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Bento XVI: “Deus não abandona nunca seus filhos”

Ao ser nomeado cidadão de honra de Romano Canavese

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 18 de março de 2010 (ZENIT.org).- Deus “não abandona nunca seus filhos”, por esse motivo, não há que perder nunca a confiança n’Ele.

Foi o que recordou esta quarta-feira de manhã Bento XVI, ao receber a cidadania de honra da localidade italiana de Romano Canavese, na província de Turim, um dos lugares visitados no verão passado pelo Papa, durante sua permanência no Vale D’Aosta.

O Papa afirmou estar “muito feliz” de receber esta distinção e sublinhou os “vínculos de afeto” que o ligam a Romano Canavese: por ser a localidade natal do secretário de Estado, cardeal Tarcísio Bertone, “a quem conheço e estimo há muitos anos”, e por ter visitado pessoalmente.

“Eu mesmo, no dia 19 de julho do ano passado, tive a alegria de visitar vossa localidade e de encontrar a laboriosa gente de Canavese”, afirmou.

“A cidadania honorífica demonstra vossa estima, proximidade e afeto”, observou o pontífice, que declarou que com este gesto se sente acolhido “na grande família de Romano Canavese, ainda que minha presença não poderá ser física, mas certamente cordial e paterna”.

O Papa recordou que o que caracteriza Romano Canavese, além da “gloriosa história que funde suas raízes no século II antes de Cristo e que teve momentos de particular relevância, especialmente na Alta Idade Média e no século XIX”, é sobretudo “uma longa história de fé, que começa com o sangue dos mártires, entre eles São Solutor, e que chega até nossos dias”.

Por este motivo, com ocasião da nomeação como cidadão de honra, Bento XVI renovou aos habitantes da pequena cidade “o convite de custodiar e cultivar os valores genuínos de vossa tradição e de vossa cultura, que se arraigam no Evangelho”.

Em particular, exortou a “dar testemunho com empenho sempre novo da fé no Senhor crucificado e ressuscitado, do apego à família, do espírito de solidariedade”.

“Tenham sempre confiança na ajuda de Deus, que não abandona nunca seus filhos e que está próximo, com sua amorosa solicitude, de quantos trabalham pelo bem, a paz e a justiça”, concluiu.

São Pedro e São Paulo: «inseparáveis»

Bispo de Terrassa explica o que o Papa pretende com o ano jubilar paulino

Por Miriam Díez i Bosch

TERRASSA, quinta-feira, 19 de junho de 2008 (ZENIT.org).- Josep Angel Saiz Meneses, bispo da diocese de Terrassa, recorda o vínculo intrínseco que une São Pedro e São Paulo diante do iminente ano paulino que começa em 28 de junho.

«Desde o início da era cristã, a tradição considerou São Pedro e São Paulo inseparáveis um do outro, ainda que cada um teve uma missão diversa a cumprir: São Pedro foi o primeiro a confessar a fé em Cristo; São Paulo obteve o dom de poder aprofundar em sua riqueza», escreve em sua carta dominical.

«São Pedro fundou a primeira comunidade de cristãos provenientes do povo escolhido; São Paulo se converteu no apóstolo dos pagãos. Com carismas diversos – e não sem algumas tensões entre eles – trabalharam ambos por uma única causa: o testemunho de Jesus Cristo e a construção de sua Igreja», reconhece.

«O que Bento XVI pretende ao proclamar este ano jubilar paulino?», pergunta-se este jovem bispo: «A resposta nos foi dada pelo próprio Papa na homilia no curso da qual fez o anúncio: aproveitar esta ocasião para unir-nos mais profundamente a Cristo mediante a fé, a esperança e o amor, e para dar testemunho dele diante da nossa sociedade de hoje».

«Será bom acolher as mesmas palavras do Santo Padre. Em sua homilia, o Papa aludiu a um detalhe muito pessoal de São Paulo. É uma circunstância que pode iluminar a nós, cristãos de hoje, que sentimos a responsabilidade de dar testemunho de Cristo e, «com temor e tremor» – como Paulo – talvez sentimos a dificuldade de fazê-lo com coerência e o medo de que não sejamos escutados», alenta.

O bispo da nova diocese de Terrassa, a qual acaba de completar quatro anos depois de ser desmembrada da antiga arquidiocese de Barcelona, escreve que São Paulo não sabia falar muito bem, mas isso não impediu que seu trabalho apostólico tocasse as pessoas.

«Por suas cartas, sabemos que São Paulo não sabia falar muito bem; mais ainda, compartilhava com Moisés e Jeremias a falta de talento oratório. ‘Sua presença física é pobre a sua palavra depreciável’ (2 Co 10, 10). Portanto, os extraordinários resultados apostólicos que pôde conseguir não devem ser atribuídos a uma brilhante retórica ou a refinadas estratégias apologéticas e missionárias. O êxito de seu apostolado depende, sobretudo, de seu compromisso pessoal ao anunciar o Evangelho com total entrega a Cristo», afirma.

«Este acho que deve ser o primeiro fruto deste ano paulino: imitar o grande apóstolo na entrega a Cristo e na valentia em dar testemunho de nossa fé», anima o bispo Saiz Meneses.

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