As pequenas comunidades dentro do XVI Congresso Eucarístico Nacional

Dizia o Servo de Deus João Paulo II, que as nossas assembléias não podem cair no anonimato, onde as pessoas não se conhecem. Dentro desta realidade é muito difícil amar, pois vemos um povo que se reúne, mas muitas vezes eu não sei quem está do meu lado na Eucaristia, não conheço os seus sofrimentos, as suas alegrias, as suas dificuldades.

Ninguém ama aquilo que não conhece, e muito menos se sente amado dentro de uma realidade de anonimato. Uma resposta muito eficaz a esta situação que nós passamos, é tratada no texto base do Congresso Eucarístico Nacional (CEN), onde as pequenas comunidades são uma resposta concreta a esta realidade impessoal.

Dentro das pequenas comunidades, as Celebrações vão gerando confiança nas pessoas para que cada irmão possa assumir as próprias dificuldades, as situações concretas da vida, não precisam esconder os tropeços na caminhada, a realidade do combate de um povo a caminho.

O que é mais bonito dentro desta condição é que aos poucos vai sendo gerado o amor dentro da comunidade. Os irmãos começam de uma forma precária, mas verdadeira, sentindo que são amados, começam a amar aqueles que o Senhor tem colocado dentro de sua comunidade.

Como afirmava João Paulo II, a comunidade torna-se “escola de comunhão” (“Cf. João Paulo II, Carta Apóstolica Novo Millennio Ineunte”). Essa comunhão que não é gerada por pessoas que são iguais, ou que estão em busca de um mesmo ideal, ou porque se escolheram, mas aos poucos aprendem a amar porque começam a se conhecer. As dificuldades de cada irmão, as lutas do dia a dia e a comunhão vêm pelo mistério de Cristo Eucarístico.

Embora muitos, tornamo-nos membros de um único corpo que dá vida à comunidade, que ajuda a perdoar, onde aos poucos vai desaparecendo a arrogância, a prepotência, pois cada irmão conhece as próprias limitações e as do outro e isto ajuda a cada um experimentar o amor gratuito que nasce de Cristo. Ele que tem nos escolhido pecadores, pobres, prepotentes, débeis e tem nos inserido numa comunidade para que, através da experiência do amor que o Senhor tem por cada um de nós, da Sua entrega incondicional na cruz, nos dá a graça, em união com Jesus, de amar do mesmo modo como Ele nos ama e a capacidade de amar o outro como um “dom” que o Senhor colocou do nosso lado, para que possamos conhecer aquilo que somos, conhecer o outro do jeito que ele é. O amor que Cristo ensina dentro da comunidade é um amor disposto a fazer o bem até ao extremo, de dar a vida pelo outro.

Como posso dar a vida dentro da comunidade, se experimento que não tenho vida dentro de mim? Através do simples fato que o Senhor tem escolhido e amado, e que eu não sou merecedor deste amor. Nesta situação brota no meu interior a gratuidade de experimentar que o outro faz parte da minha vida e que me ajuda no amadurecimento da fé.

É da Eucaristia que nasce o amor, este não vem do esforço, não nasce de técnica, mas sim de um encontro com o Ressuscitado dentro da pequena comunidade, onde as pessoas se tornam verdadeiros irmãos e irmãs, pois estão dentro de uma caminhada para aprofundar a fé, através de um itinerário pedagógico onde cada membro sem exigência começa a conhecer-se através da palavra, da Eucaristia e da comunidade, para reconhecer a presença de Cristo na vida e reconhecê-lo no irmão.

Pe. Alessander Capalbo
Diocesano de Brasília
www.veritatisonline.com





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  1. Valdelice

    NOVENA DE NATAL

    Em nosso encontro para a novena de natal, sugeri as minhas comunidades, que realizassemos dois gestos concretos, sendo que um deles se concretizasse além do natal, ou melhor dizendo, agora e para sempre.
    Este gesto adicional seria: Colocar em prática a sugestão do Servo de Deus João Paulo II.
    Ao ler a menssagem do dia 12/11/09 AS PEQUENAS COMUNIDADES DENTRO DO XVI CONGRESSO EUCARISTICO NACIONAL, fiquei eufórica, e abracei a ideia, para reforçar a minha decisão de coloca-la em prática, aconteceu algo surpreendente. Ao participar da missa dominical, o sacerdote de minha paróquia em sua homilia disse o seguinte: Nos católicos não temos que criticar os "evangélicos" ou melhor dizendo, protestantes. O que devemos fazer, é colocar em prática o que Jesus nos encinou. E a lição que ele nos deixou foi: Amai vos uns aos outros.
    Pois bem! Amar é:
    Estar etento às necessidades do próximo.
    Ser solidário nas dificuldades do alheias sem que os mesmos lhe peça.
    Se alegrar com o sucesso do próximo
    Enxugar as lágrimas dos que choram
    Desejar o bem à quem não te quer bem
    Dar de comer à quem tem fome
    Dar de beber à quem tem sede, etc…

    E como podemos fazer tudo isso, se não tivermos comunicação? Nosso próximo, não são somente os membros de nossa família, nossos vizinhos ou amigos.
    Nosso próximo, são todos aqueles com quem cruzamos de uma maneira ou de outra.
    E já que fomos convidados a praticar essa boa ação, não há porque adiar sabe se la para quando.
    Não temos nada a perder, pelo contrário, só temos a ganhar.
    Uma de minhas comunidades aceitou a ideia, e já começaremos a prática-la no próximo domingo.
    Quem sabe na próxima novena de natal, teremos que reservar um lugar amplo, porque nossas casas ficarão pequenas, de tão grande nosso circulo de amizade.
    Vamos! Faça como eu, adere e espalhe esta brilhante idéia, e seja feliz.

    Meus agradecimentos ao Pe. Alessander Capaldo, por fazer chegar até nós, esta menssagem maravilhosa.

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