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Cardeal Brandmüller faz duras críticas ao documento do Sínodo da Amazônia, e pede que os bispos o rejeitem

Cardeal e renomado historiador Walter Brandmuller publicou texto em que disse que o documento preparatório do Sínodo da Amazônia é herético, apóstata e é intrusão agressiva ao Brasil, pediu que os bispos o rejeitem.

Uma crítica ao “Instrumentum laboris” para o sínodo da Amazônia

de Walter Brandmüller

Introdução

De fato, pode causar espanto que, em contraste com as assembleias anteriores, desta vez o sínodo dos bispos se ocupe exclusivamente de uma região da terra cuja população é apenas a metade daquela da Cidade do México, ou seja, 4 milhões. Isto também causa suspeita no tocante às verdadeiras intenções que alguns gostariam de ver implementadas sub-repticiamente. Mas, acima de tudo, devemos nos perguntar quais são os conceitos de religião, de cristianismo e de Igreja que são a base do recém-publicado “Instrumentum laboris”. Tudo isso será examinado com o apoio de elementos individuais do texto.

Por que um sínodo nessa região?

Para começar, precisamos nos perguntar por que um sínodo de bispos deveria tratar de temas que — como é o caso de três quartos do “Instrumentum laboris” — têm só marginalmente algo relacionado com os Evangelhos e a Igreja. Obviamente, que a partir deste sínodo de bispos, realiza-se uma intromissão agressiva em assuntos puramente mundanos do Estado e da sociedade do Brasil. Há que se perguntar: o que a ecologia, a economia e a política têm a ver com o mandato e a missão da Igreja?

E acima de tudo: que competência profissional e autoridade tem um sínodo eclesial de bispos para emitir declarações nesses campos?

Se o sínodo dos bispos realmente o fizesse, isso constituiria uma invasão e uma presunção clerical, que as autoridades estatais teriam todo motivos para repelir.

Sobre as religiões naturais e a inculturação

Há outro elemento a se levar em conta, que é encontrado em todo o “Instrumentum laboris”: vale dizer, a avaliação muito positiva das religiões naturais, incluindo práticas curativas indígenas e similares, bem como práticas e formas de cultos mítico-religiosos. No contexto do chamado à harmonia com a natureza, fala-se até de diálogo com os espíritos (nº 75).

Não é apenas o ideal do “bom selvagem” esboçado por Rousseau e pelo Iluminismo, que aqui é comparado com o decadente homem europeu. Essa linha de pensamento vai além, até o século XX, culminando com uma idolatria panteísta da natureza.

Hermann Claudius (1913) criou o hino do movimento operário socialista: “Quando andamos lado a lado …”, e numa estrofe se lê: “Verde das bétulas e verde das sementes, que a velha Mãe Terra semeia com as mãos cheias, com um gesto de súplica para que o homem se torne seu … “. Vale notar que este texto foi posteriormente copiado no livro de cânticos da Juventude Hitlerista, provavelmente porque correspondia ao mito do “sangue e solo” nacional-socialista. Esta proximidade ideológica deve ser enfatizada: esta rejeição anti-racional da cultura “ocidental” que sublinha a importância da razão, é típica do “Instrumentum laboris”, que fala respectivamente da “Mãe Terra” no n. 44 e do “grito da terra e dos pobres” no n.101.

Consequentemente, o território – isto é, as florestas da região amazônica – pasmem, vem até declarado como um “locus theologicus”, uma fonte especial de revelação divina. Nela haveria lugares de uma epifania em que se manifestam as reservas de vida e sabedoria do planeta e que falam de Deus (nº 19). Além disso, a conseqüente regressão do Logos ao Mythos é elevada a um critério do que o “Instrumentum laboris” chama de inculturação da Igreja. O resultado é uma religião natural com uma máscara cristã.

A noção de inculturação é aqui virtualmente distorcida, pois na verdade significa o oposto do que a Comissão Teológica Internacional havia apresentado em 1988 e diferente do que havia ensinado anteriormente o decreto “Ad Gentes” do Concílio Vaticano II, sobre a atividade missionária da Igreja.

Sobre a abolição do celibato e a introdução de uma sacerdócio feminino

É impossível esconder o fato de que esse “sínodo” é particularmente adequado para implementar dois dos projetos mais ambicionados e que nunca foram implementados até agora: a abolição do celibato e a introdução de um sacerdócio feminino, a começar por mulheres diáconas. Em todo caso, trata-se de “levar em conta o papel central que as mulheres desempenham hoje na Igreja da Amazônia” (nº 129 a3). E da mesma forma, é uma questão de “abrir novos espaços para se recriar os ministérios adequados a este momento histórico. Chegou a hora de ouvir a voz da Amazônia … “(n. 43).

Mas aqui se omite o fato de que, conclusivamente, até mesmo João Paulo II já havia afirmado, com a mais alta autoridade magistral, que não está no poder da Igreja administrar o sacramento da ordem às mulheres. De fato, em dois mil anos, a Igreja nunca administrou o sacramento da ordem a uma mulher. O pedido que se coloca em oposição direta a este fato mostra que a palavra “Igreja” é agora usada exclusivamente como termo sociológico pelos autores do “Instrumentum laboris”, implicitamente negando o caráter sacramental-hierárquico da Igreja.

Sobre a negação do caráter hierárquico-sacramental da Igreja

De maneira semelhante – embora com expressões bastante passageiras – o n. 127 contém um ataque direto à constituição hierárquico-sacramental da Igreja, quando se pergunta se não seria oportuno “reconsiderar a idéia de que o exercício da jurisdição (poder do governo) deve estar conectado em todas as áreas (sacramental, judicial, administrativo) e de maneira permanente ao sacramento da ordem”. É a partir dessa visão tão errada que surge no n. 129, o pedido para se criar novos ofícios que correspondam às necessidades dos povos amazônicos.

Todavia, é no campo da liturgia e do culto, no qual a ideologia de uma inculturação falsamente entendida encontra sua expressão de maneira particularmente espetacular. Aqui, algumas formas das religiões naturais são assumidas positivamente. O “Instrumentum laboris” (n. 126) não se retrai em pedir que “os povos pobres e simples” possam expressar “a sua (!) Fé através de imagens, símbolos, tradições, ritos e outros sacramentos (!!)” .

Isto certamente não corresponde aos preceitos da constituição “Sacrosanctum Concilium” e nem aos do decreto “Ad gentes” sobre a atividade missionária da Igreja, e mostra uma compreensão puramente horizontal da liturgia.

Conclusão

“Summa summarum”: o “Instrumentum laboris” acusa o sínodo dos bispos e, definitivamente, o próprio papa de uma violação grave do “Depositum Fidei”, que significa como consequência, a autodestruição da Igreja ou a transformação do “Corpus Christi Mysticum” em uma espécie de ONG secular com um papel ecológico-social-psicológico.

Depois dessas observações, naturalmente, abrem-se outras questões: pode-se encontrar aqui, especialmente no que diz respeito à estrutura hierárquica sacramental da Igreja, uma ruptura decisiva com a Tradição Apostólica como constitutiva da Igreja, ou melhor, os autores têm noção do desenvolvimento da doutrina que está sendo teologicamente substituído, a fim de justificar as rupturas acima mencionadas?

Este parece ser realmente o caso. Estamos testemunhando uma nova forma do Modernismo clássico do início do século XX. Na época, deu-se início a uma abordagem decididamente evolucionista e depois foi apoiada a idéia de que, no curso do contínuo desenvolvimento do homem a níveis mais elevados, seriam encontrados igualmente níveis mais elevados de consciência e cultura, o que significaria que o que era falso ontem poderia ser verdade hoje. Essa dinâmica evolutiva também foi aplicada à religião, isto é, à consciência religiosa com suas manifestações na doutrina, no culto e, naturalmente, também na moralidade.

Mas aqui, então, pressupõe-se uma compreensão do desenvolvimento do dogma que é claramente oposto ao entendimento católico genuíno. Este último compreende o desenvolvimento do dogma e da Igreja não como uma mudança, mas sim como um desenvolvimento orgânico de um assunto que permanece fiel à sua identidade.

É isso que os Concílios Vaticano I e II nos ensinam em suas constituições “Dei Filius”, “Lumen Gentium” e “Dei Verbum”.

Portanto, deve ser dito hoje com força que o “Instrumentum laboris” contradiz o ensinamento vinculante da Igreja em pontos decisivos e, portanto, deve ser qualificado como um documento herético. Dado que mesmo o fato da revelação divina é aqui questionado, ou mal entendido, deve-se também falar, que além disso, é apóstata.

Isto é ainda mais justificado à luz do fato de que o “Instrumentum laboris” usa uma noção puramente imanentista da religião e considera a religião como o resultado e a forma de expressão da experiência espiritual pessoal do homem. O uso de palavras e noções cristãs não consegue esconder que elas são simplesmente usadas como palavras vazias, independentemente do seu significado original.

O “Instrumentum laboris” para o sínodo da Amazônia constitui um ataque aos fundamentos da fé, de uma forma que até hoje não foi considerado possível. E, portanto, deve ser rejeitado com a máxima firmeza.

Aqueles que clamam por ‘‘mulheres sacerdotisas” são hereges e excomungados, diz Cardeal Brandmüller

Aqueles que pressionam pela ordenação de mulheres ao sacerdócio “cumprem os elementos da heresia” e efetivamente incorrem em excomunhão automática (ipso facto), disse o cardeal Walter Brandmüller.

Em 2018, o cardeal Brandmüller, que é um dos quatro cardeais “dubia”, criticou duramente Annegret Kramp-Karrenbauer, secretária-geral do partido governista da CDU na Alemanha, depois que ela pediu que a Igreja Católica ordenasse mulheres sacerdotisas.

Kramp-Karrenbauer, que é amplamente considerada a vanguarda para suceder Angela Merkel como chanceler alemã, disse em uma entrevista ao Die Zeit: “É muito claro: as mulheres têm que assumir posições de liderança na Igreja”.

Ela acrescentou que gostaria de ver padres do sexo feminino, mas por enquanto a Igreja deve se concentrar em “um objetivo mais realista, o diaconato feminino”.

No entanto, o cardeal Brandmüller disse que a idéia de ordenação feminina foi definitivamente descartada por São João Paulo II e, portanto, qualquer um que insista em promover a idéia “deixou a fundação da fé católica” e “preenche os elementos da heresia que tem, como conseqüência, a exclusão da Igreja – excomunhão ”.

O cardeal acrescentou que a Igreja não é uma “instituição humana”, mas vive de acordo com as “formas, estruturas e leis que lhe foram dadas pelo seu Divino Fundador, sobre o qual nenhum homem tem poder [mudar] – também não papa e não conselho.”

Ele disse que era “surpreendente” que certos temas heterodoxos absurdos estavam sendo mantidos vivos dentro da Igreja alemã. Eles são “sempre os mesmos: sacerdócio feminino, fim do celibato, intercomunhão, novo casamento após o divórcio. Recentemente, foi acrescentado o infeliz ‘sim’ dos bispos alemãs à homossexualidade, mesmo a Igreja condenando veementemente”.

Cardeal Sarah diz que a comunhão na mão é um ataque de Satanás à Eucaristia

No prefácio parade um novo livro sobre o assunto o Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino, escreve: “O mais insidioso ataque diabólico consiste em tentar extinguir a fé na Eucaristia, semeando erros e encorajando um modo inapropriado de recebê-la. A guerra entre São Miguel e os seus anjos, de um lado, e Lúcifer, de outro, continua nos corações dos fiéis.”

O novo livro, escrito por Pe. Federico Bortoli, foi lançado em italiano com o título: “A distribuição da Comunhão na mão: considerações históricas, jurídicas e pastorais” (La distribuzione della comunione sulla mano. Profili storici, giuridici e pastorali).

Recordando o centenário das aparições de Fátima, Sarah escreve que o Anjo da Paz, que apareceu aos três pastorinhos antes da visita da bem-aventurada Virgem Maria, “mostra-nos como devemos receber o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo”. Sua Eminência descreve, então, os ultrajes com que Jesus é ofendido hoje na Santa Eucaristia, incluindo “a chamada ‘intercomunhão’”(prática de cristãos de diferentes confissões participarem da mesma mesa eucarística).

A Providência, que dispõe sábia e suavemente de todas as coisas, oferece-nos a leitura do livro ‘A distribuição da Comunhão na mão’, de Federico Bortoli, justamente depois de havermos celebrado o centenário das aparições de Fátima. Antes da aparição da Virgem Maria, na Primavera de 1916, o Anjo da Paz apareceu a Lúcia, Jacinta e Francisco, e disse-lhes: “Não temais. Sou o Anjo da Paz. Orai comigo.” […] Na Primavera de 1916, na terceira aparição do Anjo, as crianças notaram que o Anjo, que era sempre o mesmo, segurava na sua mão esquerda um cálice acima do qual se estendia uma Hóstia. […] Ele deu a Hóstia consagrada a Lúcia e o Sangue do cálice a Jacinta e Francisco, que permaneceram de joelhos, enquanto lhes dizia: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.” O Anjo prostrou-se novamente por terra, repetindo com Lúcia, Jacinta e Francisco por três vezes a mesma oração.

O Anjo da Paz mostra-nos como devemos receber o Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A oração de reparação ditada pelo Anjo, infelizmente, é tida como obsoleta. Mas quais são os ultrajes que Jesus recebe na Hóstia consagrada, e dos quais precisamos fazer reparação? Em primeiro lugar, existem os ultrajes contra o próprio Sacramento: as horríveis profanações, das quais alguns convertidos do satanismo já deram testemunho e ofereceram descrições repugnantes; são ultrajes ainda as Comunhões sacrílegas, quando não se recebe a Eucaristia em estado de graça, ou quando não se professa a fé católica (refiro-me a certas formas da chamada “intercomunhão”). Em segundo lugar, constitui um ultraje a Nosso Senhor tudo o que pode impedir o fruto do Sacramento, especialmente os erros semeados nas mentes dos fiéis a fim de que eles não mais acreditem na Eucaristia. As terríveis profanações que acontecem nas chamadas “missas negras” não atingem directamente Aquele que é ultrajado na Hóstia, encerrando-se tão somente nos acidentes do pão e do vinho.

É claro que Jesus sofre pelas almas dos profanadores, almas pelas quais Ele derramou o Sangue que elas tão cruel e miseravelmente desprezam. Mas Jesus sofre ainda mais quando o dom extraordinário da Sua presença divino-humana na Eucaristia não pode levar o seu potencial efeito às almas dos fiéis. E aí nós entendemos que o mais insidioso ataque diabólico consiste em tentar extinguir a fé na Eucaristia, ao semear erros e encorajando um modo inapropriado de recebê-la. A guerra entre São Miguel e os seus anjos, de um lado, e Lúcifer, de outro, continua nos corações dos fiéis: o alvo de Satanás é o sacrifício da Missa e a Presença Real de Jesus na Hóstia consagrada. Essa tentativa de rapina segue, por sua vez, dois caminhos: o primeiro é a redução do conceito de “presença real”. Muitos teólogos não cessam de ridicularizar ou de desprezar — não obstante as contínuas advertências do Magistério — o termo “transubstanciação”. […]

Vejamos agora como a fé na Presença Real pode influenciar o modo de receber a Comunhão, e vice-versa. Receber a Comunhão na mão comporta sem dúvida uma grande dispersão de fragmentos. Ao contrário, a atenção às mais pequeninas partículas, o cuidado na purificação dos vasos sagrados, o não tocar a Hóstia com as mãos sujas de suor, tornam-se profissões de fé na presença real de Jesus, ainda que seja nas menores partes das espécies consagradas. Se Jesus é a substância do Pão Eucarístico, e se as dimensões dos fragmentos são acidentes apenas do pão, pouco importa que o pedaço da Hóstia seja grande ou pequeno! A substância é a mesma! É Ele! Ao contrário, a desatenção aos fragmentos faz perder de vista o dogma: pouco a pouco poderia começar a prevalecer o pensamento: “Se até o pároco não dá atenção aos fragmentos, se administra a Comunhão de um modo que os fragmentos se podem dispersar, então quer dizer que Jesus não está presente neles, ou está ‘até um certo ponto’.”

O segundo caminho em que acontece o ataque contra a Eucaristia é a tentativa de retirar, dos corações dos fiéis, o sentido do sagrado. […] Enquanto o termo “transubstanciação” nos indica a realidade da presença, o sentido do sagrado permite-nos entrever a absoluta peculiaridade e santidade do Sacramento. Que desgraça seria perder o sentido do sagrado precisamente naquilo que é mais sagrado! E como é possível? Recebendo o alimento especial do mesmo modo como se recebe um alimento ordinário. […]

A liturgia é feita de muitos pequenos ritos e gestos — cada um dos quais é capaz de exprimir essas atitudes carregadas de amor, de respeito filial e de adoração a Deus. Justamente por isso é oportuno promover a beleza, a conveniência e o valor pastoral desta prática que se desenvolveu ao longo da vida e da tradição da Igreja, a saber, receber a Sagrada Comunhão na boca e de joelhos. A grandeza e a nobreza do homem, assim como a mais alta expressão do seu amor para com o Criador, consiste em colocar-se de joelhos diante de Deus. O próprio Jesus rezava de joelhos na presença do Pai. […]

Nesse sentido, gostaria de propor o exemplo de dois grandes santos dos nossos tempos: São João Paulo II e Santa Teresa de Calcutá. Toda a vida de Karol Wojtyla esteve marcada por um profundo respeito à Santa Eucaristia. […] Malgrado estivesse extenuado e sem forças […], estava sempre disposto a ajoelhar-se diante do Santíssimo. Ele era incapaz de ajoelhar-se e levantar-se sozinho. Precisava que outros lhe dobrassem os joelhos e depois o levantassem.

Até os seus últimos dias, ele quis dar-nos um grande testemunho de reverência ao Santíssimo Sacramento. Por que somos assim tão orgulhosos e insensíveis aos sinais que o próprio Deus oferece para o nosso crescimento espiritual e para o nosso relacionamento íntimo com Ele? Por que não nos ajoelhamos para receber a Sagrada Comunhão, a exemplo dos santos? É assim tão humilhante prostrar-se e estar de joelhos diante de Nosso Senhor Jesus Cristo — Ele, que, “sendo de condição divina, […] humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2, 6–8)?

Santa Madre Teresa de Calcutá, uma religiosa excepcional a que ninguém ousaria chamar de tradicionalista, fundamentalista ou extremista, e cuja fé, santidade e dom total de si a Deus e aos pobres são conhecidos de todos, possuía um respeito e um culto absoluto ao Corpo divino de Jesus Cristo. Certamente, ela tocava quotidianamente a “carne” de Cristo nos corpos deteriorados e sofridos dos mais pobres dos pobres. No entanto, cheia de estupor e respeitosa veneração, Madre Teresa abstinha-se de tocar o Corpo transubstanciado do Cristo; ao invés disso, ela adorava-O e contemplava silenciosamente, permanecia durante longos períodos de joelhos e prostrada diante de Jesus Eucaristia. Além disso, ela recebia a Sagrada Comunhão directamente na boca, como uma pequena criança que se deixava humildemente nutrir pelo seu Deus.

A santa entristecia-se e lamentava sempre que via os cristãos receberem a Sagrada Comunhão nas próprias mãos. Ela afirmou inclusive que, segundo o que era do seu conhecimento, todas as suas irmãs recebiam a Comunhão apenas na boca. Não é esta a exortação que Deus mesmo faz a nós: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto; abre a boca e eu te sacio” (Sl 81, 11)?

Por que nos obstinamos em comungar de pé e na mão? Por quê essa atitude de falta de submissão aos sinais de Deus? Que nenhum sacerdote ouse impor a própria autoridade sobre essa questão recusando ou maltratando aqueles que desejam receber a Comunhão de joelhos e na boca: venhamos como as crianças e recebamos humildemente, de joelhos e na boca, o Corpo de Cristo. Os santos dão-nos o exemplo. São eles o modelo a imitar que Deus nos oferece!

Mas como pode ter-se tornado tão comum a prática de receber a Eucaristia sobre a mão? A resposta nos é dada pelo Padre Bortoli, e confirmada por uma documentação até o momento inédita, e extraordinária por sua qualidade e dimensão. Tratou-se de um processo nem um pouco límpido, uma transição do que era concedido pela instrução Memoriale Domini ao modo que se difundiu hoje. […]

Infelizmente, assim como aconteceu à língua latina e à reforma litúrgica, que deveria ter sido homogénea com os ritos precedentes, uma concessão particular tornou-se uma chave para forçar e esvaziar o cofre dos tesouros litúrgicos da Igreja. O Senhor conduz o justo por “caminhos rectos” (Sb 10, 10), não por subterfúgios; assim, além das motivações teológicas demonstradas acima, até o modo como se difundiu a prática da Comunhão na mão parece ter-se imposto não segundo os caminhos de Deus.

Possa este livro encorajar aqueles sacerdotes e aqueles fiéis que, movidos também pelo exemplo do Papa Bento XVI — que nos últimos anos do seu Pontificado quis distribuir a Eucaristia na boca e de joelhos — , desejam administrar ou receber a Eucaristia deste modo, muito mais apropriado ao próprio Sacramento. A minha esperança é de que haja uma redescoberta e uma promoção da beleza e do valor pastoral dessa forma de comungar.

Segundo o meu juízo e opinião, essa é uma questão importante sobre a qual a Igreja de hoje deve reflectir. Trata-se de um acto de adoração e de amor que todos nós podemos oferecer a Jesus Cristo. Muito me agrada ver tantos jovens que escolhem receber Nosso Senhor com essa reverência, de joelhos e na boca. Possa o trabalho do Pe. Bortoli favorecer um repensar geral sobre o modo de distribuir a Sagrada Comunhão. Tendo acabado de celebrar, como disse no início deste prefácio, o centenário de Fátima, encoraje-nos a firme esperança no triunfo do Imaculado Coração de Maria: no fim, também a verdade sobre a liturgia triunfará.

Texto: Life Site News
Tradução adaptada da tradução de João Pedro de Oliveira (in Medium)

A “devastação da liturgia” em 10 declarações do Cardeal Ratzinger

O então futuro Bento XVI fez corajosas e firmes observações sobre a “criatividade litúrgica empobrecedora” que corrompeu as celebrações em muitas dioceses

1 – Sobre a devastação litúrgica:

“A reforma litúrgica, na sua realização concreta, distanciou-se a si mesma ainda mais da sua origem. O resultado tem sido não uma reanimação, mas uma devastação. Em vez da liturgia, fruto dum desenvolvimento contínuo, puseram uma liturgia fabricada. Esvaziaram um processo vital de crescimento para o substituir por uma fabricação. Não quiseram continuar o desenvolvimento, a maturação orgânica de algo vivo através dos séculos, e substituíram-na, à maneira da produção técnica, por uma fabricação, um produto banal do momento”.

(Revue Theologisches, Vol. 20, Fev. 1990, pgs. 103-104)

2 – Sobre a degeneração da liturgia em mero espetáculo

“Temos uma liturgia que degenerou a ponto de se tornar um espetáculo, que, com sucesso momentâneo para o grupo de fabricantes litúrgicos, se esforça para tornar a religião interessante na sequência das frivolidades da moda e das máximas sedutoras da moral. Consequentemente, a tendência é a cada vez maior diminuição do mercado daqueles que não procuram a liturgia para um espetáculo espiritual, mas para um encontro com o Deus vivo diante do Qual todo o ‘fazer’ se torna insignificante, visto que apenas este encontro é capaz de nos garantir acesso à verdadeira riqueza do ser”.

(Prefácio do então Cardeal Ratzinger à tradução francesa de “Reform of the Roman Liturgy”, de Mons. Klaus Gamber, 1992).

3 – Sobre a desintegração da liturgia

“Estou convencido de que a crise que a Igreja está hoje experimentando se deve, em grande parte, à desintegração da liturgia”.

(Autobiografia)

4 e 5 – Sobre o rito da missa em latim:

“Para promover uma verdadeira consciência em matérias litúrgicas, é também muito importante que a proibição contra a forma da liturgia em uso válido até 1970 (a antiga Missa em Latim) seja levantada. Qualquer pessoa que hoje em dia defenda a existência contínua desta liturgia ou que participe nela é tratada como um leproso; toda a tolerância acaba aqui. Nunca houve nada como isto na história; ao fazer isso, estamos desprezando e proibindo o passado inteiro da Igreja. Como confiar nela no presente se as coisas são assim?”

(Introdução ao Espírito da Liturgia, 2000)

“Sou da opinião, para ser sincero, de que o rito antigo deveria ser concedido muito mais generosamente a todos aqueles que o desejam. É impossível ver o que poderia haver de perigoso ou inaceitável nisso. Uma comunidade coloca em questão o próprio ser quando subitamente declara como estritamente proibido aquilo que era a sua mais santa e elevada posse e quando declara absolutamente indecentes os almejos por ela”.

(Sal da Terra, 1997)

6, 7 e 8 – Sobre a “criatividade litúrgica” empobrecedora

“Também vale a pena observar aqui que a ‘criatividade’ envolvida nas liturgias fabricadas tem um alcance muito restrito. É pobre em comparação com a riqueza da liturgia recebida nas centenas e milhares de anos de história. Infelizmente, os autores das liturgias caseiras são mais lentos para perceber isto do que os seus participantes”.

(The Feast of Faith, págs. 67-68)

“Na realidade o que se passou foi que uma clericalização sem precedentes entrou em cena. Agora, o sacerdote – aquele que ‘preside’, como hoje preferem chamá-lo – se torna o verdadeiro ponto de referência para toda a liturgia. Tudo depende dele. Temos que ver a ele, responder a ele, estar envolvidos naquilo que ele está fazendo. A sua criatividade sustenta tudo”.

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

“Cada vez menos e menos Deus é o centro. Cada vez é mais e mais importante o que é feito pelos seres humanos que se encontram aqui e não gostam de se sujeitar a um padrão pré-determinado”.

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

9 – Sobre o sacerdote voltado ao povo durante a Missa

“O fato de o sacerdote ter-se virado para o povo tornou a comunidade um círculo fechado sobre si próprio. Na sua forma exterior, já não se abre ao que está à frente e acima, e sim se fecha em si mesmo. O voltar-se para o Oriente não era uma celebração virada para a parede; não significava que o sacerdote tinha as costas voltadas ao povo: é que o próprio sacerdote não era visto como tão importante. Porque, tal como a assembleia na sinagoga olhava junta para Jerusalém, também na liturgia cristã a assembleia olhava junta para o Senhor (…) Por outro lado, o voltar-se para o Oriente durante a Oração Eucarística continua a ser essencial. Isto não é uma questão de acidentes, mas de essência. Olhar para o sacerdote não tem importância nenhuma. O que importa é olhar juntos para o Senhor”.

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

10 – Sobre a substituição do Crucifixo pelo sacerdote

“Mover a cruz do centro do altar para o lado do altar, a fim de permitir uma visão do sacerdote sem obstáculos, é algo que vejo como um dos fenômenos mais absurdos das décadas recentes. A cruz é um obstáculo durante a Missa? O sacerdote é mais importante que Nosso Senhor?”

(Introdução ao Espírito da Liturgia, Cap. 3)

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A partir de recopilação publicada no blog de Taylor Marshall

 

Papa: razões religiosas não justificam perseguição em Iraque e Síria

Ante a Assembleia Geral da ONU, na semana passada, o número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, afirmou que é lícito e urgente parar os jihadistas no Iraque

O Papa Francisco criticou nesta quinta-feira os jihadistas de Iraque e Síria, afirmando, sem citá-los, que nenhuma razão religiosa, política ou econômica justifica a perseguição diária sofrida por “centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes” naqueles dois países.

Segundo um comunicado da Santa Sé, o sumo pontífice assistiu à abertura de uma reunião de três dias com embaixadores do Vaticano em todo o Oriente Médio. O objetivo é examinar a situação criada com o avanço do grupo Estado Islâmico (EI) e os ataques aéreos da coalizão internacional contra ele.

Em uma declaração ante Mar Dinkha IV, patriarca da Igreja Assíria do Oriente, o Santo Padre denunciou a perseguição diária sofrida por iraquianos e sírios.

“Quando pensamos em seu sofrimento, é preciso ir espontaneamente para além das distinções de ritos e confissões. É o corpo de Cristo que, ainda hoje, é humilhado, espancado, ferido. Não há razões religiosas, políticas ou econômicas que justifiquem o que está ocorrendo atualmente com centenas de milhares de homens, mulheres e crianças inocentes”, declarou o bispo de Roma.

A Igreja Assíria é uma das mais antigas do Oriente, e está presente tanto no Iraque quanto na Síria. Mar Dinkha IV é proveniente de Erbil, uma importante cidade do Curdistão iraquiano.

Ante a Assembleia Geral da ONU, na semana passada, o número dois do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, afirmou que é lícito e urgente parar os jihadistas no Iraque. E acrescentou que qualquer intervenção deve ser feita sob a égide do Conselho de Segurança e com o beneplácito do Estado em questão.

Em 2013, a Santa Sé se opôs a uma intervenção externa contra o regime sírio de Bashar al-Assad, acusado naquele momento de utilizar armas químicas conta a população civil perto de Damasco.

No entanto, no caso do EI adotou uma atitude mais favorável a uma intervenção armada.

Fonte: Aleteia

Os socialistas e a idolatria política

A nova e desrespeitosa versão do Pai Nosso, criada pelos socialistas da Venezuela, põe às claras o ateísmo e a idolatria dos regimes revolucionários.

Durante o III Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela – o partido de Hugo Chávez e do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro -, a militante María Estrella Uribe, uma delegada do grupo político, decidiu homenagear o falecido ditador do país, parodiando a oração cristã do Pai Nosso, a qual foi transformada em um idolátrico e desrespeitoso Chávez nuestro.

O texto, de autoria da própria delegada, justificado como um “compromisso espiritual”, pede que Chávez os livre da “tentação do capitalismo”, da “maldade da oligarquia” e do “crime do contrabando”. Após um “amém”, a petição termina com aplausos e brados de “Viva Chávez”, de toda a assembleia do partido.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=vhL0VEhiLtw[/youtube]

A Arquidiocese de Caracas, por meio do Cardeal Jorge Urosa Savino, manifestou repúdio à declaração e pediu que os membros do partido evitassem a divulgação do texto como sinal de respeito à oração dos cristãos. “O Pai Nosso, a oração por excelência dos cristãos do mundo inteiro, vem dos próprios lábios de Nosso Senhor (…), e por isso é intocável. Assim como a ninguém é permitido mudar a letra do Hino Nacional para honrar uma pessoa, tampouco a ninguém é lícito mudar o Pai Nosso ou qualquer outra oração cristã”, escreveu o prelado. Ele também ressaltou que “ quem dissesse essa nova e indevida versão do Pai Nosso (…) estaria cometendo o pecado de idolatria, por atribuir a uma pessoa humana qualidades ou ações próprias de Deus”.

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, defendeu o texto da delegada do partido, alegando perseguição por parte da Igreja. “Por que você persegue e submete ao escárnio público a companheira María Uribe? Por que é chavista, pobre, mulher, revolucionária? Por que ama a Chávez?”, questionou. O presidente do país, Nicolás Maduro, também criticou a declaração do Arcebispo de Caracas, repetindo tenazmente a “oração” a Chávez e evocando a Inquisição para intimidar a Igreja: “Exijo respeito à liberdade de criação na Venezuela. Senhores da Inquisição, exijo respeito ao espírito criador e basta de tanta perseguição a Chávez”.

De fato, em um país marcado pelas restrições às liberdades mais elementares e pela adoção de uma estratégia política unipartidária e antidemocrática, a única liberdade que Maduro e o PSUV parecem reinvidicar é a de calar a Igreja, tomar as suas rédeas e fundar uma nova religião. Tudo isso maquiado com um discurso vitimista, típico da mentalidade revolucionária: “Acuse-os do que você faz, xingue-os do que você é.”

Não é a primeira vez que os membros do partido compõem uma oração ao falecido presidente Chávez, atribuindo a ele, como bem lembrou o Cardeal Urosa, “qualidades ou ações próprias de Deus”, e ressuscitando o culto pagão e idolátrico aos mortos. É sabido que vários seguidores de Chávez não se têm contentado em escrever orações, como chegaram a criar templos em algumas cidades venezuelanas, a fim de “celebrar sua memória”.

Olhando para o triste estado de quem abandona “o nome três vezes santo de Deus” ( Mit Brennender Sorge, 13), “cultuando e servindo a criatura em lugar do Criador” (Rm 1, 25), é impossível não lembrar a dramática experiência do nazifascismo, que assombrou a Europa em meados do século XX. Em 1937, ainda antes de estourar a Segunda Guerra Mundial, o Papa Pio XI, “mit brennender Sorge”, isto é, “com ardente preocupação”, lançava, do alto da cátedra de São Pedro, palavras que, infelizmente, ainda se podem aplicar à realidades de nossos dias:

“Se a raça ou o povo, se o Estado ou uma forma determinada do mesmo, se os representantes do poder estatal ou outros elementos fundamentais da sociedade humana têm na ordem natural um lugar essencial e digno de respeito, contudo, quem os arranca desta escala de valores terrenais, elevando-os à suprema norma de tudo, até dos valores religiosos, e, divinizando-os com culto idolátrico, perverte e falsifica a ordem criada e imposta por Deus, está longe da verdadeira fé e de uma concepção de vida conforme a esta.” ( Mit Brennender Sorge, 12)

A autora da versão idolátrica do Pai Nosso, María Uríbe, conta em seu favor “um passado de revolução”, no qual deixou a seus filhos pequenos para ir à política e tornar-se “guerrilheira urbana”. Ela também reivindica, para sua paródia, uma posição que chama de “humanista”. “Todos esses valores de Gandhi, da madre Teresa, estão traduzidos no humanismo que Chávez também nos transmitiu”, declarou.

É uma pena que, ao contrário da caridade verdadeiramente sobrenatural que moveu a beata Madre Teresa de Calcutá, o “humanismo” de María Uríbe, dos revolucionários venezuelanos e de todos os marxistas ateus, não dê em nada senão na destruição do próprio homem. É o que dizem as almas saturadas da idolatria política, mas sedentas do único e verdadeiro Deus. É o que declaram as numerosas pilhas de corpos vítimas dos regimes comunistas. Realmente, se Ele não existe, tudo é permitido.

Que Nossa Senhora de Coromoto interceda pela Venezuela e livre também o nosso país do flagelo do socialismo.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

Um estado que controla tudo é injusto e ineficaz, recorda cardeal secretário de Estado do Vaticano

Cardeal Pietro Parolin

Vaticano, 16 Jul. 14 / 10:08 am (ACI/EWTN Noticias).- O Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, advertiu nesta segunda-feira que um estado onipresente que quer controlar tudo é ineficaz e injusto, pois corta toda criatividade; por outro lado, assinalou que um estado laico sadio é aquele que protege e promove a ação social da Igreja a favor do bem comum.

Assim o expressou durante o “Diálogo México-Santa Sé sobre Migração Internacional e Desenvolvimento”, que terminou nesta terça-feira e onde chamou a comunidade internacional e os membros da Igreja a trabalharem para enfrentar o fenômeno das migrações, em especial o drama das crianças que cruzam ilegalmente a fronteira dos Estados Unidos fugindo da pobreza e violência em seus países de origem.

“Quando a Igreja encontra um interlocutor receptivo, um Estado convencido de sua vocação de serviço às pessoas e, portanto, não meramente ‘tolerante’ com o fato religioso, mas disposto a promover qualquer instância que trabalhe por melhorar a sociedade, a potencialidade do bem realizado se multiplica e a malha social se impregna de humanidade”, afirmou o Cardeal.

Por outro lado, advertiu, “os estados autoritários tentam controlar toda a vida social: o aparelho estatal é onipresente, deve fazer tudo, mesmo que o faça mal. Não aceita a chamada ‘sociedade civil’, baseada no princípio da subsidiariedade, pelo qual a instância superior deve renunciar a fazer aquilo que as instâncias inferiores podem fazer, em vista de uma maior eficiência do serviço emprestado”.

“Hoje sabemos que um estado onipresente não é apenas injusto, mas também radicalmente ineficiente, posto que corta pela raiz qualquer broto de criatividade e de iniciativa”, assinalou.

Nesse sentido, a autoridade vaticana destacou “que a Igreja foi um dos fatores sociais que historicamente mais trabalhou pelo reconhecimento da ‘sociedade civil’. Quando um País não só tolera a Igreja, mas também no marco de uma laicidade sadia estabelece os meios jurídicos para a sua proteção e promove a sua ação social a favor do bem comum, garante um elemento meta-político chave para o progresso: a confiança”.

“Um estado de direito no qual os cidadãos confiam em seus políticos, em seus juízes e nas forças da ordem, tem futuro. Uma sociedade aberta na qual os consumidores confiam nos atores da economia, tem futuro. Um estado que confia nas Organizações não governamentais como expressão da pluralidade da malha social, tem as portas do futuro abertas”, afirmou o Cardeal.

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