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Santa Sé

Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele, diz o Papa Francisco

VATICANO, 07 Jun. 13 / 02:38 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco disse na Missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta, no marco da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que o mais difícil é deixar-se amar por Deus. O Pontífice destacou que Jesus nos amou não com palavras, mas com obras e com sua vida, e definiu que esta solenidade é “a festa do amor” de um “coração que amou tanto”.

Em outra passagem, expressou: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

“Deixar-se amar com ternura pelo Senhor é difícil, mas é o que devemos pedir a Deus”, expressou o Papa. Disse também que o amor de Cristo “é um amor que se manifesta mais nas obras do que nas palavras e é, sobretudo, mais dar do que receber”, expressou o Santo Padre, que também ressaltou que estes dois critérios –o dar e o receber– são como as colunas do verdadeiro amor.

“E é o Bom Pastor quem em tudo representa o amor de Deus. Ele conhece suas ovelhas uma a uma, porque o amor não é um amor abstrato ou geral: é amor para cada um”, expressou.

O Papa insistiu em que Deus se faz próximo por amor, caminha com seu povo e este caminhar chega a um ponto que é inimaginável: “é difícil imaginar que o mesmo Senhor se faz um de nós e caminha conosco, fica conosco, fica com sua Igreja, fica na Eucaristia, fica na sua Palavra, fica nos pobres, fica conosco caminhando. Esta é a proximidade: o pastor próximo ao seu rebanho, próximo a suas ovelhas, que conhece uma a uma”.

Citando uma passagem do livro do profeta Ezequiel, ressaltou outro aspecto do amor de Deus. Francisco enfocou sua reflexão no cuidado pela ovelha perdida e por aquela ferida e doente: “Ternura! O Senhor nos ama com ternura. O Senhor conhece aquela bela ciência dos carinhos, a ternura de Deus. Não nos ama com as palavras. Ele se aproxima e nos dá o amor com ternura”.

“Proximidade e ternura! –continuou–. Estas duas formas de amor do Senhor que se faz próximo e dá todo seu amor também nas pequenas coisas: com a ternura. E este é um amor forte, porque proximidade e ternura nos fazem ver a fortaleza do amor de Deus”.

“Vocês amam como eu vos amei?”, perguntou aos presentes. Francisco sublinhou que o amor deve fazer-se próximo do outro, “como o amor do bom samaritano”, e particularmente sob o sinal da proximidade e da ternura. Como restituir o amor do Senhor pelos homens? A fórmula que deu o pontífice foi: “Amando-o, fazendo-se próximo a Ele, sendo terno com Ele”.

Não obstante, adicionou que isto não é suficiente: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

Francisco assinalou que a maneira de retribuir tanto amor “é abrir o coração e deixar-se amar”, e assim, deixar que Deus se faça próximo de nós: “deixar que Ele se faça terno, que nos acaricie. É tão difícil deixar-nos amar por Ele. Talvez isso seja o que devemos pedir hoje na Missa”.

Francisco concluiu convidando os presentes a rezar por meio de suas palavras: “Senhor, eu quero te amar, mas ensina-me a difícil ciência, o difícil hábito de me deixar amar por Ti, de te sentir próximo e de te sentir terno! Que o Senhor nos dê esta graça!”.

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