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São Pedro foi “apenas” um Presbítero e não o Primeiro papa?

Em vários sítios de apologética protestantes, muitos textos contra o primado de Pedro vêm falando que Pedro Príncipe dos Apóstolos se denominava um simples presbítero logo não gozava de nenhuma suprema autoridade sobre a Igreja, o que não lhe fazia  em nada um Papa, apenas um simples sacerdote da Igreja.

O texto em que se baseiam é 1 Pedro 5, 1 onde lêem “Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:” (Tradução João Almeida)

Presbitero em algumas Igreja protestantes “reformadas” diz respeito ao  líder espiritual de uma comunidade, algumas outras afirmam que presbitero é um pastor.

Na Igreja católica o título prebítero é  atribuido aos padres ordenados.

Mas será que Pedro quis dizer realmente que ele era um presbítero no sentido de um simples pastor da Igreja? Vamos fazer uma exegese mais acurada do texto em grego:

Πρεσβυτέρους τοὺς ἐν ὑμῖν παρακαλῶ ὁ συμπρεσβύτερος καὶ μάρτυς τῶν τοῦ χριστοῦ παθημάτων, ὁ καὶ τῆς μελλούσης ἀποκαλύπτεσθαι δόξης κοινωνός· (1Pe 5, 1 )

A palavra Πρεσβυτέρους (do grego antigo “πρεσβύτερος” de “πρέσβυς”) em negrito no texto, apesar de se pronunciar como “presbíteros” tem sua tradução não como “presbítero” como vulgarmente entendemos hoje, como um simples sacerdote da Igreja, mas sua real tradução significa, “Ancião”, logo Pedro não estava falando como um simples presbítero como imaginamos hoje, mais sim como um ancião que foi testemunha da paixão de Cristo.

E um presbítero , nas igrejas cristãs primitivas, era cada um dos anciãos aos quais era confiado o governo da comunidade cristã.

A palavra hebraica equivalente é za·qen e identificava os líderes do Antigo Israel, quer no Âmbito de uma cidade, da tribo ou em nível nacional.

Segundo o dicionário grego temos:

1. De idade avançada, freqüentemente subst. Pessoa (mais) velha Lc 15, 25; Jo 8, 9; At 2, 17; 1 Ti 5, 1b. De um período de tempo οἱ π. Homem antigo, nossos ancestrais Mt 15, 2; Mc 7, 3, 5; Hb 11, 2.

2. Como uma designação de um oficial idoso. presbitero.

Logo nenhuma tradução possível se encaixa como presbítero no sentido que entendemos hoje, de sacerdote, padre ou pastor.

Agora vamos analisar quantas vezes esta palavra Πρεσβυτέρους se repete na bíblia e a tradução João Almeida a traduz como ancião e não como presbítero:

Entre Judeus

Mt 16, 21

Grego:

Ἀπὸ τότε ἤρξατο ὁ Ἰησοῦς δεικνύειν τοῖς μαθηταῖς αὐτοῦ ὅτι δεῖ αὐτὸν ἀπελθεῖν εἰς Ἱεροσόλυμα, καὶ πολλὰ παθεῖν ἀπὸ τῶν πρεσβυτέρων καὶ ἀρχιερέων καὶ γραμματέων, καὶ ἀποκτανθῆναι, καὶ τῇ τρίτῃ ἡμέρᾳ ἐγερθῆναι.

João Almeida :

“Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.”

Mt 27:41

Grego:

“ Ὁμοίως δὲ καὶ οἱ ἀρχιερεῖς ἐμπαίζοντες μετὰ τῶν γραμματέων καὶ πρεσβυτέρων καὶ Φαρισαίων ἔλεγον”

João Almeida:

“E da mesma maneira também os príncipes dos sacerdotes, com os escribas, e anciãos, e fariseus, escarnecendo…”

A mesma coisa se repete em Mc 14, 43, 53; Lc 7, 3; 9, 22; At 4, 23; 6, 12.

Entre os Cristãos

At 11, 30

Grego

ὃ καὶ ἐποίησαν, ἀποστείλαντες πρὸς τοὺς πρεσβυτέρους διὰ χειρὸς Βαρνάβα καὶ Σαύλου.”

João Almeida

O que eles com efeito fizeram, enviando-o aos anciãos por mão de Barnabé e de Saulo.”

At 14, 23

Grego:

“ Χειροτονήσαντες δὲ αὐτοῖς πρεσβυτέρους κατ᾽ ἐκκλησίαν, προσευξάμενοι μετὰ νηστειῶν, παρέθεντο αὐτοὺς τῷ κυρίῳ εἰς ὃν πεπιστεύκεισαν. ”

João Almeida:

”E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao SENHOR em quem haviam crido.”

A mesma coisa se repete em 1 Tm 5:17,19; Tt 1, 5; Js 5, 14;  1 Pd5:5; 2 Jo 1; 3 Jo 1; Ap 4:4; 7:11.

Logo vemos que a Tradução João Almeida nada mais passa do que uma tradução tendenciosa. A palavra πρεσβυτέρους (ancião) se repete quase que 30 vezes no novo testamento e somente na que Pedro de refere a ele mesmo, a “João Almeida” traduz como presbítero. Logo na de Pedro!

E além de tudo os protestantes caem de boca em cima da passagem, não sabendo eles o real significado e a morfologia  da palavra e o como Pedro realmente se intitulou.

Apesar de hoje usarmos a palavra “Presbítero” como um sacerdote que preside uma Igreja particular, Pedro emprega o sentido etimológico da palavra que é “ancião” em oposição ao que ele vai falar aos Jovens no versículo 5 do mesmo capítulo onde lemos:

“Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos . . .” (1 Peter 5, 5 – João Almeida)

Note que no versículo 1 já analisado a João Almeida traduz  πρεσβυτέρους como Presbítero por que Pedro se referia a ele próprio, mas 4 versículos depois a mesma João Almeida traduz a mesma palavra πρεσβυτέρους como Ancião, logo podemos ver a tradução tendenciosa.

Por Que Pedro Não Poderia Ser Um Simples Presbítero, no sentido atual da palavra?

Existe uma hierarquia na Igreja e Pedro só poderia estar no todo dela, como apostolo:

Ef 4, 11 “A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores…”

Cada um na Igreja tem sua função logo, Pedro não teria 2 cargos:

1 Cor 12, 29 Porventura são todos apóstolos? são todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres?

Pedro é notável e coluna da Igreja (Gl 2, 1-9)

É freqüentemente chamado por Paulo de Cefas. Κηφᾶς, ᾶ, ὁ (Aramaico = ‘rocha’) (Jo 1, 42; 1 Cor 1, 12; 3, 22; 9, 5; 15, 5; Gal 1, 18; 2, 9, 11, 14).

Seu nome está na frente todas as listas dos apóstolos e dos grupo intimo de Jesus (Mt 10,2; Mt 17,1; Mt 26,37.40; Mc 3,16Mc 5,37; Mc 14,37; Lc 6,14; At 1,13)

Pedro – Pedra sobre a qual Jesus edificou sua Igreja (Mt 16,18)

Jesus paga imposto por ele e por Pedro (Mt 17,26)

Jesus confia aos apóstolos a papel de Ensinar as pessoas tudo que prescreveu (Mt 28,20)

Pedro é sempre destacado dos demais apóstolos (Mc 1,36; Mc 16,7; Lc 9,32Jo 13,6-9Jo 21,7-8;  At 2,37; At 5,29;  ICor 15,5)

Jesus Roga por Pedro para que ele Confirme os irmãos (Lc 22,31s)

Cristo Ressuscitado aparece primeiro a Pedro (Lc 24,34; 1Cor 15,5s)

Jesus manda Pedro a apascenta as ovelhas dele (Jo 21,15ss)

É sempre ele que toma as decisões e toma a palavra entre os apóstolos (Mt 18,21; Mc 8,29; Lc 9,5; Lc12,41; Jo 6,67ss; At 1,15.22; At 2,14; At 10,1; At 15,7-12)

Pedro realiza o primeiro milagre da Era da Igreja, curando um aleijado (At 3,6-12)

Pedro lança a primeira excomunhão a Safira e Ananias (At 5,2-11)

Pedro é a primeira pessoa após Cristo a ressuscitar um morto (At 9,40)

Cornélio, o 1º pagão convertido, é orientado por um anjo a procurar Pedro para ser instruído no cristianismo (At 10,1-6)

Pedro abre, preside e encerra o primeiro Concílio da Cristandade (At 15,7-11)

S.Paulo vai conhecer Pedro e fica 15 dias com ele (Gál 1,18)

Logo Pedro se referiu a ele mesmo como ancião e não como “presbítero” atual como andam colocam as palavras na boca de Pedro.

Fica provado portanto que Pedro nunca quis dizer que ele era um simples presbitério como pensam os protestantes e insinua a tendenciosa tradução protestante da bíblia, de João Almeida.

Rafael Rodrigues.

O homossexualismo na visão dos Padres, Santos e Doutores da Igreja

APOSTOLADO SPIRITUS PARACLITUS

Os Padres, Santos e Doutores da Igreja sempre condenaram a homossexualidade nas suas obras.

São Justino, Mártir (100-165)

São Justino, mártir e apologista cristão, nasceu em Flavia Neapolis e converteu-se ao cristianismo por volta do ano130. Ensinou e defendeu a religião cristã na Ásia Menor e em Roma, onde sofreu o martírio.

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Na sua Primeira Apologia, dirigida ao imperador Tito, São Justino explica os mistérios cristãos e da racionalidade da doutrina católica. Ele também aponta o absurdo paganismo e a imoralidade dos gregos e romanos:

“Porque vemos que quase todos que são expostos (não só as raparigas, mas também os homens) são trazidos para a prostituição. E como os antigos dizem ter criado rebanhos de cavalos bois ou cabras ou ovelhas, ou de pasto, agora nós vemo-los criar filhos apenas para essa vergonhosa utilização e para esse tipo de poluição. Uma multidão de fêmeas e hermafroditas, e aqueles que cometem iniquidades abomináveis são encontrados em todas as nações. E quem recebe aluguer destes, os direitos e impostos a partir deles, deve ser eliminado do seu reino.

E alguém que use essas pessoas, além dos ateus que mantêm relações infames e impuros, pode eventualmente ter relações sexuais com seu próprio filho, ou parente, ou irmão. E há alguns que até mesmo prostituem os seus próprios filhos e esposas, e alguns são abertamente mutilado com a finalidade de sodomia”.

* * *

Santo Ireneu de Lião (130-202)

Santo Irineu nasceu em Esmirna, na Ásia Menor, onde ele conheceu o bispo São Policarpo, discípulo do Apóstolo São João. Saindo da Ásia Menor para Roma, Santo Irineu juntou-se à Escola de S. Justino Mártir antes de se tornar Bispo de Lyon no sul da Gália. Os escritos mais conhecidos de Santo Irineu são “Contra as Heresias” e “Prova da Pregação Apostólica”, em que ele refutou gnosticismo.

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Santo Irineu reitera a condenação do homossexualismo pela Igreja:

“Além dessa blasfémia contra Deus, ele [Marcion], falando com a boca do diabo, disse em directa oposição com a Verdade, que ele e aqueles que são como ele, os sodomitas, os egípcios, todas as nações que praticaram todos os tipos de abominação, foram salvos pelo Senhor.”

* * *

Atenágoras de Atenas (2 º século)

Atenágoras de Atenas foi um filósofo que se converteu ao cristianismo no segundo século. Atenágoras escreveu o seu fundamento para os cristãos ao imperador Marco Aurélio em torno de 177. Ele defendeu os cristãos, a quem os pagãos tinham acusado de imoralidade. Em seguida, ele mostra que os pagãos, que eram totalmente imorais, nem sequer se abstém dos pecados contra a natureza.

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“Para aqueles que criaram um mercado para fornicação e estabeleceram recursos para a infâmia e todo o tipo de vil prazer, que não se conseguem abster até mesmo de homens, homens com homens cometendo abominações chocantes, insultando todos os mais nobres princípios e insultando de modo desonroso toda a obra justa de Deus.”

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São Jerónimo (340-420)

São Jerónimo é Padre e Doutor da Igreja.

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Ele também foi um exegeta notável e grande polemista. No seu livro “Contra Jovinianus”, ele explica como um sodomita necessita de arrependimento e penitência para ser salvos:

“E Sodoma e Gomorra poderiam ter apaziguado a ira de Deus, se estivessem dispostas a se arrependerem, com a ajuda de jejum para ganhar as lágrimas do seu arrependimento.”

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São João Crisóstomo (347-407)

São João Crisóstomo é considerado o maior dos Padres gregos e foi proclamado Doutor da Igreja. A ele foi-lhe dado o título de “Crisóstomo” (“boca de ouro”), por causa d sua grande capacidade oratória e sermões. Ele foi arcebispo e Patriarca de Constantinopla, e a sua revisão do grego na liturgia é usado até hoje.

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Nos seus sermões sobre São Paulo na Epístola aos Romanos, ele mora na extrema gravidade do pecado do homossexualismo:

“Mas se tu aprendeste e ouviste falar do Inferno e acreditas que não é fogo, lembra-te de Sodoma. Pois vimos, e com certeza continuamos a ver até mesmo na vida presente, uma aparência do Inferno. Quando muitos negam totalmente as coisas que virão depois desta vida, negam ouvir falar do fogo inextinguível, Deus traz à mente as coisas presentes. Por isso foi calcinada Sodoma. Pensa emcomo é grande o pecado, para ter forçado o Inferno a aparecer mesmo antes do seu tempo! Onde a chuva era incomum, porque a relação sexual era contráriaà natureza, ela inundou a terra, tal como a luxúria havia feito com as suas almas. Por isso também a chuva era o oposto da chuva habitual. Agora não só ela não mexe no ventre da terra para a produção de frutos, mas tornou ainda inútil para a recepção das sementes. Foi também assim a relação dos homens entre homens, fazendo um corpo desta espécie mais inútil do que a própria terra de Sodoma.”

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Santo Agostinho (354-430)

O maior dos Padres do Ocidente e um dos grandes Doutores da Igreja, estabeleceu as bases da teologia católica. Nas suas “Confissões”, assim ele condena, com a Igreja, a prática da homossexualidade.

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“As infracções contrárias à natureza são em toda parte e em todas as vezes que se realizaram foram punidas. Tais foram as dos sodomitas. Todos eles deverão ser culpados do mesmo crime pela Lei Divina. Pois a relação que deve haver entre Deus e nós, é violado, quando a natureza, da qual Ele é o autor, é poluída pela perversidade da luxúria.”

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São Gregório Magno (540-604)

Papa São Gregório I é chamado de “o Grande”. Ele é Padre e Doutor da Igreja. Introduziu o canto gregoriano na Igreja.

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“A Sagrada Escritura confirma que o enxofre evoca o cheiro da carne, assim como fala da chuva de fogo e enxofre sobre Sodoma derramado pelo Senhor. Ele tinha decidido punir Sodoma por causa dos crimes da carne, e com o tipo de punição Ele enfatizou a vergonha do crime, pois quis que fedesse a enxofre, fogo e carne queimada. Foi exactamente por isso que os sodomitas, queimando com desejos perversos decorrentes da carne como fedor, devem perecer pelo fogo e enxofre para que através deste justo castigo percebam o mal que tinham cometido, comandados por um perverso desejo.

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Santa Catarina de Sena (1347-1380)

Santa Catarina, uma grande mística e Doutora da Igreja viveu em tempos difíceis. O Papado estava no exílio em Avignon, na França. Ela foi fundamental para trazer de volta os Papas para Roma. Os seus “Diálogos com Deus” são escritos famosos.

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“Esses desgraçados não só são frágeis na sua natureza, mas pior, cometendo o pecado maldito contra a natureza e, como cegos e tolos, com a luz do seu intelecto escurecida, eles não sabem o mau cheiro e da miséria em que se encontram. Não só este pecado cheira mal diante de Mim, que sou o Supremo e Eterna Verdade, mas realmente desagrada-me muito. Não só a Mim, mas aos próprios demónios. Não é que o mal lhes desagrada, porque eles não gostam de nada que seja bom, mas porque a sua natureza foi originalmente angelical, e sua natureza angelical faz com que eles se afastem quando este grande pecado é cometido.”

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São Bernardino de Siena (1380-1444)

São Bernardino de Siena era um pregador famoso, conhecido pela sua doutrina e santidade.

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Quanto à homossexualidade, afirma:

“Nenhum pecado no mundo amarra a alma como a maldita sodomia, o pecado que sempre foi detestado por todos aqueles que vivem segundo Deus. Uma paixão desordenada, próxima da loucura, que perturba o vice intelecto, destrói elevação e generosidade da alma, faz do preguiçoso uma pessoa irascível, teimoso e obstinado, servil e macio e incapaz de qualquer coisa. Além disso, agitada por um desejo insaciável por prazer, a pessoa sodomita não segue a razão, mas o instinto. Eles tornam-se cegos e, quando os seus pensamentos deve subir para coisas altas e grandes, eles são frívolos e reduzidos para as coisas vis, inúteis e podres, que nunca poderia fazê-los felizes. Assim como as pessoas participam da glória de Deus em diferentes graus, de igual modo também no Inferno alguns sofrem mais que outros. Quem vive com esse vício de sodomia sofre mais do que outra, porque este é maior pecado.”

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São Pedro Canísio (1521-1597)

São Pedro Canísio, jesuíta e doutor da Igreja, é responsável por ajudar um terço da Alemanha abandonar o Luteranismo e retornar para a Igreja Católica.

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“Como diz a Sagrada Escritura, os sodomitas sempre foram extremamente perversos e pecaminosos. São Pedro e São Paulo condenaram sempre o pecado nefando e depravado. Na verdade, a Escritura denuncia essa indecência enorme (…) Aqueles que deviam ter vergonha de violar a lei divina e a lei natural são escravos da mais perversa depravação.”

Fonte: Livro DEFENDING A HIGHER LAW-Why We Must Resist Same-Sex “Marriage”and the Homosexual Movement

A Igreja precisa dos idosos

Fonte: Humberto Pinho da Silva

Eu tenho um amigo, daqueles que sempre estão presente nas horas amargas, que era catequista.

Semanalmente, nos fins-de-semana, abalava para o “interior”, deixando família, para participar na preparação da catequese.

Certa vez confessou-me: “Quando for aposentado vou-me dedicar às actividades da Igreja da minha terra e à agricultura. Tenho um campinho na retaguarda da casa que ergui na aldeia e vou cuidar das árvores de fruta e da hortinha.

O tempo passou e ele sempre a sonhar com a reforma que lhe permitiria organizar melhor a catequese da paróquia, já que era o coordenador.

Um dia atingiu a idade necessária para se retirar. Despediu-se de olhos marejados, dos colegas; pela derradeira vez visitou a banca de trabalho, testemunha de horas alegres e de muitas e muitas angústias; e definitivamente partiu para a terra natal.

Não deixou, porém, de passar pela livraria católica em busca de material para as aulas da catequese. Como as verbas para a evangelização dos jovens eram escassas, despendeu muito de seu bolso.

Era um sonho há muito idealizado.

Mal chegou foi prestes à reunião da catequese. Admirou-se, porém, que o abade, velho companheiro nas lidas religiosas, estivesse presente.

Aberta a reunião, o padre urdiu eloquente palestra entremeada de rasgados elogios ao meu amigo. Apoiavam enternecidos os presentes as palavras do sacerdote. Ao concluir ofertaram bonita bíblia, de folhas doiradas, encadernada a pele.

No acto da entrega, disse o abade: “Chegou o momento de descansar. É justo que o libertem das árduas canseiras que lhe roubaram horas de recreação. É mister sangue novo. Já indigitei novo coordenador, e faço votos que ao aposentar-se, tenha finalmente o merecido repouso, junto dos que lhe querem bem.

Escusado será descrever a desilusão que sofreu o meu amigo. Mesmo assim teve ânimo para agradecer, lembrando que não se sentia velho, e muito podia dar à Igreja.

Este caso verídico faz-me reflectir na perda que a Igreja tem ao desprezar o trabalho dos idosos.

Há muito que lembro – mas poucos escutam, – que muitos professores, homens de valor, ilustres catedráticos, após aposentação, podem ser excelentes sacerdotes (diáconos e padres), consoante os casos, com reduzido estudo no Seminário Maior.

O aposentado, em regra, tem tempo disponível; não carece de trabalhar para sobreviver; e pode perfeitamente dispor ainda de vinte anos ou mais, ao serviço de Deus.

Desaproveitar conhecimentos e disponibilidades é erro crasso, mormente em época em que a falta de sacerdotes é notória.

Bom era que as dioceses incentivassem os crentes idosos a participarem nas actividades das paróquias, de harmonia com os conhecimentos e saúde de cada um.

Papa entrega “Nobel católico” a Sources Chrétiennes

“Prêmio Internacional Paulo VI” instituído para a educação

Por Jesús Colina

BRÉSCIA, domingo, 8 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI entregou neste domingo o “Prêmio Internacional Paulo VI”, definido pelo jornal vaticano L’Osservatore Romani como o “Nobel católico”, à coleção de livros publicados por Sources Chrétiennes (Fontes Cristãs).

Na cerimônia de entrega do reconhecimento, o pontífice explicou a motivação deste “prêmio à educação” com estas palavras: “Ele pretende sublinhar o compromisso desta histórica coleção, fundada em 1942, entre outros por Henri De Lubac e Jean Daniélou, a favor de um redescobrimento das fontes cristãs antigas e medievais”.

Os jesuítas De Lubac (1896-1991) e Daniélou (1905-1974) foram criados cardeais, o primeiro por João Paulo II e o segundo por Paulo VI, em homenagem à extraordinária contribuição que ofereceram à teologia do século XX. Ambos ofereceram seu serviço como especialistas ao Concílio Vaticano II.

O prêmio, concedido a cada 5 anos, foi recebida pelo diretor da coleção, Bernard Meunier, durante a inauguração da nova sede do Instituto Paulo VI, em Concesio, um dos motivos da visita papal a Bréscia, berço de Paulo VI.

Sources Chrétiennes tem por atividade essencial a edição dos principais textos dos fundadores do cristianismo, dos Padres da Igreja (textos gregos, latinos e orientais da Antiguidade, com algumas de suas prolongações medievais) em sua língua original, acompanhados por uma tradução francesa.

A coleção, de mais de 500 obras, é editada pelo Institut des Sources Chrétiennes e publicada em Paris por Les Éditions du Cerf.

É a primeira vez que o prêmio é concedido a uma obra coletiva. No passado, receberam este prêmio o teólogo que também chegou a ser cardeal, Hans Urs von Balthasar, o compositor e organista Olivier Messiaen, o teólogo luterano Oscar Cullmann, o fundador da Comunidade da Arca, Jean Vanier, e o filósofo Paul Ricoeur.

Mais informação em http://www.sources-chretiennes.mom.fr.

Palavra de Deus e Eucaristia devem animar ação evangelizadora da Igreja, diz o Papa

VATICANO, 25 Out. 09 / 09:33 am (ACI).- Terminada a Santa Missa de clausura da Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, o Papa Bento XVI recitou o Ângelus dominical com os fiéis presentes na Praça de São Pedro aos pés da Basílica Vaticano, recordando a todos em suas palavras introdutórias o esforço da Igreja para que ninguém se veja privado do necessário para viver e que todos possam conduzir uma existência digna do ser humano.

“Damos graças a Deus – disse o papa – pelo impulso missionário que encontrou terreno fértil em numerosas dioceses e que se exprime no envio de missionários para outros países africanos e para outros continentes”, disse o Santo Padre referindo-se aos frutos do Assembléia Especial para a África.

O Pontífice destacou, entre os temas vistos durante a Assembléia, “a família que na África constitui a célula primária da sociedade, mas que hoje é ameaçada por correntes ideológicas provenientes também do exterior”.

“O que dizer também, dos jovens expostos a este tipo de pressão, influenciados por modelos de pensamento e de comportamento que contrastam com os valores humanos e cristãos dos povos africanos?”.

Mais adiante se referiu também à grande necessidade de “reconciliação, de justiça e de paz” na África, recordando que “precisamente por isso a Igreja responde, repropondo, com renovado impulso, o anúncio do Evangelho e a ação de promoção humana. Animada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, a “Igreja se esforça para que ninguém seja privado do necessário para viver e que todos possam ter uma existência digna do ser humano”.

Seguidamente o Papa falou brevemente da Mensagem final da Assembléia sinodal, citando-o como “uma mensagem que parte de Roma, sede do Sucessor de Pedro, que preside a comunhão universal, mas se pode dizer, num sentindo mais amplo, que a mesma tem origem na África, da qual recolhe as experiências, as expectativas, os projetos, e agora retorna à África, levando a riqueza de um evento de profunda comunhão no Espírito Santo”.

Dirigindo-se aos fiéis na África disse: “Queridos irmãos e irmãs que me ouvem na África! – disse Bento XVI – Confio de modo especial às suas orações os frutos do trabalho dos Padres sinodais, e encorajo-os com as Palavras de Nosso Senhor Jesus: sejam sal e luz na amada terra africana!”.

Concluindo, Bento XVI recordou que para no próximo ano está prevista uma “Assembléia Especial para o Meio Oriente do Sínodo dos Bispos. Em ocasião de minha visita ao Chipre, terei o prazer de fazer entrega do Instrumentum laboris de tal encontro. Agradeçamos ao Senhor que não se cansa nunca de edificar sua Igreja na comunhão, e invoquemos com confiança a maternal intercessão da Virgem Maria”.

O Papa também fez uma saudação aos fiéis de língua portuguesa, recolhida na edição de hoje da página da Rádio Vaticano em português:

“Dirijo agora uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, de modo particular aos grupos das dioceses brasileiras de Jundiaí e São Carlos, desejando que a vinda a Roma fortaleça a vossa fé e vos encha de paz e alegria em Cristo. A Santíssima Virgem guie maternalmente os vossos passos. Acompanho estes votos, com a minha Bênção Apostólica.”

Evitar secularização de sacerdotes e clericalização dos leigos, pede o Papa

Vaticano, 17 Set. 09 / 11:41 am (ACI).- Ao receber este meio-dia aos prelados do Setor Nordeste 2 da Conferência Nacional de Bispos Católicos do Brasil em visita ad limina, o Papa Bento XVI assinalou que ” É na diversidade essencial entre sacerdócio ministerial e sacerdócio comum que se entende a identidade específica dos fiéis ordenados e leigos. Por essa razão é necessário evitar a secularização dos sacerdotes e a clericalização dos leigos”.

Por isso, prosseguiu o Santo Padre, “os fiéis leigos devem empenhar-se em exprimir na realidade, inclusive através do empenho político, a visão antropológica cristã e a doutrina social da Igreja.
Por sua vez os padres não se devem comprometer pessoalmente na política, e isso para poderem favorecer a unidade e a comunhão de todos os fiéis e serem uma referência para todos”.

O Papa disse logo que “não é a falta de presbíteros que há de justificar uma participação mais ativa e numerosa dos leigos. Na realidade, quanto mais os fiéis se tornam conscientes das suas responsabilidades na Igreja, tanto mais sobressaem a identidade específica e o papel insubstituível do sacerdote como pastor do conjunto da comunidade, como testemunha da autenticidade da fé e dispensador, em nome de Cristo-Cabeça, dos mistérios da salvação”.

“A função do presbítero é essencial e insubstituível para o anúncio da Palavra e a celebração dos Sacramentos, sobretudo da Eucaristia, memorial do Sacrifício supremo de Cristo, que dá o seu Corpo e o seu Sangue. Por isso urge pedir ao Senhor que envie operários à sua Messe; além disso, é preciso que os sacerdotes manifestem a alegria da fidelidade à própria identidade com o entusiasmo da missão”.

Seguidamente o Papa Bento XVI ressaltou em relação à falta de sacerdotes que “é importante evitar que tal situação seja considerada normal ou típica do futuro”. Por isso animou aos bispos a “concentrar esforços para despertar novas vocações sacerdotais e encontrar os pastores indispensáveis, melhor formados e mais numerosos para sustentar a vida de fé e a missão apostólica dos fiéis”.

Mais uma vez, neste período em que a Igreja celebra o Ano Sacerdotal, Bento XVI propôs o Santo Cura d’Ars e Frei Galvão como modelos para os presbíteros, pois ambos procuraram imitar Jesus Cristo, fazendo-se não só sacerdote, mas também vítima e oblação como Jesus.

Finalmente o Papa remarcou que “já se manifestam numerosos signos de esperança para o futuro das Iglesias particulares, um futuro que Deus está preparando através da dedicação e da fidelidade com que exercem seu ministério episcopal”.

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