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O Papa aos religiosos: A Igreja deve ser atrativa e despertar o mundo!

Papa Francisco

VATICANO, 06 Jan. 14 / 09:33 am (ACI/EWTN Noticias).- “A Igreja deve ser atrativa, deve despertar o mundo!”, foi o chamado que o Papa Francisco lançou em seu encontro com a União de Superiores Gerais ocorrido no último 29 de novembro, no qual afirmou que reconhecer-se fracos e pecadores não contradiz o testemunho ao que estão chamados a dar, mas o reforça.

Na sua primeira edição de 2014, a revista Civiltà Cattolica publicou um texto de seu diretor, o P. Antonio Spadaro,S.J que recolhe os mais importantes momentos do diálogo entre o Papa e os superiores religiosos em Roma.

No encontro que durou cerca de três horas, o Santo Padre recordou que seu antecessor, Bento XVI, tinha afirmado sempre que “a Igreja cresce por testemunho, não por proselitismo”.

“O testemunho que pode atrair verdadeiramente é aquele relacionado com as atitudes que não são as habituais: a generosidade, o desapego, o sacrifício, o esquecer-se de si para ocupar-se dos outros. Esse é o testemunho, o ‘martírio’ da vida religiosa”. E para as pessoas é um ‘sinal de alarme’. Os religiosos, com sua vida, dizem às pessoas: ‘O que está acontecendo?, estas pessoas me dizem algo’ Estas pessoas vão além do horizonte mundano! Quer dizer – continuou o Papa, citando Bento XVI-, a vida religiosa deve permitir o crescimento da Igreja pelo caminho da atração”.

“A Igreja deve ser atrativa. Deve despertar o mundo! Sejam testemunhas de um modo distinto de fazer, de atuar, de viver! É possível viver de um modo distinto neste mundo”, expressou.

Francisco insistiu ante a União de Superiores Gerais que “devem ser verdadeiramente testemunhas de um modo distinto de fazer e portar-se. Mas na vida é difícil que tudo seja claro, preciso, desenhado de maneira nítida. A vida é complexa, é feita de graça e de pecado. Se alguém não peca, não é homem. Todos nos equivocamos e temos que reconhecer nossa debilidade”.

“Um religioso que se reconhece fraco e pecador, não contradiz o testemunho que está chamado a dar, mas sobre tudo o reforça, e isto faz bem a todos. portanto, o que espero é o testemunho. Desejo dos religiosos este testemunho especial”, culminou.

Este extenso diálogo foi difundido esta sexta-feira pela revista da Companhia de Jesus em inglês, italiano e espanhol e pode ser descarregado emhttp://www.laciviltacattolica.it/articoli_download/extra/Despierten_al_mundo.pdf

Forbes inclui o Papa Francisco na lista dos mais poderosos do mundo

Papa Francisco

Roma, 31 Out. 13 / 05:31 pm (ACI/EWTN Noticias).- A conhecida revista Forbes colocou o Papa Francisco no quarto lugar da lista das pessoas mais poderososdo mundo”, elaborada para o ano 2013.

A lista foi publicada neste 30 de outubro e situa no primeiro lugar o presidente da Rússia, Vladimir Putin; seguido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; e em terceiro lugar o primeiro-ministro da China, Xi Jinping.

No Vaticano a notícia passou desapercebida e segundo explicou o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, a ACI Digital, a informação “não tem valor algum em particular”.

“Parece-me evidente que o Papa é uma pessoa que causa no mundo uma grande atenção. Não é de surpreender-se, além disso, os critérios destas investigações são muito opináveis. É um reconhecimento da atenção que desperta o Papa”, acrescentou o Pe. Lombardi.
Forbes especifica que o Papa Francisco ocupa o quarto lugar da lista por liderar mais de 1 bilhão e duzentos milhões de pessoas no mundo, o número de fiéis que compõem a Igreja Católica hoje em dia e que equivale à sexta parte da população mundial.

O Papa Francisco “insuflou uma nova energia na religião maior do mundo”, escreve Forbes.
A revista financeira destaca ainda que o Pontífice argentino “abraçou aos meios de comunicação sociais com o uso regular do Twitter para dar conselhos” a seus milhões de seguidores e foi o primeiro Papa em deixar-se fotografar ao estilo “selfie”, cuja tradução ao espanhol consistiria em ser fotografado com uma ou mais pessoas com um dispositivo móvel.

Forbes conclui definindo ao Papa como um fã do futebol, que tem compaixão pelos mais pobres, revalorizou o papel da mulher e provém de orígenes humildes.

A família que vive a alegria da fé é sal da terra e luz do mundo, assegura o Papa

Papa Francisco: Personalidade do Ano no Twitter

VATICANO, 28 Out. 13 / 08:37 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco presidiu ontem a Missa com ocasião do Encontro das Famílias, no qual mais de 150 mil pessoas peregrinaram a Roma pelo Ano da Fé, e assegurou que “afamília que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo”.

Em sua homilia, o Santo Padre meditou sobre “algumas características fundamentais da família cristã”.

A primeira, indicou, é “a família que reza. O trecho do Evangelho coloca em evidência dois modos de rezar, um falso – aquele do fariseu – e outro autêntico – aquele do publicano. O fariseu encarna uma atitude que não exprime a gratidão a Deus pelos seus benefícios e a sua misericórdia, mas sim satisfação de si”.

“O fariseu se sente justo, se sente no lugar, se apoia nisso e julga os outros do alto de seu pedestal. O publicano, ao contrário, não multiplica as palavras. A sua oração é humilde, sóbria, permeada pela consciência de sua própria indignidade, das próprias misérias: este é um homem que realmente se reconhece necessitado do perdão de Deus, da misericórdia de Deus”.

Francisco destacou que “a oração do publicano é a oração do pobre, é a oração que agrada a Deus, que, como diz a primeira Leitura ‘chega às nuvens’, enquanto a do fariseu é sobrecarregada pelo peso da vaidade”.

“À luz desta Palavra, gostaria de perguntar a vocês, queridas famílias: rezam alguma vez em família? Alguns sim, eu sei. Mas tantos me dizem: como se faz? Mas, se faz como o publicano, é claro: humildemente, diante de Deus. Cada um com humildade se deixa olhar pelo Senhor e pede a sua bondade, que venha a nós”.

“Mas, em família, como se faz? Porque parece que a oração seja algo pessoal e então não há nunca um momento adequado, tranquilo, em família… Sim, é verdade, mas é também questão de humildade, de reconhecer que temos necessidade de Deus, como o publicano! E todas as famílias têm necessidade de Deus: todas, todas!”.

As famílias, indicou o Papa, têm “necessidade da sua ajuda, da sua força, da sua benção, da sua misericórdia, do seu perdão. E é necessário simplicidade: para rezar em família, é necessário simplicidade! Rezar junto o ‘Pai Nosso’, em torno da mesa, não é algo extraordinário: é algo fácil. E rezar junto o Terço, em família, é muito bonito, dá tanta força!”.

“E também rezar um pelo outro: o marido pela esposa, a esposa pelo marido, ambos pelos filhos, os filhos pelos pais, pelos avós… Rezar um pelo outro. Isto é rezar em família, e isto torna forte a família: a oração”.

Continuando, o Santo Padre assinalou que “a Segunda Leitura nos sugere um outro ponto: a família conserva a fé. O apóstolo Paulo, no fim de sua vida, faz um balanço fundamental e diz: ‘Conservei a fé’. Mas como a conservou? Não em um cofre! Não a escondeu sob a terra, como aquele servo um pouco preguiçoso.”.

“São Paulo compara a sua vida a uma batalha e a uma corrida. Conservou a fé porque não se limitou a defendê-la, mas a anunciou, irradiou-a, levou-a longe. Colocou-se do lado oposto a quem queria conservar, “embalsamar” a mensagem de Cristo nos confins da Palestina. Por isto fez escolhas corajosas, foi a territórios hostis, deixou-se provocar pelos distantes, por culturas diversas, falou francamente sem medo”.

“Também aqui, podemos perguntar: de que modo nós, em família, conservamos a nossa fé? Nós a temos para nós, na nossa família, como um bem privado, como uma conta no banco, ou sabemos partilhá-la com o testemunho, com o acolhimento, com a abertura aos outros?”.

Francisco reconheceu que “todos sabemos que as famílias, especialmente as mais jovens, muitas vezes são ‘apressadas’, muito ocupadas: mas alguma vez já pensaram que esta ‘corrida’ pode ser também a corrida da fé? As famílias cristãs são famílias missionárias”.

“Ontem ouvimos, aqui na Praça, o testemunho de famílias missionárias. São missionárias também na vida de todos os dias, fazendo as coisas de todos os dias, colocando em tudo o sal e o fermento da fé! Conservar a fé na família e colocar o sal e o fermento da fé nas coisas do cotidiano”.

O Papa indicou também que “a verdadeira alegria que se desfruta na família não é algo superficial, não vem das coisas, das circunstâncias favoráveis…A alegria verdadeira vem da harmonia profunda entre as pessoas, que todos sentem no coração, e que nos faz sentir a beleza de estar junto, de apoiar-nos uns aos outros no caminho da vida”.

“Na base deste sentimento de alegria profunda está a presença de Deus, a presença de Deus na família, está o seu amor acolhedor, misericordioso, respeitoso para com todos. E, sobretudo, um amor paciente: a paciência é uma virtude de Deus e nos ensina, em família, a ter este amor paciente, um com o outro. Ter paciência entre nós”.

O Santo Padre remarcou que “somente Deus sabe criar a harmonia das diferenças. Se falta o amor de Deus, também a família perde a harmonia, prevalecem os individualismos e se extingue a alegria. Em vez disso, a família que vive a alegria da fé a comunica espontaneamente, é sal da terra e luz do mundo, é fermento para toda a sociedade”.

“Queridas famílias, vivam sempre com fé e simplicidade, como a Sagrada Família de Nazaré. A alegria e a paz do Senhor estejam sempre com vocês!”, concluiu.

Miss Mundo 2013: Sou pró-vida e as relações sexuais são para o matrimônio

Miss Mundo 2013: Sou pró-vida e as relações sexuais são para o matrimônio

WASHINGTON DC, 17 Out. 13 / 11:05 am (ACI/EWTN Noticias).- A candidata das Filipinas, Megan Lynn Young, de 23 anos que foi coroada como Miss Mundo 2013 em 28 de setembro em Bali (Indonésia), deixou clara durante a sua participação no concurso a sua postura pró-vida e a favor do matrimônio.

Young nasceu nos Estados Unidos, mas aos 10 anos de idade foi morar nas Filipinas, que é um dos poucos países de maioria católica da região do Oriente onde se localiza.

Em uma entrevista com o canal ANC, Megan assegurou que “sou pró-vida, e se isso significa matar alguém que já está aí –disse, assinalando o seu corpo-, estou contra isso, é obvio”.

“Sou contra o aborto“, remarcou.

Megan também foi clara para assinalar que não concorda com as relações sexuais antes do casamento, pois “o sexo é para o matrimônio, é o que acredito”, e também revelou que “sou contra o divórcio”.

Para a jovem Miss Mundo, “se você casa com alguém, essa deve ser a pessoa com a qual estará para sempre, na doença e na saúde, nas coisas boas e ruins”.

A entrevistadora, surpreendida, perguntou-lhe como era possível para uma mulher “tão bela como você” negar-se às relações sexuais pré-matrimoniais, ao que Megan respondeu que simplesmente “diz não”.

“Se tentam pressionar, retira-te, porque essa pessoa não te valoriza, não valoriza tanto a relação”, indicou.

Para a Miss Mundo 2013, antes Miss Filipinas, “se o rapaz estiver disposto a sacrificar isso, significa muito”.

Foi lançado o impactante documentário: “Francisco: O Papa do Novo Mundo”

Papa Francisco

ROMA, 15 Out. 13 / 12:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- Um novo documentário se aprofunda na vida, pensamento, obra e palavras do Papa Francisco, o homem que fascinou tanto católicos como não católicos desde a sua eleição à Sé de Pedro em março deste ano.

“Francisco: O Papa do Novo Mundo”, que será transmitido pela FOX Business Network, relata a história de Jorge Mario Bergoglio, o primeiro Papa jesuíta, o primeiro da América e o primeiro em escolher o nome de Francisco, por São Francisco de Assis. Este documentário de uma hora de duração mostra entrevistas realizadas em todo o mundo, com amigos próximos, companheiros sacerdotes, colaboradores, sua biógrafa e os pobres das “vilas miséria” de Buenos Aires.

Foi produzido pelos Cavaleiros de Colombo, que é a maior organização de leigos católicos do mundo, e foi filmado em grande medida nas cidades de Buenos Aires e Córdoba, na Argentina.

“Este documentário chega quando o mundo se dá conta de que um homem muito especial assumiu a liderança da Igreja Católica, e isto começa—mas não termina—com os seus gestos de humildade e atenção para com todos”, disse a respeito o Cavaleiro Supremo dos Cavaleiros de Colombo, Carl Anderson, um dos produtores executivos.

“Entretanto, o público ainda desconhece numerosos detalhes da vida do Papa Francisco, o trabalho que realizou e as formas como defendeu aos que não têm voz e também os princípios católicos. Este documentário entra nessas histórias”.

O documentário começa com o momento no qual o novo Papa se encontra diante da multidão na Praça São Pedro em 13 de março, dia de sua eleição. Logo vai mostrando pouco a pouco as suas origens, o seu chamado vocacional, o seu amor por San Lorenzo de Almagro, o time de futebol do qual sempre foi torcedor, e sua estreita relação com os pobres de Buenos Aires, entre outras passagens de sua vida.

Também mostra como lutou corajosamente com a ditadura quando ele era o Provincial dos Jesuítas na Argentina, sua defesa dos mais pobres frente ao caos econômico e político ao início do século XXI.

Sobre este documentário, o Arcebispo de Los Ángeles nos Estados Unidos, Dom José Gómez, assinala que “todo mundo está falando do Papa Francisco. Todo este interesse é um sinal de que milhões em nossas sociedades secularizadas ainda buscam Deus, e ainda olham para a Igreja Católica para que lhes mostre o caminho. Este excelente documentário nos ajuda a ver nosso Papa mais claramente”.

“Apresenta um Papa que tem uma bela visão da felicidade humana e um Papa que está chamando à Igreja a um amor mais profundo por Jesus e a um novo desejo de atrair o próximo para Deus”, acrescenta.

O professor Guzmán Carriquiry, Secretário da Pontifícia Comissão para a América Latina, comentou que “Francisco: O Papa do Novo Mundo é uma excelente introdução à vida e ao pensamento de nosso Santo Padre. Através de suas próprias palavras e através das histórias daqueles que o conheceram bem e trabalharam muito próximos a ele, este documentário é um caminho que abre os olhos através de muitos eventos da vida de Jorge Mario Bergoglio”.

O documentário, indicou, “deixa claro por que este homem está tão bem qualificado e preparado para ter chegado a ser Papa. Qualquer um que queira entender melhor o Papa Francisco, deveria começar por ver esta produção”.

Mais informação: [email protected]

Esta foi a oração com a qual o Papa consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria

Papa Francisco e Virgem de Fatima - 13 de outubro de 2013

VATICANO, 14 Out. 13 / 02:50 pm (ACI/EWTN Noticias).- Diante de 100 mil pessoas presentes ontem, domingo, na Praça de São Pedro, o Papa Francisco consagrou o mundo ao Imaculado Coração da Virgem Maria. Esta é a oraçãode consagração que rezou o Santo Padre diante da imagem original da Virgem de Fátima que foi levada a Roma do seu santuário em Portugal:

Bem-aventurada Maria Virgem de Fátima,
com renovada gratidão pela tua presença materna
unimos a nossa voz àquela de todas as gerações
que te chamam bem-aventurada.

Celebramos em ti as grandes obras de Deus,
que jamais se cansa de prostrar-se com misericórdia
sobre a humanidade, afligida pelo mal e ferida pelo pecado,
para curá-la e para salvá-la.

Acolhe com benevolência de Mãe
O ato de consagração que hoje fazemos

com confiança, diante desta tua imagem

tão querida a nós.

Estamos certos de que cada um de nós é precioso aos teus olhos
e que nada é a ti estranho de tudo aquilo que habita em nossos corações.

Nos deixamos alcançar pelo teu dulcíssimo olhar
e recebemos o afago consolador do teu sorriso.

Protege a nossa vida entre os teus braços:
abençoa e reforça todo desejo de bem;
reaviva e alimenta a fé;
ampara e ilumina a esperança;
suscita e anima a caridade;
guia todos nós no caminho da santidade.

Ensina-nos o teu mesmo amor de predileção
Pelos pequenos e pelos pobres,
pelos excluídos e os sofredores,
pelos pecadores e os dispersos de coração:
reúne todos sob tua proteção
e os entrega ao teu Filho amado, o Senhor nosso Jesus.

Amém.

O Papa consagra o mundo ao Imaculado Coração de Maria

Papa Francisco

VATICANO, 14 Out. 13 / 07:01 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao presidir a Missaem que consagrou o mundo inteiro ao Imaculado Coração da Virgem Maria, junto a mais de cem mil fiéis reunidos em torno da imagem original da Virgem de Fátima na Praça São Pedro, o Papa Francisco destacou que “a fé é fidelidade definitiva, como aquela de Maria”.

“E eu me pergunto: sou um cristão ‘soluçante’, ou sou cristão sempre? Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Deus pede-nos para Lhe sermos fiéis, todos os dias, nas ações cotidianas”, indicou.

O Santo Padre assinalou que “mesmo se às vezes não Lhe somos fiéis, Ele é sempre fiel e, com a sua misericórdia, não se cansa de nos estender a mão para nos erguer e encorajar a retomar o caminho, a voltar para Ele e confessar-Lhe a nossa fraqueza a fim de que nos dê a sua força”.

“Este é o caminho definitivo: sempre com o Senhor, mesmo com as nossas fraquezas, mesmo com os nossos pecados. Nunca podemos ir pela estrada do provisório. Isto nos destrói. A fé é a fidelidade definitiva, como a de Maria”.

Francisco disse que “encontramo-nos hoje diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador”.

“Precisamente olhando Maria à luz das Leituras que acabamos de escutar, queria refletir convosco sobre três realidades: a primeira, Deus surpreende-nos; a segunda, Deus pede-nos fidelidade; a terceira, Deus é a nossa força”.

Ao referir-se ao primeiro ponto, “Deus nos surpreende”, o Papa assegurou que “Deus nos surpreende; precisamente na pobreza, na fraqueza, na humildade que Ele Se manifesta e nos dá o seu amor que nos salva, cura, dá força. Pede somente que sigamos a sua palavra e tenhamos confiança n’Ele”.

“Esta é a experiência da Virgem Maria: perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não viveu nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: ‘Eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra’. É a sua resposta”.

O Papa indicou que “Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projetos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e Me segue!”.

“Hoje nos perguntemos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou me fecho nas minhas seguranças, seguranças materiais, seguranças intelectuais, seguranças ideológicas, seguranças dos meus projetos? Deixo verdadeiramente Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo?”.

Francisco refletiu logo sobre o segundo ponto, “lembrar-se sempre de Cristo, a memória de Jesus Cristo, e isto significa perseverar na fé”.

“Deus surpreende-nos com o seu amor, mas pede fidelidade em segui-Lo. Podemos nos tornar ‘não fiéis’, mas Ele não pode; Ele é ‘o fiel’ e pede-nos a mesma fidelidade. Pensemos quantas vezes já nos entusiasmamos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compromisso, mas depois, ao surgirem os primeiros problemas, abandonamos”.

“Muitas vezes é fácil dizer ‘sim’, mas depois não se consegue repetir este ‘sim’ todos os dias. Não se consegue ser fiéis”, lamentou.

O Papa assinalou que “Maria disse o seu ‘sim’ a Deus, um ‘sim’ que transtornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos ‘sins’ pronunciados no seu coração tanto nos seus momentos felizes, como nos dolorosos”.

“Muitos ‘sins’ culminaram no ‘sim’ ao pé da Cruz. Estão aqui hoje muitas mães; pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz. A mulher fiel, de pé, destruída por dentro, mas fiel e forte.”.

Ao abordar “o último ponto: Deus é a nossa força”, o Santo Padre indicou que “Penso nos dez leprosos do Evangelho curados por Jesus: vão ao seu encontro, param à distância e gritam: ‘Jesus, Mestre, tem compaixão de nós’. Estão doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure. E Jesus responde, libertando-os a todos da sua doença”.

“Causa estranheza, porém, o fato de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz. O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força. É preciso saber agradecer, saber louvar o Senhor pelo que faz por nós”.

Francisco pediu que “vejamos Maria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um ato de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: ‘A minha alma enaltece o Senhor’, ou seja, um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua ação em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele”.

“Se conseguimos entender que tudo é dom de Deus, então quanta felicidade teremos no nosso coração! Tudo é dom d’Ele. Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil!”.

O Papa perguntou logo “Quantas vezes dizemos obrigado em família? Esta é uma das palavras-chaves da convivência. ‘Com licença’, ‘perdão’, ‘obrigado’: se numa família se dizem estas três palavras, a família segue adiante”.

“Quantas vezes dizemos ‘obrigado’ junto da família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus. É fácil ir até ao Senhor para pedir alguma coisa, mas ir agradecê-Lo… ‘Ah, isso é difícil’”.

Ao concluir sua homilia, o Papa invocou “a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amém”.

Concluída a Missa, o Papa Francisco leu o ato de Consagração do mundo a Nossa Senhora de Fátima: “Nossa Senhora de Fátima, com renovada gratidão pela tua presença materna, unimos a nossa voz àquela de todas as gerações que te chamam beata”.

“Protege a nossa vida entre os teus braços”, pediu o Papa.

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