Tag: sacramento Page 2 of 4

Igreja na Argentina: permitir casamento homossexual é “absolutamente ilegal”

Cardeal Bergoglio critica governo por não recorrer de decisão judicial

BUENOS AIRES, quarta-feira, 25 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Após uma sentença de uma juíza que permitiu o casamento de dois homens, a arquidiocese de Buenos Aires afirmou que a decisão é “absolutamente ilegal”. O cardeal Bergoglio considera que o chefe de Governo portenho “faltou gravemente com seu dever” por não recorrer da sentença.

No dia 13 de novembro, a juíza Gabriela Seijas ordenou o Registro Civil a celebrar a união de dois homens.

“A Constituição e os Códigos nacionais não podem ser modificados por um juiz de primeira instância. Em tal caso, corresponde ao mandatário do Executivo tomar todas as medidas para que haja certeza da legalidade do ato, que neste caso não há, e daí surge a obrigação de recorrer”, destaca a arquidiocese em comunicado.

Por meio da nota, o cardeal e os bispos auxiliares de Buenos Aires afirmam que a decisão da juíza “reflete um sério desapego às leis que nos regem”.

Eles assinalam ainda que “a crise de valores que afeta hoje nossa sociedade faz esquecer que a própria origem da palavra ‘matrimônio’ remonta a disposições antigas do Direito Romano, onde a palavra ‘matrimonium’ vinculava-se ao direito de toda mulher a ter filhos reconhecidos expressamente no seio da legalidade”.

A palavra matrimônio, explicam, “alude justamente a essa qualidade legítima de ‘mãe’ que a mulher adquire através da união matrimonial. Com frequência se tentou associar erroneamente o termo ‘matrimônio’ com o sacramento católico do mesmo nome, sem ter em conta que o vocábulo e a realidade que quer expressar foram consagrados pelo Direito Romano muito antes que o cristianismo aparecesse na história da humanidade”.

E destacam: “afirmar a heterossexualidade do matrimônio não é discriminar, mas partir de uma nota objetiva que é seu pressuposto”.

Deus pede o “sim” da criatura, diz Papa

Segundo Bento XVI, correspondência entre Deus e Maria acontece com todos

CASTEL GANDOLFO, domingo, 16 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- A relação de correspondência entre Deus e Maria também acontece, de outras maneiras, com cada pessoa, já que Deus continua a pedir acolhida, afirmou hoje o Papa.

Bento XVI rezou o Angelus com os peregrinos ao meio-dia no pátio interno do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo. Ele recordou que Deus recebeu de Maria o corpo humano para entrar na condição mortal. “A sua vez, no fim da existência terrena, o corpo da Virgem foi assunto ao céu por Deus e entrou na condição celeste”.

“É uma espécie de intercâmbio, no qual Deus tem sempre a plena iniciativa, mas, como vimos em outras ocasiões, tem também necessidade de Maria, do “sim” da criatura, da sua carne, da sua existência concreta, para preparar a matéria do seu sacrifício: o corpo e o sangue, a ser oferecido na Cruz como instrumento de vida eterna e, no sacramento da Eucaristia, como alimento e bebida espirituais”, disse o Papa.

Segundo o pontífice, “o que aconteceu a Maria, vale, de outras maneiras, mas realmente, para cada homem e cada mulher, porque a cada um de nós Deus pede acolhê-Lo, colocar à disposição o nosso coração e o nosso corpo, a nossa inteira existência, para que Ele possa habitar no mundo”.

“Convida a unir-nos a Ele no sacramento da Eucaristia, Pão repartido pela vida do mundo, para formar juntos a Igreja, seu corpo histórico.”

E se dissermos sim, como Maria –prosseguiu o Papa–, “na mesma medida desse nosso sim, ocorre também para nós e em nós aquele misterioso intercâmbio: somos admitidos na divindade d’Aquele que assumiu a nossa humanidade”.

“A Eucaristia é o meio, o instrumento desse recíproco transformar-se, que tem sempre Deus como fim e como ator principal: Ele é a Cabeça e nós os membros, Ele é a Videira, nós os ramos.”

“Quem come deste Pão e vive em comunhão com Jesus, deixando-se transformar por Ele e n’Ele, é salvo da morte eterna: certamente morre, como todos, participando também do mistério da Paixão e da Cruz de Cristo, mas não é mais escravo da morte, e ressuscitará no último dia, para desfrutar da festa eterna com Maria e com todos os Santos”, disse o Papa.

"Padre Pio é o Padre de Ars dos nossos dias", diz Postulador de franciscanos

Roma, 19 Jun. 09 / 10:37 pm (ACI).- Na véspera da visita do Papa Bento XVI a São Giovanni Rotondo onde estão os restos mortais de São Pio da Pietrelcina; o postulador dos franciscanos capuchinos, Pe. Floreio Tessari, assinalou que este santo sacerdote “é o padre do Ars de hoje” porque ambos viveram tendo como centro de tudo a Eucaristia e se entregaram aos seus fiéis no confessionário.

Em entrevista concedida ao L’Osservatore Romano, o P. Tessari ressaltou, ao iniciar o Ano Sacerdotal decretado pelo Papa Bento XVI em ocasião do 150º. aniversário da morte de São João  Maria Vianney, as similitudes deste santo com o Padre Pio da Pietrelcina, santo estigmatizado a quem o Pontífice visitará este domingo 21 de junho.

“O Santo Padre de Ars fazia a mesma coisa que o Padre Pio: celebrava a Eucaristia e ficava à disposição para administrar o sacramento da reconciliação. Quem chegava a São Giovanni Rotondo, procurava o Padre Pio como quem procurava o Padre de Ars. Iam para a celebração da Eucaristia e para o sacramento da Reconciliação”, comentou.

Seguidamente comentou como o Padre Pio foi “um frade, um sacerdote religioso que viveu com profunda observância os conselhos evangélicos (castidade, obediência e pobreza), sofreu em silêncio nas dificuldades como um autêntico Cireneu e foi ao mesmo tempo um crucificado sem cruz”.

Para o postulador, os elementos fundamentais que fizeram que este frade chegasse a ser canonizado foram dois: “a fé com radicalidade e a obediência também radical, diante das dificuldades encontradas em sua vida. Importante foi também viver de modo singelo e em união total com Jesus, a Virgem Maria e a Eucaristia”.

Logo depois de assinalar que o Santo de Pietrelcina amou muito à Igreja e ao Papa, o postulador ressaltou que sua mensagem segue tendo vigência para os homens de hoje a quem diz “amando profundamente a Deus se ama em modo intenso ao homem. O Padre Pio dá à humanidade uma resposta concreta ao sofrimento através dos grupos de oração e a Casa do alívio ao sofrimento. O Padre Pio é o homem para Deus e homem ao serviço dos homens”.

Um ano para orar com os sacerdotes e por eles, pede arcebispo

Dom Raymundo Damasceno Assis abre Ano Sacerdotal em Aparecida

APARECIDA, sexta-feira, 19 de junho de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, abriu hoje, no Santuário Nacional, o Ano Sacerdotal, pedindo que este seja um tempo de orar com os padres e na intenção deles.

Dom Damasceno presidiu à missa das 9h na Basílica do Santuário de Aparecida, que contou com a presença dos bispos e padres da região.

O arcebispo recordou, no início de sua homilia, que o Ano Sacerdotal, proposto por Bento XVI, celebra-se no contexto dos 150 anos da morte São João Maria Vianney, patrono dos párocos e, a partir de agora, também padroeiro de todos os sacerdotes.

“Este ano deve ser tempo de graça para toda Igreja e especialmente para nós, sacerdotes”, disse o arcebispo, que pediu um esforço de todos para configurar a vida a Cristo.

Trata-se, segundo Dom Damasceno, de um “ano de renovação da espiritualidade de cada presbítero e de todo presbitério”. Este “deve ser um ano de oração dos sacerdotes e por eles”, disse.

Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, dia de oração pela santificação dos sacerdotes, o arcebispo convidou as comunidades a “intensificar” as orações pelos padres “em todo mundo”, e também intensificar as preces “pelo aumento das vocações sacerdotais”.

O coração de Jesus aberto é “manifestação suprema do amor de Deus”, coração que “ama profundamente, até o fim”. “Que fazer para responder a este amor imenso?”.

Dom Damasceno indicou, citando palavras de Santa Margarida Maria Alacoque, que se deve aproximar do coração de Jesus “sem temor”, mas com “amorosa confiança”.

Os presbíteros devem ser “cheios de misericórdia”, sobretudo na administração do sacramento do perdão.

Devemos “conformar nossa vida a Jesus”. Ser padre significa ser “exemplo do Bom Pastor”, “homens de misericórdia e compaixão, de coração pleno e solidário com os que sofrem todas as formas de pobreza”.

O arcebispo convidou a que este ano seja um “chamado à conversão”, para que “Cristo Bom Pastor viva em nós e atue por meio de nós”.

Após a homilia, Dom Damasceno dirigiu-se aos sacerdotes e se procedeu à renovação das promessas sacerdotais.

Eucaristia, amor que transforma o mundo, explica Papa

Meditação na festa de Corpus Christi

CIDADE DO VATICANO, domingo, 14 de junho de 2009 (ZENIT.org).- A Eucaristia, explica Bento XVI, é o mistério do amor que tudo transforma, e que, portanto, transforma uma realidade tão simples, como o pão, para converter-se em presença de Deus na história.

Esta foi a reflexão cheia de esperança que o pontífice propôs aos milhares de fiéis que congregaram-se neste domingo ao meio-dia, sob um forte sol, na praça de São Pedro, para participar da oração mariana do Angelus, na solenidade do Corpus Christi.

O Corpus Christi, disse, falando da janela de seu apartamento, “é uma manifestação de Deus, um testemunho de que Deus é amor”.

“De maneira única e peculiar, esta festa nos fala do amor divino, do que é e do que faz. Diz-nos, por exemplo, que regenera ao entregar-se a si mesmo, que se recebe ao dar.”

Segundo o Papa, o amor “tudo transforma e, portanto, compreende-se que no centro desta festa do Corpus Christi encontra-se o mistério da transubstanciação, sinal de Jesus-Caridade, que transforma o mundo”.

“Ao contemplá-lo e adorá-lo, dizemos: sim, o amor existe, e dado que existe, as coisas podem mudar para melhor e nós podemos ter esperança. A esperança que procede do amor de Cristo nos dá força para viver e enfrentar as dificuldades.”

Por isso, disse o Papa, “cantamos, enquanto levamos em procissão o Santíssimo Sacramento; cantamos e louvamos a Deus que se revelou a nós escondendo-se no sinal do pão partido. Deste Pão todos temos necessidade, pois é longo e cansativo o caminho para a liberdade, a justiça e a paz”.

Em Roma, Bento XVI celebrou o Corpus Christi na quinta-feira passada, festa litúrgica original, presidindo à missa ao ar livre na Basílica de São João de Latrão e a procissão pela rua que leva até a Basílica de Santa Maria Maior.

Carta aberta ao Pe. Fábio de Melo

Autor: Gustavo de Souza
Fonte: http://exsurge.wordpress.com/


Reverendíssimo Pe. Fábio de Melo,

Em primeiro lugar, conceda-me a sua bênção!

Escrevo-lhe para fazer algumas observações e questionamentos a respeito das suas colocações durante uma entrevista recentemente concedida ao Programa do Jô.

Caso não saiba, algumas das suas declarações geraram grande indignação entre os católicos. Sobretudo nos blogs e sites católicos multiplicaram-se as críticas e manifestações de repúdio a algumas de suas posições expressas na citada entrevista. Sem dúvida, houve diversas respostas adequadas e enriquecedoras; contudo, parece que essas felizes colocações soçobraram ante uma avalanche de afirmações imprecisas, imprudentes e, em alguns casos, incorretas.

Uma das suas primeiras assertivas, que a mim causou muito espanto e preocupação, foi a de que “precisamos nos despir dessa arrogância de que nós somos proprietários da verdade suprema”. De fato, “donos” da verdade nós não somos. Mas nós a conhecemos! A Verdade é Cristo, e não há outra. Afirmações da natureza desta que o senhor proferiu induzem as pessoas a crer que a verdade é relativa ou até mesmo que não existe. Quando, na realidade, nem uma coisa nem outra procedem. Foi à Igreja que Cristo confiou a missão de ensinar e zelar pela Verdade. Quando, muitas vezes, pessoas imbuídas de um espírito de falso-ecumenismo admitem que todo aquele que prega diferente da Igreja, está ‘certo dentro da sua realidade’, está-se falseando a autêntica Doutrina, segundo a qual a verdade é objetiva, acessível, única, eterna (vide Tomás de Aquino, in De Veritatis). Outrossim, ao falar em uma “verdade suprema”, subentende-se que há uma ou mais verdades inferiores, submissas. O que não é também correto. Se existe uma, e somente uma, verdade, não há porque falar em verdade “suprema”. Fazendo uso de uma associação lógica, se – como diz o adágio latino – ubbi Ecclesia, ibbi Christus (onde está a Igreja, aí está Cristo); e se Cristo é a Verdade (Jo 14,6); então a Verdade está na Igreja. Por acaso é arrogante, feio ou pecaminoso apontar aos homens aquilo que eles às apalpadelas procuram há séculos? Se os homens estão sedentos de Verdade não podemos nós saciar-lhes mostrando onde ela se encontra?

E como explicar que, ao falar da condição adâmica do homem, o senhor tenha adotado a interpretação modernista segundo a qual a historicidade das escrituras fica reduzida ao nível das histórias da carochinha?! Dizer que Adão é uma imagem simbólica, metafórica, “fabulesca”, não faz parte da Doutrina Católica! O fato de a linguagem empregada no livro de Gênesis ser recheada de simbolismo não elimina o fato de que os acontecimentos nele narrados tenham se dado no tempo e no espaço tal como foram escritos. A interpretação literal complementa e enriquece a hermenêutica que se pode fazer a partir dos símbolos. Não é assim que ensina a Igreja?

Depois o senhor falou que durante muito tempo “nós (subentenda-se: Igreja) fomos omissos”. Parece-me que essa omissão se referia às questões ecológicas. Pelo amor de Deus, padre! A missão da Igreja é salvar a Amazônia ou salvar as almas? Que conversa é essa de “cristificação do universo”? Por que dar atenção a isso quando tantas almas se perdem na imoralidade, na heresia, na inércia espiritual?

Em seguida, veio aquela colocação, esdrúxula e totalmente non sense, de que a Igreja – que se considerava barca de Pedro – após o Concílio Vaticano II passou a se enxergar como Povo de Deus. Devo informar-lhe que a Igreja permanece sendo barca de Pedro, e o povo de Deus é – por assim dizer – a tripulação desta barca. Onde é que houve mudança na compreensão da eclesiologia?

Entre as críticas feitas pelos blogueiros, salientava-se a sua posição – no mínimo, omissa – quando o apresentador Jô Soares comentou que achava um absurdo que a Igreja considerasse que o matrimônio servia apenas à procriação. Pergunto: por que o senhor não afirmou, como ensina a Igreja, que o matrimônio tem duas finalidades: a unitiva e a procriativa? Por que não disse que, sim, o amor dos esposos importa e ele é – ou, pelo menos, deve ser – expresso pela unidade (de pensamento e de vontade) que os cônjuges demonstram em todas e cada uma de suas ações? Era tão simples desfazer a argumentação errônea do entrevistador e, ao mesmo tempo, aproveitar para instruir as pessoas segundo a Sã Doutrina! Pior que não ter ensinado no momento oportuno, foi o senhor afirmar que “o nosso discurso já mudou”! Diga-me, Pe. Fábio, acaso a doutrina imutável da Igreja perdeu a sua imutabilidade? O senhor crê, convictamente, que a Igreja está, dia após dia, se amoldando à mentalidade atual? Não seria missão da Esposa de Cristo formar na sociedade uma mentalidade cristã, isto é, fomentar um novo modo de pensar e de viver que esteja impregnado do perfume de Cristo? Ou é o contrário: o mundo é que deve catequizar a Igreja?

Em outro momento da entrevista o senhor afirmou que não “conseguia” celebrar a missa todos os dias? Não lhe parece estranho, e prejudicial, que a sua “agenda” não permita que o senhor celebre todos os dias a Eucaristia? Qual deve ser o centro da vida do sacerdote: o altar ou o palco? E quanto ao breviário? A sua “agenda” permite que o senhor o reze diariamente (considerando que não fazê-lo é pecado grave para o sacerdote)?

Depois veio a pergunta: “o senhor teve experiências sexuais antes de ser padre?” Creio um homem que consagrou (frise-se o termo: consagrou) sua sexualidade a Deus não deveria expor sua intimidade diante do público. Mas, já que a pergunta indecorosa foi feita, a resposta que esperei foi algo no sentido de fazer o interlocutor entender que aquela questão era de ordem privada; que não convinha ser tratada em público. Em resumo: algo como “não é da sua conta!”. Porém, que fez o senhor? Respondeu que teve, sim, experiências sexuais precedentes, mas “às escondidas”! Caro Pe. Fábio, o senhor acha que convém dar uma resposta deste tipo? Isso não induziria as pessoas a pensar que não existem padres castos (considerando que muitos confundem castidade com virgindade)? Isso não estimularia as pessoas a crer na falácia segundo a qual todo jovem já teve, tem ou deve ter experiências sexuais que precedam a sua decisão vocacional?

O senhor comentou, ainda, que “para a gente ser padre, a gente tem que ter amado na vida. É impossível (grifos meus) fazer uma opção pelo celibato, pela vida consagrada, se eu não tiver tido uma experiência de amar alguém de verdade”. O senhor acha, realmente, que o homem que nunca amou uma mulher não sabe amar? Baseado em que o senhor diz isso? Que dizer então do meu pároco que, tendo ido para o seminário aos 11 anos, nunca namorou? Ele é menos feliz por causa disso? Menos decidido pelo sacerdócio? Não creio que isso proceda.

O que se viu nessa malfadada entrevista à rede globo foi a apresentação de um comunicador, um cantor, um filósofo, um homem qualquer. Pudemos enxergar Fábio de Melo. E só. O padre passou desapercebidamente. De comunicadores, cantores e filósofos, já basta: nós os temos em número suficiente! Precisamos de padres! Padres que são, sim, homens por natureza; mas que tiveram sua dignidade elevada pelo caráter impresso no sacramento da Ordem. Homens que não são “como quaisquer outros” porque receberam a graça e a missão de agir in persona Christi. Temos carência de ver padres que ajam, falem e – até mesmo – se vistam, em conformidade com a sua dignidade sacerdotal.

Creio que muitos destes desdobramentos que eu estou expondo não foram sequer imaginados pelo senhor no momento em que concedeu a entrevista, e enquanto respondia às perguntas. Contudo, o ônus de quem se expõe à opinião pública é, exatamente, suportar os possíveis mal-entendidos que se geram quando as palavras são compreendidas de modo diverso da intenção e da mentalidade de quem as proferiu. Espero que tudo que eu falei aqui tenha sido realmente um grande mal-entendido… Sempre cabe, contudo, esclarecer os desentendimentos mais graves que possam prejudicar não só a sua imagem, mas a da Igreja como um todo. Um ensino errado pode levar uma alma à perdição.

Perdoe-me, sinceramente, a franqueza e, talvez, a dureza em alguns momentos. Mas eu precisava lhe expor as minhas dúvidas, impressões e inquietudes com relação a essa entrevista. Se o senhor se dignar me responder esta carta, ainda que de modo breve, sucinto, ficaria imensamente grato. Despeço-me rogando mais uma vez a sua bênção e garantindo-lhe as minhas orações em favor de seu sacerdócio e de sua alma.

Gustavo Souza,
Indigno filho da Santa Igreja Católica

Obs.: Esta carta foi encaminhada ao e-mail que consta como contato do reverendíssimo Pe. Fábio de Melo no seu site. Estou no aguardo da resposta…

Bento XVI mostra como música se converte em oração

Discurso após um concerto por ocasião de seu 4º aniversário de pontificado

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 30 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI mostrou na tarde desta quinta-feira como «a música se converte verdadeiramente em oração, abandono do coração em Deus», no discurso de agradecimento que pronunciou ao concluir um concerto realizado no Vaticano por ocasião do 4º aniversário de seu pontificado.

As composições musicais, oferecidas ao Papa pelo presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, na Sala Paulo VI, foram interpretadas pela Orquestra Sinfônica e o Coro Sinfônico de Milão «Giuseppe Verdi», dirigidos respectivamente pelas maestras Xian Zhang e Erina Gambarini.

Sentado no centro da Sala, junto ao presidente italiano e sua esposa, o Papa escutou a «Sinfonia número 95» de Franz Joseph Haydn – de quem se celebram os 200 anos de falecimento; a «Haffner», de Wolfgang Amadeus Mozart; o «Magnificat em sol menor» de Antonio Vivaldi; o famoso «Ave Verum Corpus», também de Mozart, que suscitou o comentário conclusivo do Santo Padre.

Nesta composição musical, disse no discurso de agradecimento o Papa Joseph Ratzinger, grande admirador de Mozart, «a meditação dá lugar à contemplação: o olhar da alma se detém sobre o Santíssimo Sacramento para reconhecer o Corpo do Senhor, o Corpo que foi verdadeiramente imolado na cruz e do qual surgiu o manancial da salvação universal».

«Mozart compôs este motete pouco antes de morrer, e nele se pode dizer que a música se converte verdadeiramente em oração, abandono do coração a Deus, com um sentido profundo de paz», assegurou o bispo de Roma.

O Papa agradeceu ao presidente napolitano por esta homenagem, que «conseguiu amplamente não só gratificar o sentido estético, mas ao mesmo tempo alimentar nosso espírito e, portanto, estou duplamente agradecido».

Ao iniciar o 5º ano de pontificado, o Papa pediu aos presentes: «Lembrai-vos de mim em vossas orações, para que eu possa cumprir sempre com meu ministério como quer  o Senhor».

Page 2 of 4

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén