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O Senhor dos Anéis

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A luta contra o Mal, o peso do fardo carregado por um inocente para a salvação do mundo, o valor do amor e da amizade, a união em torno de um objetivo comum, todos esses valores cristãos são retratados de maneira fantástica na trilogia “O Senhor dos Anéis”, do grande escritor católico J.R.R. Tolkien. Nestes dias em que se recordam os 40 anos de sua morte, nada melhor que adentrar ao mundo criado por ele, enxergando por trás de seu imaginário a história da salvação oferecida por Cristo aos homens.

Fonte: padrepauloricardo.org

O Papa frente ao aborto: “Nossa resposta é um sim decidido e sem hesitações à vida”

Nossa resposta é um sim decidido e sem hesitações à vida

VATICANO, 20 Set. 13 / 02:58 pm (ACI).- O Papa Francisco reiterou nesta manhã a sua clara postura ante a “cultura do descartável” do aborto, que procura a eliminação dos seres humanos mais frágeis, e disse que “a nossa resposta a esta mentalidade é um ‘sim’ decidido e sem hesitações à vida” que é sempre sagrada e inviolável.

Segue na íntegra a tradução do discurso pronunciado em italiano nesta manhã pelo Pontífice ante os ginecologistas católicos participantes do encontro promovido pela Federação Internacional das Associações de Médicos Católicos. Este discurso se faz ainda mais importante logo depois da manipulação de alguns meios seculares da extensa entrevista feita ao Papa e publicada ontem, tentando apresentar o Santo Padre como oposto à luta pró-vida e pró-família.

Discurso do Papa Francisco:

“Peço-vos desculpa pelo atraso… Esta foi uma manhã um pouco complicada devido às audiências… Peço-vos desculpa.

1. A primeira reflexão que gostaria de partilhar com vocês é esta: nós assistimos hoje a uma situação paradoxal, que diz respeito à profissão médica. Por um lado constatamos – e agradecemos a Deus – os progressos da medicina, graças ao trabalho de cientistas que, com paixão e sem descanso, se dedicam à procura de novos tratamentos.? Entretanto, por outro lado, encontramos também o perigo de que o médico esqueça a própria identidade de servo da vida. A desorientação cultural tem afetado também aquilo que parecia um âmbito intocável: o vosso, a medicina! Mesmo estando por natureza a serviço da vida, as profissões de saúde são induzidas às vezes a não respeitar a própria vida.

Em vez disso, como nos recorda a Encíclica Caritas in veritate, “a abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento”. Quando uma sociedade se encaminha para a negação e a supressão da vida, não encontra a motivação e a energia necessária para esforçar-se no serviço do verdadeiro bem do homem. Se se perde a sensibilidade pessoal e social para com o acolhimento de uma nova vida, também outras formas de acolhimento úteis à vida secam. O acolhimento da vida revigora as energias morais e capacita para a ajuda recíproca (n. 28).

A situação paradoxal está no fato de que, enquanto se atribuem à pessoa novos direitos, às vezes mesmo direitos presumidos, nem sempre se protege a vida como valor primário e direito primordial de cada homem. O fim último do agir médico permanece sendo sempre a defesa e a promoção da vida.

2. O segundo ponto: neste contexto contraditório, a Igreja faz apelo às consciências, às consciências de todos os profissionais e voluntários de saúde, de maneira particular de vocês ginecologistas, chamados a colaborar no nascimento de novas vidas humanas. A vossa é uma singular vocação e missão, que necessita de estudo, de consciência e de humanidade. Um tempo atrás, as mulheres que ajudavam no parto eram chamadas “comadre”: é como uma mãe com a outra, com a verdadeira mãe. Também vocês são “comadres” e “compadres”, também vocês.

Uma generalizada mentalidade do útil, a “cultura do descartável”, que hoje escraviza os corações e as inteligências de tantos, tem um altíssimo custo: requer eliminar seres humanos, sobretudo se fisicamente ou socialmente mais frágeis. A nossa resposta a esta mentalidade é um “sim” decidido e sem hesitação à vida. ‘O primeiro direito de uma pessoa humana é a sua vida. Essa tem outros bens e alguns desses são mais preciosos: mas é aquele o bem fundamental, condição para todos os outros” (Congregação para a Doutrina da Fé, Declaração sobre aborto provocado, 18 de novembro de 1974, 11).

As coisas têm um preço e podem ser vendidas, mas as pessoas têm uma dignidade, valem mais que as coisas e não têm preço. Tantas vezes, encontramo-nos em situações onde vemos que aquilo que custa menos é a vida. Por isto a atenção à vida humana em sua totalidade transformou-se nos últimos tempos em uma verdadeira prioridade do Magistério da Igreja, particularmente àquela majoritariamente indefesa, isso é, as pessoas com deficiência, doentes, o nascituro, a criança, o idoso, que é a vida mais indefesa.
No ser humano frágil cada um de nós é convidado a reconhecer a face do Senhor, que na sua carne humana experimentou a indiferença e a solidão à qual às vezes condenamos os mais pobres, seja nos Países em via de desenvolvimento, seja nas sociedades afluentes.

Toda criança não nascida, mas condenada injustamente a ser abortada, tem a face de Jesus Cristo, tem a face do Senhor, que mesmo antes de nascer, e depois apenas nascido experimentou a rejeição do mundo. E cada idoso, e – falei da criança: vamos aos idosos, outro ponto! E cada idoso, mesmo se enfermo ou no fim de seus dias, leva em si a face de Cristo. Não se pode descartar, como nos propõe a “cultura do descartável”! Não se pode descartar!

3. O terceiro aspecto é um mandato: sejam testemunhas e difusores desta “cultura da vida”. O vosso ser católico comporta uma maior responsabilidade: antes de tudo para com vocês mesmos, para com o compromisso de coerência com a vocação cristã; e depois para com a cultura contemporânea, para contribuir a reconhecer na vida humana a dimensão transcendente, a marca da obra criadora de Deus, desde o primeiro instante de sua concepção.

Este é um compromisso de nova evangelização que requer às vezes ir contracorrente, pagando pessoalmente. O Senhor conta também com vocês para difundir o “evangelho da vida”.

Nesta perspectiva, as enfermarias dos hospitais de ginecologia são lugares privilegiados de testemunho e de evangelização, porque lá onde a Igreja se faz “veículo da presença de Deus” vivo, transforma ao mesmo tempo “instrumento de uma verdadeira humanização do homem e do mundo” (Congregação para a Doutrina da Fé, Nota doutrinal sobre alguns aspectos da evangelização, 9).

Amadurecendo a consciência de que no centro da atividade médica e assistencial está a pessoa humana na condição de fragilidade, a estrutura de saúde transforma-se em “lugar no qual a relação de cuidado não é trabalho – a vossa relação de cuidado não é trabalho – mas missão; onde a caridade do Bom Samaritano é a primeira cátedra e a face do homem sofredor, a Face própria de Cristo” (Bento XVI, Discurso à Universidade Católica do Sagrado Coração de Roma, 3 de maio de 2012).

Queridos amigos médicos, vocês são chamados a ocuparem-se da vida humana na sua fase inicial, recordem todos, com os fatos e com as palavras, que esta é sempre, em todas as suas fases e em toda idade, sagrada e é sempre de qualidade. E não por um discurso de fé – não, não, – mas de razão, por um discurso de ciência! Não existe uma vida mais sagrada que a outra, como não existe uma vida humana qualitativamente mais significativa que a outra. A credibilidade de um sistema de saúde não se mede somente pela eficiência, mas, sobretudo, pela atenção e amor para com as pessoas, cuja vida sempre é sagrada e inviolável.

Não deixem nunca de rezar ao Senhor e à Virgem Maria, para ter a força de cumprir bem o vosso trabalho e testemunhar com coragem – com coragem! Hoje é necessário coragem – testemunhar com coragem o “evangelho da vida”! Muito obrigado!”.

O humilde será exaltado

A humildade é uma virtude e Nosso Senhor é o nosso máximo modelo: “aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29).

Baseado em Santo Tomás de Aquino, o Padre Antonio Royo Marín define a humildade como “uma virtude derivada da temperança que nos inclina a coibir o apetite desordenado da própria excelência , dando-nos o justo conhecimento de nossa pequenez e miséria, principalmente com relação a Deus” (Teología de la perfección cristiana, n. 355).

Ou seja, a humildade se opõe diretamente à soberba, pois a soberba é exatamente isto: um desejo irracional e contrário à verdade dos fatos (desordenado) de se elevar acima dos outro (excelência, do latim, excellĕre, elevar-se acima, ser superior, sobrepujar).

Por isto a soberba tem sempre um caráter delirante e a humildade nos trás de volta à realidade. Santa Teresa D’Ávila nos explica a ligação entre a humildade e a verdade.

Uma vez estava eu considerando por que razão era Nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e logo se me pôs diante – a meu parecer sem eu considerar nisso, mas de repente – isto: é porque Deus é a suma Verdade, e a humildade é andar na verdade. E é muito grande verdade não termos coisa boa de nós mesmos, senão a miséria e sermos nada; e, quem isto não entende, anda em mentira. Quem melhor o entende, mais agrada à suma Verdade, porque anda nela. Praza a Deus, irmãs, nos faça mercê de não sairmos nunca deste próprio conhecimento, amém. (Castelo interior, Moradas sextas, 10, 7).

Texto original em espanhol:

Una vez estaba yo considerando por qué razón Nuestro Señor era tan amigo de esta virtud de la humildad, y púsoseme delante, a mi parecer sin considerarlo, sino de presto, esto: que es porque Dios es suma Verdad, y la humildad es andar en verdad; que lo es muy grande no tener cosa buena de nosotros, sino la miseria y ser nada; y quien esto no entiende, anda en mentira. A quien más lo entienda, agrada más a la suma Verdad, porque anda en ella. Plegué a Dios, hermanas, nos haga merced de no salir jamás de este propio conocimiento. Amén.

Mas se desejamos praticar a humildade devemos recordar que não bastam os bons propósitos. Tão logo a alma se determina a ser humilde de coração, lhe vem a tentação da vaidade ou a indignação diante das humilhações. Três então são os meios para chegarmos a uma autêntica humildade:

  1. O pedido humilde e incessante a Deus. “Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes” (Tiago 1, 17).
  2. A meditação sobre a vida de Nosso Senhor como modelo incomparável de humildade (nascimento em Belém, a vida em Nazaré, o amor aos pobres, a morte na cruz e, hoje, o escondimento na Eucaristia).
  3. A imitação de Nossa Senhora, a Virgem Santíssima, Rainha dos Humildes.

No Ângelus do dia 29 de agosto de 2010, o Papa Bento XVI nos ensinou a fazer uma leitura cristológica do evangelho deste domingo:

O Senhor não pretende dar uma lição sobre boas maneiras, nem sobre a hierarquia entre as diversas autoridades. Mas ele insiste sobre um ponto decisivo, que é o da humanidade: “Todo aquele que se exalta será humilhado, e o que se humilha será exaltado” (Lc 14, 11). Esta parábola, num significado mais profundo, faz pensar também na posição do homem em relação a Deus. O “último lugar” pode representar de fato a condição da humanidade degradada pelo pecado, condição da qual só a encarnação do Filho Unigênito a pode elevar. Por isto o próprio Cristo “ocupou o último lugar no mundo — a cruz — e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu e ajuda sem cessar” (Enc. Deus caritas est, 35).

Fonte: Equipe Christo Nihil Praeponere

Amar os inimigos é difícil mas é o que nos pede o Senhor, afirma o Papa

VATICANO, 19 Jun. 13 / 08:58 am (ACI/EWTN Noticias).- Como podemos amar aqueles que “tomam a decisão de bombardear e assassinar a tantas pessoas”? Como “podemos amar aqueles que por amor ao dinheiro não deixam que os remédios cheguem aos idosos e os deixam morrer”? Ou aqueles que só procuram “o próprio interesse, o próprio poder e fazem tanto mal”? “Amar o inimigo parece uma coisa difícil, mas é o que nos pede o Senhor”, disse o Papa Francisco na missa que celebrou ontem, terça-feira 18 de junho, na Casa Santa Marta.

O Pontífice ressaltou que para perdoar os inimigos, é fundamental rezar por eles, pedir ao Senhor que lhes transforme o coração. A liturgia destes dias, continuou, propõe justamente esta “atualização das leis que Jesus faz”, da lei do Monte Sinai à Lei do Monte das Bem-aventuranças. E sublinhou que todos nós temos inimigos, mas no fundo nós mesmos podemos converter-nos em inimigos dos outros.

“Tantas vezes também nos convertemos em inimigos dos outros: não gostamos deles. E Jesus nos diz que temos que amar os inimigos! E isto não é fácil! Não é fácil, achamos que Jesus nos pede muito! Deixamos isto para as freiras de clausura, que são santas; deixamos isto para alguma alma Santa, mas na vida comum isto não é possível. Mas isto tem que ser possível! Jesus diz: ‘Não, temos que fazer isto! Porque, caso contrário, vocês serão como os publicanos, como os pagãos. Não serão cristãos’”.

Então como podemos amar nossos inimigos? Jesus, explicou o Papa, “nos diz duas coisas”: acima de tudo olhar ao Pai que “faz surgir o sol sobre maus e bons” e “faz chover sobre justos e injustos”. Deus “tem amor para todos”. E logo, continuou, Jesus nos pede ser “perfeitos como é perfeito o Pai Celeste”, “imitar ao Pai com aquela perfeição do amor”.

Jesus, adicionou, “perdoa seus inimigos”, “faz de tudo para perdoá-los”. Por outro lado, vingar-se não é cristão. Mas como podemos chegar a amar nossos inimigos? Rezando. “Quando a gente reza por aquilo que nos faz sofrer –afirmou o Papa– é como se o Senhor viesse com o azeite para preparar nossos corações para a paz”:

“Rezar! É o que nos aconselha Jesus: ‘Rezem por seus inimigos! Rezem por aqueles que os perseguem! Rezem!’ e digam a Deus: ‘transforme seu coração. Tem um coração de pedra, mas muda-o, dai-lhe um coração de carne, que sinta e que ame’. Deixo para vocês só esta pergunta e cada um responda em seu coração: ‘Rezo por meus inimigos? Rezo por aqueles que não gostam de mim?’ Se dissermos ‘sim’, eu direi: ‘Adiante, reza cada vez mais, esse é um bom caminho’. Se a resposta for ‘não’, o Senhor diz: ‘Pobrezinho, também você é inimigo dos outros!’”.

“Rezar para que o Senhor mude o coração deles. Também podemos dizer: ‘Mas esta pessoa me faz muito mal’, ou eles fizeram coisas más, e isto empobrece as pessoas, empobrece a humanidade. E com tal argumento pretendemos levar adiante a vingança, isso do olho por olho, dente por dente”.

É verdade, ressaltou o Papa, o amor pelos inimigos “nos empobrece”. Mas “nos faz pobres” como Jesus “quando veio até nós, rebaixou-se e se fez pobre” por nós. Alguma pessoa, observou, poderia dizer que isto não é um bom negócio “se o inimigo me fizer mais pobre” com certeza, “segundo os critérios do mundo não é um bom negócio”.

Mas este, assegurou o Papa, é “o caminho que Jesus seguiu” que de rico se fez pobre por nós. Naquela pobreza, “naquele abaixamento de Jesus -sublinhou- encontra-se a graça que justificou a todos, que nos fez ricos”. É o “mistério de salvação”:

“Com o perdão, com o amor ao inimigo, tornamo-nos mais pobres: o amor nos empobrece, mas aquela pobreza é semente de fecundidade e de amor pelos outros. Como a pobreza de Jesus, que se converteu em graça de salvação para todos nós, riqueza… Nós que estamos hoje nesta Missa, pensemos em nossos inimigos e naqueles que não gostam de nós: seria muito bom que oferecêssemos a Missa por eles: Jesus, o sacrifício de Jesus, por eles, por aqueles que não nos amam”.

Santo Sudário é do primeiro século, explica especialista

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O Santo Sudário se formou com uma poderosíssima descarga elétrica e a sua datação encontra novas relevâncias científicas que o colocam na época de Cristo. Esses são os dois dados que emergem da apresentação do estudioso do Lençol Sagrado, professor Giulio Fanti, por ocasião do Congresso Eucarístico Nacional alemão, realizado de 5 a 9 de junho, em Colônia, na Alemanha.

Rádio Vaticano – Quais as últimas experiências realizadas sobre o Sudário?

Professor Fanti: “Através do financiamento de algumas escolas fizemos um estudo de datação baseado nas análises RAMAN e IF-TR – que são duas análises específicas de espectrometria e química – e uma análise mecânica “multiparamétrica”. Todas essas análises foram realizadas sobre uma amostra original proveniente do Sudário, após ter determinado uma escala de valores, utilizando uma série de amostras antigas partindo de 3.000 a.C. até os nossos dias. Todas as três datações evidenciaram datas ao redor do século I d.C., e como resultado final, veio fora que a data mais provável do Sudário com uma certeza de 95% é de 33 a.C. Portanto, compreende precisamente a época na qual viveu Jesus Cristo”.

Rádio Vaticano
 – E quais particularidades do Sudário chamaram a sua atenção, o senhor que o estuda há mais de 15 anos muito de perto?

Professor Fanti: “Há uma particularidade que é extremamente importante, e é a da imagem corpórea. A imagem corpórea ainda hoje não é possível reproduzir. Há vários estudiosos de várias entidades mundiais, que estão procurando dar uma explicação de como se formou essa imagem. Eu também, com vários colaboradores, cheguei à hipótese, creio a mais provável, que esta imagem tenha se formada após uma intensa explosão de energia, muito intensa, mas breve. Muito provavelmente, essa explosão de energia é de tipo elétrico, ligada a fortes campos elétricos da ordem de 50 milhões de volts. Quem diz isso é o cientista Igor Bensen, estadunidense, que por primeiro fez análises neste sentido; 50 milhões de volts significa concentrar no mesmo instante 50 raios, essa é a entidade da energia que seria necessária para formar uma imagem semelhante a do Sudário. Eis porque ainda hoje, também em laboratório, não se conseguiu reproduzir algo desse gênero”.

Fonte: Rádio Vaticano

As obras da Igreja devem ser feitas com coração de pobreza, afirma o Papa

Papa Francisco

VATICANO, 11 Jun. 13 / 02:54 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia naMissa celebrada nesta manhã na Capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco remarcou que as obras da Igreja, embora algumas sejam um pouco complexas, devem-se realizar “com coração de pobreza, não com coração de investimento ou de empresário”.

O Santo Padre sublinhou que “o anúncio do Evangelho deve ser feito no caminho da pobreza. O testemunho desta pobreza: não tenho riquezas, a minha riqueza é somente o dom que recebi, Deus”.

“A gratuidade: esta é a nossa riqueza! E esta pobreza nos salva do nos tornarmos organizadores, empresários”.

O Papa sublinhou o mandamento de Jesus “recebestes de graça, de graça dai!”, e advertiu que “quando nós pretendemos fazer isso de tal forma que deixamos a graça de lado, o Evangelho não é eficaz”.

“A pregação evangélica nasce da gratuidade, da surpresa da salvação. E aquilo que eu recebi gratuitamente, devo dar gratuitamente”, disse o Papa, assinalando que os apóstolos “atuaram assim desde o início”.

“São Pedro não tinha uma conta bancária, e quando teve que pagar os impostos, o Senhor o enviou ao mar para pescar um peixe e encontrar a moeda dentro do peixe para pagar. Felipe, quando encontrou o ministro da economia da rainha Candace, não pensou: ‘Ah, bem, façamos uma organização para sustentar o Evangelho…’ Não! Não fez um ‘negócio’ com ele: anunciou, batizou e foi embora”.

Francisco indicou que “a Igreja não é uma ONG. É outra coisa, mais importante, e nasce desta gratuidade. Recebida e anunciada”.

A pobreza “é um dos sinais desta gratuidade”, ao tempo que o outro sinal é “a capacidade de louvor. Quando um apóstolo não vive esta gratuidade, perde a capacidade de louvar o Senhor”.

Louvar o Senhor, disse o Papa, “é essencialmente gratuito, é uma oraçãogratuita: não pedimos, só louvamos”.

O Reino de Deus, assinalou o Santo Padre, “é um dom gratuito” e advertiu que desde as origens da comunidade cristã existiu “a tentação de buscar força para além da gratuidade”, o que cria confusão, pois nesses casos “o anúncio parece proselitismo, e por esse caminho não se avança”.

Entretanto, remarcou, “nossa força é a gratuidade do Evangelho”, pois o Senhor “nos convidou a anunciar, não a fazer partidários”.

Citando Bento XVI, Francisco sublinhou que “a Igreja cresce não por proselitismo, mas sim por atração, e essa atração vem do testemunho daqueles que desde a gratuidade anunciam a gratuidade da salvação”.

“Quando encontramos apóstolos que querem fazer uma Igreja rica e uma Igreja sem a gratuidade do louvor, a Igreja envelhece, a Igreja se converte em uma ONG, a Igreja não tem vida“, advertiu.

O Santo Padre exortou os fiéis pedir ao Senhor “a graça de reconhecer esta gratuidade: ‘recebestes de graça, de graça dai. Reconhecer esta gratuidade, este dom de Deus. E também nós prosseguirmos na pregação evangélica com esta gratuidade”.

O Papa exorta erradicar as idolatrias sutis e escondidas na própria vida

VATICANO, 06 Jun. 13 / 02:35 pm (ACI/EWTN Noticias).- Cada um de nós vive com pequenas ou grandes idolatrias, mas o caminho que nos leva a Deus passa por um amor que é exclusivo a Ele, como Jesus nos ensinou. Afirmou assim nesta quinta-feira o Papa Francisco na missa matutina da Casa Santa Marta.

Quando o escriba se aproximou de Jesus para perguntar-lhe qual era, segundo ele, “o primeiro de todos os mandamentos”, provavelmente sua intenção não era tão inocente. Foi assim que o papa Francisco iniciou a sua homilia, avaliando o comportamento do homem que, na narração evangélica da liturgia de hoje, se dirige a Cristo dando a impressão de “coloca-lo a prova”, ou de “fazê-lo cair na armadilha”.

E quando o escriba responde aprovando a passagem bíblica de Jesus: “o Senhor nosso Deus é o único Senhor”, o Papa chamou atenção sobre o comentário de Cristo: “Não estás longe do Reino de Deus”.

Essencialmente, disse Francisco, com o “não estás longe”, Jesus queria dizer ao escriba: “sabes muito bem a teoria”, mas “ainda te falta um longo caminho para o Reino de Deus”, ou seja, deves caminhar para transformar em “realidade este mandamento”, já que “a confissão de Deus” se faz no “caminho da vida“.

O Santo Padre acrescentou que “não é suficiente dizer: ‘Mas eu acredito em Deus, Deus é o único Deus’. Está bem, mas como você vive este caminho devida? Porque podemos dizer: ‘O Senhor é o único Deus e não existe outro’, mas ao mesmo tempo viver como se Ele não fosse o único Deus e ter outras deidades a nossa disposição. É o perigo da idolatria: a idolatria que chega a nós com o espírito do mundo. E Jesus, nisto, era claro: o espírito do mundo, não. E na última ceia Jesus pede ao Pai que nos defenda do espírito do mundo, porque o espírito do mundo nos conduz à idolatria”.

“A idolatria é sutil”, todos nós “temos nossos ídolos escondidos” e “o caminho da vida para chegar, para não estar longe do Reino de Deus”, implica “descobrir os ídolos escondidos”. Um comportamento que já se encontra naBíblia -recorda-, lê-se no episódio no qual Raquel, mulher de Jacó, finge não ter ídolos consigo, os quais levou da casa do seu pai e os escondeu atrás do seu cavalo.

Também nós, disse Francisco, “os escondemos em um cavalo, mas temos que buscá-los e destrui-los”, porque a única maneira de seguir a Deus é a de um amor baseado na “lealdade”.

“E a lealdade -prosseguiu-, nos pede que espantemos os ídolos, descobri-los: estão escondidos na nossa personalidade, na nossa forma de vida. Mas estes ídolos escondidos fazem que não sejamos fiéis no amor. O apóstolo São Tiago, quando diz: ‘Quem é amigo do mundo, é inimigo de Deus’, começa dizendo: ‘Vocês adúlteros!’. Reprova-nos, mas com o adjetivo: adúlteros! Por que? Porque quem é “amigo” do mundo é um idólatra, não é fiel ao amor de Deus! O caminho para não estar longe, para avançar no Reino de Deus, é um caminho de lealdade que se assemelha ao do amor nupcial”.

Enquanto que “com as pequenas idolatrias que temos”, como é possível, não ser fiel “a um amor tão grande?”. Para isso, é necessário confiar em Cristo, que é “fidelidade plena” e que “tanto nos ama”.

“Podemos dizer agora a Jesus: ‘Senhor, você que é tão bom, ensina-me o caminho para estar cada dia menos longe do Reino de Deus, aquela forma de espantar todos os ídolos’. É difícil, mas temos que começar… Os ídolos escondidos nos muitos cavalos que temos na nossa personalidade, na nossa forma de vida: mandar para longe o ídolo do mundano, que nos leva a converter-nos em inimigos de Deus. Peçamos esta graça em Jesus, hoje.”

Concelebraram com o papa o arcebispo de Curitiba (Brasil), Dom José Vitti; e os bispos de Ibiza (Espanha), Dom Juan Segura, e de Sagar (Índia), Dom Chirayath Anthony. Conforme informou a Rádio Vaticano, também assistiram empregados da Biblioteca Apostólica Vaticano, acompanhados pelo vice-prefeito Ambrogio Paizzoni, e por um grupo do pessoal da Universidade Lateranense, acompanhados pelo vice-reitor, Dom Patrick Valdrini.

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