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Centenas de Católicos se unem em Adoração Eucarística de desagravo pela Missa Negra acontecida nos EUA

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OKLAHOMA, 23 Set. 14 / 10:20 am (ACI/EWTN Noticias).- Centenas de católicos em Oklahoma se unem em adoração eucarística, procissões e orações por causa da “missa negra” realizada no domingo passado, 21 de setembro, em Oklahoma (Estados Unidos).

Durante a celebração da Hora Santa, na Igreja de São Francisco de Assis, o Arcebispo de Oklahoma City, Dom Paul Coakle, indicou que “estamos reunidos como testemunhas da esperança em um tempo em que a escuridão parece estar ganhando terreno, tanto aqui como ao redor do mundo”.

“Sabemos que Cristo é vitorioso! Ele venceu Satanás. Ele destruiu o reino do pecado e o poder da morte através da sua Santa Cruz e da sua gloriosa Ressurreição”.

A 3 quilômetros de distância, algumas horas mais tarde do mesmo domingo, centenas de católicos chegaram ao lado de fora do Salão Musical do Centro Cívico de Oklahoma City para manifestar-se contra a “missa negra”.

Alguns levaram crucifixos e outros imagens de Nossa Senhora. Também levaram diversos cartazes com a frase “Eu acredito na Santa Igreja Católica”.

Estefani Martínez, uma das manifestantes, lamentou em declarações à emissora local News 9 que alguns “adorem o demônio no lugar de Deus”.

O grupo ocultista Dakhma de Angra Mainyu programou uma “missa negra” no salão musical administrado pela cidade. Uma missa negra é uma cerimônia sacrílega que invoca a Satanás e zomba da Missa católica. Envolve a profanação da Eucaristia, geralmente depois do roubo de uma Hóstia consagrada de uma igreja católica, e a usa em um ritual profano e sexual.

Adam Daniels, que organizou o evento, assegurou ter em sua posse uma Hóstia consagrada que recebeu de um amigo pelo correio. Entretanto, em 21 de agosto, seu advogado entregou a suposta Hóstia a um sacerdote da arquidiocese de Oklahoma City, depois de ter sido denunciado por roubo.

Foram vendidas 100 entradas para a “missa negra”, no entanto, participaram apenas 40 pessoas. O custo de cada entrada era de 15 dólares.

O rito satânico começou às 19h (hora local), com três músicos e Daniels vestido com uma túnica negra, que assegurou que seu propósito era destruir o temor pela Igreja Católica, conforme informou News 9.

Horas antes, na igreja de São Francisco de Assis, Dom Paul Coakley alertou que a “missa negra” requer “corromper e profanar a Eucaristia”, porque “os satanistas, e seu amo, sabem quem está presente”. “Eles reconhecem a Presença Real do Senhor Jesus, não para adorá-lo, mas só para zombar e desprezar com ódio”, disse.

“Não estamos aqui, entretanto, para protestar”, acrescentou. “Por um momento, coloquemos de lado a nossa indignação. Estamos aqui para louvar e adorar. Estamos aqui para agradecer pelos dons da nossa fé e pelo tesouro incomensurável da presença permanente do Senhor conosco no Sacramento do seu Corpo e Sangue”.

Dom Coakley disse que os católicos se reúnem diante de Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento “para escutar a sua Santa Palavra e abrir-se às inspirações de seu Espírito, para que assim nos tornemos mais fiéis e testemunhas autênticas de seu amor e misericórdia em meio de nossa família humana, quebrada e sofredora”.

O Prelado e muitos outros católicos participaram de uma procissão Eucarística depois da Hora Santa.

Por sua parte, o Bispo de Tulsa, Dom Edward Slattery, presidiu uma procissão Eucarística e uma exposição do Santíssimo Sacramento na Catedral da Sagrada Família como reparação pelo ato satânico.

“Estamos fazendo isto para fortalecer a fé do nosso povo, e para lhes dar uma oportunidade de reagir de uma forma muito positiva ao anúncio da missa negra”, disse o Prelado.

Dom Slattery assinalou que esta “é uma forma de exercer a sua fé e uma oportunidade para rezar juntos em uma reação ao que é realmente uma maldição e blasfêmia porque acreditam que o Sagrado Sacramento é Deus mesmo”.

O Bispo disse que os organizadores da “missa negra” na realidade “abraçam o mal, a ira e a vingança, enquanto os católicos pregam “o amor de Deus à humanidade. Perdão, amor, misericórdia e paz”.

“Respondemos ao ódio com o perdão, com o amor e mostrando o que é belo”, disse.

Michael Ortega, um católico que participou do evento em Tulsa, disse à Tulsa World que compareceu “devido ao amor e apoio a minha Igreja, e o amor e devoção que tenho por Nosso Senhor Jesus Cristo”.

A luta de satanás contra o sacerdócio

O diabo sabe que a melhor maneira de destruir a religião é atacando o sacerdócio

“Para fazer reinar Jesus Cristo no mundo, nada é mais necessário do que um clero santo, que seja, com o exemplo, com a palavra e com a ciência, guia dos fiéis” [1]. Estas são palavras que os Santos Padres não se cansam de repetir ao orbe católico, desde que foram pronunciadas, pela primeira vez, pelo papa São Pio X. De fato, o testemunho de um bom sacerdote é capaz de arrastar centenas de fiéis à Igreja de Cristo, quer por meio da pregação, quer por meio da administração dos sacramentos, quer por meio da obediência às normas eclesiais, como o celibato.

A missão do sacerdote resume-se àquela regra máxima da Igreja, de que falam os santos: Salus animarum suprema Lex – a lei suprema é a salvação das almas. Por isso o Papa Bento XVI, na proclamação do Ano Sacerdotal, em 2009, exortou o clero católico a redescobrir a dimensão eclesial de seu ministério. Somente na comunhão com a Igreja o sacerdote pode atingir aquela santidade necessária “para fazer reinar Jesus Cristo no mundo”. Explica-nos o Papa Emérito: “a missão é eclesial, porque ninguém se anuncia nem se leva a si mesmo, mas, dentro e através da própria humanidade, cada sacerdote deve estar bem consciente de levar Outro, o próprio Deus, ao mundo” [2].

Essa realidade não é desconhecida pelo diabo, tampouco por aqueles que fazem as suas vezes na terra, disseminando o joio no meio do trigo. Não é para admirar, por conseguinte, que, no combate à Igreja, o primeiro alvo seja o sacerdócio. “Quando se quer destruir a religião” – observava o santo Cura d’Ars –, “começa-se por atacar o padre” [3]. Com efeito, a primeira tentação demoníaca contra os sacerdotes é a de afastá-los da comunhão eclesial, incentivando-os à dissidência, aplaudindo hereges e ridicularizando aqueles que se submetem de bom grado à autoridade do Santo Padre. Trata-se do primeiro non serviam demoníaco: o não à Igreja.

Os argumentos – ou, no caso, as mentiras – são os mesmos de sempre: o celibato é transformado em símbolo de castração, que fere o direito à sexualidade e leva à pedofilia; o hábito eclesiástico é tachado de indumentária antiquada, que afasta o clero do povo; o padre passa a ser somente o “presidente” da celebração; a obediência a Roma é considerada clericalismo; as normas litúrgicas são suprimidas em nome de uma falsa criatividade; o padre, é dito, não pode ficar preso a “regras de orações medievais”; isto, outros reclamam, não está de acordo com o Concílio Vaticano II; o padre não é sacerdote, mas presbítero; ele tem uma mentalidade pré-conciliar etc. Repetidas ad nauseam pela mídia – e por uma porção de maus teólogos que agem em conluio com ela –, essas ideias perniciosas vão aos poucos minando a identidade do sacerdote, até ao ponto de levá-lo a proclamar o segundo non serviam do diabo: o não a Cristo.

Não é preciso gastar muita tinta, porém, para explicar os erros contidos nestes sofismas. Muito mais sabiamente responderam os santos padres – vivendo a sua vocação de maneira exemplar –, como também o Magistério da Igreja – seja nas encíclicas papais, sejo nos outros inúmeros documentos já publicados a esse respeito. O que é preciso ter em conta é que a luta que se trava contra o sacerdócio é, na verdade, uma luta contra a Pessoa de Jesus Cristo. O padre, não nos esqueçamos, é um Alter Christus (Outro Cristo), dado o caráter impresso em sua alma pelo sacramento da ordem. Por isso, é compreensível a raiva do diabo pela castidade dos sacerdotes – “o mais belo ornamento de nossa ordem”, como elogiava São Pio X –, pois ela remete à virgindade de Cristo, que também foi guardada até a morte na cruz [4]. É compreensível o ódio do diabo à batina negra – a “heroica e santa companheira” de Dom Aquino Correa –, porque o luto recorda o sacrifício redentor da cruz, pelo qual a morte foi vencida [5].

O remédio às insinuações diabólicas, por conseguinte, não pode ser outro senão aquele prescrito por Bento XVI, durante o Ano Sacerdotal [6]:

É importante favorecer nos sacerdotes, sobretudo nas jovens gerações, uma correta recepção dos textos do Concílio Ecuménico Vaticano II, interpretados à luz de toda a bagagem doutrinal da Igreja. Parece urgente também a recuperação desta consciência que impele os sacerdotes a estar presentes e ser identificáveis e reconhecíveis quer pelo juízo de fé, quer pelas virtudes pessoais, quer também pelo hábito, nos âmbitos da cultura e da caridade, desde sempre no coração da missão da Igreja.

Enfim, não se há de esquecer a mediação de Nossa Senhora, mãe solícita dos sacerdotes e a inimiga de todas as heresias. Na sua viagem a Fátima, em 2010, o Santo Padre não perdeu a oportunidade de confiar à Virgem, “os filhos no Filho e seus sacerdotes”, consagrando-os ao seu Coração Materno, para que cumprissem fielmente a Vontade do Pai [7]. Neste ato, o Papa Bento XVI ensinava ao clero do mundo inteiro que o melhor caminho de santidade e escudo contra o demônio é a intercessão de Nossa Senhora. É também o ensinamento dum outro padre que, não por acaso, muito se assemelha às palavras de São Pio X, ao início deste texto: “foi pela Santíssima Virgem Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por Ela que deve reinar no mundo” [8].

Por Christo Nihil Praeponere

Referências

  1. Carta La ristorazione: Acta Pii X, I, p. 257.
  2. Discurso do Papa Bento XVI durante a audiência concedida à Congregação para o clero (16 de março de 2009).
  3. João XXIII, Carta Enc. Sacerdotii Nostri Primordia (1° de agosto de 1959), n. 63.
  4. Ibidem, n. 16.
  5. A minha batina – poema de Dom Aquino Correa.
  6. Discurso do Papa Bento XVI durante a audiência concedida à Congregação para o clero (16 de março de 2009).
  7. Ato de confiança e consagração dos sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria (12 de maio de 2010)
  8. São Luís de Montfort, Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem

O diabo e o papa Francisco

O Santo Padre e as suas constantes e explícitas referências à batalha entre o bem e o mal

“Deliver Us From Evil” [Livrai-nos do Mal] é o nome de um filme que acaba de ser lançado e cuja trama se baseia nas experiências do policial nova-iorquino Ralph Sarchie. Ao investigar uma série de crimes terríveis, o protagonista se vê envolto nos domínios sombrios do demoníaco e decide se aliar a um padre nada convencional para tentar derrotar o diabo.

Alguns críticos classificariam esta produção como mais um típico filme de terror e de exorcismo, bocejariam em gesto de desdém e mudariam de canal.

Mas eles não deveriam fazer isso.

A possessão demoníaca não é apenas real, mas, à medida que a prática do cristianismo vai minguando e o fascínio com o ocultismo vai crescendo e se expandindo, a necessidade do exorcismo se torna cada vez mais premente.

Na semana passada, a Congregação vaticana para o Clero aprovou os estatutos de uma nova organização católica, a Associação Internacional de Exorcistas. Fundada pelo famoso exorcista italiano pe. Gabriele Amorth, a Associação dos Exorcistas promove a conscientização sobre este grave problema espiritual, treina os exorcistas e realiza conferências que reúnem teólogos, médicos, psiquiatras e membros do clero.

O pe. Francesco Bamonte, exorcista da diocese de Roma, disse em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano que a aprovação desta nova organização por parte da Santa Sé “é um motivo de alegria”. E explicou: “Deus chama alguns padres ao ministério precioso do exorcismo e da libertação, dando a eles a tarefa de acompanhar” as pessoas que precisam de atenção espiritual e pastoral específica. O ministério do exorcismo é um exercício do ministério de Cristo focado na libertação, além de ser um sinal da sua vitória sobre o mal no mundo.

Que esta nova organização precisasse da aprovação dos mais altos níveis hierárquicos do Vaticano é um sinal claro da seriedade com que a Igreja católica trata a realidade das forças demoníacas.

O ministério do exorcismo é frequentemente associado com os “conservadores” da Igreja, ao passo que os “progressistas” preferem minimizar a questão da possessão demoníaca e reduzi-la a nada mais do que epilepsia ou doença mental, por exemplo. O fato de o papa Francisco levar tão a sério o problema mostra que a realidade do mal demoníaco não pode ser limitada por rótulos.

O jornal norte-americano The Washington Post observou, em matéria recente, que o papa Francisco fala literal e abertamente sobre o diabo com mais regularidade que qualquer outro papa desde Paulo VI. Em público, Francisco já impôs as mãos e orou por um homem a respeito de quem foi divulgada a possibilidade de que estivesse possuído por demônios, embora, naturalmente, o Vaticano não tenha confirmado que fosse este o motivo da oração do papa. Francisco alerta contra o diabo regularmente nas suas homilias e discursos. Francisco abençoou uma nova imagem do arcanjo São Miguel nos jardins do Vaticano, orando especialmente pela sua proteção na batalha contra Satanás.

Durante uma homilia no último mês de abril, o papa Francisco citou seus próprios críticos, dizendo: “Mas, padre, como o senhor é antiquado por continuar falando sobre o diabo em pleno século XXI!”. O papa lembrou então aos ouvintes que eles não devem se deixar enganar pelas mentiras de Satanás. “Fiquem atentos, porque o diabo está presente”, alertou.

Francisco é muitas vezes saudado como um “papa das surpresas” e a sua crença aberta e explícita em um diabo concreto pode ser uma das suas características mais surpreendentes. Em determinados círculos modernos da Igreja, está mais em voga falar do “mal” do que de um demônio concreto. O papa Bento XVI, que foi considerado um grande conservador, tendia a se referir ao mal em termos gerais, enquanto o papa Francisco não tem qualquer embaraço em mencionar de maneira bem clara o pai da mentira, Satanás. Um entrevistado anônimo no Vaticano, citado pelo Washington Post, relata: “O papa Francisco nunca deixa de falar sobre o diabo. É constante. Se o papa Bento tivesse feito isso, a mídia o teria espancado”.

O Espírito Santo oferece à Igreja o papa certo para cada tempo. Será que o maior legado do papa Francisco pode vir a ser não a sua atitude e espírito aberto, não o seu abraço admirável à pobreza, mas sim a sua constante referência à grande batalha entre o bem e o mal?

Se as pessoas imaginam que a atividade oculta e demoníaca não é real, talvez elas devam prestar mais atenção a indícios como o aumento da violência, os jogos de vídeo game com temáticas abertamente demoníacas, os filmes e a música do tipo heavy metal e suas menções contínuas ao diabo.

Se as pessoas imaginam que quem acredita nessas coisas não deve ser levado a sério, basta mencionar a missa negra que uma seita satânica esteve a ponto de conseguir realizar nada menos que dentro do campus da Universidade de Harvard em maio passado, ou a missa negra que já está planejada e confirmada para acontecer em um espaço público do Centro Cívico da cidade norte-americana de Oklahoma no próximo mês de setembro, ou a tentativa de construir um monumento a Satanás no Capitólio da mesma cidade de Oklahoma. Embora seja fácil torcer o nariz para estas notícias tachando-as de meros golpes publicitários, elas são um lembrete de que os satanistas são bastante reais e precisam ser encarados de modo sério.

Jesus Cristo é o grande vencedor sobre o poder de Satanás. Segue-se, logicamente, que, quando a fé ativa em Cristo diminui, as forças das trevas se sentem mais fortes para atacar. Se a batalha espiritual é cada vez mais aberta, a necessidade de exorcistas e de um papa que seja “o flagelo de Satanás” se torna ainda mais real.

Se este é o caso, podemos esperar ainda mais ensinamentos do papa Francisco nos alertando contra o demônio. E, junto com o papa, todos os sacerdotes e leigos católicos também precisam se armar para a batalha do bem contra o mal.

Fonte: Aleteia

A destruição arquitetada por um anjo

A lenta e gradual construção da “cidade dos homens” é obra de uma inteligência angélica

Fonte: Padre Paulo Ricardo

Em uma das muitas alocuções que proferiu, o Papa Pio XII indicou o caminho que o demônio pavimentou, ao longo da história, para destruir o homem, criado à “imagem e semelhança” de Deus [1]:

“Ele se encontra em todo lugar e no meio de todos: sabe ser violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social, da unidade no organismo misterioso de Cristo. Ele quis a natureza sem a graça, a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade sem a liberdade. É um ‘inimigo’ que se tornou cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não! Depois: Deus sim, Cristo não! Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e, até, Deus jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como as principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um direito sem Deus, uma política sem Deus. O ‘inimigo’ tem trabalhado e trabalha para que Cristo seja um estranho na universidade, na escola, na família, na administração da justiça, na atividade legislativa, na assembleia das nações, lá onde se determina a paz ou a guerra.” [2]

A primeira coisa que Pio XII faz é colocar as pessoas diante do “nemico”. O Papa quer convencer os homens de que a obra de destruição que se apresenta aos seus olhos não é fruto do acaso ou, como pregam os progressistas, do zeitgeist – o “espírito dos tempos”. Trata-se, de verdade, de um empreendimento demoníaco. Há, por trás de toda a confusão e barbárie deste e de outros séculos, uma inteligência angélica, que, desde que caiu, trabalha incessantemente para perverter a obra da Criação e fazer perder as almas que Cristo conquistou com o Seu sangue, na Redenção.

“non serviam”, a fim de servirem ao mal. Embora seus destinos eternos estejam nas mãos de Deus – e só Ele possa dizer se o “oitavo sacramento”, a ignorância invencível, os salvou –, suas obras humanas denunciaram clamorosamente sua identidade. Do Imperador Nero, no século I, passando pelos iluministas anticristãos, até Karl Marx e seus seguidores, muitos foram os homens que aderiram abertamente ao projeto do mal e muitos foram os passos dados rumo ao “amor de si até ao desprezo de Deus” [3].

Só que nem mil jogos de palavras podem mudar ou desfazer a realidade das coisas. Conscientemente ou não, quem quer que trabalhe para implantar no mundo um “sistema de pecado” – como é o caso de organizações que financiam o aborto, de grupos que querem a destruição da família e de religiosos que pedem a implantação de uma religião única e mundial, sem Cristo e sem a Igreja – está trabalhando para Satanás.

As palavras não são exageradas. O próprio Jesus não poupou palavras para denominar os mentirosos: “Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai”. Semelhantes palavras podem ser dirigidas a quem, obstinado no mal, opera incansavelmente para defender a morte e a mentira, obras daquele “era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade” [4].

É verdadeiramente monstruosa a construção – ou a destruição – que os filhos das trevas fazem no mundo. No entanto, não é sadio que os cristãos se detenham diante dessa imensa Babel, nem que cruzem os braços, inertes. Afinal, “todas as coisas” – inclusive a ação dos anjos decaídos – “concorrem para o bem dos que amam a Deus” [5]. Os filhos de Deus não devem temer: nas batalhas desta vida, são guiados e amparados por “aquela misteriosa presença de Deus na história, que é a Providência” [6].
Referência

  1. Gn 1, 26
  2. Pio XII, Discorso agli uomini di Azione Cattolica, 12 ottobre 1952
  3. Santo Agostinho, De Civitate Dei, 14, 28
  4. Jo 8, 44
  5. Rm 8, 28
  6. Centesimus Annus, 59

O Demônio sabia que Jesus era Deus?

– “Sabia o demônio, antes da Paixão e da Morte de Jesus Cristo, que Ele era Deus? Em caso negativo, atualmente sabe que Jesus é Deus?” (Jolide – Petrópolis-RJ).

Antes da Paixão, logo no limiar da vida pública de Jesus, o demônio O quis tentar por três vezes, como referem os Evangelistas (Mateus 4,1-11; Lucas 4,1-13; Marcos 1,13). Tal fato é claro indício de que o Maligno ignorava ser Jesus o próprio Deus. Essa ignorância manteve-se até o fim da vida pública de Cristo, pois São Paulo insinua que, se os demônios tivessem conhecido o plano misterioso de Deus,“nunca teriam crucificado o Senhor da glória” (1Coríntios 2,8).

Satanás, porém, suspeitava que Jesus fosse um varão extraordinário, escolhido por Deus para ser Profeta ou talvez mesmo o Messias aguardado — o Messias que, conforme a opinião mais corrente em Israel, não seria Deus em sentido próprio, mas poderia chamar-se “Filho de Deus” por ser criatura muito unida à Divindade. Foi, portanto, para certificar-se da missão messiânica (não propriamente para certificar-se da Divindade) de Jesus e pô-la à prova que o demônio lhe fez as sugestões tentadoras, usando da fórmula:“Se és o Filho de Deus…” (cf. Mateus 4,36); note-se que a terceira sugestão, a qual prometia a Jesus a posse de todos os reinos deste mundo (cf. Mateus 4,8-9), correspondia claramente ao conceito de Messias mais propalado entre os judeus: o Messias político, que libertaria Israel do jugo dos romanos e instauraria a hegemonia internacional de sua nação.

Conforme Marcos 1,24, o demônio confessava que Jesus era o “Santo de Deus”. Este título, segundo a sua etimologia, significava “o homem posto à parte e consagrado ao serviço de Deus”; embora não fosse designação habitual do Messias, bem podia significar “o Salvador” (cf. a confissão de Pedro em João 6,69:“o Santo de Deus”). O demônio teria então reconhecido em Jesus o Messias como o concebiam os judeus: criatura eminente, não o próprio Deus Encarnado. São Lucas confirma esta conclusão, quando narra: “Os demônios saíam de muitos (possessos), clamando e dizendo: ‘Tu és o Filho de Deus!’; Ele, porém, preceituando-lhes com poder, não os deixava falar, porque sabiam que era o Cristo (=palavra grega correspondente ao hebraico ‘Messias’)'” (Lucas 4,41; cf. Marcos 1,34).

O fato de Jesus não permitir, no início da sua vida pública, que os maus espíritos O proclamassem “Messias” se explica em vista da concepção errônea que os fariseus nutriam a respeito do Messias; esperando um rei que sacudisse o domínio estrangeiro, poderiam ter feito de Jesus um chefe de revolução nacionalista, fechando-se assim por completo ao genuíno sentido do Evangelho. Só aos poucos foi Cristo revelando o significado da sua missão; o pensamento do Senhor ficou bem claro, pois foi precisamente por se ter declarado Messias num sentido transcendente que Ele sofreu a morte (cf. Marcos 14,61-84; Mateus 24,63-65; Lucas 22,67-71).

Quanto aos tempos atuais, ensinam os teólogos que o demônio não sabe que Jesus é Deus no sentido estrito; não conhece o mistério do Verbo Encarnado. Contudo percebe e analisa, ainda com mais acuidade do que os homens, os indícios de que a obra de Cristo e a história da Igreja são algo de Divino. Coagido pela evidencia, ele reconhece algo do plano de Deus no mundo; este reconhecimento, porém, nada tem de sobrenatural; “os demônios creem, e estremecem”, diz São Tiago (2,19).

Satanás tem consciência, entre outras coisas, de que a morte e a glorificação de Cristo lhe vão progressivamente arrebatando as almas; seu domínio vai sendo debelado nas regiões e nos povos em que ele outrora, pela idolatria e os falsos cultos, reinava incontestado. Suspeita que seu poder terá fim; por isto, estremece (como diz o Apóstolo) e se atira sobre as almas com furor cada vez mais requintado, sabendo que é preciso aproveitar toda e qualquer oportunidade (cf. Apocalipse 12,17). Vãs, porém, ficam as suas invectivas contra aqueles que se firmam no Rochedo que é o Cristo (cf. 1Cor 10,4); o demônio é como o cão acorrentado que ladra, mas só pode morder a quem, por iniciativa própria, dele se aproxime (cf. Santo Agostinho)!

  • Fonte: Revista Pergunte e Responderemos nº 4:1957 – ago/1957.

Protesto de Dom Henrique Soares: Rock in Rio, exaltação a Satanás

Fonte: Amor Mariano

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No Rock in Rio, exaltação a Satanás e escárnio aos símbolos cristãos católicos.
Eis a nossa civilização!

Ali não é lugar para os discípulos de Cristo…
Num contexto desses, ir ali é o mesmo que sacrificar aos ídolos!

Se alguém tem amor ao Senhor e à Sua Igreja,
Sentiu-se triste e indignado…
Não dá para fazer de conta que é brincadeirinha,
que não é grave,
Que não é realmente satânico!
Simplesmente, não se pode servir a dois senhores!
Não se pode blasfemar o Senhor, apostatá-lo e ainda se pensar cristão!
Onde chegamos: o mal é exaltado, o bem é envergonhado!

Sei que nem todos os que se apresentaram no Rock in Rio têm esses sentimentos.

Mas, os organizadores do evento, que sabem muito bem quem é quem no mundo do Rock, tinham a obrigação de não permitir que coisas do gênero ocorressem!

Não aprecio moralismos ou cruzadas, mas também, como cristão, como católico, como Bispo, não posso ficar calado ante um ato desrespeitoso para com os cristãos, ofensivo para com os católicos e blasfemo contra o Senhor Deus!

Eu sou cristão! Eu creio em Deus!
Para mim, Deus não é uma ideia, uma bandeira, uma brincadeira!
Ele É! Ele é Santo! Ele é o Sentido de tudo!
Brincar com Ele, é brincar com a vida, com a humanidade, com o sentido mesmo de nossa existência!
Quem não crê, tem meu irrestrito respeito e minha sincera e cordial estima!
Mas, não se pode banalizar a fé de ninguém, não se pode aviltar o que é sagrado! Isso é destruir os fundamentos mesmos da humanidade e da convivência entre pessoas e povos!
Por isso minha palavra e meu protesto e de indignação!

DomHenriqueCosta

O demônio não é uma superstição

O demônio está bastante presente na pregação do Papa Francisco. Mas, afinal, qual a importância de se falar sobre o diabo e o inferno hoje?

Referência constante em seus discursos, o diabo é um inimigo contra o qual o Papa Francisco insiste em convocar os cristãos a lutar. Na homilia de sua primeira Missa como Pontífice, ele disse que, “quando não se confessa Jesus Cristo, confessa-se o mundanismo do diabo, o mundanismo do demônio”. Em uma de suas reflexões matutinas, no mês de maio, Francisco falou do “ódio do príncipe deste mundo àqueles que foram salvos e redimidos por Jesus”.

A espontaneidade com que o Pontífice fala de Satanás lembra Jesus Cristo. Desagradando aos “politicamente corretos” e adeptos de uma teologia pouco preocupada com a transcendência, o Santo Padre imita ninguém menos que nosso Senhor: de fato, só nos Evangelhos sinóticos, são mais de 40 referências ao anjo caído; inúmeras delas, relatos de autênticos exorcismos, comprovando que o demônio, longe de ser uma mera produção fantasiosa, é uma realidade viva e atuante no mundo.

Hoje, no entanto, pregadores que falem com veemência do diabo e do inferno são acusados de instalarem o medo e angústia entre os fiéis, como se a prédica da Igreja devesse refletir a preocupação apenas com as coisas deste mundo, e não com as realidades eternas.

Mais do que isso: várias destas realidades eternas chegam mesmo a ser negadas, inclusive por aqueles que nelas e por elas deveriam crer e guiar suas vidas. O demônio, por exemplo, é tratado por muitos como uma mera “força negativa” ou simplesmente como uma metáfora para designar o mal físico. O inferno não passaria de um recurso retórico para ajudar as pessoas na luta contra as mazelas deste mundo. Reduz-se, assim, a categorias materiais aquilo que, de acordo com a doutrina perene e constante da Igreja, é uma autêntica realidade espiritual.

Com efeito, o Catecismo, recordando que “a existência dos (…) anjos, é uma verdade de fé”, ensina que alguns destes anjos caíram. São os que comumente chamamos de demônios. Eles “foram por Deus criados bons em natureza, mas se tornaram maus por sua própria iniciativa”, segundo uma lição do IV Concílio de Latrão. O Catecismo também destaca que a Escritura por diversas vezes “atesta a influência nefasta” do diabo, que tentou o próprio Senhor quando ele jejuava no deserto (cf. Mt 4, 1-11).

Ao se falar sobre estas coisas, não se pretende fazer do diabo o centro da pregação cristã. Deseja-se, outrossim, instruir os fiéis sobre o perigo de se manter indefeso ou indiferente aos assaltos do maligno. São João Crisóstomo declarava, aos fiéis de Antioquia: “Não é para mim nenhum prazer falar-vos do diabo, mas a doutrina que este tema me sugere será muito útil para vós”. A importância deste tema está relacionada ao próprio fundamento espiritual de nossa fé, posto que, como já dizia o Papa Francisco, antes de ser eleito Pontífice, talvez o maior sucesso do demônio “tenha sido nos fazer acreditar que ele não existe, que tudo se arranja em um plano puramente humano” 01.

A Igreja não pode, em nome do bom-mocismo, calar estas verdades de fé, tão importantes para os nossos tempos, sob a alegação de que causariam medo entre as pessoas. De fato, nem todo temor é mau. O medo de perder a Deus e, consequentemente, a nossa alma é, por assim dizer, um “temor sadio”, que deve não só ser pregado pelos sacerdotes, mas cultivado por todos os fiéis. Uma sentença atribuída a São João Crisóstomo diz que “devemos nos afligir durante toda a nossa vida por causa do pecado”. O cristão deve criar em seu coração um verdadeiro medo de ofender a Deus, fazendo seu o lema do jovem São Domingos Sávio: “Antes morrer do que pecar”.

Por: Equipe Christo Nihil Praeponere

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