CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 1 de janeiro de 2006 (ZENIT.org).- A Igreja católica é contrária à pena de morte, ainda que o condenado seja culpado de graves delitos.

Foi assim que recordou à imprensa, no sábado passado, o diretor da Sala de Informação da Santa Sé, padre Federico Lombardi, S.J.

Nesse dia o ex-presidente do Iraque, Saddam Hussein, morreu enforcado na sede dos serviços militares iraquianos no bairro Qadumiya, em Bagdá.

«Uma execução capital é sempre uma notícia trágica, motivo de tristeza, ainda que se trate de uma pessoa que é culpada de graves delitos», expressa a declaração do padre Lombardi.

«A postura da Igreja católica – contrária à pena de morte – foi sublinhada várias vezes. Matar o culpado não é o caminho para reconstruiu a justiça e reconciliar a sociedade. Inclusive existe o risco de que, ao contrário, se alimente o espírito de vingança e se semeie nova violência», acrescenta.

«Neste tempo obscuro da vida do povo iraquiano não se pode senão desejar que todos os responsáveis realizem verdadeiramente todo esforço para que em uma situação dramática se abram finalmente espirais de reconciliação e de paz», conclui.