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O Papa: Deus cria o homem para o amor e não para o pecado que tudo destrói

VATICANO, 06 Fev. 13 / 03:57 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua catequese semanal da Audiência Geral das quartas-feiras, o Papa Bento XVI refletiu novamente sobre o Credo, desta vez sobre Deus criador do céu e da terra, e explicou que o Senhor cria tudo bom e que o ápice desta criação é o homem e a mulher, criados para o amor e não para o pecado que “destrói tudo”.

Ante milhares de fiéis presentes na Sala Paulo VI no Vaticano, o Papa sublinhou que “Deus se manifesta como Pai na criação, enquanto origem davida e, ao criar, mostra a sua onipotência. A fé implica, portanto, saber reconhecer o invisível, identificando o seu traço no mundo visível”.

“O crente pode ler o grande livro da natureza e entender sua linguagem; mas é necessária a Palavra de revelação, que suscita a fé, para que o homem possa chegar à plena consciência da realidade de Deus como Criador e Pai”.

O Papa explicou a importância da criação, relatada no primeiro capítulo do livro do Gênesis onde se pode ver que “a vida surge, o mundo existe, porque tudo obedece à Palavra divina”.

“Mas a nossa pergunta hoje é: na época da ciência e da técnica, ainda tem sentido falar de criação? Como devemos compreender as narrações de Gênesis? A Bíblia não quer ser um manual de ciências naturais; quer, em vez disso, fazer compreender a verdade autêntica e profunda das coisas”.

O Santo Padre ressaltou logo que “a verdade fundamental que os relatos de Gênesis nos revelam é que o mundo não é um conjunto de forças entre conflitantes, mas tem a sua origem e a sua estabilidade no Logos, na Razão eterna de Deus que continua a sustentar o universo”.

“Há um desígnio sobre o mundo que nasce desta Razão, do Espírito criador. Acreditar que na base de tudo esteja isto, ilumina cada aspecto da existência e dá coragem para enfrentar com confiança e com esperança a aventura da vida”.

“Então, a escritura nos diz que a origem do ser, do mundo, a nossa origem não é o irracional ou as nossas necessidades, mas a razão e o amor e a liberdade. Disto a alternativa: ou prioridade do irracional, da necessidade, ou prioridade da razão, da liberdade, do amor. Nós acreditamos nesta última posição”.

Bento XVI disse que o ápice da criação é o homem e a mulher, o ser humano, criados a imagem e semelhança de Deus por amor e para o amor; que vivem o paradoxo de ser algo pequeno no meio do universo, frente à grandeza do amor eterno que o Senhor quer para todos.

O Papa assegurou que a dignidade humana é inviolável porque é imagem e semelhança de Deus, o que “indica, então, que o homem não é fechado em si mesmo, mas tem uma referência essencial em Deus”.

Depois de ressaltar que o homem deve cuidar e cultivar a criação de acordo ao plano divino, o Pontífice se referiu à tentação personificada pela serpente no relato do Gênesis: “a serpente levanta a suspeita de que a aliança com Deus seja como uma prisão que une, que priva da liberdade e das coisas mais belas e preciosas da vida”.

“A tentação convida a construir sozinho o mundo no qual viver, não aceitar os limites do ser criatura, os limites do bem e do mal, da moralidade; a dependência do amor criador de Deus é visto como um fardo do qual libertar-se. Este é sempre o núcleo da tentação. Mas quando se distorce a relação com Deus, com uma mentira, colocando em seu lugar, todos os outros relacionamentos são alterados”.

Então, continuou o Papa, “o outro transforma-se em um rival, em uma ameaça: Adão, depois de ter cedido à tentação, acusa imediatamente Eva; os dois se escondem da vista daquele Deus com o qual conversavam em amizade; o mundo não é mais o jardim no qual viver com harmonia, mas um lugar para desfrutar e no qual se escondem armadilhas; a inveja e o ódio contra a outro entram no coração do homem: a exemplo de Caim que mata o próprio irmão Abel”.

“Indo contra o seu criador, na verdade o homem vai contra si mesmo, renega a sua origem e também a sua verdade; e o mal entra no mundo, com a sua penosa prisão de dor e de morte. E assim tudo quanto Deus havia criado era bom, na verdade, muito bom, depois desta livre decisão do homem pela mentira contra a verdade, o mal entra no mundo”.

Bento XVI se referiu logo ao pecado, concretamente ao pecado original, e disse que “em primeiro lugar, devemos considerar que nenhum homem é fechado em si mesmo, nenhum pode viver sozinho, por si só; nós recebemos a vida do outro e não somente no momento do nascimento, mas a cada dia”.

“O ser humano é relacional: eu sou eu mesmo somente no tu e através do tu, na relação do amor com o Tu de Deus e o tu dos outros. Bem, o pecado é perturbar ou destruir a relação com Deus, esta é a sua essência: destruir a relação com Deus, a relação fundamental, colocar-se no lugar de Deus”.

“O Catecismo da Igreja Católica afirma que com o primeiro pecado o homem “fez a escolha de si mesmo contra Deus, contra as exigências da própria condição de criatura e consequentemente contra o próprio bem” (n. 398). Perturbada a relação fundamental, são comprometidos ou destruídos também os outros polos da relação, o pecado arruína as relações, assim arruína tudo, porque nós somos relações”.

Ante a realidade do pecado, explica o Santo Padre, “o homem sozinho não pode sair desta situação, não pode redimir-se sozinho; somente o próprio Criador pode restabelecer as relações certas. Somente se Aquele do qual nós fomos desviados vem a nós e nos toma pela mão com amor, as relações corretas podem ser retomadas”.

Cristo é o que restaura ao ser humano: “Jesus, o Filho de Deus, está em uma relação filial perfeita com o Pai, reduz-se, transforma-se servo, percorre o caminho do amor humilhando-se até a morte de cruz, para reordenar a relação com Deus. A Cruz de Cristo transforma-se assim na nova árvore da vida”.

Para concluir o Papa disse: “Queridos irmãos e irmãs, viver de fé quer dizer reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa pequenez, a nossa condição de criatura deixando que o Senhor a transborde com o seu amor e assim cresça a nossa verdadeira grandeza. O mal, com a sua carga de dor e sofrimento, é um mistério que vem iluminado pela luz da fé, que nos dá a certeza de poder ser libertos: a certeza de que é bom ser um homem”.

O Papa: Deus se fez homem para curar tudo o que nos separa dele

VATICANO, 09 Jan. 13 / 03:09 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVIalentou aos fiéis católicos de todo o mundo a recuperar o assombro ante o mistério da Encarnação que ilumina a vida e explicou que Deus assumiu a condição humana para curar “tudo o que nos separa Dele”.

Em sua catequese semanal, diante de milhares de fiéis presentes na Sala Paulo VI, o Santo Padre disse que “neste tempo natalício nos concentramos mais uma vez sobre o grande mistério de Deus que desceu do Céu para entrar na nossa carne. Em Jesus, Deus encarnou-se, transformou-se homem como nós, e assim nos abriu o caminho para o seu Céu, para a comunhão plena com Ele”.

“Deus assumiu a condição humana para curá-la de tudo aquilo que a separa Dele, para permitir-nos chamá-lo, no seu Filho Unigênito, com o nome de “Abbá, Pai” e ser verdadeiramente filhos de Deus”.

O Santo Padre ressaltou que “é importante então recuperar o assombro diante do mistério, deixar-nos envolver pela magnitude deste acontecimento: Deus, o verdadeiro Deus, Criador de tudo, percorreu como homem nossos caminhos, entrando no tempo do homem, para comunicar-nos sua própria vida. E não o fez com o esplendor de um soberano, que sujeita o mundo ao seu poder, mas com a humildade de uma criança”.

O Papa disse logo que quando no Evangelho de São João se diz que “O Verbo se fez carne”, esta última palavra, segundo o costume hebraico, “indica o homem na sua integralidade, todo o homem, mas propriamente sobre o aspecto da sua transitoriedade e temporalidade, da sua pobreza e contingência. Isto para nos dizer que a salvação trazida por Deus fazendo-se carne em Jesus de Nazaré toca o homem na sua realidade concreta e em qualquer situação que se encontra”.

Bento XVI afirmou logo que a expressão “o Verbo se fez carne” é “uma daquelas verdades à qual nós estamos tão habituados que quase não nos afeta mais a grandeza do evento que essa exprime. E efetivamente neste período natalício, no qual tal expressão retorna sempre na liturgia, às vezes se fica mais atento aos aspectos exteriores, às “cores” da festa, que ao coração da grande novidade cristã que celebramos: algo absolutamente impensável, que somente Deus poderia operar e no qual podemos entrar somente com a fé”.

Como segundo ponto de sua catequese o Papa referiu-se aos que se trocam no Natal, destacando que são uma expressão de amor e estima que recorda a entrega total de amor a Deus “para os homens, doou a si mesmo por nós; Deus fez de seu Filho único um presente para nós, assumiu a nossa humanidade para doar-nos a sua divindade”.

“Este é o grande presente. Também no nosso presentear não é importante que um presente seja caro ou não; quem não pode doar um pouco de si mesmo, doa sempre muito pouco; na verdade, às vezes busca-se substituir o coração e o compromisso de doação de si com o dinheiro, com coisas materiais”.

Bento XVI ressaltou que “o fato da Encarnação, de Deus que se fez homem como nós, nos mostra o realismo sem precedentes do amor divino. O agir de Deus, na verdade, não se limita às palavras, de fato poderíamos dizer que Ele não se contenta em falar, mas se imerge na nossa história e assume para si o cansaço e o peso da vida humana”.

“Este modo de agir de Deus é um forte estímulo para nos interrogarmos sobre o realismo da nossa fé, que não deve ser limitado à esfera do sentimento, das emoções, mas deve entrar no concreto da nossa existência, deve tocar, isso é, a nossa vida de cada dia e orientá-la também de modo prático. Deus não parou nas palavras, mas nos indicou como viver, partilhando da nossa própria experiência, exceto no pecado.?”.

Citando logo a São João quem recorda algumas passagens do Gênesis sobre a Criação, o Santo Padre disse que “o Evangelista alude claramente à história da criação que se encontra nos primeiros capítulos do Livro de Gênesis, e o lê à luz de Cristo. Este é um critério fundamental na leitura cristã da Bíblia: o Antigo e o Novo Testamento devem sempre ser lidos em conjunto e do Novo se revela o sentido mais profundo também do Antigo”.

“Os Padres da Igreja têm aproximado Jesus de Adão, tanto para defini-lo ‘segundo Adão’ ou o Adão definitivo, a imagem perfeita de Deus. Com a Encarnação do Filho de Deus acontece uma nova criação, que dá a resposta completa à pergunta: ‘Quem é o homem?’”.

“Somente em Jesus se manifesta plenamente o projeto de Deus sobre o ser humano: Ele é o homem definitivo segundo Deus”.

O Papa sublinhou também que “o Concílio Vaticano II o reitera com força: ‘Na realidade, somente no mistério do Verbo encarnado encontra verdadeira luz o mistério do homem …Cristo, novo Adão, manifesta plenamente o homem ao homem e revela a eles a sua vocação’”.

“Naquele menino, o Filho de Deus contemplado no Natal, podemos reconhecer a verdadeira face não somente de Deus, mas a verdadeira face do ser humano; e somente abrindo-nos à ação da sua graça e procurando a cada dia segui-Lo nós percebemos o projeto de Deus para nós, para cada um de nós”.

“Queridos amigos –concluiu o Papa– neste período meditemos a grande e maravilhosa riqueza do Mistério da Encarnação, para deixar que o Senhor nos ilumine e nos transforme sempre mais à imagem do seu Filho feito homem para nós”.

As vantagens de se receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca

Comunhão na boca

Ensina-nos a nossa Santa Mãe Igreja que o Santíssimo Sacramento é a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso, falando a respeito do ato de receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, o Papa Paulo VI, na instrução Memoriale Domini, de 29 de maio 1969 (posterior ao Concílio Vaticano II, portanto), recomenda: “Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada.”

A prática tradicional que a Santa Igreja adota há vários séculos é que os fiéis recebam o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Entretanto, existe hoje a concessão para que se receba o Corpo de Nosso Senhor na mão. Assim, em matéria moral, é lícito tanto receber o Corpo de Nosso Senhor na boca como na mão. Porém, a recomendação oficial do Santa Igreja é que se conserve a prática de receber Nosso Senhor na boca. E as normas litúrgicas são bem claras em afirmar que ?os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão.” (Notificação da Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino, de Abril de 1985). Não tem, pois, um sacerdote o direito de se negar a ministrar o Corpo de Nosso Senhor na boca.

O Papa Paulo VI deixa claro que, se na antiguidade, em algum local foi comum a prática dos fiéis receberem o Corpo de Nosso Senhor na mão, houve nas normas litúrgicas um amadurecimento neste sentido para se passasse a receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Assim diz Paulo VI: “Com o passar do tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado.”

Mas quais são as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca? O Papa Paulo VI fala de duas: a maior reverência à Sua Presença Real e a maior segurança para que não se percam os fragmentos do Seu Corpo. Assim ele se expressa: “Essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente porque ela tem atrás de si uma tradição multissecular, mas sobretudo porque ela exprime a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. Esse modo de fazê-lo não fere em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam desse sacramento tão elevado, e é apropriado à preparação requerida para receber o Corpo do Senhor da maneira mais frutuosa possível. Essa reverência exprime bem a comunhão, não ?de um pão e de uma bebida ordinários? (São Justino), mas do Corpo e do Sangue do Senhor, em virtude da qual ?o povo de Deus participa dos bens do sacrifício pascal, reatualiza a nova aliança selada uma vez por todas por Deus com os homens no Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prefigura e antecipa o banquete escatológico no Reino do Pai? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n.3) Por fim, assegura-se mais eficazmente que a santa comunhão seja administrada com a reverência, o decoro e a dignidade que lhe são devidos de sorte que seja afastado todo o perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, ?de uma maneira única, Cristo total e todo inteiro, Deus e homem, se encontra presente substancialmente e de um modo permanente? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n. 9); e para que se conserve com diligência todo o cuidado constantemente recomendado pela Igreja no que concerne aos fragmentos do pão consagrado.”

Em relação à esta maior reverência de que o Papa Paulo VI fala, o senso litúrgico da Santa Igreja tem o ato de evitar tocar no Sagrado como sinal de reverência. No Antigo Testamento, Deus proíbe que se toque na Arca da Aliança que Ele manda fabricar (Ex 25,10-22; 2Sm 6,6-7). A este respeito também que Santo Tomás de Aquino, doutor da Santa Igreja, na Summa Teológica (Summa, III pars, q.82, art. 3), afirma que ?por reverência a este sacramento, nada o toca, a não ser o que é consagrado; portanto, o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma forma as mãos do sacerdote, para tocarem este sacramento.” Também o saudoso Papa João Paulo II escreveu: ?Tocar as Sagradas Espécies s e distribui-las com as próprias mãos é um privilegio dos ordenados.” (Dominicae Cenae, 24 de fevereiro de 1980) Por isso, o Sagrado Magistério ordinariamente só permite que os sacerdotes e diáconos toquem no Corpo de Nosso Senhor. Tanto que o Corpo de Nosso Senhor só pode ser recebido na mão como concessão especial, e “o ministro ordinário da Sagrada Comunhão é o Bispo, o Presbítero ou o Diácono” (Código de Direito Canônico, 910); os ministros extroardinários da Sagrada Comunhão só podem atuar quando houver uma necessidade real e extraordinária – como o próprio nome diz.

Se na Santa Ceia, Nosso Senhor entregou o Seu Corpo nas mãos dos Santos Apóstolos, não podemos esquecer que eles eram Bispos, e como Sacerdotes que são, tocam ordinariamente o Corpo de Nosso Senhor.

Tal ato externo de reverência exprime e testemunha a fé da Santa Igreja, em reconhecer que a hóstia consagrada não é um pãozinho, uma rosquinha ou uma bolacha Trakinas, mas é o Corpo de Nosso Senhor.

Se a intimidade a qual Nosso Senhor se entrega a nós no Santo Sacrifício da Missa é verdadeira, também é verdadeira a reverência que devemos à Ele como verdadeiro Deus. A reverência não se opõe à intimidade, nem a intimidade se opõe a reverência. Neste sentido, o saudoso Papa João Paulo II escreve em sua última encíclica: ?Se a idéia de “banquete” inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta “intimidade” com seu Esposo, recordando-se que ele é também seu Senhor e que, embora “banquete”, permanece sempre um banquete sacrifical, assinalado com o sangue derramado no Gólgota.” (EE 48)

Se nos cultos protestantes se tem o costume tradicional de receber o pão na mão, é porque lá não se acredita na Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento – e neste caso é pão mesmo, pois os protestantes romperam com a Sucessão Apostólica, ou seja, lá não há sacerdotes validamente ordenados, e portanto não poderiam celebrar a Santa Missa nem se quisessem.

Em ambientes católicos, os teólogos ditos “progressistas” vão na mesma linha e incentivam a prática de receber o Corpo de Nosso Senhor na mão; uma conhecida religiosa brasileira (que aliás, combate explicitamente o ensinamento da Sagrado Magistério ao defender a utopia do sacerdócio feminino) contraria de forma absurda a argumentação de Santo Tomás de Aquino e dos Papas, dizendo: “A comunhão deve ser recebida na mão ou na boca? Na maioria das dioceses, esse problema já foi superado há muito tempo; entendemos que somente crianças muito pequenas necessitam receber comida na boca. E o povo de Deus não quer ser infantilizado por mais tempo.” (Ione Buyst, em “A Missa, memória de Jesus no coração da vida”; p. 139) Que ousadia terrível uma religiosa comparar o Corpo de Nosso Senhor com uma comida qualquer e afirmar que o Sagrado Magistério nos infantiliza ao recomendar reverência à Ele!

Aqui, é preciso deixar claro que não podemos condenar a atitude de quem recebe, em determinada situação, o Corpo de Nosso Senhor na mão, por motivos justos. Aqui se enquadra o exemplo de uma pessoa que em determinada situação opta em receber o Corpo de Nosso Senhor na mão de um ministro que se sabe que lhe desagrada ministrar o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, para evitar conflitos com tal ministro. Porém, tais razões podem ser muito pessoais e subjetivas, por isso aqui não nos cabe julgamento do ato.

Além do mais, sempre será mais santa a atitude daquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na mão estando em estado de graça, do que aquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na boca estando em estado de pecado mortal. Porém, não podemos relativizar a questão a tal ponto de ignorarmos as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor na boca.

Fonte: Reino da Virgem Mãe de Deus.
Fonte 2: Veritatis Splendor.

Religiosas abandonam anglicanismo para entrar na Igreja Católica

As Irmãs da Santíssima Virgem Maria

LONDRES, 03 Jan. 13 / 03:55 pm (ACI/EWTN Noticias).- Onze religiosas da Comunidade da Santíssima Virgem, uma das primeiras ordens anglicanas criadas depois da separação da Igreja Católica no século XVI, uniram-se ao Ordinariato criado pelo Papa Bento XVI para receber a ex-anglicanos.

As tensões ao interior dos anglicanos estão ficando mais fortes a raiz de terem tentado aprovar a ordenação de mulheres bispos, disposição que foi aprovada pelos bispos mas rejeitada pelos leigos em novembro de 2012.

A Santa Sé anunciou, em janeiro de 2011, a criação oficial do Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham para a Inglaterra e Gales, como “uma estrutura canônica que permite uma reunião corporativa de tal modo que os ex-anglicanos possam ingressar na plena comunhão com a Igreja Católica preservando elementos de seu patrimônio anglicano”.

As ex-religiosas anglicanas, cujas idades variam entre os 45 e os 83 anos, foram recebidas na Igreja Católica em 1º de janeiro, e serão conhecidas daqui para frente como as Irmãs da Santíssima Virgem Maria.

Em sua homilia, o Pe. Daniel Seward, Pároco do Oratório de Oxford (Inglaterra), deu as boas-vindas às religiosas à Igreja Católica, e lhes assegurou que “ao que vocês se estão unindo não é nada estranho ou estrangeiro, mas é o seu próprio patrimônio”.

“O gênio espiritual de São Bento, cuja regra vocês vivem, o estudo e a prática da sagrada liturgia, e a veneração e amor à Mãe de Deus, Nossa Senhora de Walsingham, todas estas coisas são parte da antiga glória deste país, que foi uma vez uma ilha de Santos e de Maria”.

As religiosas permanecerão em sua atual residência de forma temporária, até que encontrem um lar permanente.

Antífonas Maiores: Ó Oriente

oriente

Fonte: Portal A12

Pe. Evaldo César de Souza, C.Ss.R.

O Oriens

splendor lucis æternæ, et sol justitiæ

Veni et illumina sedentes in tenebris

et umbra mortis.

Ó Oriente

esplendor da luz eterna e sol da justiça

Vinde e iluminai os que estão sentados

nas trevas e à sombra da morte.

Referências Bíblicas: Zc 6,12; Hb 1,2-3; Is 62,1;Ml 3,20.

O Cristo- Oriente nos recorda a origem da luz; do Oriente vem o Salvador para iluminar as trevas de nossa vida; Cristo é o sol nascente que nos veio visitar, conforme o cântico do “Benedictus”. O tema central dessa antífona é a luminosidade que nos traz o filho de Deus, luz que revelada em parte na Transfiguração e que foi plena na Ressurreição.

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Bento XVI pede que os jovens não tenham medo de seguir o Senhor Jesus na vocação sacerdotal

VATICANO, 15 Dez. 12 / 02:42 pm (ACI).- Em sua mensagem com motivo da próxima celebração da 50ª Jornada Mundial de oração pelas vocações, o Papa Bento XVI exortou os jovens de todo o mundo a não terem medo de seguir Jesus nem de percorrer com intrepidez os exigentes caminhos da caridade e do compromisso generoso.

A Jornada Mundial de oração pelas vocações se realiza no dia 21 de abril de 2013, IV Domingo de Páscoa, e terá como tema “As vocações, sinal da esperança fundada na fé”, e no marco do Ano da Fé e o 50 aniversário do início do Concílio Ecumênico Vaticano II.

O Santo Padre assinalou aos jovens em sua mensagem que, ao seguir Jesus, “serão felizes de servir, serão testemunhas daquele gozo que o mundo não pode dar, serão chamas vivas de um amor infinito e eterno, e aprenderão a dar razão de sua esperança”.

O Papa remarcou que é necessário para as vocações “crescer na experiência de fé, entendida como relação profunda com o Jesus, como escuta interior de sua voz, que ressona dentro de nós”.

Bento XVI indicou que a oração constante e profunda faz crescer a fé da comunidade cristã na certeza de que Deus nunca abandona o seu povo e o sustenta suscitando vocações especiais ao sacerdócio e à vida consagrada, para que sejam sinais de esperança para o mundo.

O Santo Padre afirmou que “Também hoje, como aconteceu durante a sua vida terrena, Jesus, o Ressuscitado, passa pelas estradas da nossa vida e vê-nos imersos nas nossas atividades, com os nossos desejos e necessidades”.

“É precisamente no nosso dia-a-dia que Ele continua a dirigir-nos a sua palavra; chama-nos a realizar a nossa vida com Ele, o único capaz de saciar a nossa sede de esperança. Vivente na comunidade de discípulos que é a Igreja, Ele chama também hoje a segui-Lo. E este apelo pode chegar em qualquer momento. Jesus repete também hoje: «Vem e segue-Me!» (Mc 10,21)”.

“Para acolher este convite, é preciso deixar de escolher por si mesmo o próprio caminho. Segui-Lo significa entranhar a própria vontade na vontade de Jesus, dar-Lhe verdadeiramente a precedência, antepô-Lo a tudo o que faz parte da nossa vida: família, trabalho, interesses pessoais, nós mesmos. Significa entregar-Lhe a própria vida, viver com Ele em profunda intimidade, por Ele entrar em comunhão com o Pai no Espírito Santo e, consequentemente, com os irmãos e irmãs. Esta comunhão de vida com Jesus é o «lugar» privilegiado onde se pode experimentar a esperança e onde a vida será livre e plena”, assinalou.

Bento XVI indicou que a resposta de um discípulo de Jesus para dedicar-se ao sacerdócio ou à vida consagrada é um dos frutos mais amadurecidos da comunidade cristã, que ajuda a olhar com particular confiança e esperança ao futuro da Igreja e a sua tarefa de evangelização.

Esta tarefa, disse o Santo Padre, sempre necessita de novos operários para a predicação do Evangelho, a celebração da Eucaristia e o sacramento da reconciliação.

Bento XVI: A Reconciliação é a via mestra da Nova Evangelização

VATICANO, 07 Out. 12 / 03:28 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na homilia da Missacelebrada na manhã deste domingo na ocasião em que o Papa Bento XVI, que inaugurou a XIII Assembléia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, assegurou que “deixar-se reconciliar com Deus e com o próximo é a via mestra da nova evangelização”.

O Sínodo dos Bispos deste ano tem como tema central “A nova evangelização para a transmissão da fé cristã”.

O Santo Padre precisou que “só purificados, os cristãos podem encontrar o legítimo orgulho da sua dignidade de filhos de Deus, criados à Sua imagem e redimidos pelo sangue precioso de Jesus Cristo, e podem experimentar a sua alegria, para compartilhá-la com todos, com os de perto e os de longe.”.

Bento XVI expressou que ao olhar o ideal da vida cristã, “expressado na chamada à santidade”, vemos com humildade “a fragilidade de muitos cristãos, antes, o seu pecado, pessoal e comunitário, que se apresenta como um grande obstáculo para a evangelização; e nos encoraja a reconhecer a força de Deus que, na fé, vem ao encontro da fraqueza humana.”.

“Portanto, não se pode falar da nova evangelização sem uma disposição sincera de conversão”, sublinhou.

O Santo Padre pediu aos Bispos participantes no Sínodo, no início da Assembléia, “acolher o convite a fixar os olhos no Senhor Jesus, ‘coroado de glória e honra por sua paixão e morte’”.

“A Palavra de Deus nos coloca diante do crucificado glorioso, de modo que toda a nossa vida e, em particular, o compromisso desta assembléia sinodal, se desenvolva na presença d’Ele e à luz do seu mistério. A evangelização, em todo tempo e lugar, teve sempre como ponto central e último Jesus, o Cristo, o Filho de Deus (cf. Mc 1,1); e o Crucificado é por excelência o sinal distintivo de quem anuncia o Evangelho: sinal de amor e de paz, chamada à conversão e à reconciliação. Sejamos nós, Venerados Irmãos, os primeiros a ter o olhar do coração dirigido a Ele, deixando-nos purificar pela sua graça”.

Bento XVI assinalou que “o Crucificado é por excelência o sinal distintivo de quem anuncia o Evangelho: sinal de amor e de paz, chamada à conversão e à reconciliação”.
“Sejamos nós, Venerados Irmãos, os primeiros a ter o olhar do coração dirigido a Ele, deixando-nos purificar pela sua graça”, alentou o Pontífice.

O Papa refletiu brevemente, sobre a «nova evangelização», relacionando-a com a evangelização ordinária e com a missão da gente.

“A Igreja existe para evangelizar. Fiéis ao mandamento do Senhor Jesus Cristo, seus discípulos partiram pelo mundo inteiro para anunciar a Boa Nova, fundando, por toda a parte, comunidades cristãs. Com o passar do tempo, essas comunidades tornaram-se Igrejas bem organizadas, com numerosos fiéis”, apontou o Santo Padre.

O Santo Padre também sublinhou durante sua homilia de forma especial “o tema do matrimônio”, pois merece “uma atenção especial”.

“O matrimônio se constitui, em si mesmo, um Evangelho, uma Boa Nova para o mundo de hoje, em particular para o mundo descristianizado. A união do homem e da mulher, o ser «uma só carne» na caridade, no amor fecundo e indissolúvel, é um sinal que fala de Deus com força, com uma eloqüência que hoje se torna ainda maior porque, infelizmente, por diversas razões, o matrimônio, justamente nas regiões de antiga tradição cristã, está passando por uma profunda crise”.

“O matrimônio se fundamenta, enquanto união do amor fiel e indissolúvel, na graça que vem do Deus Uno e Trino, que em Cristo nos amou com um amor fiel até a Cruz. Hoje, somos capazes de compreender toda a verdade desta afirmação, em contraste com a dolorosa realidade de muitos matrimônios que, infelizmente, acabam mal”.

Bento XVI assinalou que existe uma “clara correspondência entre a crise da fé e a crise do matrimônio. E, como a Igreja afirma e testemunha há muito tempo, o matrimônio é chamado a ser não apenas objeto, mas o sujeito da nova evangelização. Isso já se vê em muitas experiências ligadas a comunidades e movimentos, mas também se observa, cada vez mais, no tecido das dioceses e paróquias, como demonstrou o recente Encontro Mundial das Famílias”.

O Papa destacou que “a chamada universal à santidade é uma das idéias chave do renovado impulso que o Concílio Vaticano II deu à evangelização que, como tal, aplica-se a todos os cristãos. Os santos são os verdadeiros protagonistas da evangelização em todas as suas expressões”.

“Com sua intercessão e o exemplo de suas vidas, aberta à fantasia do Espírito Santo, mostram a beleza do Evangelho e da comunhão com Cristo às pessoas indiferentes ou inclusive hostis, e convidam aos crentes mornos, por dizê-lo assim, a que com alegria vivam de fé, esperança e caridade”, assinalou.

“Eles são, em particular, também os pioneiros e os impulsionadores da nova evangelização: pela sua intercessão e exemplo de vida, atentos à criatividade que vem do Espírito Santo, eles mostram às pessoas, indiferentes ou mesmo hostis, a beleza do Evangelho e da comunhão em Cristo; e convidam os fiéis, por assim dizer, tíbios, a viverem a alegria da fé, da esperança e da caridade; a redescobrirem o «gosto» da Palavra de Deus e dos Sacramentos, especialmente do Pão da Vida, a Eucaristia”, destacou também o Papa.

Ao finalizar sua homilia, Bento XVI encomendou a Deus os trabalhos da Assembléia sinodal, e invocou a intercessão dos grandes evangelizadores, entre os quais queremos contar com grande afeto o beato João Paulo II, cujo longo pontificado “foi também exemplo de nova evangelização”.

“Queridos irmãos e irmãs, confiamos a Deus o trabalho da Assembléia sinodal com o sentimento vivo da comunhão dos santos invocando, em particular, a intercessão dos grandes evangelizadores, dentre os quais queremos incluir com grande afeto, o Beato Papa João Paulo II, cujo longo pontificado foi também um exemplo da nova evangelização”.

“Colocamo-nos sob a proteção da Virgem Maria, Estrela da nova evangelização. Com ela, invocamos uma especial efusão do Espírito Santo, que ilumine do alto a Assembléia sinodal e torne-a fecunda para o caminho da Igreja, hoje no nosso tempo”, concluiu.

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