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Bento XVI adverte a Europa do perigo de Estados ateus e teocráticos islâmicos

O continente europeu enfrenta o perigo tanto do conceito de estado ateu quanto de Estado Teocrático islâmico, advertiu o papa emérito Bento XVI em uma rara mensagem pública enviada a uma recente conferência na Polônia.

“O tema da conferência”, disse na mensagem em polonês, “… é de importância fundamental para o futuro do nosso continente [Europa].”

O contraste entre os conceitos do estado radicalmente ateu e a criação do estado radicalmente teocráticos pelos movimentos muçulmanos cria uma situação perigosa para nossos dias atuais, cujos efeitos experimentamos todos os dias”.

O que os cristãos devem fazer sobre isso? Eis o que Bento XVI recomenda: “Essas ideologias radicais exigem que desenvolvamos urgentemente um conceito convicente do Estado que resista ao confronto entre esses desafios e ajude a superá-los”.

Em outras palavras, ele não quer que os cristãos se entregue a qualquer uma das ideologias para combater ideologias. Em vez disso, os cristão devem desenvolver um conceito de estado que evite tanto o ateísmo quanto a teocracia.

Ele apontou para duas figuras polonesas como exemplos para os católicos seguirem com relação a este tema: o Cardeal Wyszynski e São João Paulo II.

A conferência aconteceu no dia 19 de abril, poucos dias depois do aniversário de 90 anos de Bento XVI.

Você pode ler o texto completo (em inglês) em National Catholic Register.

Rezemos pelo papa emérito!

Fonte: ChurchPop

Papa Francisco está na mira dos jihadistas

Segundo o jornal italiano ‘Il Tiempo’, fontes de inteligência confirmaram que o sumo pontífice é um potencial alvo de atentado dos extremistas islâmicos

O papa Francisco está na mira do grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI), reporta nesta segunda-feira o jornal Il Tempo, citando fontes do serviço secreto italiano. Segundo o jornal, o papa é apontado pelos jihadistas como “portador de falsas verdades” e pode ser vítima de um atentado. Até o momento, o Vaticano não se pronunciou sobre esta possível ameaça ao sumo pontífice. “O grupo fundamentalista Estado Islâmico, liderado por Abu Bakr Al-Baghdadi, tenta elevar o nível do confronto golpeando a Europa e a Itália”, relata o jornal Il Tempo. O texto também afirma que fontes israelenses acreditam que o papa seja um potencial alvo dos jihadistas sunitas.

“A Itália é um trampolim para os radicais islâmicos”, afirma Mario Mori, diretor do Serviço de Informações Civis, um órgão de inteligência do governo italiano. Mori crê que os jovens aliciados pelo EI formam a “base para a distribuição de jihadistas no Ocidente”. Pelo menos 50 jovens italianos foram para a Síria e o Iraque se juntar aos jihadistas sunitas do EI. A Itália, assim como outros países europeus, consideram esses jovens como um enorme risco, pois, como eles têm passaporte legal de um membro da União Europeia, eles passam pelos controles alfandegários nos aeroportos com muita facilidade. Uma vez em território europeu, os jovens poderiam formar células terroristas e planejar atentados dentro de países ocidentais.

Desde que Francisco assumiu o comando da Igreja Católica, em março de 2013, o Vaticano tem ampliado as medidas para prevenir o terrorismo. A segurança da santa Sé recrutou vários especialistas em inteligência e trabalha em colaboração com os serviços secretos de vários países, relata o jornal.

Perigo na Europa – Ghaffar Hussain, diretor-gerente da Quilliam Foundation, organização britânica que atua contra o extremismo religioso, disse que é “quase inevitável” que os jihadistas europeus atuando na Síria e no Iraque voltem para planejar ataques terroristas na Europa. “É preocupante que as pessoas nascidas e criadas na Grã-Bretanha, que foram para a mesma escola que nós, podem ter sido doutrinadas a ponto de justificarem o estupro de mulheres e decapitações”, disse à agência de notícias Reuters.

Quatro muçulmanos britânicos – dois dos quais tinham passado um período em campos de treinamento da Al Qaeda no Paquistão – mataram 52 pessoas em ataques suicidas no metrô e em um ônibus de Londres, em julho de 2005.

Em sua estratégia de expansão, o EI usa como arma de propaganda a barbárie, por meio de decaptações, crucificações e execuções sumárias. Com isso, aterroriza os inimigos, garante a obediência das populações das cidades conquistadas e atrai desajustados do mundo todo. No final de junho, o EI proclamou um califado em parte do território do Iraque e da Síria sob seu controle. Em suas fileiras lutam cerca de 12.000 combatentes estrangeiros, apontam especialistas. A maioria dos jihadistas estrangeiros que foram para a Síria e Iraque nestes três anos e meio de conflito são oriundos, principalmente, da Tunísia, Arábia Saudita e Marrocos, mas também de países ocidentais como Grã-Bretanha, Austrália, Itália e França e outros.

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Fonte: Veja

De ateia a padroeira da Europa: a gloriosa jornada de Edith Stein

No dia 12 de outubro de 1891, nasceu em uma família judaica ortodoxa uma menina, a mais nova de onze filhos. Parece providencial que Edith Stein viesse ao mundo no dia do Yom Kipur, a Jornada da Expiação, a mais santa de todas as datas sagradas para os judeus. Deus tinha planos extraordinários para Edith, embora ninguém imaginasse os rumos que a sua trajetória fosse tomar. A missão que Deus tinha traçado para ela surpreenderia a própria Edith.

Edith Stein era uma intelectual, uma filósofa. Depois de trabalhar como assistente de enfermagem durante a Primeira Guerra Mundial, ela fez doutorado em filosofia. Edith acabou se tornando ateia. A religião não teve relevância alguma na sua adolescência nem na sua jovem vida adulta. Ela estava preocupada com os seus estudos, com a ciência, com a filosofia, com a Grande Guerra, com a vida. Não sentia necessidade de Deus nem das coisas de Deus. Em outras palavras, ela era muito parecida com muitos jovens de hoje, que estudam em boas universidades e se veem totalmente absorvidos pela vida terrena e despreocupados da vida eterna.

Por meio de encontros aparentemente insignificantes, no entanto, Deus começou a chamá-la para uma vida no Espírito. Certa vez, ela encontrou uma mulher em oração na catedral de Frankfurt e ficou impressionada com a piedade dos cristãos ao visitarem as igrejas, mesmo que nada de especial estivesse acontecendo lá dentro daqueles templos. Ela visitou a viúva de um amigo querido que tinha morrido em combate em Flandres e ficou surpresa com profunda fé da jovem e com a sua aceitação espiritual da vontade de Deus. Edith mesma comentou:

“Este foi o meu primeiro encontro com a Cruz e com o poder divino que ela dá a quem a suporta… Foi o momento em que a minha incredulidade desmoronou e Cristo começou a fazer a sua luz brilhar em mim – Cristo, o mistério da cruz”.

Deus tinha aberto as portas para a mente e para o coração de Edith.

Alguns anos mais tarde, na casa de um amigo, Edith encontrou uma cópia da autobiografia de Santa Teresa de Ávila e passou a noite em claro até acabar de lê-la. Edith teve então a certeza de que tinha encontrado a Verdade. Ela foi batizada alguns meses mais tarde, em 1º de janeiro de 1922. Mas o Senhor ainda não tinha terminado a obra da sua transformação.

Graças ao seu intelecto aguçado, ao seu senso de maravilhamento, ao seu amor pelo aprendizado e à sua busca pela verdade, ela veio a conhecer e amar a Deus. Esse conhecimento sempre levou Edith a querer saber mais, amar mais e dar-se a Ele por inteiro. Ela desejava dar a Deus a sua mente, os seus dons, a sua energia, o seu coração. Edith se sentiu atraída pela ordem das carmelitas descalças, mas adiou a imediata moção rumo à vida religiosa por respeito à mãe, profundamente ferida pela conversão da filha caçula ao catolicismo.

Em 1933, no entanto, Edith perdeu o cargo de professora quando os nazistas começaram a “limpar” o serviço público de todos os não-arianos. Foi quando entrou no carmelo de Colônia e adotou o nome de irmã Teresa Benedita da Cruz. Atraída pela vida e pela espiritualidade de Santa Teresinha de Lisieux, a irmã Teresa Benedita começou, nesses primeiros anos como carmelita na Europa, a sentir o peso da sua quota da Cruz de Cristo. A perseguição contra os judeus estava começando.

Com a “eleição” de Hitler em 1938, a perseguição se tornou mais sistemática e mais aberta. Em 1938, a superiora carmelita de Colônia transferiu Teresa Benedita e sua irmã, Rosa (que também havia se tornado católica e era carmelita externa) a um carmelo em Echt, na Holanda, para tirá-las da rota do mal que avançava.

Santa Teresa Benedita escreveu um “testamento” profético em 6 de junho de 1939:

“Peço ao Senhor que faça uso da minha vida e da minha morte… conforme os Sagrados Corações de Jesus e de Maria e segundo a Santa Igreja, especialmente pela preservação da nossa santa ordem, em particular dos mosteiros carmelitas de Colônia e de Echt, como expiação pela descrença do povo judeu e para que o Senhor seja recebido pelo seu próprio povo e o seu reino venha na glória para a salvação da Alemanha e para a paz no mundo, para os meus entes queridos, vivos ou mortos, e por todos aqueles que Deus me deu: para que nenhum deles se perca”.

Após a invasão nazista de 1940 e a ocupação dos Países Baixos, o seu sacrifício, já aceito em paz, se aproximou ainda mais. Em represália a uma declaração de 1942 em que a Conferência dos Bispos Holandeses condenava a perseguição dos nazistas e a deportação dos judeus, a Gestapo invadiu as comunidades religiosas na Holanda para prender e deportar todos os judeus convertidos que tivessem sido abrigados dentro delas.

No dia 2 de agosto de 1942, a irmã Teresa Benedita e sua irmã Rosa foram presas. Enquanto eram levadas para fora do convento, Edith foi ouvida sussurrando a Rosa: “Vamos, vamos pelo nosso povo”.

Que exemplo de renúncia e de abnegação heroica! O amor de Santa Teresa Benedita por Deus era tão grande que se derramava em amor pelos vizinhos, pela família e pelos amigos judeus. Edith Stein sabia que Deus a tinha considerado digna de uma morte de mártir e a enfrentou corajosamente. Os indícios apontam para a data de 9 de agosto de 1942 como o dia em que a irmã Teresa Benedita, sua irmã Rosa e muitas outras vítimas foram levadas ao encontro da morte em uma câmara de gás em Auschwitz.

A grande intelectual tinha partido. Uma alma nobre era levada deste mundo, mas nos deixava um exemplo extraordinário de vida determinada e sacrificial, de fé firme o suficiente para suportar a crueldade e a humilhação, de amor a Deus e ao próximo, capaz de vencer o medo humano e de se comprovar no sofrimento e na morte. A irmã Teresa Benedita poderia ter dado muito mais ao mundo, mas a sua morte, oferecida de forma apropriada em expiação pela descrença do povo judeu, pela salvação da Alemanha, pela vinda do Reino de Deus e pela paz no mundo, superou qualquer oferta natural que ela pudesse ter feito nesta vida.

Canonizada em 1998 pelo papa João Paulo II, Santa Teresa Benedita da Cruz é uma dos seis santos padroeiros da Europa.

Santa Teresa Benedita da Cruz, roga por nós, para que possamos amar a Deus e ao próximo com o teu mesmo espírito de completo sacrifício.

 

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