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Conselho vaticano publica estudos sobre a complementaridade entre «homens e mulheres»

Atas de um congresso, disponíveis em inglês

CIDADE DO VATICANO, domingo, 20 de agosto de 2006 (ZENIT.org).- A identidade do homem e da mulher é o núcleo do livro «Homens e Mulheres. Diversidade e mútua complementariedade» («Men and Women. Diversity and Mutual Complementarity), publicado pela Livraria Editorial Vaticana e pelo Conselho Pontifício para os Leigos.

O volume recolhe as palestras das sessões de estudo sobre o tema, que aconteceram no Vaticano nos dias 30 e 31 de janeiro de 2004.

Na introdução, o arcebispo Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, afirma que: «Em um clima de “pansexualismo” agressivo, com resultados desastrosos, a cultura contemporânea está propondo e impondo modelos de identidade sexual e de relações entre os sexos que não são só superficiais e redutivos, senão com freqüência desfigurados e auto-destrutivos».

A jornalista Karna Swanson, redatora de Zenit, enfrenta no volume as ideologias feministas para constatar que «a Igreja Católica, com seu profundo conhecimento do ser humano, reconheceu a necessidade de articular um novo feminismo, ainda que até agora não o tenha feito de uma maneira propositiva e clara».

O psiquiatra e membro do Conselho Pontifício para os Leigos, Manfred Lutz, se refere às mudanças e crises na relação entre homem e mulher, e o arcebispo irlandês Diarmuid Martin expõe as atividades da Santa Sé a propósito da dignidade, participação e igualdade da mulher.

Neste sentido, Marguerite A. Peeters, fundadora e diretora do Instituto para as Dinâmicas do Diálogo Intercultural de Bruxelas, analisa instituições mundiais que se ocupam da mulher e expõe seus pontos de força e fragilidade.

Maria Teresa Garutti Bellenzier, do «Projeto Mulher» («Progetto Donna») se refere, por outro lado, à identidade da mulher e do homem com relação aos ensinamentos da Igreja, e o cardeal Carlo Caffarra, arcebispo de Bolonha, fala de algumas questões problemáticas do debate atual sobre homem e mulher.

O matrimônio formado por Giulia Paola Di Nicola e Attilio Danese, fundadores do Centro Internacional de Pesquisas Personalistas (Teramo, Itália) analisam os desafios que estas mudanças supõem para a família.

Maria Eugênia Díaz de Pfennich e Guzmán Carriquiry, presidente da União Internacional de Organizações Católicas Femininas, e subsecretário do Conselho Pontifício para os Leigos, expõem experiências concretas de participação e colaboração entre homens e mulheres dentro da Igreja.

O Pe. Denis Biju-Duval, reitor do Instituto Pontifício «Redemptor Hominis» da Universidade Pontifícia de Latrão, sugere algumas idéias para o diálogo e adverte que é necessário superar a «crise de identidade masculina na Igreja, que está afetando toda a sociedade».

No apêndice do livro se inclui a carta aos bispos sobre a colaboração entre homens e mulheres na Igreja e no Mundo, da Congregação para a Doutrina da Fé, firmada pelo então cardeal Joseph Ratzinger em 31 de maio de 2004.

O livro das atas em inglês, que custa 10 euros, e pode ser adquirido em: http://www.libreriaeditricevaticana.com

Papa reza pela consciência missionária de todos os fiéis cristãos

Em suas intenções para o mês de agosto

ROMA, sexta-feira, 28 de julho de 2006 (ZENIT.org).- No mês de agosto, Bento XVI rezará especialmente «para que os fiéis cristãos sejam conscientes de sua vocação missionária em todos os ambientes e circunstâncias».

É o que anuncia o Apostolado da Oração, uma iniciativa seguida por 50 milhões de pessoas nos cinco continentes, através da qual leigos, religiosos, religiosas, sacerdotes e bispos do mundo inteiro oferecem suas orações e sacrifícios pelas intenções que o Papa indica a cada mês.

A Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos encarregou o comentário desta intenção missionária a Irmã Elisabetta Adamiak, superiora geral das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver (SSPC).

A religiosa recorda que todos os fiéis, «por causa do batismo, são responsáveis da missão da Igreja», e que eles «estão chamados a contribuir para a santificação do mundo, principalmente com o testemunho de sua vida e com o fulgor da fé, da esperança e da caridade, iluminando e ordenando as realidades temporais segundo Deus».

Daí que em seu «compromisso social e político, buscam promover a dignidade da pessoa humana, colocando o homem no centro da vida econômica e social; e se empenham em defender o inviolável direito à vida, à liberdade de consciência e à liberdade religiosa», exemplifica.

Mas «o primeiro espaço de seu empenho social é a família e a alma de seu empenho apostólico é a caridade», afirma.

Ponto de partida: o amor de Deus

É que, como alude a religiosa, essa é a «formula sintética da existência cristã» –em palavras de Bento XVI–: «Nós temos reconhecido o amor de Deus por nós e nele acreditamos» (Deus caritas est, n.1).

De forma que «reconhecer e acreditar no amor de Deus por cada um de nós» «estimula fortemente a compartilhá-lo, a comunicá-lo aos outros», afirma.

No entanto, é consciente de que se pode apresentar a dificuldade de «acreditar que Deus nos ama, ou melhor, que foi o primeiro a nos amar», coisa que «explica, ao menos em parte, o enfraquecimento da consciência sobre a grandeza da vocação cristã».

«Como reforçar tal consciência?», pergunta. E oferece uma indicação expressa do Papa: «Diante do ativismo e do oprimente secularismo de muitos cristãos, chegou o momento de reafirmar a importância da oração» (Deus caritas est, n.37).

«Por conseguinte –acrescenta Irmã Elisabetta Adamiak–, todos nós, membros da Igreja – ministros ordenados, consagrados e leigos -, devemos apostar na oração, cultivando uma sempre mais profunda familiaridade com Deus e o abandono à sua vontade».

«Somente assim, apesar de “pequeno rebanho”, nos tornaremos o fermento evangélico capaz de fermentar a grande massa da humanidade», conclui.

O Papa reza também todos os meses por uma intenção geral, que para o mês de agosto diz assim: «Para que não faltem aos órfãos as devidas atenções para sua formação humana e cristã».

Papa confessa sua dor frente às dificuldades dos cristãos na Terra Santa

Ao encontrar-se com a reunião de agências de ajuda às Igrejas Orientais

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 22 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou publicamente sua dor nesta quinta-feira, ao constatar as dificuldades que os cristãos que vivem na Terra Santa experimentam.

Suas preocupadas palavras foram escutadas pela centena de participantes na Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO, segundo suas iniciais em italiano), comitê surgido em 1968, dependente da Congregação vaticana para as Igrejas Orientais, da qual fazem parte agências do mundo inteiro que ajudam a essas comunidades católicas.

Recordando que nesta reunião a ROACO analisou em particular a situação dos cristãos na Terra Santa, o bispo de Roma reconheceu que «todos desejam poder encontrar sempre uma comunidade cristã viva na terra em que o nosso Redentor nasceu ».

«As graves dificuldades que está vivendo, por causa do clima de grave insegurança, pela falta de trabalho, pelas inumeráveis restrições com a crescente pobreza que se deriva, constituem para todos nós um motivo de sofrimento», assegurou.

«Trata-se de uma situação –acrescentou– que torna particularmente incerto o futuro educativo, profissional e familiar das gerações jovens, que infelizmente experimentam a tentação de deixar para sempre a terra natal que tanto amam.»

«Isso se dá também em outras áreas do Oriente Médio, como Iraque e Irã», que também recebem a ajuda da ROACO, prosseguiu dizendo.

«Como enfrentar problemas tão graves?», perguntou-se o Santo Padre.

«Nosso primeiro e fundamental dever continua sendo o de perseverar em uma confiada oração ao Senhor, que nunca abandona seus filhos na prova», respondeu.

E essa oração, acrescentou, «deve estar acompanhada por uma solicitude fraternal concreta, capaz de encontrar caminhos sempre novos e em certas ocasiões inesperados para sair ao passo das necessidades dessas populações».

O Papa concluiu fazendo um chamado «aos pastores e aos fiéis, a todos os que desempenham papéis de responsabilidade na comunidade civil para que, favorecendo o respeito mútuo entre as culturas e religiões, seja criadas, quanto antes, em toda a região do Oriente Médio, as condições de uma serena e pacífica convivência».

No último dia 14 de junho, uma declaração de Joaquim Navarro-Valls, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, manifestou a proximidade do Papa das populações da Terra Santa nestes momentos em que acontece um novo estouro de violência.

A nota alentava a reiniciar «com valentia o caminho da negociação, o único que pode levar à paz justa e duradoura à que todos aspiram».

Na assembléia da ROACO, celebrada em Roma, analisou-se, em particular, a situação das escolas católicas em Israel, particularmente na Galiléia, para ver como é possível intensificar seu trabalho na promoção da convivência pacífica entre os diferentes povos e religiões.

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