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Cristãos no Egito sofrem jihad ou “guerra Santa” islâmica, alerta perita

Cristãos no Egito sofrem jihad ou guerra Santa islâmica

NOVA IORQUE, 21 Ago. 13 / 11:30 am (ACI/EWTN Noticias).- A advogada Nina Shea, diretora do Centro para a Liberdade Religiosa do Instituto Hudson e co-autora do livro “Perseguidos: O Ataque Global contra os Cristãos”, advertiu que os cristãos no Egito “estão enfrentando uma Jihad”, uma guerra Santa islâmica.

Em um texto publicado no site National Review Online, Shea denunciou que a “agressão violenta da Irmandade Muçulmana do Egito e outros islamistas, incluindo aqueles próximos à Al-Qaeda, continua se dirigindo a uma das mais antigas comunidades cristãs”.

“O partido Liberdade e Justiça da (autodenominada) Irmandade Muçulmana esteve incitando à matança e violência em suas páginas da internet e do Facebook. Uma dessas páginas, publicada em 14 de agosto, faz uma lista de dados contra a minoria cristã copta, culpando somente a ela pela repressão dos militares contra a Irmandade Muçulmana”.

De acordo com Shea, a Irmandade Muçulmana está difundindo a ideia de que os cristãos coptos declararam “uma guerra contra o Islã e os muçulmanos” e advertem que “para cada ação há uma reação”.

A advogada lamentou que “a ladainha de ataques” contra Igrejas cristãs na região “é longa”, pois “até a noite do domingo, ao redor de 58 Igrejas, assim como vários conventos, mosteiros, escolas, lares e negócios cristãos, inclusive a YMCA (Associação Cristã de Jovens), foram reportadas como saqueadas e queimadas, ou sujeitas de destruição à mãos dos revoltosos islamistas”.

Tawadros II, líder da Igreja Copta Ortodoxa do Egito, “permanece oculto, e muitos serviços religiosos de Domingo não se realizaram, já que os fiéis cristãos permaneceram em casa, temendo pela sua vida“.

Nina Shea denunciou que até o momento, no Egito “ao redor de uma dúzia de cristãos foram atacados e assassinados somente por serem cristãos”.

“Pela primeira vez em 1600 anos, as orações de Domingo foram canceladas no Mosteiro Ortodoxo da Virgem Maria e Priest Ibram, em Degla, ao sul de Minya, porque as três Igrejas foram destruídas pela turba”.

Shea assinalou também que na capital do país, Cairo, “freiras franciscanas viram como a cruz que estava encima da porta de sua igreja foi derrubada e substituída por uma bandeira da Al-Qaeda, e a própria igreja foi queimada”.

“A Irmã Manal, a superiora, informou que três freiras foram levadas pelas ruas como prisioneiras de guerra, enquanto a turba que estava por perto as insultavam enquanto passavam”.

O porta-voz dos Bispos Católicos do Egito, Pe. Rafic Greiche, informou à agência de notícias vaticana Fides, que 14 das Igrejas destruídas pelos extremistas muçulmanos são católicas, enquanto que as demais pertencem à igreja copta ortodoxa, à grega ortodoxa, à anglicana e comunidades protestantes.

Embora os ataques contra os cristãos se realizem em todo o país, concentram-se de forma especial nas zonas de Minya e Assiut, onde, de acordo com o Pe. Greiche, estão os quartéis gerais dos “jihadistas”.

Nina Shea lamentou porque apesar de que o movimento que derrubou o ex-presidente Mohamed Morsi, afiliado à Irmandade Muçulmana, envolveu a “grupos de esquerda, feministas, estudantes, intelectuais, pessoas de negócios, secularistas, sem mencionar os militares”, é a “comunidade cristã do Egito, que soma 10 por cento da população, a que leva a pior parte da ira islâmica”.

Dirigidos pela Irmandade Muçulmana, e incluindo grupos filiados a Al-Qaeda, os extremistas muçulmanos estão realizando “uma campanha de limpeza religiosa, de ‘purificação’ islâmica”, disse Shea.

E enquanto “a jihad chegou ao maior país do mundo árabe, nossos líderes de relações exteriores e a imprensa ignoram estes eventos sob nossa responsabilidade”.

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