toda a luz e a beleza da Ressurreição. Que Maria nos ajude a fazer cada vez mais nossa a lógica do Evangelho”, concluiu.

Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele, diz o Papa Francisco

VATICANO, 07 Jun. 13 / 02:38 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco disse na Missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta, no marco da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que o mais difícil é deixar-se amar por Deus. O Pontífice destacou que Jesus nos amou não com palavras, mas com obras e com sua vida, e definiu que esta solenidade é “a festa do amor” de um “coração que amou tanto”.

Em outra passagem, expressou: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

“Deixar-se amar com ternura pelo Senhor é difícil, mas é o que devemos pedir a Deus”, expressou o Papa. Disse também que o amor de Cristo “é um amor que se manifesta mais nas obras do que nas palavras e é, sobretudo, mais dar do que receber”, expressou o Santo Padre, que também ressaltou que estes dois critérios –o dar e o receber– são como as colunas do verdadeiro amor.

“E é o Bom Pastor quem em tudo representa o amor de Deus. Ele conhece suas ovelhas uma a uma, porque o amor não é um amor abstrato ou geral: é amor para cada um”, expressou.

O Papa insistiu em que Deus se faz próximo por amor, caminha com seu povo e este caminhar chega a um ponto que é inimaginável: “é difícil imaginar que o mesmo Senhor se faz um de nós e caminha conosco, fica conosco, fica com sua Igreja, fica na Eucaristia, fica na sua Palavra, fica nos pobres, fica conosco caminhando. Esta é a proximidade: o pastor próximo ao seu rebanho, próximo a suas ovelhas, que conhece uma a uma”.

Citando uma passagem do livro do profeta Ezequiel, ressaltou outro aspecto do amor de Deus. Francisco enfocou sua reflexão no cuidado pela ovelha perdida e por aquela ferida e doente: “Ternura! O Senhor nos ama com ternura. O Senhor conhece aquela bela ciência dos carinhos, a ternura de Deus. Não nos ama com as palavras. Ele se aproxima e nos dá o amor com ternura”.

“Proximidade e ternura! –continuou–. Estas duas formas de amor do Senhor que se faz próximo e dá todo seu amor também nas pequenas coisas: com a ternura. E este é um amor forte, porque proximidade e ternura nos fazem ver a fortaleza do amor de Deus”.

“Vocês amam como eu vos amei?”, perguntou aos presentes. Francisco sublinhou que o amor deve fazer-se próximo do outro, “como o amor do bom samaritano”, e particularmente sob o sinal da proximidade e da ternura. Como restituir o amor do Senhor pelos homens? A fórmula que deu o pontífice foi: “Amando-o, fazendo-se próximo a Ele, sendo terno com Ele”.

Não obstante, adicionou que isto não é suficiente: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

Francisco assinalou que a maneira de retribuir tanto amor “é abrir o coração e deixar-se amar”, e assim, deixar que Deus se faça próximo de nós: “deixar que Ele se faça terno, que nos acaricie. É tão difícil deixar-nos amar por Ele. Talvez isso seja o que devemos pedir hoje na Missa”.

Francisco concluiu convidando os presentes a rezar por meio de suas palavras: “Senhor, eu quero te amar, mas ensina-me a difícil ciência, o difícil hábito de me deixar amar por Ti, de te sentir próximo e de te sentir terno! Que o Senhor nos dê esta graça!”.

EUA: Caso do jogador de basquete da NBA homossexual rompe o mito do “gene gay”

Jason Collins na capa da Sports Illustrated

BOSTON, 06 Mai. 13 / 09:00 am (ACI/EWTN Noticias).- O caso do Jason Collins, jogador famoso do time de basquete americano Boston Celtics, quem admitiu sua homossexualidade na edição da revista Sports Illustrated que sairá à venda em 6 de maio, confirma que não existe o “gene gay”, pois tem um irmão gêmeo que não é homossexual, indicou a psiquiatra peruana Maíta García Trovato.

Depois da revelação, publicada em 29 de abril no site da revista, Collins recebeu a felicitação de diversas personalidades, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o ex-presidente Bill Clinton, entre outros.

Para a Dra. García Trovato, em um comentário publicado no seu perfil da rede social Facebook, a notícia da homossexualidade do esportista não teria maior importância “salvo por um detalhe que passou despercebido”, embora seja importante: Jason Collins “tem um irmão gêmeo que não é gay”, fazendo referência ao também jogador de basquete Jarron Collins.

“O assunto dos gêmeos univitelinos sempre foi uma problema para o lobby homossexual ansioso por encontrar o ‘gene gay’ que normalize a homossexualidade, pois esta seria assim inata”, assinalou a médico psiquiatra.

Porém, “os gêmeos idênticos invariavelmente defraudaram o ‘gene gay’”.

A doutora assinalou que “por compartilhar sua dotação genética, caso um fosse homossexual, ambos deveriam”, mas evidentemente “não é assim”, tal como evidência o caso do Jason Collins.

García Trovato indicou também que “estudos realizados há muito tempo sobre esse tipo de gêmeos evidenciam que ocorrem casos de homossexualidade em ambos somente quando viveram juntos durante toda sua vida em um mesmo ambiente”.

“Quando por circunstâncias excepcionais os gêmeos monozigóticos foram criados separados, nunca ocorreu a homossexualidade simultânea em ambos”, indicou.

A conclusão a esta evidência, assinalou a psiquiatra, é que “a homossexualidade é um transtorno da personalidade que a pessoa adquire, mas do qual também pode sair”.

Infelizmente, assinalou, devido às pressões do lobby gay sobre a comunidade científica, a homossexualidade é o único transtorno da personalidade sobre o que “se declararam oficialmente proibidas todas as terapias, em tempos de tanto progresso médico a fim de ‘voltar’”.

“Embora provavelmente Barack Obama não o felicite”, em caso de deixar a homossexualidade, assegurou.

Autoridade da cúria romana explica por que Bento XVI é um dos grandes pensadores deste tempo

Dom Gerhard Ludwig Müller

Vaticano, 16 Jan. 13 / 10:47 am (ACI/EWTN Noticias).- O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Gerhard Ludwig Müller, afirmou que há muito poucas pessoas no mundo que possuam a profundidade de pensamento do Papa Bento XVI e explicou que isto se deve a toda sua experiência de vida.

Dom Müller fez estas declarações em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano depois de apresentar o livro “Expandindo o horizonte da razão”,  uma obra que recolhe os trabalhos e reflexões do Papa Ratizinger ao longo de toda sua vida.

“É um dos poucos homens que há com um horizonte tão amplo: conhece o desenvolvimento da filosofia na Europa, desde os gregos, os romanos, e para terminar com os filósofos modernos. Conhece também a história da Igreja, as perguntas e os desafios que se antepõem às ciências naturais de hoje em dia. Conheço poucas pessoas que tenham esta profundidade de pensamento, tão necessário hoje em dia”, disse a autoridade vaticana.

Dom Müller, quem também é presidente da Pontifícia Comissão “Ecclesia Dei”, da Comissão Teológica Internacional e da Pontifícia Comissão Bíblica, assinalou também que o Santo Padre é um grande pensador, mas além disso, tem a grande capacidade de falar com um homem simples.

“Por isso, é necessário e muito importante que todos os teólogos sejam pastores, que se dirijam a todos os homens, porque Deus não ama só os intelectuais, as pessoas que são grandes gênios, mas todos os homens”, acrescentou.

Explicou que o Papa tem feito um comprido caminho em sua vida e em suas reflexões. “Começou aos 15 anos. Hoje tem 85: assim são 70 anos de reflexão profunda e de meditação. houve muitas experiências em sua vida: de jovem viveu a experiência do nacionalismo e do fascismo, da guerra, de vários eventos de sua vida humana… Mas isso, nunca foi um intelectual que vive em sua torre de marfim, se não que tiver presente a vida de todos os homens, e está profundamente inserido  na história do século XXI”.

“Digamos que Jesus Cristo é o Verbo de Deus, mas quando veio ao mundo falou de maneira muito singela, ao coração de todos os homens. Falou com os fariseus, aos grandes intelectuais de seu mundo, de seu tempo, mas sempre testemunhou o grande respeito que Deus tem por todos os homens”, acrescentou.

Por último, em relação à incursão do Santo Padre no mundo das redes sociais, mais concretamente no Twitter –com a conta @Pontifex_pt-, Dom Müller considerou que “assim como a fé e a Revelação são maneiras que Deus usa para comunicar-se conosco. Através destes meios de comunicação podemos comunicar, não de maneira ideológica –quer dizer, querer influenciar às pessoas contra sua razão-, a não ser para ter um diálogo aberto à verdade”.

“Só a Verdade, pode salvar os homens, não a propaganda”, concluiu.

Bento XVI: Jesus é a alegria de Maria e a alegria da Igreja

Papa Bento XVI

VATICANO, 10 Dez. 12 / 01:18 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na tradicional homenagem a Maria Imaculada, realizada no dia 8 de dezembro na Praça da Espanha, no centro de Roma, o Papa Bento XVI remarcou que “Jesus é a alegria de Maria e a alegria da Igreja“.

O Santo Padre assinalou que “a alegria de Maria é plena, porque não há sombra de pecado no seu coração. Esta alegria coincide com a presença de Jesus em sua vida: Jesus concebido e levado no seu ventre e quando criança confiado a seus cuidados maternais, adolescente, jovem e homem maduro. Jesus que sai de casa, seguido a distancia com a fé até a Cruz e a Ressurreição”.

Bento XVI assinalou que Maria Imaculada “nos fala da alegria, a verdadeira alegria que se experimenta no coração liberado do pecado”.

Enquanto que “o pecado traz consigo uma tristeza negativa, que nos induz a fechar-nos em nós mesmos”, assinalou o Papa, “a Graça traz a verdadeira alegria que não depende de possuir coisas, mas tem suas raízes no mais íntimo, no mais profundo da pessoa, e que nada, nem ninguém pode tirar”.

“O cristianismo é essencialmente um ‘evangelho’, uma ‘boa notícia’, porém alguns pensam que é um obstáculo à alegria, já que vêem nele uma série de proibições e regras”.

O Santo Padre remarcou que “na realidade, o cristianismo é o anúncio da vitória da Graça sobre o pecado, da vida sobre a morte”.

Se isto “implica alguns sacrifícios e disciplina da mente, do coração e do comportamento”, explicou o Papa, “é precisamente porque no homem há a raiz venenosa do egoísmo, que prejudica a si mesmo e aos demais, portanto, devemos aprender a dizer não à voz do egoísmo e sim à voz do amor autêntico”.

Bento XVI também indicou que sempre é motivo de surpresa e reflexão “o fato de que o momento decisivo para o futuro da humanidade, o momento em que Deus se fez homem, esteja rodeado de um grande silêncio”.

“O encontro entre o mensageiro divino e a Virgem Imaculada passa totalmente despercebido: ninguém sabe, ninguém fala disso. É um acontecimento que, se tivesse acontecido em nosso tempo, não deixaria rastro nos jornais e nas revistas, porque é um mistério que acontece no silêncio”.

O Santo Padre sublinhou que “o que é realmente grande frequentemente passa despercebido e o silêncio aprazível se revela mais frutífero que a frenética agitação que caracteriza nossas cidades, mas que – com as devidas proporções – esta agitação já era vivida nas grandes cidades de então, como Jerusalém”.

Esta agitação, explicou o Papa, corresponde “àquele ativismo que nos impede de parar, estar tranquilos para escutar o silêncio no qual o Senhor nos deixa ouvir sua voz discreta”.

“Maria, no dia que recebeu o anúncio do Anjo, estava com uma atitude de recolhimento e ao mesmo tempo aberta à escuta de Deus. Nela não havia obstáculo algum, nada que a separasse de Deus”.

Bento XVI assinalou que “este é o significado do seu ser sem pecado original: sua relação com Deus está livre da mais mínima imperfeição, não há separação, não há sombra de egoísmo, mas sim uma sintonia perfeita: seu pequeno coração humano está perfeitamente ‘centrado’ no grande coração de Deus”.

“A voz de Deus não pode ser reconhecida no ruído e na agitação; seu desenho na nossa vida pessoal e social não se percebe ficando na superfície, mas indo a um nível mais profundo, onde as forças não são de índole econômica ou política, mas morais e espirituais. É ali, onde Maria nos convida a ir e a sintonizar com a ação de Deus”.

Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo

Fonte: Apologistas Católicos

Muitos protestantes dizem que os livros deuterocanônicos são apócrifos. Em outras palavras, para eles esses livros não são Escritura e inspirados por Deus. Uma das razões para isso,  é que dizem que não haviam profetas em qualquer um desses livros, eis alguns exemplos:

Ron Rhodes, em seu livro, “Reasoning from the Scriptures with Catholics”, p. 33 escreve:

Além disso, nenhum livro apócrifo foi escrito por um verdadeiro profeta ou apóstolo de Deus … Além disso, nenhum livro apócrifo contém profecia preditiva, que teria servido para confirmar a inspiração divina.”

Norman Geisler e Ralph E. em “Roman Catholics and Evangelicals: Agreements and Differences” p. 167, escreve:

Há fortes evidências de que os livros apócrifos não são proféticos. Mas desde que profecia é o teste para canonicidade, isso elimina os apocrifos do cânon

É bem dificil acreditar que qualquer um deles tenha estabelecido o cânon das escrituras, usando o teste de que para  que um livro fosse inspirado,  tivesse que conter uma profecia, primeiro eles teriam que provar que profecia o livro de Ester, Rute e etc.. contém.

No entanto, apesar da alegaçào protestante no Livro da Sabedoria capítulo 2 versículos de 12-20 é uma das mais claras passagens que contem uma profecia e apontam para uma pessoa que iria chamar-se Filho de Deus, que seria condenado à morte por pessoas invejosas. O texto diz:

12. Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação. 13. Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;14. ele se tornou acusador de nossos pensamentos, basta vê-lo para nos importunarmos; 15. sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.16. Ele nos tem em conta de bastardos; de nossas vias se afasta, como se contaminassem. Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de ter a Deus por pai. 17. Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim.18. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. 19.  Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. 20. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 12 – 20)

Estas profecias acima só são encontradas no capítulo 2 da Sabedoria. Vamos verso a verso, cameçando pelo versículo 12: 

Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação.” (Sabedoria 2, 12)

Um homem justo que censurar os líderes e sua educação. Vejamos como isso se cumpre em Jesus:

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas […] Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus23, 23.27-28)

Moisés não vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós pratica a Lei. Por que procurais matar-me?” A multidão respondeu: “‘Tens um demônio. Quem procura matar-te?’” (João 7, 19-20)

Jesus, como em Sabedoria 2, 12, é um homem justo, na verdade, perfeitamente justo. Ele condena os escribas como infratores da lei, os chama de hipocritas e  ‘repreendeu-os por suas faltas conta a lei’ como em Mateus 23, 27-28. Ele os chama de infratores, e ele diz que tentarão matá-lo… Sabedoria 2, 12, fala também de homens à espreita para pegar o justo e em Mateus 26, 3 – 4 vemos os sumos sacerdotes e os anciãos fazendo o seguinte:  

Então os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo congregaram-se no pátio do Sumo Sacerdote, que se chamava Caifás, e decidiram juntos que prenderiam a Jesus por um ardil e o matariam.” (Mateus 26, 3-4)

Ele foi recebido como um rei pelo povo (João 12, 12-15) e por isso os governantes não poderiam fazer isso durante o dia. Jesus repreendeu-os pela quebra da lei, e os acusou de hipocrisia, então os líderes religiosos se ofenderam. O que Jesus faz para os deixarem assim? Ele expôs a sua hipocrisia. Ele os chama de infratores da lei, e que não mantem o coração da lei, como as passagens acima mostram.

Vejamos o versículo seguinte, Sabedoria 2, 13:

“Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;” (Sabedoria 2, 13)

O homem justo afirma ter conhecimento de Deus, e de fato ele tem o conhecimento exclusivo de Deus. Ele professa ser um filho de Deus. Vejamos o que diz o evangelho:

e vós não o conheceis, mas eu o conheço; e se eu dissesse ‘Não o conheço’, seria mentiroso, como vós. Mas eu o conheço e guardo sua palavra” (João 8, 55)

Jesus conhece o Pai, de uma maneira única, o conhece melhor do que seus adversários, e também os chama de seguidores do diabo (Jo 8, 44).

Como mostra a Sabedoria 2, 13, ele diz ser filho de Deus, como ele se refere a Seu Pai. Jesus se refere a seu Pai, muitas vezes, como “Meu Pai” (Ver João 8, 38, 49, 54, 10, 19, 25, 29, etc), significando uma relação especial com Deus, o Pai. Ele chama a si mesmo de Filho de Deus , João 3, 18:

Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho único de Deus.(João 3, 18)

Vejamos também como ele se refere a si mesmo como o Filho de Deus em João 5, 25

Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora — e é agora — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que o ouvirem, viverão.” (João 5, 25)

Ele se auto denomina Filho de Deus, justamente como a Sabedoria 2, 13 predisse.

Vamos ao próximo versículo em Sabedoria 2, 14:

“ele se tornou acusador de nossos pensamentos…”(Sabedoria 2, 14)

O novo testamento relata:

Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: ‘Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações?’”  (Mateus 9, 4)

Os escribas e os fariseus observavam-no para ver se ele o curaria no sábado, e assim encontrar com que o acusar. Ele, porém, percebeu seus pensamentos e disse ao homem da mão atrofiada: ‘Levanta-te e fica de pé no meio de todos’. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus lhes disse: ‘Eu vos pergunto se, no sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou arruiná-la’. Correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: ‘Estende a mão’. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal. Eles, porém, se enfureceram e combinavam o que fariam a Jesus.” (Lucas 6, 7-11)

Jesus leu os pensamentos de seus acusadores, repreendeu-os por esses pensamentos, e eles reagiram conspirarando para destruir Jesus.

Vamos dar uma olhada no próximo versículo Sabedoria 2, 15:

 “… basta vê-lo para nos importunarmos; sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.”

O homem justo não fará como outros líderes “religiosos” fizeram. Vejamos o evangelho:

Nesse tempo, chegaram-se a Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e disseram: “Por que os teus discípulos violam a tradição dos antigos? Pois que não lavam as mãos quando comem”. Ele respondeu-lhes: ‘E vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e Aquele que maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. Vós, porém, dizeis: Aquele que disser ao pai ou à mãe ‘Aquilo que de mim poderias receber foi consagrado a Deus’, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição.

Como a Sabedoria 2 previa, ele não seguiu a falsa tradição dos fariseus, e eles viram suas ações como estranhas. Ele curou no sábado, e que foi ‘estranho’ a eles:

E entrou de novo na sinagoga, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. E o observavam para ver se o curaria no sábado, para o acusarem. Ele disse ao homem da mão atrofiada: “Levanta-te e vem aqui para o meio”. E perguntou-lhes: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matar?” Eles, porém, se calavam. Repassando estão sobre eles um olhar de indignação. E entristecido pela dureza do coração deles, disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu, e sua mão estava curada. Ao se retirarem, os fariseus com os herodianos imediatamente conspiraram contra ele sobre como o destruiriam.(Marcos 3, 1-6)

Novamente, eles procuram destruí-lo, como mencionado em Sabedoria 2, 12, e consideraram como “estranho”  ele curar no sábado.

Os escribas e os fariseus começaram a raciocinar:Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus que pode perdoar pecados?’ Jesus, porém, percebeu seus raciocínios e respondeu-lhes: ‘Por que raciocinais em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados estão perdoados, ou: Levanta-te e anda? Pois bem! Para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar pecados na terra, eu te ordeno — disse ao paralítico — levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa’. E no mesmo instante, levantando-se diante deles, tomou a maca onde estivera deitado e foi para casa, glorificando a Deus. O espanto apoderou-se de todos e glorificavam a Deus. Ficaram cheios de medo e diziam: ‘Hoje vimos coisas estranhas!(Lucas 5, 21-26)

Foi estranho para os fariseus Jesus ter alegado a autoridade para perdoar pecados. E o que o povo assistiu foi ‘estranho’, ‘diferentr’. Esta é uma realização da Sabedoria 2, 15.

Vamos ao próximo versículo Sabedoria 2, 16:

Ele nos tem em conta de bastardos; (1) de nossos caminhos se afasta, como se contaminassem. (2) Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de (3) ter a Deus por pai.”

Vamos analisar cada uma destas três características neste verso: Então, o justo irá considerar seus adversários maus, e evitará o seus caminhos. Ele se chamará o o caminho do justo de feliz, e chamará a Deus por Pai. Foram destacas essas 3 coisas específicas. Ele evita os seus caminhos como impuros, ele chama feliz o caminho do justo, e chama a Deus por Pai.

“O Senhor, porém, lhe disse: ‘Agora vós, ó fariseus! Purificais o exterior do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de perversidade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai o que tendes em esmola e tudo ficará puro para vós!’” (Lucas 11, 39-41)

1) Vemos nesta passagem que Jesus se refere o caminho dos fariseus como imundos, e como eles são hipócritas. Estão cheio de rapina e perversidade, eles são impuros. Jesus nos diz para sermos limpo, dando esmolas e sendo justos. Então Jesus diz às pessoas para evitarem os seus caminhos, porque eles são hipocritas. Isso se encaixa com a profecia da Sabedoria 2.

Vejamos a  parte 2 da realização da Sabedoria 2, 16, Mateus 5, 10:

“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5, 10) 

2) Jesus ensina que aqueles que os que buscam a justiça serão felizes, e como eles estarão no reino de Deus, como previsto em  Sabedoria 2, 16.

Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Lucas 10, 22)

3) Jesus chama a Deus como seu Pai, assim como Sabedoria 2, 16 preveu. Assim, vemos três idéias neste versículo, cumpridas na vida de Cristo nos evangelhos.

Vejamos as passagens finais desta seção, Sabedoria 2, 17-20.

Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 17-20)

Agora, vamos comparar com o evangelho. Agora, em Mateus 27, 41-43, vemos o seguinte:

Do mesmo modo, também os chefes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e anciãos, caçoavam dele: ‘A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! Rei de Israel que é, que desça agora da cruz e creremos nele! Confiou em Deus: pois que o livre agora, se é que se interessa por ele! Já que ele disse:  Eu sou filho de Deus’”. (Mateus 27, 41-43)

Sabedoria 2, 17 diz que eles verão se suas palavras são verdadeiras, no final de sua vida. Os adversários de Jesus tiveram a idéia que se ele estivesse dizendo a verdade, ele desceria da cruz e Mt. 27, 42 diz:  “desça agora da cruz e nós creremos nele!

Sabedoria 2, 18 diz que se ele realmente é o Filho de Deus, Deus vai livrá-lo,e  Mateus. 27, 43 diz que se ele é o Filho de Deus, ele vai livra-lo:

Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus!(Mateus 27, 43)

Agora, nesta passagem, alguém verá em uma Bíblia protestante, uma referência de Mateus 27:43 ao Salmo 22, 8. Isso é porque há uma menção de “bem, se Deus está com ele, ele vai livrá-lo”(Salmo. 22, 8). Não há dúvida que também é uma referência a este Salmo,  no entanto, não é uma referência completa. Apenas em Sabedoria 2, 18, vemos onde, especificamente, disse que “Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários.”. Essa é uma referência muito mais completa.

Sabedoria 2, 19 relata que ele será insultado, eles zombam dele, já em Mateus 27, 43 e em verso semelhante em Lucas 23, 35-37, lemos:

O povo permanecia lá, a olhar. Os chefes, porém, zombavam e diziam:  ‘A outros salvou, que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Eleito!’. Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe vinagre, e diziam: ‘Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo’.” (Lucas 23, 35-37)

Eles insultam e zombam dele, tal como previsto em  Sabedoria 2, 19.

Finalmente, Sabedoria 2, 20 indica que ele será condenado à morte. Ele é condenado à morte na cruz, como se fosse um criminoso comum. Dois criminosos morrem com ele, um à esquerda e um à sua direita.

Podemos ver nessa passagem de Sabedoria 2, 12-20, uma das razões por que os judeus decidiram, em Jâmnia em 90 d.C, não permitir os livros deuterocanônicos. Esta passagem em Sabedoria 2 tem muitas facetas que são cumpridas em Jesus Cristo. Ele era um homem justo. Ele conhecia Deus de uma maneira especial. Ele foi um dos que condenou os líderes religiosos da época, que procuraram em segredo prender Jesus. Ele chamou a Deus por Pai. Chamou os fariseus de hipocritas. Seus caminhos eram “estranhos”. Ele leu seus pensamentos. Ele afirmava ser filho de Deus. Ele foi ridicularizado e torturado, e foi condenado à morte como um criminoso comum, e hostilizado por seus adversários. Esta passagem é cumprida de muitas maneiras em Jesus Cristo. E somente em Jesus Cristo.

Sabedoria 13 é também usada por Paulo em seus escritos em Romanos 1, 18-23. Existem outras alusões à Sabedoria em outras partes do Novo Testamento. No entanto, esta profecia de Sabedoria 2 da vida e morte de Jesus é um testemunho mais poderoso da verdade de quem é Jesus. Isso é muita coisa para qualquer idéia de que não há profecias contidas nos livros deuterocanônicos.

Para Citar:


Matt. Apologistas Católicos. Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/deuterocanonicos/527-sabedoria-2-12-20-a-profecia-cumprida-em-jesus-cristo>. Desde 28/06/2012.

 

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