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Encontrados no Santo Sudário restos de ungüentos de 2 mil anos atrás

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VALENCIA, 01 Mai. 12 / 04:46 pm (ACI/Europa Press)

A investigadora italiana Marzia Boi assegurou nesta segunda-feira, 30 de abril, em Valência que os restos de pólen encontrados no Santo Sudário de Turim não só correspondem com os que foram se depositando fortuitamente no tecido ao longo da história, mas também guardam uma correspondência “com os dos ungüentos e flores que se utilizavam para ritos funerários há 2.000 anos”, informou a Arquidiocese de Valência em um comunicado.

O trabalho da pesquisadora, exposto no Congresso Internacional sobre o Santo Sudário que se celebra em Valência, se acrescenta a outros estudos apresentados neste simpósio que mostram a compatibilidade entre o corpo envolvido com a Síndone e o de Jesus Cristo.

Em sua exposição, Marzia Boi, que trabalha no laboratório de Botânica do departamento de Biologia da Universidade das Ilhas Balear, argumentou também que no Evangelho se descreve que a sepultura de Jesus foi realizada com honras de reis, “o que implicava a preparação do cadáver com bálsamos e óleos”.

Ao analisar no microscópio as fotos dos polens extraídos em anteriores investigações sobre o Santo Sudário, a investigadora identificou tipos de plantas que “conforme está documentado desde antigo”, eram usualmente utilizadas para os enterros.

Entre elas, no Santo Sudário há polens principalmente de Helichrysum, segundo sua observação, assim como láudano, terebinto, gálbano aromático ou lentisco.

A identificação dessas plantas supõe, segundo a Dra. Boi, “um dado adicional que confirma que o homem do Sudário poderia ser Jesus”.

A investigadora indicou que a revisão por parte de especialistas paleólogos de todos os “polens do sudário ajudaria a identificá-los melhor”. Do mesmo modo, ela reparou em que os óleos e ungüentos presentes no manto o conservaram por conterem potentes elementos repelentes de insetos e fungos.

A Santa túnica de Argenteuil analisada por um cientista

Fonte: Apostolado Spíritus Paraclitus

A Santa túnica de Argenteuil analisada por um cientista Numa igreja de Argenteuil, cidade hoje absorvida pela grande Paris, venera-se uma túnica que, segundo tradição milenar da Igreja, foi tecida por Nossa Senhora para o Menino Jesus.

Seria a mesma que Nosso Senhor usou na sua Paixão. A mesma, portanto, que os algozes romanos, vendo que era inconsútil – isto é, formando uma só peça, sem costuras – lançaram à sorte, para não ter que dividi-la entre eles.

Utilizando equipamentos os mais avançados, aciência moderna foi analisar a relíquia.

O professor André Marion, pesquisador doCentre National de la Recherche Scientifique – CNRS (Paris) é especialista no processamento numérico de imagens, leciona na Universidade de Paris-Orsay e é autor de numerosas publicações científicas e técnicas.

Ele já fez descobertas surpreendentes a respeito do Santo Sudário de Turim, com base em métodos ótico-digitais. Ele publicou suas conclusões sobre a túnica de Argenteuil no livro “Jesus e a ciência – A verdade sobre as relíquias de Cristo” (foto embaixo).

Para o trabalho, o Prof. Marion localizou nos arquivos da Diocese de Versailles chapas tiradas em 1934. Estavam bem conservadas. Sobre elas aplicou as técnicas de digitalização de imagens, baseadas em scanners e computadores poderosos. É de se salientar a precisão do método, que chega a ser de 10 a 20 milésimos de milímetro.

Assim ele pôde mapear as manchas de sangue, que não são facilmente perceptíveis num primeiro olhar.Por fim, comparou o mapa obtido com as manchas de sangue – aliás, minuciosamente estudadas – do Santo Sudário de Turim. Porém, desde logo surgia uma dificuldade. O Santo Sudário envolveu o Corpo de Nosso Senhor esticado e imóvel no Santo Sepulcro, enquanto a Santa Túnica de Argenteuil fora portada por Ele vergado sob a Cruz, caminhando com passo cambaleante, desequilibrando-se e caindo na ruela pedregosa, imensamente enfraquecido por desapiedadas torturas.

Se ainda imaginarmos Nosso Senhor segurando com suas mãos a extremidade da Cruz na altura do ombro, é fácil supormos que a Túnica deve ter formado pregas.

Essas pregas raspavam nas chagas abertas nas divinas costas, enquanto a parte da frente da Túnica ficava solta por efeito da curvatura geral do corpo. Todos esses fatores faziam com que o sangue se espalhasse no pano de um modo irregular.

O Prof. Marion solicitou então a ajuda de um voluntário com as proporções anatômicas do Santo Sudário. Ele simulou os movimentos da Via Crucis, utilizando uma túnica do mesmo tamanho da de Argenteuil. Os movimentos foram repetidos várias vezes e em várias formas, tendo sido sistematicamente fotografados.

A seguir, com base nessas fotos e por métodos computacionais, o Prof. Marion criou um primeiro modelo virtual do corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo carregando a Cruz. No monitor do computador esse modelo aparece como o desenho de um manequim.

Sobre ele aplicou então as imagens da Túnica de Argenteuil. Dessa maneira reproduziu as pregas, que naturalmente se formam pelo ajuste ao corpo, e a difusão das manchas de sangue provocada pelos movimentos dolorosíssimos sob a Cruz.

A Santa túnica de Argenteuil analisada por um cientista Da mesma maneira, aplicou a imagem da Santa Túnica a um segundo modelo virtual feito com base no Santo Sudário de Turim. E eis a admirável surpresa!

Na primeira experiência, a distribuição das manchas sanguíneas na Túnica correspondeu perfeitamente aos ferimentos e às posturas próprias ao carregamento da Cruz.

Na segunda, as manchas ficaram posicionadas de modo a se superporem exatamente com as chagas do Santo Sudário.

Em ambas as experiências, na tela do computador aparecem as feridas – as mais sangrentas de todas – provocadas pelo madeiro, bem diferenciadas das horríveis dilacerações dos açoites da flagelação, indicando com precisão a posição da Cruz.

Até pormenores históricos que intrigavam os cientistas ficaram esclarecidos. Um deles é que os romanos – executores materiais da Crucifixão, sob a pressão do ódio judeu – não costumavam obrigar o condenado a carregar a Cruz inteira. Eles já deixavam o tronco principal encravado no local do suplício – no caso, o Calvário –, mas forçavam o sentenciado a levar a trave da Cruz, chamada patibulum.

Em sentido contrário, os quatro Evangelhos não falam do patibulum, mas só da Cruz: “Et baiulans sibi crucem exivit in eum” (Jo 19, 17).

São Mateus, São Marcos e São Lucas mencionam o cruzeiro no episódio em que o Cireneu foi obrigado a ajudar Nosso Senhor Jesus Cristo a carregá-lo.

Ora, na análise computadorizada das fotografias da Túnica aparecem com toda clareza possível as chagas e tumefações provocadas por uma cruz, e não por um mero patibulum.

As manchas de sangue indicam que na Via Sacra os dois madeiros cruzaram-se na altura da omoplata esquerdo de Nosso Senhor.

Na iconografia tradicional, na Via Sacra Nosso Senhor aparece habitualmente com um cíngulo, ou cordão cingindo os rins.

Tal cordão não deixara nenhum vestígio conhecido. Mas, no ensaio digital, a presença do cordão, de que nos fala a tradição aparece perfeitamente identificada!

A conclusão do Prof. Marion é a seguinte:

A Santa túnica de Argenteuil analisada por um cientista “O procedimento praticado foi, de longe, muito mais preciso que os que tiveram lugar no passado. Segundo nossos antepassados, era necessário acreditar que um só e mesmo supliciado tinha manchado com seu sangue a túnica [de Argenteuil] e o Sudário [de Turim].

“Estas repetidas afirmações requeriam um estudo aprofundado: desejamos então verificar, por nós mesmos, se tal comparação pode se justificar. Os resultados aparecem entretanto perfeitamente conclusivos.

“A correspondência das feridas é um argumento a favor da autenticidade das duas relíquias, que devem se referir bem ao mesmo supliciado.

“É muito difícil imaginar que falsários tenham tentado correlacionar de modo tão perfeito os dois objetos…”

Papa encoraja os jovens a “viver, não vegetar”

No encontro para a JMJ de Madri que se realizará em 2011

TURIM, domingo, 2 de maio de 2010 (ZENIT.org). – Apesar do tempo chuvoso, Bento XVI teve um encontro festivo com jovens da cidade de Turim e de outras dioceses do Piemonte, no qual os encorajou a viverem com coragem e comprometimento com escolhas definitivas.

“Sejam testemunhas de Cristo nestes nossos tempos!”, disse aos jovens reunidos na praça San Carlo.

Por duas horas, antes do encontro, a praça foi animada por música e por intervenções por parte dos jovens. Estava presente o grande coral Hope, formado por 270 jovens, além de diversos artistas de várias partes do mundo.

“Que o santo Sudário” – continuou o Papa refletindo sobre a relíquia cuja ostensão se realiza nestes dias em Turim – “seja de um modo particular para vocês um convite a imprimir em seu espírito a face do amor de Deus, para que vocês mesmos sejam, em seus ambientes, uma expressão do rosto de Cristo”.

Durante o encontro os jovens cantaram o hino “Santo Rosto dos Rostos”, composto especialmente para a ocasião.

“Desejo de coração que este evento extraordinário, ao qual espero que muitos compareçam, contribua para que cresça em cada de um de vocês o entusiasmo e fidelidade em seguir a Cristo, e em acolher com alegria sua mensagem, fonte de vida nova”, disse o Papa.

Bento XVI indicou como exemplo um jovem da própria cidade de Turim: Piergiorgio Frassati, membro da Ação Católica, filho do fundador do jornal “La Stampa”, que aderiu ao Apostolado da Oração, promovido pela Congregação Mariana e pela Adoração Noturna.

Para se aproximar dos trabalhadores das minas, Frassati decidiu estudar Engenharia de Minas na Escola Politécnica de Turim. Pouco antes de se formar, porém, veio a falecer, vítima da poliomielite, aos 24 anos, em 1925. Foi beatificado por João Paulo II em 20 de maio de 1990.

“Sua existência foi inteiramente envolvida pela graça e pelo amor de Deus, e foi consumada, com serenidade e alegria, no serviço apaixonado a Cristo e aos irmãos”, lembrou o Pontífice.

“Jovem como vocês, viveu com grande empenho sua formação cristã e deu testemunho de sua fé de modo simples e eficaz”.

À luz desse testemunho, o Papa encorajou os rapazes e as meninas presentes no encontro a terem “coragem de escolher aquilo que é de fato essencial para a vida”.

“Viver, não vegetar”, dizia o beato Piergiorgio Frassati.

“Descubram, como ele descobriu, que vale a pena se empenhar por Deus e com Deus, respondendo ao seu chamado na escolhas fundamentais e cotidianas, ainda que tenha um custo!”, concluiu o Santo Padre.

Este sábado se inicia exibição do Santo Sudário em Turim

VATICANO, 09 Abr. 10 / 11:20 am (ACI).- Este sábado 10 de abril se inicia na Catedral da cidade italiana de Turim a exibição do Santo Sudário. Este importante evento concluirá em 23 de maio e terá entre seus visitantes o Papa Bento XVI quem presidirá uma Solene Eucaristia no domingo 2 de maio na Praça de São Carlos.

Nos dias da exibição, a Missa se celebra na Catedral, diante do Sudário, cada manhã às 7:00. Ao final, rezarão as laudes. O Santíssimo Sacramento fica exposto na penitenciaria, no Palazzo Chiablese ao longo de toda a jornada. A capela está reservada à oração silenciosa e à adoração eucarística.

Na mesma penitenciaria estarão sacerdotes para administrar o sacramento da Reconciliação. Desde o final da Missa até às 8:00 p.m. o percurso está aberto à visita do Sudário. Para isso é indispensável ter feito a reserva através da Web: www.sindone.org

Também será possível chegar à catedral entrando pela porta central, mas desde ali só será possível ver o Sudário de longe. O espaço da abóbada central está reservado à oração e à reflexão silenciosa. De noite, segundo o que se indicará no calendário, a catedral poderá ficar aberta para acolher celebrações particulares ou iniciativas culturais de caráter religioso.

Alguns dados

Uma sólida tradição demonstra que o Santo Sudário de Turim é o sudário que envolveu o corpo de Jesus Cristo depois de sua morte. Esta é uma peça de linho tecida que mede 4,37 metros de comprimento e 1,11 de largura.

O manto leva a imagem detalhada da frente e as costas de um homem que foi crucificado de maneira idêntica a Jesus de Nazaré conforme descrevem as Escrituras.

O manto está em Turim, Itália, desde 1578 e é posto em exposição pública aproximadamente uma vez por cada geração.

Com o fim de determinar o modo como a imagem foi impressa no Lençol, mais de 1000 investigações científicas das mais diversas especialidades foram realizadas e se tomaram 32 mil fotografias.

No sítio www.sindone.org se recolhem os textos e as informações relativas a todos os aspectos da organização da exibição.

O Papa visitará o Santo Sudário de Turim no próximo 2 de maio de 2010

Roma, 27 Out. 09 / 01:17 pm (ACI).- O Arcebispo de Turim, Cardeal Severino Poletto, informou hoje que o Papa Bento XVI visitará o Santo Sudário de Turim, com motivo de sua próxima exibição, no próximo 2 de maio de 2010.

Em uma carta recolhida pela imprensa local, o Cardeal anunciou a visita e antecipou que o Pontífice também presidirá uma Missa ao ar livre.

O Cardeal Poletto considerou que a visita será “um presente extraordinário” para “nossa cidade e para a diocese uma ocasião única. O evento dará novo impulso ao caminho espiritual e pastoral de nossas comunidades cristãs e infundirá esperança em todos”.

A próxima exposição do Sudário Santa começará no dia 10 de abril do próximo ano e terminará no 23 de maio.

Em junho do ano passado, o Papa Bento XVI acolheu o pedido do Cardeal Poletto para a exibição e antecipou que “se o Senhor me der vida e saúde, espero ir eu também”.

Nesse momento, Bento XVI assinalou que “será uma ocasião muito propícia para contemplar aquele misterioso rosto, que fala silenciosamente ao coração dos seres humanos, convidando-lhes a reconhecer nele o rosto de Deus”.

A última exibição do Santo Sudário teve lugar há quase dez anos com ocasião do Grande Jubileu do Ano 2000.

O Manto de Turim ou Santo Sudário, que uma sólida e sustentada tradição assinala como o manto que envolveu o corpo do Senhor Jesus, é uma fina peça de linho de 3 pés e 7 polegadas de largura e 14 pés e três polegadas de comprimento.

O manto leva a imagem detalhada da frente e das costas de um homem que foi crucificado de maneira idêntica a Jesus de Nazaré conforme descrevem as Escrituras.

O manto se encontra em Turim, Itália, desde 1578 e é posto à exposição pública aproximadamente uma vez por cada geração.

Com o fim de determinar o modo como a imagem se imprimiu no Sudário, mais de mil investigações científicas das mais diversas especialidades foram realizadas e se tomaram 32 mil fotografias do manto.

Estas investigações fizeram do Sudário Santa a relíquia mais estudada da história.

O Site oficial da próxima exibição é http://www.sindone.org/

10 Milagres Eucarísticos

A revista “Jesus” das Edições Paulinas de Roma, publicou uma matéria do escritor Antonio Gentili, em abril de 1983, pp. 64-67, onde apresenta uma resenha de milagres eucarísticos. Há tempos, foi traçado um “Mapa Eucarístico”, que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade dos quais ocorridos na Itália. São muitíssimos os milagres eucarísticos no mundo todo. Por exemplo, Marthe Robin, uma francesa, milagre eucarístico vivo, alimentou-se durante mais de quarenta anos só de Eucaristia. Teresa Newmann, na Alemanha, durante mais de 36 anos alimentou-se só de Eucaristia.

1 – Lanciano – Itália – no ano 700

Em Lanciano – séc. VIII. Um monge da ordem de São Basílio estava celebrando na Igreja dos santos Degonciano e Domiciano. Terminada a Consagração, que ele realizara, a hóstia transformou-se em carne e o vinho em sangue depositado dentro do cálice. O exame das relíquias, segundo critérios rigorosamente científicos,, foi efetuado em 1970-71 e outra vez em 1981 pelo Professor Odoardo Linoli, catedrático de Anatomia e Histologia Patológica e Química e Microscopia Clínica, Coadjuvado pelo Professor Ruggero Bertelli, da Universidade de Siena. Resultados:

1) A hóstia é realmente constituída por fibras musculares estriadas, pertencentes ao miocárdio.

2) Quanto ao sangue, trata-se de genuíno sangue humano. Mais: o grupo sangüíneo ‘A’ que pertencem os vestígios de sangue, o sangue contido na carne e o sangue do cálice revelam tratar-se sempre do mesmo sangue grupo ‘AB’ (sangue comum aos Judeus). Este é também o grupo que o professor Pierluigi Baima Bollone, da universidade de Turim, identificou no Santo Sudário.

3) Apesar da sua antigüidade, a carne e o sangue se apresentam com uma estrutura de base intacta e sem sinais de alterações substanciais; este fenômeno se dá sem que tenham sido utilizadas substâncias ou outros fatores aptos a conservar a matéria humana, mas, ao contrário, apesar da ação dos mais variados agentes físicos, atmosféricos, ambientais e biológicos.

2 – Orvieto – Bolsena – Itália – 1263

Jesus tinha pedido à Beata Juliana de Cornillon (†1258) a introdução da festa de “Corpus Domini” no calendário litúrgico da Igreja. O Pe. Pedro de Praga, da Boêmia, celebra uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, e então, ocorre o milagre: da hóstia consagrada caem gotas de sangue sobre o corporal… O Papa Urbano IV (1262´1264), residia em Orvieto e ordena ao Bispo Giacomo levar as relíquias de Bolsena a Orvieto. O Papa emitiu a Bula Transiturus de mundo, em 11/08/1264, onde prescreveu que na 5ª feira após a oitava de Pentecostes, seja celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. Em 1290 foi construída a Catedral de Orvieto, chamada de “Lírio das Catedrais”.

3 – Ferrara – 28/03/1171

Aconteceu este milagre na Basílica de Santa Maria in Vado, no século XII. Propagava-se com perigo a heresia de Berengário de Tours (†1088), que negava a Presença real de Cristo na Eucaristia. Aos 28 de março de 1171, o Pe. Pedro de Verona, com três sacerdotes celebravam a Missa de Páscoa; no momento de partir o pão consagrado, a Hóstia se transformou em carne, da qual saiu um fluxo de sangue que atingiu a parte superior do altar, cujas marcas são visíveis ainda hoje. Há documentos que narram o fato: um “Breve’ do Cardeal Migliatori (1404). – Bula de Eugênio IV (1442), cujo original foi encontrado em Roma em 1975. Mas, a descoberta mais importante deu-se em Londres, em 1981, foi encontrado um documento de 1197 narrando o fato.

4 – Offida – Itália – 1273

Ricciarella Stasio – devota imprudente, realizava práticas supersticiosas com a Eucaristia; em uma dessas profanações, a Hóstia se transformou em carne e sangue. Foram entregues ao pe. Giacomo Diattollevi, e são conservadas até hoje. Há muitos testemunhos históricos sobre este fato.

5 – Sena – Cáscia – Itália – 1330

Hoje este milagre é celebrado em Cássia, terra de Santa Rita de Cássia. Em 1330, um sacerdote foi levar o viático a um enfermo e colocou indevidamente, de maneira apressada e irreverente, uma Hóstia dentro do seu Breviário para levá-la ao doente grave. No momento da Comunhão, abriu o livro e viu que a Hóstia se liquefez e, quase reduzida a sangue, molhou as páginas do Livro. Então o sacerdote negligente apressou-se a entregar o livro e a Hóstia a um frade agostiniano de Sena, o qual levou para Perúgia a pagina manchada de sangue e para Cáscia a outra página onde a Hóstia ficou presa. A primeira página perdeu-se em 1866 mas a relíquia chamada de “Corpus Domini” é atualmente venerada na basílica de Santa Rita.

6 – Turim – Itália – 1453

Na Alta Itália ocorria uma uma guerra furiosa pelo ducado de Milão. Os Piemonteses saquearam a cidade; ao chegarem a Igreja, forçaram o Tabernáculo. Tiraram o ostensório de prata, no qual se guardava o corpo de Cristo ocultando-no dentro de uma carruagem juntamente com os outros objetos roubados, e dirigiram-se para Turim. Crônicas antigas relatam que, na altura da Igreja de São Silvestre, o cavalo parou bruscamente a carruagem – o que ocasionou a queda, por terra, do ostensório – o ostensório se levantou nos ares “com grande esplendor e com raios que pareciam os do sol”. Os espectadores chamaram o Bispo da cidade, Ludovico Romagnano, que foi prontamente ao local do prodígio. Quando chegou, “O ostensório caiu por terra, ficando o corpo de Cristo nos ares a emitir raios refulgentes”. O Bispo, diante dos fatos, pediu que lhe levassem um cálice. Dentro do cálice, desceu a hóstia, que foi levada para a catedral com grande solenidade. Era o dia 9 de junho de 1453. Existem testemunhos contemporâneos do acontecimento (Atti Capitolari de 1454 a 1456). A Igreja de “Corpus Domini” (1609), que até hoje atesta o prodígio.

7 – Sena – Itália – 1730

Na Basília de São Francisco, em Sena, pátria de Santa Catarina de Sena, durante a noite de 14 para 15 de março de 1730, foram jogadas no chão 223 hóstias consagradas, por ladrões que roubaram o cibório de prata onde elas estavam. Dois dias depois, as Hóstias foram achadas em caixa de esmolas misturas com dinheiro. Elas foram limpadas e guardadas na Basílica de São Francisco; ninguém as consumiu; e logo o milagre aconteceu visto que com o passar do tempo as Hóstias não se estragaram, o que é um grande milagre. A partir de 1914 foram feitos exames químicos que comprovaram pão em perfeito estado de conservação.

8 – Milagre Eucarístico de Santarém – Portugal (1247)

Aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1247, em Santarém, 65 km ao norte de Lisboa. O milagre se deu com uma dona de casa, Euvira, casada com Pero Moniz, a qual sofrendo com a infidelidade do marido, decidiu consultar uma bruxa judia que morava perto da igreja da Graça. Esta bruxa prometeu-lhe resolver o problema se como pagamento recebesse uma Hóstia Consagrada. Para obter a Hóstia, a mulher fingiu-se de doente e enganou o padre da igreja de S. Estevão, que lhe deu a sagrada Comunhão num dia de semana. Assim que ela recebeu a Hóstia, sem o padre notar, colocou-a nas dobras do seu véu. De imediato a Hóstia começou a sangrar. Assustada, a mulher correu para casa na Rua das Esteiras, perto da Igreja e escondeu o véu e a Hóstia numa arca de cedro onde guardava os linhos lavados. À noite o casal foi acordado com uma visão espetacular de Anjos em adoração à sagrada Hóstia sangrando. Varias investigações eclesiásticas foram feitas durante 750 anos. As realizadas em 1340 e 1612 provaram a sua autenticidade. Em 5 de abril de 1997, por decreto de D. Antonio Francisco Marques, Bispo de Santarém, a Igreja de S. Estevão, onde está a relíquia, foi elevada a Santuário Eucarístico do Santíssimo Sangue.

9 – Faverney, na França, em 1600

O Milagre Eucarístico que aconteceu em Faverney, na França consistiu numa notável demonstração sobrenatural de superação da lei da gravidade. Faverney está localizado a 20 quilômetros de Vesoul, distante 68,7 quilômetros de Besançon.Um dos noviços chamado Hudelot, notou que o Ostensório que se encontrava junto Santíssimo Sacramento sobre o Altar, elevou-se e ficou suspenso no ar e que as chamas se inclinavam e não tocavam nele. Os Frades Capuchinhos de Vesoul também apressaram-se para observar e testemunhar o fenômeno. Embora os monges com a ajuda do povo, conseguiram apagar o incêndio que queria consumir toda a Igreja, o Milagre não cessou, o Ostensório com JESUS Sacramentado continuou flutuando no espaço.

10 – Em Stich, Alemanha, 1970

Na região Bávara da Alemanha, junto à fronteira suíça, em 9 de junho de 1970, enquanto um padre visitante da Suíça estava celebrando uma Missa numa capela, uma série incomum de eventos aconteceu. Depois da Consagração, o celebrante notou que uma pequena mancha avermelhada começou a aparecer no corporal, no lugar onde o cálice tinha estado descansando. Desejando saber se o cálice tinha começado a vazar, o padre correu a mão dele debaixo do cálice, mas achou-o completamente seco. A esta altura, a mancha crescera, atingindo o tamanho de uma moeda de dez centavos. Depois de completar a Missa, o padre inspecionou todo o altar, mas não conseguiu encontrar qualquer coisa que pudesse ser remotamente a fonte da mancha avermelhada. Ele trancou o corporal que apresentava a mancha num local seguro, até que pudesse discutir o assunto com o pároco.

Prof. Felipe Aquinowww.cleofas.com.br

São Máximo de Turim

Por Papa Bento XVI
Tradução: Zenit
Fonte: Vaticano/Zenit

Queridos irmãos e irmãs:

Entre o final do século IV e começo do V, outro Padre da Igreja, depois de Santo Ambrósio, contribuiu decididamente para a difusão e a consolidação do cristianismo na Itália do norte: trata-se de São Máximo, que era bispo de Turim no ano 398, um ano depois da morte de Ambrósio. Restam-nos poucas notícias dele; recentemente, recebemos uma coleção de aproximadamente noventa «Sermões». Neles se pode constatar a profunda e vital união do bispo com sua cidade, que testifica um ponto evidente de contato entre o ministério episcopal de Ambrósio e o de Máximo.

Naquele tempo, graves tensões turbavam a convivência civil. Máximo, neste contexto, conseguiu unir o povo cristão em torno de sua pessoa de pastor e mestre. A cidade estava ameaçada por grupos de bárbaros que, ao penetrar pelas entradas orientais, avançavam até os Alpes ocidentais. Por este motivo, Turim estava constantemente rodeada de guarnições militares, e se converteu, nos momentos críticos, em refúgio para as populações que fugiam do campo e dos centros urbanos sem proteção.

As intervenções de Máximo perante esta situação testemunham o compromisso de reagir ante a degradação civil e a desagregação. Ainda que seja difícil determinar a composição social dos destinatários dos «Sermões», parece que a pregação de Máximo, para superar o risco de ser genérica, dirigia-se especificamente a um núcleo selecionado da comunidade cristã de Turim, constituído por ricos proprietários de terras, que tinham suas fazendas no campo e a casa na cidade. Foi uma lúcida decisão pastoral do bispo, que concebeu esta pregação como o caminho mais eficaz para manter e reforçar seus laços com o povo.

Para ilustrar, nesta perspectiva, o ministério de Máximo em sua cidade, quero apresentar como exemplo os «Sermões» 17 e 18, dedicados a um tema sempre atual, o da riqueza e da pobreza nas comunidades cristãs. Também neste sentido se davam agudas tensões na cidade. Acumulavam e ocultavam riquezas. «Não se pensa nas necessidades do outro», constatava amargamente o bispo em seu «Sermão» número 17.

«De fato, muitos cristãos não só não distribuem o que têm, mas roubam dos demais. Não só não levam aos pés dos apóstolos o que recolheram, mas também afastam dos pés dos sacerdotes os irmãos que buscam ajuda». E conclui: «Em nossa cidade há muitos hóspedes e peregrinos. Fazei o que prometestes» aderindo à fé, «para que não se diga também de vós o que se disse de Ananias: ‘Não mentistes aos homens, mas a Deus’». («Sermão» 17, 2-3)

No «Sermão» sucessivo, número 18, Máximo critica as formas comuns de depredação das desgraças dos demais. «Dize-me, cristão, exorta o bispo a seus fiéis, dize-me por que tomaste a presa abandonada pelos predadores? Por que introduziste em tua casa um ‘lucro’ depredado e contaminado?». «Mas, acrescenta, talvez dizes que o compraste e por isso achas que evitas assim a acusação de avareza. Mas deste modo não há relação entre o que se compra e o que se vende. Comprar é algo bom, mas em tempo de paz, quando se vende com liberdade, e não quando se vende o que foi roubado… Comporta-te, portanto, como cristão e como cidadão que compra para devolver» («Sermão» 18, 3).

Sem mostrar muito, Máximo pregou uma relação profunda entre os deveres do cristão e os do cidadão. Para ele, viver a vida cristã significa também assumir os compromissos civis. Pelo contrário, o cristão que, «apesar de que pode viver com seu trabalho, pega a presa do outro com o furor das feras» ou «ataca seu vizinho, cada dia buscando parte de seus bens, tomando posse de seus produtos», não lhe parece nem sequer semelhante à raposa que degola as galinhas, mas ao lobo que se lança contra os porcos («Sermão» 41, 4).

Pelo que se refere à prudente atitude de defesa assumida por Ambrósio para justificar sua famosa iniciativa de resgatar os prisioneiros de guerra, podemos ver com clareza as mudanças históricas que aconteceram na relação entre o bispo e as instituições cidadãs. Contando já com o apoio de uma legislação que pedia aos cristãos que redimissem os prisioneiros, Máximo, ante a queda das autoridades civis do Império Romano, sentia-se plenamente autorizado para exercer nesse sentido um autêntico poder de controle sobre a cidade.

Este poder se tornaria depois cada vez mais amplo e eficaz, até chegar a suprir a ausência de magistrados e das instituições civis. Neste contexto, Máximo não só se dedica a estimular nos fiéis o amor tradicional à pátria cidadã, mas proclama também o preciso dever de enfrentar os gastos fiscais, por mais pesados e desagradáveis que pareçam («Sermão 26, 2).

Em definitivo, o tom e a essência dos «Sermões» implicam uma maior consciência da responsabilidade política do bispo nas específicas circunstâncias históricas. É a «atalaia» da cidade. Acaso não são estas atalaias, pergunta-se Máximo no «Sermão» 92, «os beatíssimos bispos que, colocados, por assim dizer, em uma rocha elevada de sabedoria para a defesa dos povos, vêem desde longe os males que chegam?».

E no «Sermão» 89, o bispo de Turim ilustra aos fiéis suas tarefas, servindo-se de uma comparação singular entre a função episcopal e a das abelhas: «Como a abelha, diz, os bispos observam a castidade do corpo, oferecem o alimento da vida celestial, utilizam o ferrão da lei. São puros para santificar, doces para reconfortar, severos para castigar». Deste modo, São Máximo descreve a tarefa do bispo em sua época.

Em definitivo, a análise histórica e literária demonstra uma consciência cada vez maior da responsabilidade política da autoridade eclesiástica, em um contexto no qual ela estava substituindo de fato a civil. É o desenvolvimento do ministério do bispo no ocidente da Itália, a partir de Eusébio, que «como um monge», vivia em sua cidade de Vercelli, até Máximo de Turim, que «com uma sentinela», encontrava-se na rocha mais elevada da cidade.

É evidente que o contexto histórico, cultural e social hoje é profundamente diferente. O atual contexto é mais o descrito por meu venerado predecessor, o Papa João Paulo II, na exortação pós sinodal «Ecclesia in Europa», na qual oferece uma articulada análise dos desafios e dos sinais de esperança para a Igreja na Europa hoje (6-22). Em todo caso, independentemente da mudança de circunstâncias, continuam sendo válidas as obrigações do crente ante sua cidade e sua pátria. A íntima relação entre o «cidadão honesto» e o «bom cristão» segue totalmente vigente.

Para concluir, quero recordar o que diz a constituição pastoral «Gaudium et spes» para esclarecer um dos aspectos mais importantes da unidade de vida do cristão: a coerência entre a fé e o comportamento, entre Evangelho e cultura. O Concílio exorta os fiéis «a que procurem cumprir fielmente os seus deveres terrenos, guiados pelo espírito do Evangelho. Afastam-se da verdade os que, sabendo que não temos aqui na terra uma cidade permanente, mas que vamos em demanda da futura, pensam que podem por isso descuidar os seus deveres terrenos, sem atenderem a que a própria fé ainda os obriga mais a cumpri-los, segundo a vocação própria de cada um» (n. 43).

Seguindo o magistério de São Máximo e de outros muitos Padres, façamos nosso o desejo do Concílio; que haja cada vez mais fiéis que queiram «exercer todas as suas atividades temporais fazendo uma síntese vital do esforço humano, familiar, profissional, científico ou técnico, com os valores religiosos, sob cuja altíssima hierarquia tudo coopera para a glória de Deus» (ibidem) e, dessa forma, ao bem da humanidade.

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