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Jovem cantor iraquiano comove a Austrália com história marcada pela caridade católica

MELBOURNE, 13 Out. 11 / 01:07 pm (ACI)

A audição do jovem iraquiano Emmanuel Kelly em no reality show musical australiano X-factor já chegou às cinco milhões de vistas no Youtube. Sua história de luta e superação comove australianos e estrangeiros mas poucos sabem que atrás dela estão a dedicação de sua mãe adotiva, uma conhecida católica, e as Missionárias da Caridade, fundadas pela Beata Teresa da Calcutá.

Emmanuel não sabe quando nasceu, mas sabe que está vivo graças às feiras que o resgataram junto a seu irmão Ahmed quando era muito pequeno.

“Estávamos em uma caixa de sapatos, em meio de uma zona de guerra”, recorda. Os irmãos conservam os rastros da guerra química no Iraque e padecem de sérias deformações nos braços e pernas.

Moira Kelly, uma conhecida católica australiana dedicada às obras humanitárias e que trabalhou por anos com a Madre Teresa de Calcutá, encontrou os irmãos no orfanato da Missionárias da Caridade em Bagdá, adotou-os e os criou na Austrália onde receberam tratamento médico, reabilitação e muito amor.

Kelly decidiu dedicar sua vida à caridade quando era menina após ver um documentário sobre o trabalho da Madre Teresa e hoje dirige a organização humanitária Children First Foundation e recebeu numerosos reconhecimentos por seu trabalho. Há pouco assumiu o desafio de cuidar de umas meninas siamesas de Bangladesh –unidas pela cabeça–, que foram operadas com êxito e hoje se reabilitam com ajuda de sua organização.

Emmanuel assegura que o que mais gosta de fazer é cantar. Sua audição foi a mais aplaudida do concurso e de longe a mais comovedora. Seu irmão Ahmed, que carece das extremidades, é nadador e tem como objetivo chegar às Paraolimpíadas de Londres 2012.

Embora Emmanuel não tenha podido chegar à final do concurso por decisão do jurado –o que causou um ardoroso protesto dos televidentes–, o testemunho de valor, coragem e amor familiar que compartilhou em sua audição está dando a volta ao mundo através das redes sociais.

O vídeo (legendado em português) pode ser visto no youtube:

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=OQAV9p26QgI[/youtube]

Que a notícia da ressurreição de Cristo ressoe no mundo e na Igreja, disse o Papa

Vaticano, 25 Abr. 11 / 06:23 pm (ACI)

Ao presidir esta segunda-feira a oração do Regina Caeli, que durante o tempo de Páscoa substitui o Ângelus, o Papa Bento XVI exortou a que “não deixe de ressoar no mundo e na Igreja a alegre notícia da ressurreição de Jesus Cristo entre os mortos”.

Da residência pontifícia de Castel Gandolfo onde chegou para um breve período de repouso, o Santo Padre disse, na chamada “Segunda-feira do Anjo”, primeiro dia depois do Domingo de Ressurreição, que “Ressurreição do Senhor assinala a renovação da nossa condição humana”.

“Cristo derrotou a morte, causada pelo nosso pecado, e nos reporta à vida imortal. De tal evento emana a vida inteira da Igreja e a existência mesma dos cristãos”.

Ao referir-se logo à saudação entre os primeiros cristãos na Páscoa “Cristo ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou!”, o Papa disse que esta constitui “uma profissão de fé e um compromisso para a vida toda” como mostra o exemplo das mulheres das que fala o Evangelho de São Mateus e que anunciaram o Senhor após saberem que Ele havia ressuscitado.

Depois de recordar as palavras do servo de Deus Paulo VI quem dizia que todos na Igreja têm a missão de evangelizar, Bento XVI explicou que a forma de encontrar o Senhor e ser um testemunho cada vez melhor está na oração.

O cristão, disse, “deve aprender a dirigir constantemente o olhar da mente e o coração para a altura de Deus, onde está Cristo ressuscitado. Na oração, na adoração, Deus encontra o homem”.

“Somente se sabemos dirigir-nos a Deus, rezar a Ele, podemos descobrir o significado mais profundo da nossa vida, e o caminho cotidiano é iluminado pela luz do Ressuscitado”, concluiu.

Em sua saudação em espanhol, o Papa pediu que “Que não deixe de ressoar no mundo e na Igreja a alegre notícia da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. Que a paz, que nasce do triunfo do Senhor sobre o pecado, se estenda por toda a terra, em particular por aquelas regiões que mais necessitam”, finalizou.

A Igreja precisa dos idosos

Fonte: Humberto Pinho da Silva

Eu tenho um amigo, daqueles que sempre estão presente nas horas amargas, que era catequista.

Semanalmente, nos fins-de-semana, abalava para o “interior”, deixando família, para participar na preparação da catequese.

Certa vez confessou-me: “Quando for aposentado vou-me dedicar às actividades da Igreja da minha terra e à agricultura. Tenho um campinho na retaguarda da casa que ergui na aldeia e vou cuidar das árvores de fruta e da hortinha.

O tempo passou e ele sempre a sonhar com a reforma que lhe permitiria organizar melhor a catequese da paróquia, já que era o coordenador.

Um dia atingiu a idade necessária para se retirar. Despediu-se de olhos marejados, dos colegas; pela derradeira vez visitou a banca de trabalho, testemunha de horas alegres e de muitas e muitas angústias; e definitivamente partiu para a terra natal.

Não deixou, porém, de passar pela livraria católica em busca de material para as aulas da catequese. Como as verbas para a evangelização dos jovens eram escassas, despendeu muito de seu bolso.

Era um sonho há muito idealizado.

Mal chegou foi prestes à reunião da catequese. Admirou-se, porém, que o abade, velho companheiro nas lidas religiosas, estivesse presente.

Aberta a reunião, o padre urdiu eloquente palestra entremeada de rasgados elogios ao meu amigo. Apoiavam enternecidos os presentes as palavras do sacerdote. Ao concluir ofertaram bonita bíblia, de folhas doiradas, encadernada a pele.

No acto da entrega, disse o abade: “Chegou o momento de descansar. É justo que o libertem das árduas canseiras que lhe roubaram horas de recreação. É mister sangue novo. Já indigitei novo coordenador, e faço votos que ao aposentar-se, tenha finalmente o merecido repouso, junto dos que lhe querem bem.

Escusado será descrever a desilusão que sofreu o meu amigo. Mesmo assim teve ânimo para agradecer, lembrando que não se sentia velho, e muito podia dar à Igreja.

Este caso verídico faz-me reflectir na perda que a Igreja tem ao desprezar o trabalho dos idosos.

Há muito que lembro – mas poucos escutam, – que muitos professores, homens de valor, ilustres catedráticos, após aposentação, podem ser excelentes sacerdotes (diáconos e padres), consoante os casos, com reduzido estudo no Seminário Maior.

O aposentado, em regra, tem tempo disponível; não carece de trabalhar para sobreviver; e pode perfeitamente dispor ainda de vinte anos ou mais, ao serviço de Deus.

Desaproveitar conhecimentos e disponibilidades é erro crasso, mormente em época em que a falta de sacerdotes é notória.

Bom era que as dioceses incentivassem os crentes idosos a participarem nas actividades das paróquias, de harmonia com os conhecimentos e saúde de cada um.

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