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“A Comunhão na mão é, definitivamente, mais contagiosa”, diz presidente da Associação de Médicos Católicos da Itália.

“O problema que nos preocupa a todos, primeiramente a nós, médicos, é a difusão do vírus. O que é certo é que as mãos são as partes do corpo mais expostas a vírus, pois pegam em tudo, de objetos infectados a dinheiro.

[…] A Comunhão na língua é mais segura que na mão. As mãos, como disse, tocam em tudo. A Comunhão na mão é, portanto, definitivamente mais contagiosa.

[…] Sim, eu ouvi a respeito das pinças [para administrar a Comunhão com certa distância]. Também sobre a proposta de distribuir as Hóstias Consagradas em pequenos envelopes para serem retirados. Falando sério, após a gripe espanhola, nós continuamos a praticar a Comunhão na boca, e tudo foi como era antes. Creio que estamos cruzando a linha do senso comum. Não deveríamos buscar certas coisas. Sim, a saúde é importante, sem dúvida, mas não com exageros e extravagâncias.

Senza Pagare: Presidente dos Médicos Católicos Italianos ...
Doutor Filippo Maria Boscia, presidente.

Como médico, tenho a convicção de que a Comunhão na mão é menos higiênica e, portanto, menos segura do que a Comunhão na boca. Além disso, não nos dizem todos os dias para não tocar em tudo, para lavar as mãos, para desinfectá-las, não tocar a face com as mãos, os olhos, o nariz? Temos que seguir algumas regras de saúde que são úteis. Não tenhamos medo e nem façamos especulações, muito menos busquemos interesses comerciais”.

FONTE: Fratres in Unum
Site oficial: Catholic Physicians Throughout the World

Vaticano: É proibido impedir comunhão na boca, mesmo que seja para se evitar epidemias

Com surgimento de novas epidemias tornou-se rotina muitas paróquias e até mesmo dioceses proibirem a distribuição da comunhão na boca, entretanto o Vaticano já emitiu um parecer que mesmo nestes casos o desejo do fiel de receber a comunhão na boca deve ser respeitado.

Congregação para o Culto Divino: Não é lícito negar a comunhão na língua devido ao H1N1.

A Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos respondeu a um católico leigo da Grã-Bretanha, na diocese em que a comunhão na língua havia sido restringida devido a preocupações relacionadas à epidemia do vírus Influenza A – subtipo H1N1 (“gripe suína”).

Não faz qualquer sentido científico uma vez que parece melhor ter apenas uma mão envolvida (aquela do Sacerdote). Parece mais seguro ter apenas um homem distribuindo a Sagrada Comunhão (o Sacerdote), nenhum “ministro extraordinário” de qualquer tipo, e que todos os fiéis recebessem a Comunhão da maneira tradicional.

Fonte: Rorate-Caeli

Tradução da carta

Prot. N. 655/09 L

Roma, 24 de julho de 2009

Prezado,

Esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos deseja dar-lhe ciência do recebimento de sua carta datada de 22 de julho, acerca do direito dos fiéis de receber a Sagrada Comunhão na língua.

Este Dicastério observa que sua Instrução Redemptionis Sacramentum (25 de março de 2004) claramente determina que “todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na língua” (n. 92), nem é lícito negar a Sagrada Comunhão a qualquer dos fiéis de Cristo que não estão impedidos pelo direito de receber a Sagrada Eucaristia (cf. n. 91)

A Congregação lhe agradece por trazer esta importante matéria à sua atenção. Esteja assegurado que os apropriados contatos serão feitos.

Possa o senhor perseverar na fé e no amor a Nosso Senhor e sua Santa Igreja, e em contínua devoção ao Santíssimo Sacramento.

Com todo bom desejo e benevolente estima, sou,

Sinceramente Vosso em Cristo,

Pe. Anthony Ward, S.M.
Sub-Secretário

Prevenção ao contágio da Epidemias

Com o surgimento da Gripe H1N1, Corona Vírus e outras epidemias, muitas autoridades da Igreja começaram a seguir orientações seculares para evitar o contágio. Em algumas dioceses as orientações vão desde evitar dar as mãos no pai nosso, ate o ponto de recomendar que o fiel falte à missa Dominical, caso contaminado.

Veja algumas das orientações mais comuns:

  • Não dar as mãos durante o Pai-Nosso;
  • Não realizar o abraço da Paz;
  • Manter as Igrejas arejadas, com portas e janelas abertas;
  • Não encher as pias de Água Benta, devendo o fiel solicitar ao sacerdote uma porção para uso particular em suas residências;
  • Caso o fiel esteja contaminado, não deve comparecer à Santa Missa, mesmo Dominical (devendo
  • Não distribuir a Comunhão na espécie do Sangue do Senhor, não permitindo que o fiel, uma vez recebida a Hóstia, a molhe no Cálice,
  • Uso de álcool em gel pelos sacerdotes e ministros da eucaristia (antes e após a distribuição);
  • PROIBIR A DISTRIBUIÇÃO DA SAGRADA COMUNHÃO DIRETAMENTE NA BOCA;

Assista ao vídeo antes de continuar a leitura:

Algumas das orientações, percebemos que são úteis e, inclusive, favorecem a liturgia, como a questão de rezar orações de mãos dadas, lembrando que não há no missal nenhum momento em que exija este tipo de gestos. Assim como o fato dos fiéis receberem a Comunhão em duas espécies e eles próprios molharem o Corpo no Cálice com o Sangue do Senhor. Liturgicamente isso é proibido. Para a distribuição da Comunhão em duas espécies, a única possibilidade é que a Comunhão seja distribuída pelo Sacerdote ou Ministro diretamente nos lábios do fiel, sendo proibida a chamada “comunhão self-service” na qual o fiel mesmo toma o Corpo do Senhor e molha no Cálice com o Sangue do Senhor. A auto-comunhão só é permitida aos sacerdotes, e nem mesmos os ministros têm permissão ara tal.

Entretanto, há entre as recomendações, a que proíbe a distribuição da Sagrada Comunhão diretamente na boca dos fiéis. Isso é um erro grave, pois infringe diretamente a Instrução Redemptionis Sacramentum quando determina que “todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na língua” (n. 92). Mesmo havendo risco de contágio, o fiel deve ter o direito de decidir se deseja receber a comunhão diretamente na boca.

Por outro lado, existe uma exceção, que diz “se existir perigo de profanação, o sacerdote não deve distribuir aos fiéis a Comunhão nas mãos.” Portanto, a comunhão na boca é sempre garantida a quem desejar dessa forma, já a comunhão na mão pode ser proibida caso o Sacerdote analise o risco.

Leia também: A santa missa e os abusos litúrgicos

INSTRUÇÃO REDEMPTIONIS SACRAMENTUM

Veja o que ensina a Instrução Redemptionis Sacramentum, documento que determina aspectos que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia.

[90.] «Os fiéis comunguem de joelhos ou de pé, de acordo com o que estabelece a Conferência de Bispos», com a confirmação da Sé apostólica. «Quando comungarem de pé, recomenda-se fazer, antes de receber o Sacramento, a devida reverência, que devem estabelecer as mesmas normas».[176]

[91.] Na distribuição da sagrada Comunhão se deve recordar que «os ministros sagrados não podem negar os sacramentos a quem os pedem de modo oportuno, e estejam bem dispostos e que não lhes seja proibido o direito de receber».[177] Por conseguinte, qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.

[92.] Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca[178] ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento. Nos lugares aonde Conferência de Bispos o haja permitido, com a confirmação da Sé apostólica, deve-se lhe administrar a sagrada hóstia. Sem dúvida, ponha-se especial cuidado em que o comungante consuma imediatamente a hóstia, na frente do ministro, e ninguém se desloque (retorne) tendo na mão as espécies eucarísticas. Se existe perigo de profanação, não se distribua aos fiéis a Comunhão na mão.[179]

[93.] A bandeja para a Comunhão dos fiéis se deve manter, para evitar o perigo de que caia a hóstia sagrada ou algum fragmento.[180] NM

[94.] Não está permitido que os fiéis tomem a hóstia consagrada nem o cálice sagrado «por si mesmos, nem muito menos que se passem entre si de mão em mão».[181] Nesta matéria, Além disso, deve-se suprimir o abuso de que os esposos, na Missa nupcial, administrem-se de modo recíproco a sagrada Comunhão.

Jesus está no chão

Se por um lado a comunhão na boca e, sempre que possível de joelhos, é sempre recomendada, ao passo que a comunhão nas Mãos pode ser proibida em situações em que haja o risco de profanações, nos deparamos com uma realidade muito assustadora.

Assista também este vídeo:

As pessoas que recebem a comunhão na mão, em geral não fazem a purificação das mãos no momento que antecede a missa ou até mesmo após lidarem com dinheiro durante o rito das oferendas. Portanto, com suas mãos impuras, tocam no Sacratíssimo Corpo e Sangue de Jesus.

Além de estarem com as mãos impuras, existe o terrível costume das pessoas que recebem a Sagrada Comunhão nas mãos e não verificam as mãos, após comungarem, para verificar se restaram partículas nas mãos, e com frequência essas pequenas partículas são lançadas ao chão e são vítimas de profanação grave. A própria liturgia obriga o uso da patena no momento da distribuição da comunhão, já com o cuidado para que nenhuma partícula se perca.

Entenda melhor:

#PelaComunhaoNaBoca

Aconselhamos todos a acolherem a orientação da Igreja que diz: “Onde houver perigo de profanação NÃO se dê a Comunhão na mão“.

A exemplo do que ensinou o anjo de Portugal, por ocasião das aparições de Nossa Senhora em Fátima, quando se prostrou por terra diante do Santíssimo Corpo e Sangue de Deus ensinando as crianças a fazer o mesmo, procuremos tratar Jesus com todo, respeito reverência e adoração.

Procuremos seguir o que diz a Palavra de Deus: “Diante do nome de Jesus, todo joelho se dobre…”

Se o fiel está em estado de graça, sem pecados mortais, ele pode comungar, e na boca se quiser.

“A comunhão na boca é direito verdadeiro e próprio do fiel, ao passo em que a comunhão na mão é mero indulto. É o que nos diz, ainda, o n. 92 da Redemptionis Sacramentum, cuja tradução para o português ficou truncada e incompreensível. Diz o texto na nossa língua: Todo fiel tem sempre direito a escolher se deseja receber a sagrada Comunhão na boca ou se, o que vai comungar, quer receber na mão o Sacramento.”

“Portanto, ninguém pode negar a Sagrada Comunhão a um fiel que A peça diretamente na boca — a não ser que ele esteja «impedido pelo direito», caso em que ele não pode comungar nem na mão e nem de jeito nenhum. Se um fiel católico pode comungar, então ele pode comungar na boca: é a lei da Igreja.”

Arcebispo de Uganda proíbe comunhão na mão

Prelado também reafirma que casais em união estável não podem receber a Eucaristia

KAMPALA, Uganda ( ChurchMilitant.com ) – Um arcebispo em Uganda está protegendo a Presença Real de Cristo de ser desonrada ao proibir a recepção da Sagrada Comunhão na mão.

Em um decreto emitido no sábado, o arcebispo Cyprian Kizito Lwanga, de Kampala, disse a padres e leigos que agora está tornando a prática ilegal:

A partir de agora, é proibido distribuir ou receber a Sagrada Comunhão nas mãos. A Santa Madre Igreja nos ordena a realizar a Santíssima Eucaristia com a mais alta honra ( Can. 898 ). Devido a muitos casos relatados de desonra à Eucaristia que foram associados à recepção da Eucaristia nas mãos, é apropriado retornar ao método mais reverente de receber a Eucaristia na língua.

O arcebispo também estabeleceu normas adicionais sobre quem pode distribuir e receber o Santíssimo Sacramento e ordenou que suas diretrizes fossem imediatamente aplicadas.

Lwanga se torna um dos poucos bispos em todo o mundo que usaram sua autoridade para banir a prática que é altamente criticada. O bispo na Bolívia, Krzysztof Białasik, barrou esse costume litúrgico de sua diocese de Oruro em 2015. Nomeado pelo Papa Bento XVI em 2005, disse que distribuir o Santíssimo Sacramento na língua reduz a chance de alguém receber a Eucaristia e depois ir embora sem consumir a Hóstia consagrada.

O falecido bispo Juan Rodolfo Laise, da diocese de San Luis, Argentina,  escreveu o livro Comunhão na Mão: Documentos e História, em 1997, quando proibiu a prática em sua diocese. Seus sucessores também apoiaram sua proibição.

O bispo Athanasius Schneider, de Astana, no Cazaquistão, também tem sido um crítico aberto da Comunhão na mão. Falando em 2015, Schneider disse que a prática causa perda de fé na Presença Real de Cristo.

“O gesto minimalista exterior tem uma conexão causal com o enfraquecimento ou até perda da fé na Presença Real”, explica o bispo.

Schneider também escreveu um livro altamente crítico da prática chamado  Dominus Est – É o Senhor . O cardeal Albert Malcolm Ranjith, agora arcebispo de Colombo, Sri Lanka, escreveu o prefácio do livro enquanto era ex-secretário da Congregação do Culto Divino. Em sua reflexão, Ranjith pediu uma revisão cuidadosa e possível abandono da prática.

Penso que agora é hora de avaliar cuidadosamente a prática da Comunhão na mão e, se necessário, abandonar o que realmente nunca era exigido no documento do Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, nem pelos padres conciliares, mas foi, de fato, “aceito” depois que foi introduzido como abuso em alguns países.

Em seu decreto no sábado, Lwanga observou que a lei universal da Igreja Católica exige que ele esteja vigilante “para evitar abusos na vida litúrgica da Igreja”. Ele também reforçou que o  cânon 915 do Código de Direito Canônico impede que os casais que vivem em pecado recebam a Comunhão.

“Seguindo as normas claras do cân. 915”, escreveu Lwanga, “deve-se reafirmar que aqueles que vivem em união conjugal ilícita e aqueles que persistem em pecado grave e manifesto não podem ser admitidos na Santa Comunhão”.

Entre as várias normas estabelecidas no decreto do bispo, os leigos – que não receberam um mandato oficial do bispo para serem ministros extraordinários da Eucaristia – também foram proibidos de distribuir a Sagrada Comunhão.

Citando o cânone 929 , o bispo ordenou ainda que sacerdotes e diáconos “celebrando e administrando a Eucaristia” devem “usar vestimentas sagradas”, conforme prescrito pelas rubricas litúrgicas.

Lwanga terminou dizendo que seus decretos foram feitos para lutar contra os crescentes abusos litúrgicos.

“As normas acima visam agilizar a celebração da Santa Eucaristia e conter os abusos que começaram a surgir na celebração da missa”, escreveu o bispo. “Essas normas devem ser seguidas com efeito imediato”.

Via Church Militant

Não havia comunhão na mão na Igreja dos primeiros séculos

D. Athanasius Schneider é bispo auxiliar da diocese de Karaganda (Casaquistão), uma ex-república soviética com 26% de cristãos, maioritariamente ortodoxa mas com uma pujante comunidade católica.

Segundo D. Athanasius Schneider, o costume de comungar na mão é “completamente novo”, posterior ao Concílio Vaticano II, e não tem raízes nos tempos dos primeiros cristãos, ao contrário do que se alega com frequência.

Na Igreja primitiva era necessário purificar as mãos antes e depois do rito, e a mão estava coberta com um corporal, de onde se tomava a forma directamente com a língua: “Era mais uma comunhão na boca do que na mão”, afirmou Schneider. De facto, depois de comungar a Sagrada Hóstia o fiel devia recolher da mão, com a língua, qualquer pequena partícula consagrada. Um diácono supervisionava esta operação. Nunca se tocava com os dedos: “O gesto da comunhão na mão tal como o conhecemos hoje era totalmente desconhecido” entre os primeiros cristãos.

Aquele gesto foi substituído pela administração directa do sacerdote na boca, uma mudança que teve lugar “instintiva e pacificamente” em toda a Igreja. A partir do século V, no Oriente, e no Ocidente um pouco mais tarde. O Papa S. Gregório Magno no século VII já o fazia assim, e os sínodos franceses e espanhóis dos séculos VIII e IX sancionavam quem tocasse na Sagrada Forma.

Afirma ainda D. Athanasius Schneider que a prática que hoje conhecemos da comunhão na mão nasceu no século XVII em meios calvinistas, onde não se acreditava na presença real de Jesus Cristo na eucaristia. “Nem Lutero”, que acreditava nessa presença, embora não na transubstanciação, “o teria feito”, disse o prelado. “De facto, até há relativamente pouco tempo os luteranos comungavam de joelhos e na boca, e ainda hoje alguns o fazem assim nos países escandinavos”.

in religionenliberdad.com

4 maneiras de manter o diabo longe de você

Por Jeffrey Bruno

Nos Evangelhos, lemos o caso de uma pessoa que foi exorcizada e depois voltou a ser atormentada por toda uma legião de demônios, que queriam possuí-la de forma ainda mais vigorosa (cf. Mt 12, 43-45).

O rito de exorcismo, de fato, serve para expulsar o diabo: mas não é uma “garantia” de que o diabo nunca mais vai tentar voltar.

Os exorcistas recomendam quatro maneiras de manter a alma em paz e nas mãos de Deus:

1. Recorrer com frequência aos sacramentos da Confissão e da Eucaristia

O que permite mais facilmente a entrada do diabo na vida de alguém é o habitual estado de pecado mortal desse alguém. Mesmo o pecado venial enfraquece a nossa relação com Deus e nos expõe ao inimigo.

A confissão dos pecados é a principal maneira de que dispomos a trilhar um novo caminho. Não por acaso, o diabo tentou implacavelmente impedir São João Maria Vianney de ouvir as confissões dos pecadores empedernidos. O santo sabia que um grande pecador estava chegando à cidade quando o diabo o assediava durante a noite. A confissão tem tanto poder e graça que o diabo teme as almas que recorrem com frequência a este sacramento.

A Santa Eucaristia é ainda mais poderosa para afastar o diabo – afinal, a Eucaristia é nada menos que a presença real de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, diante de quem os demônios não têm absolutamente nenhum poder. A Eucaristia recebida em estado de graça após a confissão é uma dupla muralha contra o diabo, como confirmou São Tomás de Aquino em sua Summa Theologiae: “[A Eucaristia] repele todos os assaltos do diabo”.

2. Vida de oração consistente

A pessoa que recorre frequentemente aos sacramentos da confissão e da Eucaristia também tem de alimentar uma vida de oração diária e consistente, que a coloca em estado permanente de graça e relacionamento com Deus. A pessoa que conversa regularmente com Deus não precisa nunca ter medo do diabo. Os exorcistas sempre sugerem às pessoas que alimentem sólidos hábitos espirituais, como a leitura frequente das Escrituras, o rosário e as formas privadas de oração e reflexão cristã.

3. Jejum

Este é um conselho que vem diretamente dos Evangelhos: “[Há demônios que] não podem ser expulsos senão com oração e jejum” (Mc 9,29). Cada um de nós deve discernir que tipo de jejum é chamado a praticar: como vivemos no mundo e temos tantas responsabilidades, em especial para com a nossa família, não podemos jejuar irresponsavelmente a ponto de negligenciar a nossa própria vocação e pôr a saúde em risco. Em contrapartida, se quisermos mesmo deixar o diabo longe, também precisamos nos desafiar a um jejum que vá além de renunciar a um mísero chocolatinho durante a Quaresma. As virtudes da temperança e da prudência nos ajudarão a definir uma modalidade de jejum que ao mesmo tempo seja sensata e nos exija um sacrifício real.

4. Sacramentais

Os exorcistas não só usam os sacramentais (o próprio rito do exorcismo é um sacramental) como ainda aconselham as pessoas que sofreram possessão diabólica a usarem com frequência os sacramentais. Eles são uma arma poderosa na luta diária para afugentar o diabo. De que sacramentais estamos falando? Dos mais comuns e conhecidos pelas pessoas: água benta, sal abençoado, escapulário… Mantenha-os não só em casa, mas também no seu local de trabalho, no seu carro, junto a si mesmo quando for o caso (como é o do escapulário).

Estas quatro grandes ajudas não só vão manter o diabo longe como também ajudarão você no caminho para a santidade – que nada mais é, afinal, do que viver sempre em união com Deus!

Cardeal Sarah diz que a comunhão na mão é um ataque de Satanás à Eucaristia

No prefácio parade um novo livro sobre o assunto o Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, escreve: “O mais insidioso ataque diabólico consiste em tentar extinguir a fé na Eucaristia, semeando erros e encorajando um modo inapropriado de recebê-la. A guerra entre São Miguel e os seus anjos, de um lado, e Lúcifer, de outro, continua nos corações dos fiéis.”

O novo livro, escrito por Pe. Federico Bortoli, foi lançado em italiano com o título: “A distribuição da Comunhão na mão: considerações históricas, jurídicas e pastorais” (La distribuzione della comunione sulla mano. Profili storici, giuridici e pastorali).

Recordando o centenário das aparições de Fátima, Sarah escreve que o Anjo da Paz, que apareceu aos três pastorinhos antes da visita da bem-aventurada Virgem Maria, “mostra-nos como devemos receber o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo”. Sua Eminência descreve, então, os ultrajes com que Jesus é ofendido hoje na Santa Eucaristia, incluindo “a chamada ‘intercomunhão’”(prática de cristãos de diferentes confissões participarem da mesma mesa eucarística).

A Providência, que dispõe sábia e suavemente de todas as coisas, oferece-nos a leitura do livro ‘A distribuição da Comunhão na mão’, de Federico Bortoli, justamente depois de havermos celebrado o centenário das aparições de Fátima. Antes da aparição da Virgem Maria, na Primavera de 1916, o Anjo da Paz apareceu a Lúcia, Jacinta e Francisco, e disse-lhes: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.” […] Na Primavera de 1916, na terceira aparição do Anjo, as crianças notaram que o Anjo, que era sempre o mesmo, segurava na sua mão esquerda um cálice acima do qual se estendia uma Hóstia. […] Ele deu a Hóstia consagrada a Lúcia e o Sangue do cálice a Jacinta e Francisco, que permaneceram de joelhos, enquanto lhes dizia: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.” O Anjo prostrou-se novamente por terra, repetindo com Lúcia, Jacinta e Francisco por três vezes a mesma oração.

O Anjo da Paz mostra-nos como devemos receber o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A oração de reparação ditada pelo Anjo, infelizmente, é tida como obsoleta. Mas quais são os ultrajes que Jesus recebe na Hóstia consagrada, e dos quais precisamos fazer reparação? Em primeiro lugar, existem os ultrajes contra o próprio Sacramento: as horríveis profanações, das quais alguns convertidos do satanismo já deram testemunho e ofereceram descrições repugnantes; são ultrajes ainda as Comunhões sacrílegas, quando não se recebe a Eucaristia em estado de graça, ou quando não se professa a fé católica (refiro-me a certas formas da chamada “intercomunhão”). Em segundo lugar, constitui um ultraje a Nosso Senhor tudo o que pode impedir o fruto do Sacramento, especialmente os erros semeados nas mentes dos fiéis a fim de que eles não mais acreditem na Eucaristia. As terríveis profanações que acontecem nas chamadas “missas negras” não atingem directamente Aquele que é ultrajado na Hóstia, encerrando-se tão somente nos acidentes do pão e do vinho.

É claro que Jesus sofre pelas almas dos profanadores, almas pelas quais Ele derramou o Sangue que elas tão cruel e miseravelmente desprezam. Mas Jesus sofre ainda mais quando o dom extraordinário da Sua presença divino-humana na Eucaristia não pode levar o seu potencial efeito às almas dos fiéis. E aí nós entendemos que o mais insidioso ataque diabólico consiste em tentar extinguir a fé na Eucaristia, ao semear erros e encorajando um modo inapropriado de recebê-la. A guerra entre São Miguel e os seus anjos, de um lado, e Lúcifer, de outro, continua nos corações dos fiéis: o alvo de Satanás é o sacrifício da Missa e a Presença Real de Jesus na Hóstia consagrada. Essa tentativa de rapina segue, por sua vez, dois caminhos: o primeiro é a redução do conceito de “presença real”. Muitos teólogos não cessam de ridicularizar ou de desprezar — não obstante as contínuas advertências do Magistério — o termo “transubstanciação”. […]

Vejamos agora como a fé na Presença Real pode influenciar o modo de receber a Comunhão, e vice-versa. Receber a Comunhão na mão comporta sem dúvida uma grande dispersão de fragmentos. Ao contrário, a atenção às mais pequeninas partículas, o cuidado na purificação dos vasos sagrados, o não tocar a Hóstia com as mãos sujas de suor, tornam-se profissões de fé na presença real de Jesus, ainda que seja nas menores partes das espécies consagradas. Se Jesus é a substância do Pão Eucarístico, e se as dimensões dos fragmentos são acidentes apenas do pão, pouco importa que o pedaço da Hóstia seja grande ou pequeno! A substância é a mesma! É Ele! Ao contrário, a desatenção aos fragmentos faz perder de vista o dogma: pouco a pouco poderia começar a prevalecer o pensamento: “Se até o pároco não dá atenção aos fragmentos, se administra a Comunhão de um modo que os fragmentos se podem dispersar, então quer dizer que Jesus não está presente neles, ou está ‘até um certo ponto’.”

O segundo caminho em que acontece o ataque contra a Eucaristia é a tentativa de retirar, dos corações dos fiéis, o sentido do sagrado. […] Enquanto o termo “transubstanciação” nos indica a realidade da presença, o sentido do sagrado permite-nos entrever a absoluta peculiaridade e santidade do Sacramento. Que desgraça seria perder o sentido do sagrado precisamente naquilo que é mais sagrado! E como é possível? Recebendo o alimento especial do mesmo modo como se recebe um alimento ordinário. […]

A liturgia é feita de muitos pequenos ritos e gestos — cada um dos quais é capaz de exprimir essas atitudes carregadas de amor, de respeito filial e de adoração a Deus. Justamente por isso é oportuno promover a beleza, a conveniência e o valor pastoral desta prática que se desenvolveu ao longo da vida e da tradição da Igreja, a saber, receber a Sagrada Comunhão na boca e de joelhos. A grandeza e a nobreza do homem, assim como a mais alta expressão do seu amor para com o Criador, consiste em colocar-se de joelhos diante de Deus. O próprio Jesus rezava de joelhos na presença do Pai. […]

Nesse sentido, gostaria de propor o exemplo de dois grandes santos dos nossos tempos: São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá. Toda a vida de Karol Wojtyla esteve marcada por um profundo respeito à Santa Eucaristia. […] Malgrado estivesse extenuado e sem forças […], estava sempre disposto a ajoelhar-se diante do Santíssimo. Ele era incapaz de ajoelhar-se e levantar-se sozinho. Precisava que outros lhe dobrassem os joelhos e depois o levantassem.

Até os seus últimos dias, ele quis dar-nos um grande testemunho de reverência ao Santíssimo Sacramento. Por que somos assim tão orgulhosos e insensíveis aos sinais que o próprio Deus oferece para o nosso crescimento espiritual e para o nosso relacionamento íntimo com Ele? Por que não nos ajoelhamos para receber a Sagrada Comunhão, a exemplo dos santos? É assim tão humilhante prostrar-se e estar de joelhos diante de Nosso Senhor Jesus Cristo — Ele, que, “sendo de condição divina, […] humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2, 6–8)?

Santa Madre Teresa de Calcutá, uma religiosa excepcional a que ninguém ousaria chamar de tradicionalista, fundamentalista ou extremista, e cuja fé, santidade e dom total de si a Deus e aos pobres são conhecidos de todos, possuía um respeito e um culto absoluto ao Corpo divino de Jesus Cristo. Certamente, ela tocava quotidianamente a “carne” de Cristo nos corpos deteriorados e sofridos dos mais pobres dos pobres. No entanto, cheia de estupor e respeitosa veneração, Madre Teresa abstinha-se de tocar o Corpo transubstanciado do Cristo; ao invés disso, ela adorava-O e contemplava silenciosamente, permanecia durante longos períodos de joelhos e prostrada diante de Jesus Eucaristia. Além disso, ela recebia a Sagrada Comunhão directamente na boca, como uma pequena criança que se deixava humildemente nutrir pelo seu Deus.

A santa entristecia-se e lamentava sempre que via os cristãos receberem a Sagrada Comunhão nas próprias mãos. Ela afirmou inclusive que, segundo o que era do seu conhecimento, todas as suas irmãs recebiam a Comunhão apenas na boca. Não é esta a exortação que Deus mesmo faz a nós: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto; abre a boca e eu te sacio” (Sl 81, 11)?

Por que nos obstinamos em comungar de pé e na mão? Por quê essa atitude de falta de submissão aos sinais de Deus? Que nenhum sacerdote ouse impor a própria autoridade sobre essa questão recusando ou maltratando aqueles que desejam receber a Comunhão de joelhos e na boca: venhamos como as crianças e recebamos humildemente, de joelhos e na boca, o Corpo de Cristo. Os santos dão-nos o exemplo. São eles o modelo a imitar que Deus nos oferece!

Mas como pode ter-se tornado tão comum a prática de receber a Eucaristia sobre a mão? A resposta nos é dada pelo Padre Bortoli, e confirmada por uma documentação até o momento inédita, e extraordinária por sua qualidade e dimensão. Tratou-se de um processo nem um pouco límpido, uma transição do que era concedido pela instrução Memoriale Domini ao modo que se difundiu hoje. […]

Infelizmente, assim como aconteceu à língua latina e à reforma litúrgica, que deveria ter sido homogénea com os ritos precedentes, uma concessão particular tornou-se uma chave para forçar e esvaziar o cofre dos tesouros litúrgicos da Igreja. O Senhor conduz o justo por “caminhos rectos” (Sb 10, 10), não por subterfúgios; assim, além das motivações teológicas demonstradas acima, até o modo como se difundiu a prática da Comunhão na mão parece ter-se imposto não segundo os caminhos de Deus.

Possa este livro encorajar aqueles sacerdotes e aqueles fiéis que, movidos também pelo exemplo do Papa Bento XVI — que nos últimos anos do seu Pontificado quis distribuir a Eucaristia na boca e de joelhos — , desejam administrar ou receber a Eucaristia deste modo, muito mais apropriado ao próprio Sacramento. A minha esperança é de que haja uma redescoberta e uma promoção da beleza e do valor pastoral dessa forma de comungar.

Segundo o meu juízo e opinião, essa é uma questão importante sobre a qual a Igreja de hoje deve reflectir. Trata-se de um acto de adoração e de amor que todos nós podemos oferecer a Jesus Cristo. Muito me agrada ver tantos jovens que escolhem receber Nosso Senhor com essa reverência, de joelhos e na boca. Possa o trabalho do Pe. Bortoli favorecer um repensar geral sobre o modo de distribuir a Sagrada Comunhão. Tendo acabado de celebrar, como disse no início deste prefácio, o centenário de Fátima, encoraje-nos a firme esperança no triunfo do Imaculado Coração de Maria: no fim, também a verdade sobre a liturgia triunfará.

Texto: Life Site News
Tradução adaptada da tradução de João Pedro de Oliveira (in Medium)

O demônio diante da Eucaristia

Tive uma experiência pouco comum ao celebrar a missa na paróquia de Santa Maria (Old St. Mary, em Washington). Era uma missa solene e, excepcionalmente, foi celebrada em latim.

Não era um dia muito diferente da maioria dos domingos, mas algo muito impressionante estava prestes a acontecer.

Como vocês sabem, a antiga missa em latim era celebrada “ad orientem”, ou seja, orientada em direção ao Oriente litúrgico. O sacerdote e os fiéis ficam todos de frente para a mesma direção, o que significa que o celebrante permanecia, na prática, de costas para as pessoas. Na hora da consagração, o padre se inclina com os antebraços sobre o altar, segurando a Hóstia.

Nesse dia, pronunciei as veneráveis palavras da consagração em voz baixa, mas de maneira clara: “Hoc est enim Corpus meum” (“Isto é o meu Corpo”). Quando me ajoelhei, os sinos tocaram.

Logo atrás de mim, houve algum tipo de tumulto, agitação, e eu ouvia sons incongruentes que vinham dos bancos da parte dianteira da igreja, bem atrás de mim, à minha direita. Em seguida, um gemido e um grunhido, como um rosnado.

“O que foi isso?”, pensei. Não pareciam sons humanos, mas ruídos de algum animal grande, como um javali ou um urso, junto a um gemido melancólico que tampouco parecia humano. Elevei a Hóstia e novamente me perguntei: “O que será que foi isso?”. Depois, houve silêncio. Ao celebrar o rito antigo da missa em latim, o padre não pode ficar virando para trás. Mas eu continuei pensando: “O que foi aquilo?”.

Chegou a hora da consagração do vinho. Mais uma vez, inclinei-me, pronunciando claramente as palavras da consagração: “Hic est enim calix sanguinis mei, novi et aeterni testamenti; mysterium fidei; qui pro vobis et pro multis effundetur em remissionem pecatorum. Haec quotiescumque feceritis in mei memoriam facietis” (“Este é o cálice do meu Sangue, o Sangue da nova e eterna Aliança, que será derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim”).

Então, ouvi novamente um ruído, mas dessa vez um inegável gemido, e logo depois, um grito de alguém que clamava: “Jesus, me deixa em paz! Por que me torturas?”. Houve de repente um ruído que parecia uma briga, e alguém correu para fora da igreja, ao som de um gemido, como se se tratasse de uma pessoa ferida. As portas da igreja se abriram e depois se fecharam. Depois disso, silêncio.

Eu não podia virar para trás porque estava levantando o cálice da consagração. Mas entendi, naquele instante, que alguma pobre alma atormentada pelo demônio havia se visto frente a Cristo na Eucaristia, e não tinha conseguido suportar sua presença real, exposta na frente de todos. Lembrei-me então das palavras da Bíblia: “Também os demônios crêem e tremem” (Tiago 2, 19).

Assim como São Tiago usou estas palavras para repreender a fraca fé do seu rebanho, eu também tinha motivos para a contrição. Por que um pobre homem atormentado pelo demônio era mais consciente da presença real de Cristo na Eucaristia e ficava mais impactado com ela do que eu??

Ele ficou negativamente impactado e fugiu. Mas por que eu não me impacto positivamente, com a mesma intensidade? E os fiéis que estavam nos bancos e presenciaram tudo aquilo?

Não duvido de que nós acreditemos intelectualmente na presença eucarística. Mas será muito diferente e maravilhoso se nos deixarmos comover por ela nas profundezas da nossa alma.

Naquele dia, há 15 anos, ficou muito claro para mim que, nas minhas mãos, estava o Senhor da glória, o Rei dos céus e da terra, o Juiz Justo e o Rei dos reis. Aliás, o mesmo Jesus que você comunga, que entra em seu corpo e toma conta do seu ser.

Até o demônio acredita na Eucaristia!

E você?

Fonte: Aleteia

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