VATICANO, 13 Ago. 13 / 02:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ao receber em audiência nesta manhã aos jogadores das seleções de futebol da Argentina e Itália, que jogarão um amistoso em homenagem ao Papa Francisco, o Santo Padre lhes pediu que “rezem por mim, para que também eu, no “campo” no qual Deus me colocou, possa jogar uma partida honesta e corajosa pelo bem de todos nós”.
O Santo Padre também assegurou aos jogadores de futebol que “rezo por vocês, para que possam levar adiante esta vocação tão nobre do esporte. Peço ao Senhor que abençoe vocês e à Virgem Mãe que os proteja”.
Em seu discurso, iniciado em italiano, Francisco reconheceu que “será um pouco difícil, para mim, torcer, mas felizmente é um amistoso… e que seja realmente assim, eu recomendo!”.
O Papa assinalou aos jogadores que “são muito populares: o povo segue muito vocês, não somente quando vocês estão em campo, mas também fora. Esta é uma responsabilidade social!”.
“No jogo, quando vocês estão em campo, encontra-se a beleza, a gratuidade e o companheirismo. Se em uma partida falta isto, perde a força, mesmo se o time vence. Não há lugar para o individualismo, mas tudo é coordenação pelo time”.
O Santo Padre sublinhou que “talvez estas três coisas: beleza, gratuidade, companheirismo encontrem-se resumidas em um termo esportivo que não se deve nunca abandonar: “amadorismo”, amador”.
“Um esportista, mesmo sendo profissional, quando cultiva esta dimensão de “amador”, faz bem à sociedade, constrói o bem comum a partir dos valores da gratuidade, do companheirismo, da beleza”.
“Antes de serem campeões, vocês são homens, pessoas humanas, com os seus pontos fortes e os seus defeitos, com o seu coração e as suas ideias, as suas aspirações e os seus problemas. E então, mesmo se vocês são estes personagens públicos, permanecem homens, no esporte e na vida. Homens, portadores de humanidade”.
O Papa dirigiu aos dirigentes esportivos “um encorajamento para seu trabalho”, assinalando que “o esporte é importante, mas deve ser verdadeiro esporte! O futebol, como algumas outras modalidades, transformou-se um grande negócio! Trabalhem para que não se perca o caráter esportivo”.
“Também vocês promovam esta atitude de “amadores” que, por um lado, elimina definitivamente o risco da discriminação. Quando os times vão por este caminho, o estádio se enriquece humanamente, a violência desaparece e se volta a ver as famílias nas arquibancadas”.
Logo o Papa recordou, com palavras em espanhol, sua infância na Argentina, assinalando que “quando criança, íamos em família ao Gasómetro (o primeiro estádio do Clube San Lorenzo de Almagro), íamos em família, papai, mamãe e as crianças. Voltávamos felizes pra casa, claro, sobretudo na campanha de 46! (em que San Lorenzo obteve seu terceiro título)”.
“Vamos ver se algum de vocês se anima a fazer um gol como o de Pontoni lá, não?”, brincou, em referência a um histórico gol do argentino René Pontoni, jogador do San Lorenzo, durante a temporada de 1946.
O Santo Padre pediu aos atletas e diretores presentes que “vivam o esporte como dom de Deus, uma oportunidade para fazer frutificar seus talentos, mas também uma responsabilidade”.
“Queridos jogadores, gostaria de lembrar especialmente que com seu modo de comportar-se, tanto no campo como fora dele, na vida, vocês são uma referência. Mesmo que não se deem conta, para tantas pessoas que olham para vocês com admiração vocês são um modelo, para o bem ou para o mal. Sejam conscientes disto e deem um exemplo de lealdade, respeito e altruísmo”.
“Vocês –disse Francisco aos jogadores de futebol– também são artífices do entendimento e da paz social, artífices do entendimento e da paz social, de que precisamos tanto. Vocês são referência para tantos jovens e modelo de valores encarnados na vida. Eu tenho confiança em todo o bem que poderão fazer entre a rapaziada”.