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Já são 400 mil inscritos na Jornada Mundial da Juventude

Cardeal Rouco: oportunidade de descobrir os fundamentos da vida

MADRI, sexta-feira, 27 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Nesta quinta-feira, o cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, presidente do comitê organizador local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), pronunciou a conferência “A três meses da Jornada Mundial da Juventude”, no Fórum da Nova Sociedade.

Já há 400 mil inscritos no evento, de 182 países.

“Os jovens têm ‘toda uma vida adiante’ e a JMJ é uma oportunidade para que se deixem iluminar por Cristo e, no fundo do seu coração e em seus sentimentos de entrega e solidariedade, podem descobrir os fundamentos da sua vida”, explicou.

“Os frutos de entrega das JMJ podem ser observados claramente: são muitas as vocações ao sacerdócio, à vida consagrada, ao matrimônio, que surgem de da JMJ. Mas também, a longo prazo, supõem uma contribuição para a sociedade atual: energia para resolver a crise e fortalecer o caminho da paz”, destacou.

“Os problemas dos jovens estão nas situações de desemprego, mas sobretudo em seu coração, e este é o único lugar em que podem ser solucionados. A democracia vive de pressupostos que ela mesma não se pode dar. Deve beber de outras fontes de humanidade”, sublinhou.

O cardeal de Madri utilizou a comparação de uma casa em chamas com a situação atual: “Se estamos nesta situação, o importante é chamar os bombeiros, mas sobretudo, o mais importante é agir para que isso não volte a ocorrer e, para isso, é preciso algo mais do que soluções técnicas”.

As JMJ “são uma iniciativa pessoal de João Paulo II, que apostou em uma nova geração de jovens de 2000. Agora, Bento XVI retoma este legado. É o Papa quem convoca e atrai os jovens. Em sua última encíclica, Caritas in Veritate, ele aborda muitos problemas da sociedade atual, mas sempre há um ponto de referência: a entrega, a solidariedade, a caridade”, recordou.

“Não podemos nos esquecer de que a escolha da Espanha não foi por acaso, mas tem a ver com a projeção de riqueza espiritual da história deste país na história da Igreja e na cultura do Ocidente. Basta ver o selo espiritual dos padroeiros da JMJ: Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, Rosa de Lima, Francisco Xavier”, destacou.

“A imagem de Madri mudará durante os dias da JMJ, pois este acontecimento é da Igreja universal, mas também um grande encontro para a sociedade e a cidade que o acolhe”, destacou.

Na JMJ, além dos atos com o Papa, haverá todo um rico e polifacético programa de atividades culturais.

O cardeal de Madri agradeceu pelo apoio de todas as pessoas e empresas sem as quais não seria possível este acontecimento: “Agradeço às administrações públicas, que estão colaborando sem reservas, a toda a comunidade de Madri, às paróquias e movimentos, às comunidades de vida contemplativa, que nos apoiam com a sua oração, e muito especialmente aos milhares de voluntários da JMJ de todas as nacionalidades, que formam uma ‘ONU’ muito especial”.

Os pecados da Igreja

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Conta-se que Napoleão, o vencedor de tantas batalhas, após ter mantido o Papa Pio VII prisioneiro em Fontainebleau por longo tempo, queria tomar a Igreja Católica sob a sua tutela para assim alcançar a hegemonia total na Europa. Com isso em mente, redigiu uma Concordata que entregou ao Secretário de Estado, o cardeal Consalvi. O imperador disse ao cardeal que voltaria no dia seguinte e que queria o documento assinado.

Após ler a Concordata, Consalvi informou Sua Santidade de que assinar o documento equivaleria a vender a Igreja ao Imperador da França e, por conseguinte, implorou-lhe que não o assinasse. Quando Napoleão voltou, o cardeal informou-o de que o documento não havia sido assinado. O imperador começou então a usar um dos seus conhecidos estratagemas: a intimidação. Teve uma explosão de raiva e gritou: “Se este documento não for assinado, eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Ao que Consalvi calmamente retrucou: “Majestade, se os papas, cardeais, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em dezenove séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os anos da sua vida?”

Tenho um motivo real para relatar esse episódio. Consalvi deixa claro que embora existam inumeráveis pecadores no seio da Igreja, também em posições de governo, a Igreja conseguiu subsistir por ser a Esposa Imaculada de Cristo, santa e protegida pelo Espírito Santo. Como disse certa vez Hilaire Belloc, se a Igreja fosse uma instituição simplesmente humana, não teria sobrevivido aos muitos prelados medíocres e irresponsáveis que já a lideraram. Por que a Igreja sobrevive e continuará a sobreviver? A resposta é simples. Cristo nunca disse que daria líderes perfeitos à Igreja. Nunca disse que todos os membros da Igreja seriam santos. Judas era um dos Apóstolos, e todos aqueles que traem o Magistério da Esposa de Cristo tornam-se Judas. O que Nosso Senhor disse foi: As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

A palavra “Igreja” tem dois sentidos: um sobrenatural e outro sociológico. Para todos os não-católicos e, infelizmente, também para muitos católicos de hoje, a Igreja é uma instituição meramente humana, constituída por pecadores, uma instituição cuja história está carregada de crimes. É preocupante o fato de que o significado sobrenatural da palavra “Igreja” – a saber, a santa e imaculada Esposa de Cristo –  seja totalmente desconhecida da esmagadora maioria das pessoas, e até de um alto percentual de católicos cuja formação religiosa foi negligenciada desde o Vaticano II. Por isso, quando o Papa ou algum membro da hierarquia pede perdão pelos pecados dos cristãos no passado, muitas pessoas acabam pensando que a Igreja –  a instituição religiosa mais poderosa da terra – está finalmente a admitir as suas culpas e que a sua própria existência foi prejudicial à humanidade.

Na realidade, a Esposa de Cristo é a maior vítima dos pecados dos seus filhos; no entanto, é ela que implora a Deus que perdoe os pecados daqueles que pertencem ao seu corpo. É a Santa Igreja que implora a Deus que cure as feridas que esses filhos pecadores infligiram a outros, muitas vezes em nome da mesma Igreja que traíram.

Somente Deus pode redimir os pecados; é por isso que a liturgia católica é rica em orações que invocam o perdão de Deus. As vítimas dos pecados podem (e devem) perdoar o mal que sofreram, mas não podem de forma alguma perdoar o mal moral em si, e, caso se recusem a perdoar, movidas pelo rancor e pelo ódio, Deus, que é infinitamente misericordioso, nunca nega o seu perdão àqueles que o procuram de coração contrito.

A Santa Igreja Católica não pode pecar; mas muitas vezes é a mãe dolorosa de filhos díscolos e desobedientes. Ela dá-lhes os meios de salvação, dá-lhes o pão puro da Verdade. Mas não pode forçá-los a viver os seus santos ensinamentos. Isto aplica-se tanto a papas e bispos como aos demais membros da Igreja. Cristo foi traído por um dos seus Apóstolos e negado por outro. O primeiro enforcou-se; o segundo arrependeu-se e chorou amargamente.

A diferença entre os sentidos sobrenatural e sociológico da Igreja deve ser continuamente enfatizada, pois fatalmente causa confusão quando não é explicitada com clareza.

Assim como os judeus que aderem ao ateísmo traem tragicamente o seu título de honra – serem parte do povo escolhido de Deus –, assim os católicos romanos que pisoteiam o ponto central da moralidade – amar a Deus e, por Ele, o próximo –, traem um princípio sagrado da sua fé.

Por outro lado, em nome da justiça e da verdade, é forçoso mencionar que os católicos verdadeiros (aqueles que vivem a fé e enxergam a Santa Igreja com os olhos da fé) sempre ergueram a voz contra os pecados cometidos pelos membros da Igreja. São Bernardo de Claraval condenou em termos duríssimos as perseguições que os judeus sofreram na Alemanha do século XII (cf. Ratisbonne, Vida de São Bernardo). Os missionários católicos no México e no Peru protestavam constantemente contra a brutalidade dos conquistadores, geralmente movidos pela ganância. A Igreja deve ser julgada com base naqueles que vivem os seus ensinamentos, não naqueles que os traem. Recordo-me das palavras com que um amigo meu, judeu muito ortodoxo, lamentava o fato de muitos judeus se tornarem ateus: “Se somente um judeu permanecer fiel, esse judeu é Israel”. O mesmo pode ser dito com relação à Igreja Católica; apenas as pessoas fiéis ao ensinamento de Cristo podem falar em seu nome. Ela deve ser julgada de acordo com a santidade que alguns dos seus membros alcançam, não de acordo com os pecados e crimes de inúmeros cristãos que julgam os seus ensinamentos difíceis de praticar e que por isso traem a Deus na sua vida cotidiana.

Os pecadores, aliás, estão igualmente distribuídos pelo mundo e não são uma triste prerrogativa da religião católica. Se fosse assim, estaria justificada a afirmação de um dos meus alunos judeus em Hunter, feita diante de uma sala lotada: “Teria sido melhor para o mundo que o cristianismo nunca tivesse existido”. A história julgará se o conflito atual entre judeus e muçulmanos é moralmente justificável.

Este modesto comentário foi motivado pelo que disse um rabino à televisão, um dia após o pronunciamento histórico de João Paulo II na Basílica de São Pedro, a 12 de março de 2000, quando o Santo Padre pediu perdão pelos pecados dos cristãos no passado. O rabino não apenas achou o pedido de desculpas de Sua Santidade “incompleto” por não mencionar explicitamente o Holocausto (esquecendo-se de mencionar que os católicos eram e são minoria na Alemanha, país basicamente protestante), como também disse que os pecados cometidos pela Igreja foram freqüentemente endossados pelos seus líderes, dando a entender que o anti-semitismo faria parte da própria natureza da Igreja.

É digno de nota que somente o Papa tenha pedido desculpas pelos pecados cometidos pelos membros da Igreja. Não deveriam fazer o mesmo os hindus, por terem praticamente erradicado o budismo da Índia e forçado os seus membros a fugir para o Tibet, a China e o Japão? Não deveriam os anglicanos pedir desculpas por terem assassinado São Thomas More, São John Fisher e São Edmund Campion, para mencionar apenas três nomes? E quanto ao extermínio de um milhão de armênios pelos turcos em 1914? Ninguém fala a respeito desse “holocausto”; ninguém parece saber dele. E o extermínio de cristãos que acontece agora no Sudão? E a Inquisição Protestante ? (Grifos Meu)

Tal afirmação deixa claro que o rabino não tem a menor idéia daquilo que os católicos entendem por Esposa Imaculada de Cristo – uma realidade que não pode ser percebida ou compreendida por aqueles que usam os óculos do secularismo. Pergunto-me quando o “mundo” considerará que a Igreja já pediu desculpas suficientes. Por séculos a Igreja tem sido o bode expiatório ideal. O que os seus acusadores fariam se ela deixasse de existir?

Aqueles que a acusam de “silêncio” não estão apenas desinformados, mas pressupõem que eles próprios seriam heróicos se estivessem na mesma situação. Como o Papa Pio XII disse a meu marido numa entrevista privada, quando ainda era Secretário de Estado: “Não se obriga ninguém a ser mártir”. Quantas pessoas se julgam heróicas sem nunca terem sido realmente testadas! Quantos judeus arriscariam a vida para salvar católicos perseguidos? Por que esquecem que milhões de católicos também pereceram nos campos de concentração? Se a Gestapo tivesse apanhado o meu marido, considerado o inimigo número um de Hitler em Viena, tê-lo-ia feito em pedaços. Ele lutava contra o nazismo em nome da Igreja e perdeu tudo porque odiava a iniqüidade. Quantas pessoas fariam o mesmo – não na sua imaginação, mas na realidade?

Também não devemos esquecer que inúmeros católicos foram (e são) perseguidos por causa da sua fé. Mas um verdadeiro católico não espera desculpas dos seus perseguidores. Perdoa os seus perseguidores, quer eles lhe peçam desculpas, quer não. Reza por eles, ama-os em nome dAquele que padeceu e morreu pelos pecados de todos. É sempre lamentável ouvir um católico dizer: “Fulano e beltrano devem-me desculpas”.

Somente a pessoa que enxerga a Santa Igreja Católica (chamada santa cada vez que o Credo é recitado) com os olhos da fé, só essa pessoa compreende com imensa gratidão que a Igreja é a Santa Esposa de Cristo, sem ruga nem mácula, por causa da santidade do seu ensinamento, porque aponta o caminho para a Vida Eterna e porque dispensa os meios da graça, ou seja, os sacramentos.

O pecado é uma realidade medonha e que os pecados cometidos por aqueles que se dizem servos de Deus são especialmente repulsivos. Nunca serão excessivamente lamentados, mas devemos ter presente que, apesar de muitos membros da Igreja serem – infelizmente – cidadãos da Cidade dos Homens e não da Cidade de Deus, a Igreja permanece santa.

Hildebrand, Alice von. Os pecados da Igreja. Catholic Net.
[Traduzido por Silva Mendes]. Disponível em: http://www.catholic.net/rcc/Periodicals/Homiletic/2000-06/vonhildebrand.html

A verdadeira simplicidade e grandeza da santidade

Receita do Papa para ser santo: Eucaristia, oração, caridade

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de abril de 2011 (ZENIT.org) – O Papa Bento XVI disse hoje, diante dos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a audiência geral, que a santidade é algo simples e acessível a todos: viver a vida cristã.

Concretamente, ele salientou que o essencial é ir à Missa aos domingos, rezar todos os dias e tentar viver de acordo com a vontade de Deus, isto é, amando os outros.

O Santo Padre quis dedicar o encontro de hoje a refletir sobre a realidade da santidade, encerrando assim um ciclo sobre histórias de santos, que começou há dois anos e no qual percorreu as biografias de teólogos, escritores, fundadores e doutores da Igreja.

Em sua meditação, o Pontífice sublinhou que a santidade não é algo que o homem pode alcançar pelas suas forças, mas que vem pela graça de Deus.

“Uma vida santa não é primariamente o resultado dos nossos esforços, das nossas ações, porque é Deus, três vezes Santo (cf. Is 6, 3), que nos torna santos, e a ação do Espírito Santo, que nos anima a partir do nosso inteiro, é a própria vida de Cristo Ressuscitado, que se comunicou a nós e que nos transforma”, explicou.

A santidade, afirmou, “tem sua raiz principal da graça batismal, no ser introduzidos no mistério pascal de Cristo, com o qual Ele nos dá seu Espírito, sua vida de Ressuscitado”.

No entanto, acrescentou, Deus “sempre respeita a nossa liberdade e pede que aceitemos este dom e vivamos as exigências que ele comporta; pede que nos deixemos transformar pela ação do Espírito Santo, conformando a nossa vontade com a vontade de Deus”.

Partindo da premissa de que o amor de Deus já nos foi dado pelo Batismo, agora se trata, segundo Bento XVI, de “fazê-lo frutificar”.

“Para que a caridade, como uma boa semente, cresça na alma e nos frutifique, todo fiel deve ouvir a Palavra de Deus voluntariamente e, com a ajuda da sua graça, realizar as obras de sua vontade, participar frequentemente dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da liturgia sagrada, aproximar-se constantemente da oração, da abnegação, do serviço ativo aos irmãos e do exercício de todas as virtudes”, explicou.

Longe da linguagem solene, o Papa propôs “ir ao essencial”, resumindo a santidade em três pontos: o primeiro “é não deixar jamais um domingo sem um encontro com Cristo Ressuscitado na Eucaristia; isso não é um fardo, mas a luz para toda a semana”.

O segundo é “não começar nem terminar jamais um dia sem pelo menos um breve contato com Deus”.

E o terceiro, “no caminho da nossa vida, seguir os “sinais do caminho” que Deus nos comunicou no Decálogo lido com Cristo, que é simplesmente a definição da caridade em determinadas situações”.

“Penso que esta é a verdadeira simplicidade e grandeza da vida de santidade: o encontro com o Ressuscitado no domingo; o contato com Deus no começo e no final do dia; seguir, nas decisões, os ‘sinais do caminho’ que Deus nos comunicou, que são apenas formas da caridade.”

“Daí que a caridade para com Deus e para com o próximo sejam o sinal distintivo de um verdadeiro discípulo de Cristo. Esta é a verdadeira simplicidade, grandeza e profundidade da vida cristã, do ser santos”, acrescentou.

“Quão grande, bela e também simples é a vocação cristã vista a partir desta luz! – exclamou o Papa. Todos nós somos chamados à santidade: é a própria medida da vida cristã.”

“Eu gostaria de convidar todos vós a abrir-vos à ação do Espírito Santo, que transforma as nossas vidas, para ser, também nós, como peças do grande mosaico de santidade que Deus vai criando na história, de modo que o rosto de Cristo brilhe na plenitude do seu fulgor.”

Por isso, exortou, “não tenhamos medo de dirigir o olhar para o alto, em direção às alturas de Deus; não tenhamos medo de que Deus nos peça muito, mas deixemo-nos guiar, em todas as atividades da vida diária, pela sua Palavra, ainda que nos sintamos pobres, inadequados, pecadores: será Ele quem nos transformará segundo o seu amor”.

Os santos, afirmou o Papa, “nos dizem que percorrer esse caminho é possível para todos. Em todas as épocas da história da Igreja, em todas as latitudes da geografia no mundo, os santos pertencem a todas as idades e condições de vida, são rostos verdadeiros de todos os povos, línguas e nações”.

Em sua opinião, “muitos santos, nem todos, são verdadeiras estrelas no firmamento da história”, e não só “os grandes santos que eu amo e conheço bem”, mas também “os santos simples, ou seja, as pessoas boas que vejo na minha vida, que nunca serão canonizadas”.

“São pessoas normais, por assim dizer, sem um heroísmo visível, mas, na sua bondade de cada dia, vejo a verdade da fé. Essa bondade, que amadureceram na fé da Igreja, é a apologia segura do cristianismo e o sinal de onde está a verdade”, concluiu.

João Paulo II foi o “amigo da humanidade”, recorda seu mestre de cerimônias

Roma, 29 Mar. 11 / 01:39 pm (ACI)

A beatificação do Servo de Deus João Paulo II “é para todos a ocasião de nos reencontrarmos com este amigo da humanidade”, explicou Dom Piero Marini, quem fora Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias do defunto Papa.

Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano no dia 27 de março, Dom Marini afirmou que todos devemos “encontrar de novo a João Paulo II, escutá-lo falar de novo, interpretar de novo seus gestos, ser de novo tomados por seu amor para a evangelização”, já perto da grande festa eclesiástica de sua beatificação no 1º de maio.

O Arcebispo Marini, atual Presidente do Pontifício Conselho para os Congressos Eucarísticos Internacionais, animou os leigos e sacerdotes a “construir a santidade respondendo à vocação que o Senhor lhes deu em sua vida com humildade, com simplicidade, como fez João Paulo II que dedicou toda sua vida a anunciar o Evangelho”.

“Conseguiu através do anúncio da Palavra, através da celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, criar ao seu redor, em torno da figura do Papa, realmente a unidade da Igreja“, recordou.

Dom Marini explicou que a proximidade de Karol Wojtyla “ao povo santo de Deus”, foi o sinal emblemático de todo seu Pontificado, “aproximar-se às pessoas, aproximar-se das comunidades, inclusive às mais pequeninas, ver todos os pobres que quase queriam debruçar-se sobre ele…recordava as cenas evangélicas”.

O Prelado deseja que tanto crentes, como não crentes “considerem João Paulo II “um amigo, o queria ser amigo de todos”, para “encontrá-lo de novo, voltar a escutar suas palavras, voltar a ver seus gestos e poder entender, até o último ponto, seu modo de atuar a favor da Igreja”.

A imensa obra prima do Arquiteto de Deus

O Papa dedica a Sagrada Família, de Gaudí, em processo de beatificação

Por Renzo Allegri

ROMA, segunda-feira, 8 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Nesse domingo, 7 de novembro, Bento XVI fez a dedicação, em Barcelona, da basílica da Sagrada Família, uma das maravilhas da época moderna, planejada pelo arquiteto Antonio Gaudí, que está em processo de beatificação.

No último final de semana, Bento XVI esteve na Espanha para sua segunda viagem apostólica ao país. A visita se realizou em duas etapas: no sábado, dia 6, em Santiago de Compostela, para prestar uma homenagem ao apóstolo Tiago, evangelizador da Espanha, na celebração de seu jubileu. No dia seguinte, domingo, 7 de novembro, o Papa presidiu, em Barcelona, o rito solene de dedicação da igreja da Sagrada Família, a célebre obra prima de Antonio Gaudí, monumento símbolo de Barcelona e da Catalunha.

A Sagrada Família, cujo nome exato é Templo Expiatório da Sagrada Família, é uma das maiores obras primas arquitetônicas modernas. A obra de construção começou há 127 anos, mas ainda não foi terminada. Está prevista sua conclusão para o ano de 2030. Mas ainda que esteja incompleta, esta “catedral” já é uma das maravilhas admiradas pelo mundo inteiro, declarada patrimônio da humanidade pela Unesco: o único monumento que atrai mais de dois milhões de turistas por ano.

Muito além do seu valor artístico, enorme, a Sagrada Família possui um profundo significado religioso. Foi planejada como as míticas catedrais da Idade Média para ser, sobretudo, um extraordinário monumento à fé, um tratado teológico, um livro de pedra que explica Deus, a Criação, a história do homem. Seu autor, Antonio Gaudí, genial arquiteto e um santo singular, “materializou” nesta obra, à qual dedicou 40 anos de sua vida, a concepção teológica de Igreja, isto é, “lugar de celebração da eucaristia e do culto”, conceito que conquistou a admiração de Bento XVI, que desde sempre o manteve em suas diretrizes litúrgicas. Dentro da Sagrada Família, de fato não existe nada representado, nem sequer nas capelas laterais, que possa distrair a atenção do altar, do sacrário, da missa. As únicas três imagens presentes são a cruz, ou seja, Jesus homem-Deus; sua mãe, Nossa Senhora, e São José, ou seja, as duas pessoas que, com Ele, formam a Sagrada Família.

As representações ilustrativas, com inumeráveis imagens e símbolos, estão todas no exterior da igreja e tecem uma história imensa de todo o mistério cristão, de acordo com o ciclo do ano litúrgico. Além das figuras dos santos, episódios bíblicos e escritos religiosos, Gaudí quis enriquecer cada detalhe com símbolos, emblemas, elementos da flora e fauna catalã para que essa igreja fosse o mais representativo possível do povo. Dizia: “Minha obra está nas mãos de Deus e na vontade do povo”.

O simbolismo é a essência principal da Sagrada Família: reveste-a, recobre, apresentando-se em todos os lugares e em todas as suas possíveis formas. Um simbolismo forte, dantesco, “parlante”. O cardeal Francesco Ragonesi, que de 1913 a 1921 foi núncio apostólico na Espanha, quando foi visitar a obra da Sagrada Família, ficou muito impressionado por este simbolismo e disse a Gaudí, que lhe mostrava o projeto: “O senhor é o Dante da arquitetura”.

“Antonio Gaudí dedicou-se completamente a esta obra prima”, disse o padre Lluís Bonet i Armengol, pároco da Sagrada Família. “Quando recebeu a encomenda deste trabalho, Gaudí era um jovem arquiteto, mas já muito famoso. Pouco a pouco, trabalhando neste projeto, se envolveu completamente até o ponto de abandonar todas suas outras tarefas que lhe davam fama e riqueza, para dedicar-se por inteiro a esta obra imensa com a qual queria celebrar Deus através dos séculos”.

O padre Lluís Bonet i Armengol é filho de um famoso arquiteto que conheceu Gaudí e trabalhou com ele e, além de ser pároco da Sagrada família, é também o vice postulador da causa de beatificação de Gaudí.

Quando esteja terminada, a igreja será, provavelmente, a maior basílica do mundo. Atualmente, a obra está 60% completa. Estão terminadas a nave central, o pavimento, os vitrais, o altar maior e o dossel. Para a chegada do Papa, aproximadamente 7.000 fiéis poderiam aceder ao interior da basílica sobre uma superfície de 4.500 metros quadrados.

A Sagrada Família possui três grandes fachadas, às quais Gaudí deu os nomes de Natividade, Paixão e Glória, cada uma com três portas que simbolizam as três virtudes teologais: fé, esperança e caridade.

A fachada da natividade está orientada à saída do sol e representa a vida. Tem estilo gótico, com infiltrações modernistas, inumeráveis elementos da natureza, da flora e fauna, tartarugas, caracóis, gansos, galos e corujas que fazem com que a obra esteja cheia de vitalidade.

A fachada da Paixão lembra a paixão e norte de Jesus e celebra a desolação, a dor: apresenta-se despojada de adornos, com formas simples e poucos ornamentos, que lembram o outono e o inverno.

A terceira porta, a da Glória, que inda não está terminada, está orientada ao meio-dia e celebra o homem na Criação.

A parte mais alta da basílica lembra um bosque com grandes árvores que se elevam ao céu. A ideia fundamental da inspiração arquitetônica de Gaudí estava ligada à natureza. Através do estudo de suas formas, que são ordem e beleza, a natureza conduz a Deus Criador. “Meu mestre é a árvore do jardim fora da minha janela”, costumava dizer Gaudí. “Tudo nasce do grande livro da natureza”.

“Gaudí desenvolvia sua atividade de arquiteto com um espírito profundamente religioso, imbuído de oração e adoração – diz o padre Lluís Bonet –. De acordo com ele, a criação querida por Deus não está terminada, mas continua através das criaturas que trabalham no espírito de Deus”. Dizia: “Todos os que buscam as leis da natureza para modelar novas obras colaboram com o Criador”.

O cardeal Ricardo María Carles Gordó, que, como arcebispo de Barcelona, apoiou muito a abertura da causa de beatificação e Gaudí, diz; “Ele soube encontrar na natureza novas fontes de inspiração para sua arte e assim nos mostrou sobretudo que a criação é obra do Grande Artista que é Pai, que criou todo o mundo como um presente ao Filho, ‘expressão de sua glória e imagem de sua substância’”.

De acordo como projeto, na parte alta da Sagrada Família existem 18 torres que se elevam ao céu. Torres com forma de agulhas, hieráticas, solenes e de várias alturas. Dez representam os quatro evangelistas e cada uma delas está coroada pelo tradicional símbolo de cada evangelista: o anjo, o boi a águia e o leão. A torre mais alta é a dedicada a Nossa Senhora, coroada com uma coroa de estrelas. E, finalmente, a torre de Jesus, que supera a todas em altura e está coroada por uma grande cruz. Esta torre é visível desde muito longe: de dia brilha graças aos mosaicos que a compõem; de noite resplandece pelas luzes projetadas desde as outras torres.

Nascido en Reus, na Catalunha, em 1852, Antonio Gaudí pertencia a uma família modesta de artesãos, fabricantes de objetos de cobre e aço. Dede pequeno, mostrou uma especial vivacidade intelectual e a família decidiu fazê-lo estudar. Durante oito anos freqüentou a escola dos esculápios em Reus e depois a Escola de Arquitetura de Barcelona. Para pagar os estudos, trabalhava enfrentando grandes sacrifícios. Formou-se em Arquitetura em 1878 e rapidamente abriu seu pequeno estúdio em Barcelona. O começo foi difícil, mas seu gênio era prometedor e em pouco tempo chamou a atenção como um dos jovens arquitetos mais originais e inovadores. Surpreendia e entusiasmava com belas ideias e, além disso, vanguardistas.Vários empresários ricos faziam sorteio entre eles para contratá-lo e, para eles, Gaudí realizou, não somente em Barcelona, obras que continuavam atraindo multidão de admiradores.

“Entretanto, era um arquiteto particular – diz o padre Lluís. Não tinha sede de lucro, nem de glória, mas ardia de paixão por seu trabalho, uma paixão que surgia de sua profunda fé religiosa e transformava seu trabalho em uma contínua oração. Dedicava a Deus toda sua obra e buscava deixar nela, inclusive ainda que fosse uma obra civil, um ‘signo’ religioso, uma estátua de Nossa Senhora, a cruz e similares. Às vezes brigava com quem tinha lhe encomendado a obra, porque a Espanha, no começo do século XX, era varrida por um forte vento anárquico e um socialismo ateu, anticlerical. Ele nunca se curvou às modas políticas ou ideológicas, preferia perder o trabalho”.

Em 1883, Gaudí recebeu a encomenda da construção da Sagrada Família, quando tinha 31 anos. “A obra já tinha começado – explica o padre Lluís –. Uma associação de devotos de São José, surgida em 1866, queria construir uma igreja dedicada à Sagrada Família. Mas os dois arquitetos do projeto inicial não entravam em acordo e foi necessário substituí-los por um terceiro. Foi escolhido Gaudí, que era o joven artista emergente”.

“Gaudí, ex-assistente de um dos arquitetos beligerantes, aceitou a encomenda e se apaixonou pelo trabalho, que acabou se convertendo na razão de sua vida. O arquiteto mudou o projeto inicial por um novo, surpreendente, estudado até os mínimos detalhes. Uma obra gigante, que requeria uma montanha de dinheiro, mas que só contava com as escassas ajudas da Associação de São José. E Gaudí agarrou-se a esse santo, de quem era devota. Rezava todos os dias ao santo, a quem proclamou administrador de sua obra e antes de morrer disse que a obra tinha sido realizada por São José”.

“Em alguns momentos, quando o dinheiro faltava, Gaudí teve de mendigar. Ia pelas ruas de Barcelona pedindo ajuda. Muitos pensaram que estava louco. Não conseguiam conceber que um homem com seu gênio, que tinha podido amealhar enormes riquezas se limitasse aos projetos que a que, talvez, nunca poderia terminar”.

“Mas Gaudí não se importava com as fofocas. Com a ajuda das oferendas de pessoas pobres, continuou construindo. ‘São José acabará esta igreja’, dizia. ‘Na Sagrada Família tudo é fruto da Providência, incluída mina participação como arquiteto’”.

Infelizmente Gaudí só conseguiu terminar uma parte do projeto. Em 7 de junho de 1926, enquanto caminhava pela cidade, foi atropelado por um bonde. Hospitalizado, morreu três dias depois, no dia 10 de junho, e foi sepultado na cripta da igreja que estava construindo.

“Da obra, tinha realizado, entretanto, todos os esboços e os ilustrara com milhares de desenhos e anotações – explica o  Lluís –. Seus colaboradores puderam continuar assim a grande obra. Mas durante a Guerra Civil o espírito ateu que dominava a Espanha levou a grupos de bandidos a rebelar-se contra a obra de Gaudí. Destruíram parte dos esboços, profanaram o túmulo do arquiteto e tentaram demolir a igreja em contrução. Acabada a guerra, os modelos, baseados em desenhos e fotografias, foram recuperados e o trabalho pôde ser reiniciado.

Hoje, Antonio Gaudí está reconhecido como um dos grandes gênios da arquitetura.  Le Corbusier o definiu como “o maior arquiteto em pedra do século XX” e Joan Miró como “o primeiro entre os gênios”. Sua fama não está ligada só à Sagrada Família, mas a muitas outras obras extraordinárias realizadas pelas várias cidades da Espanha, quando jovem. Obras que o tornaram famoso em todo o mundo e atraem multidões de turistas.

“Mas não é possível separar o Gaudí-arquiteto do Gaudí-cristão”, do homem profundamente religioso – sustenta o padre Lluís –. Nas atas do processo diocesano estão recolhidos muitos testemunhos de pessoas que o conheceram, e todos afirmam que foi um grande santo. Uma santidade clássica e muito surpreendente, dada a sua profissão e sua fama artística; uma santidade feita de oração, de sacrifícios, de pobreza, de caridade com os pobres”.

“Ainda que fosse uma celebridade, todas as manhãs se levantava cedo para ir à missa. Saindo de casa, passava sempre a uma estátua de Santo Antônio para rezar. Sua pobreza era absoluta. Não tinha sequer o que vestir. Ia como um vagabundo. Quando morreu sob o bonde, não foi reconhecido e os serviços de resgate o levaram ao hospital da Santa Cruz, um albergue construído para os mendigos. Acreditaram que fosse um vagabundo sem teto. A notícia da morte do grande arquiteto se espalhou pela cidade. Uma grande multidão assistiu ao funeral. Eram, sobretudo, pessoas pobres às quais ele assistia e ajudava. Um jornal de Barcelona,  La Veu de Catalunya, deu o título: Em Barcelona morreu um gênio! Em Barcelona, nos deixou um santo! Inclusive as pedras choram”.

“A fama de santidade de Antonio Gaudí sempre esteve viva em Barcelona. Imediatamente depois de sua morte, foi publicado um livro onde 17 famosos escritores recordavam o grande personagem. Todos destacavam sua santidade e um dos capítulos se intitulava O arquiteto de Deus”.

“Gaudí está sepultado na cripta da Sagrada Família e eu, como pároco desta igreja, vejo todos os dias pessoas que vão a esse túmulo rezar e muitas contam ter recebido, por intercessão de Gaudí, graças extraordinárias”.

Calorosa recepção das relíquias do Padre Pio em Singapura

O santo também fez milagres na Ásia

SINGAPURA, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – As relíquias de São Pio de Pietrelcina levaram nessa quarta-feira centenas de pessoas à igreja do Espírito Santo, em Singapura, onde se honra o santo com um tríduo, no contexto de sua festividade.

Para a ocasião, o sacerdote italiano do convento de Nossa Senhora da Graça de São Giovannni Rotonto Ermelindo Di Capua levou até a cidade asiática duas relíquias do santo, informou a agência AsiaNews.

O padre Di Capua acompanhou São Pio nos últimos três anos de sua vida e há tempos viaja pelo mundo para promover a espiritualidade, a vida e os ensinamentos do frade capuchinho.

Uma das relíquias contém sangue seco de uma das mãos onde o Padre Pio recebeu os estigmas e a outra é uma luva manchada de sangue.

As relíquias foram expostas apenas durante uma noite e diversos fiéis foram à igreja para honrar o santo e pedir-lhe intercessão pela cura de doenças.

Entre os devotos se encontrava Teresa Lee, da paróquia de Nossa Senhora Estrela do Mar, que veio junto a seu marido, Pedro, sentado na cadeira de rodas por causa de um acidente vascular cerebral.

A mulher testemunhou ter vivido um milagre. “Ele estava muito doente – explicou – e alguém indicou fez rezar para o Padre Pio”.

“Depois de ter rezado, houve uma rápida recuperação – continuou –, e agora ele já pode caminhar curtas distâncias.”

Outra visitante, Margaret Lourdusany, 56 anos, devota do santo há três anos, explicou que “me atrai a humildade dele, com a qual viveu sua vida”.

“Tocar a relíquia – acrescentou – é como tocar o santo que reza junto a Jesus por nós e nos faz sentir mais próximos de Cristo.”

O Padre Pio é um santo muito popular em Singapura. Todo mês, a comunidade católica organiza encontros de oração em torno de sua figura, especialmente nas paróquias de Nossa Senhora de Lourdes, Espírito Santo e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Bento XVI exorta à fidelidade dos sacerdotes na Igreja Católica

LISBOA, 12 Mai. 10 / 03:36 pm (ACI).- Ao presidir a oração das Vésperas com os sacerdotes, religiosos e consagrados na Igreja da Santíssima Trindade em Fátima, o Papa Bento XVI alentou aqueles que entregam sua vida a Cristo e à Igreja no serviço aos demais a que vivam intensamente a fidelidade, alentando-se mutuamente e também promovendo as vocações sacerdotais.

Depois de agradecer a todos os que trabalharam na organização deste encontro, o Santo Padre se dirigiu aos consagrados e sacerdotes presentes nas seguintes palavras:
“A todos vós que doastes a vida a Cristo, desejo nesta tarde exprimir o apreço e reconhecimento eclesial. Obrigado pelo vosso testemunho muitas vezes silencioso e nada fácil; obrigado pela vossa fidelidade ao Evangelho e à Igreja.”.

“Permiti abrir-vos o coração para vos dizer que a principal preocupação de todo o cristão, nomeadamente da pessoa consagrada e do ministro do Altar, há-de ser a fidelidade, a lealdade à própria vocação, como discípulo que quer seguir o Senhor”.

Seguidamente o Papa se referiu ao Ano Sacerdotal que está prestes a terminar e fez votos para que “uma graça abundante desça sobre todos vós para viverdes a alegria da consagração e testemunhardes a fidelidade sacerdotal alicerçada na fidelidade de Cristo”.

“Isto supõe, evidentemente, uma verdadeira intimidade com Cristo na oração, pois será a experiência forte e intensa do amor do Senhor que há-de levar os sacerdotes e os consagrados a corresponderem ao seu amor de modo exclusivo e esponsal”, explicou.

Depois de ressaltar a profunda vivência do amor no Santo Cura D’Ars, o Papa mencionou quão importante atualmente é o testemunho os sacerdotes e consagrados e pediu aos presentes que considerem “a graça inaudita do vosso sacerdócio. A fidelidade à própria vocação exige coragem e confiança, mas o Senhor quer também que saibais unir as vossas forças; sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente”.

“Particular atenção vos devem merecer as situações de um certo esmorecimento dos ideais sacerdotais ou a dedicação a atividades que não concordem integralmente com o que é próprio de um ministro de Jesus Cristo. Então é hora de assumir, juntamente com o calor da fraternidade, a atitude firme do irmão que ajuda seu irmão a manter-se de pé”, exortou.

Deste modo animou a manter “dentro de vós e ao vosso redor, a inquietude por suscitar – secundando a graça do Espírito Santo – novas vocações sacerdotais entre os fiéis. A oração confiante e perseverante, o amor jubiloso à própria vocação e um dedicado trabalho de direção espiritual permitir-vos-ão discernir o carisma vocacional naqueles que são chamados por Deus”.

Dirigindo-se logo aos seminaristas, o Santo Padre disse: “o Papa encoraja-vos a serdes conscientes da grande responsabilidade que ides assumir: examinai bem as intenções e as motivações; dedicai-vos com ânimo forte e espírito generoso à vossa formação”.

A Eucaristia, continuou, “centro da vida do cristão e escola de humildade e serviço, deve ser o objeto principal do vosso amor. A adoração, a piedade e o cuidado do Santíssimo Sacramento, durante estes anos de preparação, farão com que um dia celebreis o Sacrifício do Altar com unção edificante e verdadeira”.

Bento XVI disse logo: “neste caminho de fidelidade, amados sacerdotes e diáconos, consagrados e consagradas, seminaristas e leigos comprometidos, guia-nos e acompanha-nos a Bem-aventurada Virgem Maria”.

“Com Ela e como Ela somos livres para ser santos; livres para ser pobres, castos e obedientes; livres para todos, porque desapegados de tudo; livres de nós mesmos para que em cada um cresça Cristo, o verdadeiro consagrado do Pai e o Pastor ao qual os sacerdotes emprestam voz e gestos, de Quem são presença; livres para levar à sociedade actual Jesus Cristo morto e ressuscitado, que permanece conosco até ao fim dos séculos e a todos Se dá na Santíssima Eucaristia”, concluiu.

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