Alenta soluções para superar os conflitos em Darfur, Terra Santa, Iraque e no Tibet

Por Jesús Colina

CIDADE DO VATICANO, domingo, 23 de março de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI assegurou, neste Domingo de Páscoa, que Cristo ressuscitado vem curar as chagas «abertas e dolorosas» da humanidade, e alentou soluções de paz para Darfur, Terra Santa, Iraque, Líbano e Tibet.

«Quantas vezes as relações entre pessoa e pessoa, entre grupo e grupo, entre povo e povo, em vez de amor, são marcadas pelo egoísmo, pela injustiça, pelo ódio, pela violência», relatou em sua mensagem de felicitações pascais.

Milhares de peregrinos escutavam estas palavras do Papa reunidos na praça de São Pdero no Vaticano, enfrentando a chuva torrencial que não parou desde que começou na missa do Domingo da Ressurreição.

«São as pragas de humanidade, abertas e dolorosas em todo canto do planeta, mesmo se, freqüentemente, ignoradas e, às vezes, ocultadas de propósito», afirmou o Papa que pronunciou sua felicitação em 63 idiomas (este ano, acrescentou o Guarani, língua falada no Paraguai, assim como em regiões da Argentina, Brasil e Bolívia).

«Chagas que dilaceram almas e corpos de numerosos dos nossos irmãos e irmãs. Elas esperam ser sanadas e curadas pelas chagas gloriosas do Senhor ressuscitado e pela solidariedade dos que, sobre o seu rasto e em seu nome, põem gestos de amor».

Estes cristãos, disse, «empenhando-se com factos em prol da justiça e difundem em volta de si sinais luminosos de esperança nos lugares ensanguentados pelos conflitos e sempre onde a dignidade da pessoa humana continua a ser desprezada e espezinhada».

Ao pronunciar estas palavras o Papa pensava em particular «em algumas regiões africanas, tais como o Darfur e a Somália; no atormentado Oriente Médio, especialmente na Terra Santa, no Iraque, no Líbano, em enfim no Tibete, regiões para as quais faço votos por que se encontrem soluções que salvaguardem o bem e a paz».

«A morte e ressurreição do Verbo de Deus encarnado é um acontecimento de amor insuperável, é a vitória do Amor que nos libertou da escravidão do pecado e da morte – disse –. Mudou o curso da história, infundindo um indelével e renovado sentido e valor à vida do homem».

No total, 102 canais de televisão de todo o mundo transmitiram ao vivo a cerimônia em 67 países diferentes dos cinco continentes, segundo informou a Sala de Imprensa do Vaticano.

Na tarde, o Papa deveria se transladar para a residência pontifícia de Castel Gandolfo para descansar um pouco após as exigentes celebrações da Semana Santa.