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A Igreja Primitiva era Católica ou Protestante?

Fonte: Veritatis Splendor

A Igreja Primitiva era Católica ou Protestante? É interessante notar como o Protestantismo alega ser o retorno às origens da fé, ao Verdadeiro Cristianismo, enfim o verdadeiro confessor da fé legítima dos Primeiros séculos. Aliás, diga-se de passagem, se existe uma constante entre as religiões não-católicas é a chamada “teoria do resgate”. A imensa maioria delas (a quase totalidade) afirma que o cristianismo primitivo foi puro e limpo de todo erro, mas que, com o tempo, os homens acabaram por perverter a verdade cristã, amontoando sobre ela uma enormidade de enganos.
O verdadeiro cristão, sob este prisma, seria aquele que, superando tais enganos, redescobre o “verdadeiro cristianismo’, com toda a sua pureza e singeleza.

Para estas religiões, o responsável pelos erros que se acumularam no decorrer dos séculos é, quase sempre, o catolicismo. Já a religião que “resgatou a verdade” varia de acordo com o gosto do freguês: luteranismo, calvinismo, pentecostalismo, espiritismo, etc.

De uma certa forma, mesmo as religiões esotéricas, a Teologia da Libertação, a maçonaria e (pasmen!) o próprio islamismo bebe desta “teoria do resgate”.

O motivo do universal acatamento desta “teoria” é o fato de que, para o homem, é muito difícil, diante dos ensinamentos de Jesus Cristo, e da santidade fulgurante dos primeiros cristãos, negar, seja a validade daqueles ensinamentos, seja a beleza desta santidade. Portanto, as pessoas precisam acreditar que, de uma certa forma, se vinculam a Jesus Cristo e às primeiras comunidades cristãs, ainda que não diretamente.

Mas igualmente, é muito difícil para o orgulho humano aceitar que este genuíno cristianismo existe, intocado, dentro do catolicismo. Aceitá-lo, para todos os grupos não católicos, seria aceitar que estão errados e que, muitas vezes, combateram contra o verdadeiro cristianismo. Desta forma, a “teoria do resgate” é a maneira mais fácil para que um não-católico possa considerar-se um “verdadeiro discípulo de Cristo” sem ter que reconhecer os erros e heresias que professa.

O problema básico de todos estes grupos é que existem inúmeros escritos dos cristãos primitivos e, por meio de tais escritos é que alguém, afinal de contas, pode saber em que criam e em que não criam os cristãos primitivos. E estes escritos são uma devastadora bomba a implodir todos os grupos que ousaram a se afastar da barca de Pedro. Eles solenemente atestam que o cristianismo primitivo permanece intacto dentro do catolicismo. Assim (ironia das ironias), os adeptos da “teoria do resgate”, freqüentemente, para defender o que julgam ser a fé dos cristãos primitivos, são obrigados a desconsiderar todo o legado destes primitivos cristãos.

O protestantismo é o mais solene exemplo de tudo o quanto acima dissemos.

Em nosso artigo “Como o protestantismo pode ser um retorno às origens da fé?”, já expusemos como o protestantismo não confessa a fé que os primeiros cristãos confessaram, fé esta que receberam dos Santos Apóstolos. Quem estuda com seriedade as origens da fé e a história da Igreja, insistimos, sabe que a tão referida Igreja Primitiva, é na verdade a Igreja Católica dos primeiros séculos.

Neste presente artigo, gostaríamos de lançar a seguinte pergunta: teria sido o cristianismo primitivo uma união de confissões protestantes ou uma única confissão católica?

Sabemos que o Protestantismo ensina que todos os crentes em Jesus formam a Igreja de Cristo. Desta forma, não interessa se o crente é da Assembléia de Deus, se é Luterano e etc; são crentes em Jesus e fazem parte da Igreja Invisível de Cristo, mesmo confessando doutrinas diferentes. Curiosamente (e este é um paradoxo insuperável desta “eclesiologia” chã e rastaqüera), apenas os católicos é que não fazem parte deste “corpo invisível”, ainda que confessemos que Jesus Cristo é o Senhor do Universo.

O protestantismo, como percebe o leitor, é algo bastante curioso…

Aqui é importante que o leitor não confunda doutrina com disciplina. O fato de na Assembléia de Deus os homens sentarem em lugar distinto das mulheres em suas assembléias, e o fato dos Luteranos não adotarem esta prática, não é divergência de doutrina entre estas confissões, mas de disciplina. A divergência de doutrina nota-se pelo fato dos primeiros não aceitarem o batismo infantil e os segundos aceitarem. Isto é para citar um exemplo.

A doutrina é a Verdade Revelada, é o núcleo da fé, é o que nunca pode mudar. A disciplina é a forma como a doutrina é vivida, e é o que pode mudar, desde que não fira a doutrina.

Uma análise completa de como seria o passado do Cristianismo se ele tivesse sido protestante exigiria a escrita de um livro. Então, neste artigo vamos apenas verificar a questão das resoluções tomadas pela Igreja Primitiva a fim de combater o erro, isto é, as heresias.

Ao longo da história, a Igreja se deparou com sérios problemas doutrinários. Muitos cristãos confessavam algo que não estava de acordo com a fé recebida pelos apóstolos.

A primeira heresia que a Igreja teve que combater a fim de conservar a reta fé foi a heresia judaizante.

Os primeiros convertidos á fé Cristã eram Judeus, que criam que a observância da Lei era necessária para a Salvação. Quando os gentios (pagãos) se convertiam a Cristo, eram constrangidos por estes cristãos-judeus a observarem a Lei de Moisés. Os apóstolos se reúnem em Concílio para decidir o que deveria ser feito sobre esta questão.

Em At 15, o NT dá testemunho que os apóstolos acordaram que a Lei não deveria ser mais observada. E escreveram um decreto obrigando toda a Igreja a observar as disposições do Concílio.

Veja-se este Concílio de uma maneira mais pormenorizada. Haviam dois lados muito bem definidos em disputa, cada qual contando com um líder de enorme expressão. O primeiro destes lados era o já citado “partido dos judaizantes”,  que tinha, como sua cabeça, ninguém menos do que São Tiago, primo de Jesus Cristo e a quem foi dado o privilégio de ser Bispo da Igreja Mãe de Jerusalém. Contrário a este partido, havia o que advogava que, ao cristão, não se poderia impor a Lei de Moisés, visto que o sacrifício de Jesus Cristo era suficiente e bastante para a salvação de quem crê. Como cabeça deste grupo, estava São Paulo, o mais influente apóstolo de então, a quem Deus havia dado o privilégio de “visitar o terceiro céu”, e de conhecer coisas que, a nenhum outro ser humano, foi dado conhecer.

Dois grupos muito fortes, com líderes extremamente influentes. Realiza-se o Concílio num clima de muita discussão. Estavam em jogo a ortodoxia e a salvação da alma de todos nós. No concílio, foram estabelecidas duas coisas muito importantes, de naturezas diversas.

Em primeiro lugar, São Pedro afirmou que os cristãos não estavam obrigados à observância da lei, definindo um ponto de doutrina imutável e observado por todos os cristãos até hoje (At 15, 7-8). Aliás, a liberdade cristã, vitoriosa neste Concílio, é o ponto de partida de toda a  teologia protestante. Não deixa de ser curioso o fato de que este núcleo teológico acatado por todos eles foi definido, solenemente, pelo primeiro Papa, muito embora eles afirmem que o Papa não tem poder para definir coisa alguma…

Pouco depois, São Tiago sugeriu, juntamente com a proibição de uniões ilegítimas, a adoção de normas pastorais (a saber: a abstinência de carne imolada aos ídolos, e de tudo o que por eles estivesse contaminado),o que foi aceito por todos e imposto aos cristãos. Tais normas, hoje não são seguidas. Por que? Nós católicos temos o argumento de que tais normas eram disciplinares e não doutrinárias, e que a Igreja Católica que foi a Igreja de ontem com o tempo as revogou; assim como uma mãe que aplica normas disciplinares a um filho quando é criança e não as utiliza mais quando o filho se torna um adulto.

E qual o argumento dos protestantes por não observarem tais normas. Não deixa de ser curioso o fato de que não existe uma revogação bíblica destas normas, e, portanto, os protestantes (adeptos da ?sola scriptura?) deveriam observá-las. No entanto, não as observam. Revogaram-nas por conta própria. E, ainda por cima, nos acusam de “doutrinas antibíblicas”…

Nada mais antibíblico, dentro do tenebroso mundo da ?sola scriptura”, do que não seguir as normas de At 15, 19-21…

Bem, prossigamos. Este Concílio, portanto, foi exemplar por três motivos:

a) narra uma intervenção solene de São Pedro, acatada por todos e obedecida até pelos protestantes hodiernos, ilustrando a infalibilidade papal;

b) narra a instituição de uma norma de fé por todo o concílio (qual seja: a abstenção de uniões ilegítimas), igualmente seguida por todos até hoje, o que ilustra a infalibilidade conciliar;

c) narra a instituição de normas pastorais, que se impuseram aos cristãos e que deixaram, com o tempo de serem seguidas, muito embora constem da Bíblia sem jamais terem sido, biblicamente, revogadas (o que, por óbvio, não cabe dentro do “sola scriptura”).

Ao fim do Concílio, portanto, e de uma certa forma, os dois lados estavam profundamente desgostosos. Em primeiro lugar, o grupo dos judaizantes teve que aceitar a tese de São Paulo como sendo ortodoxa. Afinal, São Pedro em pessoa o afirmara e, diante das palavras dele, a opinião de São Tiago não tinha lá grande importância. Como católicos que eram, curvaram-se, assim como o próprio São Tiago se curvou.

Imaginemos se fossem protestantes. Afirmariam que não há base escriturística para a afirmação de São Pedro. Que, sem versículos bíblicos (do cânon de Jerusalém, ainda por cima!), não acatariam aquela solene definição dogmática. Que São Pedro, sendo uma mera “pedrinha”, não tinha poder de ligar e de desligar coisa nenhuma, muito embora Jesus houvesse dito que ele o tinha. Afirmariam, ainda, que todos os cristãos são iguais, e que, portanto, São Tiago era tão confiável quanto São Pedro, pelo que a palavra deste não poderia prevalecer sobre a daquele, principalmente quando todas as Escrituras diziam o contrário.

Por fim, criariam uma nova Igreja. A Igreja do Apóstolo Tiago, verdadeiramente cristã, alheia aos erros do papado desde o princípio.

Imaginemos, agora, o lado dos discípulos de São Paulo. É verdade que sua tese saiu vitoriosa do Concílio, mas, em compensação, tiveram que acatar as normas pastorais de cunho nitidamente judaizante. Como bons católicos que eram, entenderam que a Igreja foi constituída pastora de nossas almas e que, portanto, tais normas eram de cumprimento obrigatório.

Imaginemos, agora, se fossem protestantes. Afirmariam que São Paulo teve uma “experiência pessoal” com Jesus e que, nesta experiência, o Senhor lhe dissera que ninguém deveria se preocupar com o que come ou com o que bebe.  Além disto, a experiência cristã é, eminentemente, espiritual e não pode sem conspurcada ou auxiliada por coisas tão baixas como a matéria (muitos protestantes, na mais pura linha gnóstica, têm horror a tudo o que é material). Portanto, este Concílio estava negando a verdade cristã, pelo que não se sentiriam obrigados a coisa alguma nele definida.

Acabariam, finalmente, fundando uma nova Igreja. A “Igreja Em Cristo, Somos Mais do que Livres”, ou “Igreja Deus é Liberdade.”

Este foi o primeiro concílio da Igreja. Realizado por volta do ano 59 d.C., e narrado na Bíblia. Portanto, é “cristianismo primitivo” para protestante nenhum botar defeito!

Neste ponto, perguntamos: os protestantes realizam concílios para resolverem divergências doutrinárias? Sabemos que não. Então, como os protestantes podem avocar um pretenso retorno ao “cristianismo primitivo” se não resolvem suas pendências como os primitivos cristãos? Somente por aí já se percebe que a “teoria do resgate” não passa de uma desculpa de quem, orgulhosamente, não quer aderir à Verdade.

Portanto, se a Igreja Primitiva tivesse sido protestante, como defendem alguns, este concílio não se realizaria. Primeiro que não se incomodariam se alguns cristãos confessam algo diferente, pois para os protestantes, o que importa é a fé em Cristo. A doutrina não importa, o que importa é a fé. Se você tem fé e foi batizado está salvo. Não é assim no protestantismo?

Em segundo lugar, supondo a realização do concílio, como já se viu acima, nem os cristãos judaizantes nem os discípulos de São Paulo não adotariam as disposições do Concílio em sua inteireza. E então não haveria de forma alguma uma só fé na Igreja.

Verificamos que então que a fé primitiva não era protestante, era católica; por isto eles sabiam que deveriam obedecer a Igreja pois criam que Cristo a fundou para os guiar na Verdade (cf. 1Tm 3,15), assim como nós católicos cremos. Tanto é assim que, nos séculos que se seguiram, os “cristãos primitivos” continuaram resolvendo suas pendências doutrinárias segundo o modelo de At 15. Concílios ecumênicos e regionais se sucederam por toda a história da cristandade, sempre acatados e respeitados. Alguns deles (vá entender!) são acatados e respeitados até pelos protestantes.

Depois da heresia judaizante, a ortodoxia (reta doutirna) cristã teve que combater as seguintes heresias: gnosticismo, montanismo, sabelianismo, arianismo, pelagianismo, nestorianismo, monifisismo, iconoclatismo, catarismo, etc. Para saber mais sobre estas heresias ler artigo “Grandes Heresias”. Este mesmo artigo nos mostra como muitas destas heresias se revitalizaram nas seitas protestantes, que, assim, embora aleguem um retorno ao “crsitianismo primitivo”, acabam por encampar doutrinas anematizadas por estes mesmos cristãos primitivos.

Como costumamos dizer, a coerência não é o forte do protestantismo…

O fato é que graças á realização dos Concílios Ecumênicos ou Regionais, graças aos decretos Papais, e à submissão dos primeiros cristãos aos ensinamentos do Magistério da Igreja, é que foi possível que houvesse uma só fé na Igreja antes do século XVI (antes da Reforma). Foi pelo fato da Igreja antiga ser Católica, que as palavras de São Paulo (“uma só fé” cf. Ef 4,5) puderam se cumprir.

Se a Igreja Antiga fosse protestante, simplesmente, o combate às heresias não teria acontecido, e com toda certeza nem saberíamos no que crer hoje. O mundo protestante só não e mais confuso porque recebeu da Igreja Católica a base de sua teologia.

Como ensinou São Paulo: “A Igreja é a Coluna e o Fundamento da Verdade” (cf. 1Tm 3,15). Foi assim para os primeiros cristãos e assim continua para nós católicos.

Assim como no passado, continuamos obedecendo aos apóstolos (hoje são os bispos da Igreja, legítimos sucessores dos apóstolos) pois continuamos crendo que Jesus fundou sua Igreja nos ensinar a Verdade através dela.

Se isto foi verdade no passado, necessariamente é verdade agora e continuará sendo sempre.

Estude as origens da fé, procure saber sobre os Escritos patrísticos e descubra a Verdade, assim como nós do Veritatis Splendor, que somos ex-protestantes (em sua maioria) descobrimos.

Não rotulem, conheçam.

“Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará”.

Autores: Alessandro Lima * e Alexandre Semedo.

* O autor é arquiteto de software, professor, escritor, articulista e fundador do Apostolado Veritatis Splendor.

O Papa exorta a rezar confiando na vontade amorosa de Deus

Vaticano, 14 Dez. 11 / 10:38 am (ACI/EWTN Noticias)

Na catequese de hoje o Papa Bento XVI animou os católicos a rezarem confiando sempre na vontade amorosa de Deus que sempre escuta as orações de seus filhos embora às vezes “pareça” o contrário. Assim indicou o Santo Padre na audiência geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI no Vaticano.

Diante de milhares de fiéis provenientes de diversas nações do mundo, o Santo Padre meditou sobre a oração de Jesus na que Ele pede a cura das doenças. Para isso se centrou nos episódios do surdo-mudo e na ressurreição de seu amigo Lázaro.

O Papa disse que a cura do surdo-mudo nos mostra que “a ação curadora de Jesus está conectada com a sua intensa relação, tanto com o próximo – o doente – quanto com o Pai. (…) Com um gesto, o Senhor toca as orelhas e a língua do doente, ou seja, os locais específicos da sua enfermidade. A intensidade da atenção de Jesus manifesta-se ainda nos traços peculiares da cura: Ele usa os próprios dedos e, até mesmo, a própria saliva. Também o fato de que o Evangelista reporte a palavra original utilizada pelo Senhor – “Éfata”, ou seja, “Abre-te” – evidencia o caráter singular da cena.

“O conjunto da narração, portanto, mostra que o envolvimento humano com o doente leva Jesus à oração. Mais uma vez ressurge a sua relação única com o Pai, a sua identidade de Filho Unigênito. N’Ele, através de Sua Pessoa, torna-se presente o agir curador e benéfico de Deus”.

Na ressurreição de Lázaro, prosseguiu o Papa, também se entrelaçam a relação de Jesus com um amigo e seu sofrimento, e a relação filial com o Pai: “o afeto sincero pelo amigo é evidenciado também pelas irmãs de Lázaro, bem como pelos Judeus, e manifesta-se na comoção profunda de Jesus frente à dor de Marta e Maria e de todos os amigos de Lázaro, ao ponto de romper em prantos – tão profundamente humano – ao aproximar-se da sepultura”.

Bento XVI disse logo que Cristo interpreta a morte do amigo “em relação com a própria identidade e missão e com a glorificação que Lhe espera. À notícia da doença de Lázaro, de fato, Ele comenta: “Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus”.

Assim, “o momento da oração explícita de Jesus ao Pai em frente à sepultura é o começo natural de todo o acontecimento”. Narra o evangelista João: “Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: ‘Pai, rendo-te graças, porque me ouviste’: é uma Eucaristia“.

Esta frase, afirmou o Papa Bento XVI, “a frase revela que Jesus não deixou nem sequer por um instante a oração de súplica pela vida de Lázaro. Essa oração contínua, mais ainda, reforçou os laços com o amigo e, ao mesmo tempo, confirmou a decisão de Jesus de permanecer em comunhão com a vontade do Pai, com o seu plano de amor, no qual a doença e a morte de Lázaro são consideradas como um lugar em que se manifesta a glória de Deus”.

O Pontífice disse logo que este relato nos faz compreender que “na oração de súplica ao Senhor, não devemos esperar um cumprimento imediato daquilo que nós pedimos, da nossa vontade, mas confiar-nos antes de mais nada à vontade do Pai, lendo cada evento na perspectiva da sua glória, do seu plano de amor, muitas vezes misterioso aos nossos olhos”.

“Por isso, na nossa oração, súplica, louvor e agradecimento deveriam fundir-se, também quando nos parece que Deus não responde às nossas expectativas concretas. O abandonar-se ao amor de Deus, que nos precede e acompanha sempre, é uma das atitudes de fundo do nosso diálogo com Ele”.

“Também para nós, portanto, muito além daquilo que Deus nos dá quando O invocamos, o maior dom que pode nos dar é a Sua amizade, a Sua presença, o Seu amor. Ele é o tesouro precioso a se pedir e proteger sempre”.

O Santo Padre indicou além que ” Com a sua oração, Jesus quer conduzir à fé, à confiança total em Deus e na Sua vontade, e quer mostrar que este Deus que tanto amou o homem e o mundo a ponto de mandar Seu Filho unigênito (cf. Jo 3,16) é o Deus da vida, que leva esperança e é capaz de derrubar as situações humanamente impossíveis. A oração confiante de um crente, portanto, é um testemunho vivo dessa presença de Deus no mundo, do seu interessar-se pelo homem, do seu agir para realizar o seu plano de salvação “.

“Em Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a atenção pelo outro, especialmente se necessitado e sofredor, o comover-se frente à dor de uma família amiga, levam-nO a dirigir-se ao Pai, naquela relação fundamental que guia toda a sua vida. Mas também vice-versa: a comunhão com o Pai, o diálogo constante com Ele, impele Jesus a estar atento de modo único às situações concretas do homem, para levar a ele a consolação e o amor de Deus”.

“Queridos irmãos e irmãs, nossa oração abre a porta a Deus, que nos ensina a sair constantemente de nós mesmos para sermos capazes de nos fazer próximos dos outros, especialmente nos momentos de provação, para levar a eles consolação, esperança e luz”.

“O Senhor nos conceda sermos capazes de uma oração sempre mais intensa, para reforçar nossa relação pessoal com Deus Pai, alargar nosso coração à necessidade dos que nos são próximos e sentirmos a beleza de ser “filhos no Filho”, unidos com tantos irmãos”, concluiu o Papa.

Ao final da catequese, o Santo Padre saudou em diversos idiomas incluindo o português e disse: “Saúdo cordialmente os grupos brasileiros da diocese de Pato de Minas e da paróquia de Silvânia e restantes peregrinos de língua portuguesa, a todos recordando que a oração abre a porta da nossa vida a Deus. E Deus ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos outros que vivem na prova, dando-lhes consolação, esperança e luz. De coração, a todos abençôo em nome do Senhor!

Imagens católicas ou ídolos pagãos?

As provas Bíblicas do uso de imagens e ícones na liturgia e devoção.
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Fiquei muito satisfeito com a visita de dois Testemunhas de Jeová à minha casa. Foi muito desafiante ver que os dois eram bem firmes sobre sua crença. Um homem e uma mulher, Bíblia na mão, desejosos em começar a discussão. Uma foto colorida da estátua de Nossa Senhora de Fátima – a que verteu lágrimas em Nova Orleans – estava em um lugar bem proeminente na parede da sala. Os TJs não perderam tempo.

“Eu era católica, sabia?”, ela iniciou, “até que compreendi que estava adorando ídolos ao invés de Jeová”, disse candidamente. “Me livrei de todos os ídolos que tinha, e centrei minha atenção na Bíblia”. Imaginei que se meus visitantes fossem Anglicanos ou algum outro ministro protestante poderíamos ter tido uma discussão mais racional sobre este assunto. Mas não com TJs. A maioria dos anglicanos da Austrália não relutaria em ver estátuas da rainha Vitória nos parques públicos. O mesmo se aplica ao capitão Cook e outros grandes personagens da história daquele país. Nem os protestantes dos Estados Unidos – clássicos ou pentecostais – acreditam que o Memorial Lincon em Washington é um templo pagão para adoração de um ídolo de fundição cujas características são de um presidente já morto.

Não. Todos sabem que aquelas estátuas possuem um propósito específico, isto é, relembrar a nós da pessoa que é honrada, suas virtudes e feitos pelo bem da nação. Se alguém pichar as estátuas da rainha Vitória ou de Abraham Lincon não estará simplesmente desfigurando um pedaço de ferro fundido, mas a memória da pessoa e, conseqüentemente, os valores da nação que por extensão estão representadas na pessoa da estátua. É por isso que imagens são feitas para honrar grandes homens e mulheres, e é por isso que temos fotos de nossos queridos em lugares especiais em nossas casas, e, às vezes, beijamos a figura de um filho ou filha morta, ou por saudade do noivo que está viajando, como expressão de carinho a ele ou ela.

Mas todas estas considerações são totalmente estranhas aos TJs. Tive de falar em uma língua que eles entendessem. Então comecei: “Estou satisfeito em saber que você se livrou de todos os ídolos de sua casa e centrou sua atenção na Bíblia. Isto é ótimo. Agora, diga-me, o que você me diria se eu adquirisse um Bíblia de você, e, ao invés, de ler, eu chutasse ela através da porta, rasgasse ela e terminasse fazendo aviõezinhos com suas páginas, que lançaria pela janela até a rua. Agora, o que você diria?” Terminei de dizer sorrindo.

Ela respondeu, “Diria que você não tem respeito pela Palavra de Deus, e irá receber a ira de Jeová…” “Por enquanto é só” – disse eu – “Mas o livro da Bíblia não é só… papel? Para quê esse exagero todo? Um dicionário, uma lista telefônica, um jornal e uma Bíblia são, estritamente falando, apenas papel e tinta! Porque vocês TJs seriam indiferentes se eu fizesse aviõezinhos de papel com papel de uma lista telefônica, mas não ficariam se eu os fizesse usando o papel de uma Bíblia?”

O rapaz estava doido para falar: “A Bíblia contém a mensagem de Jeová, e suas páginas devem ser tratadas com reverência e respeito pelo que representam. Uma lista telefônica ou um dicionário não representam da Palavra de Jeová Deus”, ele concluiu, com um toque de seriedade pontifícia. “Pois é por esta mesma maneira que temos imagens”, eu disse. “Não é o ferro ou madeira ou outro material usado que se faz importante, mas a personalidade representada, a mensagem que elas trazem”.

“Devemos ser guiados pelo Bíblia, sabia” disse a mulher, bem treinada na maneira de mudar de assunto. “E a Bíblia é muito, muito clara quanto imagens e ídolos, sabia? Veja Ex 20,2-5. Aqui você vê os mandamentos de Jeová contra qualquer forma de ídolo ou estátuas, como preferir chamá-las. Posso ler para você na sua própria Bíblia, se preferir?” Ela tomou minha Bíblia da mesa de café, e suas mãos bem treinadas passearam pelas páginas. Então, com uma face ardente, ela leu bem alto: “Eu sou o Senhor teu Deus que te tirou do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma do que há embaixo da terra, nem do que há nas águas debaixo da terra. Não adorarás tais coisas, nem lhes prestarás culto. Porque eu o Senhor teu Deus sou um Deus ciumento”.

Ela parou por um momento, para ter certeza que eu ouvi a mensagem, e, com um estudado aceno com a cabeça terminou dizendo que… “Como você vê, Jeová Deus abomina idolatria… sabia?”

“Sim, sabia”, respondi. “Mas Deus não está condenando pinturas ou esculturas como uma arte, mas apenas as imagens ou outras representações que eram adoradas pelo povo. Você retirou o texto de seu contexto natural e transformou-o em um pretexto contra a Igreja Católica. Se você verificar outros textos paralelos, verá que o que Deus condena é a escultura de ídolos com o propósito de adoração destes mesmos ídolos, que são vistos como ?deuses? pelo povo idólatra, e não meramente imagens representando heróis nacionais ou santos. Veja, por exemplo, Ex 20,23 e 34,17; Lv 19, 4.26; Dt 4,23-24.27,15.” (o leitor desta carta verifique, por favor, estas passagens).

“Quer dizer”, falou o rapaz, “Que você está me dizendo que, se o povo não adorar as imagens como deuses mas simplesmente as honrar como representações de pessoas virtuosas, Jeová não levará em consideração?”

“Matou a charada, meu rapaz”, respondi. “O que estou querendo dizer para você é ainda mais: Deus nosso Senhor ordenou que imagens fossem esculpidas! Ele disse ao povo para ter mais respeito a elas que qualquer Britânico teria com a imagem da rainha Vitória, ou qualquer patriota americano teria com o memorial Lincon … sabia?” Conclui, com algo meio teatral.

A moça deu uma risada irônica que ecoou pela sala, como morcegos com um radar defeituoso em uma pequena garagem. “Mas você não encontra isto na Bíblia!!!”, bradou ela. “É uma invenção católica romana, porque Jeová Deus nunca se contradiria! Como poderia condenar ídolos e depois ordenar que fossem esculpidos? Não pode ser, sabia disso?”

“Claro que não pode ser!”, disse. “Isto não foi o que eu disse. Deus nosso Senhor condena a feitura de ÍDOLOS para adoração, mas ordena a escultura de IMAGENS para veneração”

O rapaz estava tão ansioso que sua transpiração atravessava sua nuca: eles achavam que finalmente tinham me encurralado. Deixei que eles tivessem alguns momentos de alegria, mas não muitos. “Posso mostrar a você na Bíblia”? perguntei.

“Seja nosso guia”, responderam em uníssono. Peguei a Bíblia na mesa do café, enquanto eles se sentavam alegres e triunfantes. “Aqui está”, disse. “Vocês sabem que o lugar mais sagrado mundo era o santuário que guardava a Arca da Aliança. Ela era tão sagrada que nenhum outro senão o sumo sacerdote podia toca-la. Ela continha as tábuas dos mandamentos. Em Ex 25,8 Deus diz: ?devem fazer um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles?. Agora, notem que Deus não disse que o santuário deveria ser para simboliza-lo, mas pêra Ele próprio. Ali Ele habitaria, no meio do povo. Agora, os versos 10 a 16 nos falam sobre a Arca da Aliança. Nos vv 17-21 Deus diz: ?Farás também o propiciatório [uma tampa, um opérculo, para a Arca, no qual o sumo sacerdote aspergirá sangue na festa reconciliação] de ouro puro… Farás dois querubins de ouro batido nas duas extremidades do propiciatório, cubram ambos os lados, estendendo as asas e cobrindo o oráculo, e estejam olhando um para o outro com os rostos voltados para o propiciatório, na qual porás o testemunho que eu hei de dar.”

Esperei um momento, e conclui: “Claro, poderíamos questionar sobre o estilo atual destas imagens de querubins, mas o assunto que permanece é que Deus ordenou que eles fossem esculpidos e colocados na arca.”

Meus visitantes TJs estavam silenciosos, olhando para mim. “Não é incrível”, continuei, indiferente, “que Deus Nosso Senhor se renderia a tantos detalhes para descrever as imagens que Ele quisesse ter entre os mais sagrados objetos da terra, a Arca da Aliança?”

“Mas estes eram apenas um símbolo dos querubins do paraíso, sabia?”, disse a dama. “Não eram querubins reais, ou ídolos para ser adorados”.

“Claro que não!”, respondi, enfaticamente. “Eram imagens de querubins, o que é precisamente o que a Igreja Católica ensina” Não são ídolos, de outro modo Deus estaria se contradizendo, condenando e ordenando a mesma coisa. O propiciatório e as imagens dos querubins representavam o trono de Deus no céu, de onde Ele governa o universo.

“Além disso, no v. 22 do mesmo capítulo do Êxodo, falando sobre o propiciatório com suas duas imagens de querubim, Deus diz: ?De lá te darei as minhas ordens, em cima do propiciatório e do meio dos dois querubins, que estão sobre a arca do testemunho, e te darei todas as coisas que por meio de ti intimarei aos filhos de Israel?”.

Meus visitantes estavam meio abalados. “Como vocês vêem”, conclui, “Era entre duas imagens que Deus falava a seu povo. Certamente Deus não ordenaria a Moisés esculpir ídolos na Arca da Aliança, porque idolatria era – e é – uma abominação aos olhos do Senhor”.

Deixei alguns segundos se passarem, e toquei a trombeta para uma outra batalha: “Quando Salomão construiu o templo, foi para cumprir uma ordem de Deus para construir uma morada para Ele, Deus, representada pela Arca. Vejam em Rs 7 (ou 1 Samuel na sua Bíblia). O profeta Natan diz: ?Diz o Senhor: Edifique uma morada para que eu possa habitar? – note como Deus não diz uma casa para a Arca habitar, mas uma morada para Ele mesmo. Ele estava presente onde a Arca estava, e com as famosas imagens”

“Não havia idolatria no templo, Jeová abomina idolatria”, disse o rapaz, tentando achar um ponto essencial.

“Perfeitamente”, respondi. Estava surpreendido o quanto concordava com meus amigos TJs. “Quando Salomão terminou o templo o livro dos reis diz (1 Rs 6,22-35), ?Nada havia no templo que não estivesse coberto de ouro, também cobriu de orou o altar do oráculo?, mas agora vem a maravilha. ?Pôs no oráculo dois querubins feitos de madeira de oliveira, de dez côvados de altura… Pôs os querubins no meio do templo interior. Tinham as suas asas estendidas, de sorte que uma asa tocava a parede, e a asa do outro querubim tocava na outra parede; e as asas juntavam-se no meio do templo. Cobriu também de ouro os querubins?”.

Meus visitantes seguravam seus fôlegos. Continuei: “Vocês sabem o tamanho daqueles querubins? Os do propiciatório eram comparativamente pequenos, como as imagens dos católicos em suas casas, mas aquelas duas gigantes mediriam hoje 10 cúbitos (1 cúbito = 50 cm) de altura, o que seriam cerca de 5 metros de altura! Agora, é uma grande imagem, se me perguntarem! São maiores que as da Basílica de São Pedro no Vaticano…!”

Não dei trégua aos meus visitantes: “Mas não haviam somente imagens de querubins que ?Jeová? ordenou que fossem esculpidas para o Santo dos Santos: Também haviam esculturas nas paredes, assim como vocês vêem nas Igrejas católicas e nos monumentos. Aqui está, o mesmo capítulo, versos 29 a 35: ?Fez adornar todas as paredes do templo em roda com várias molduras e relevos, figurando nelas querubins, palmas, e diversas figuras…?. Os mesmos querubins e palmas foram esculpidas nas portas do oráculo, que foram revestidos de ouro, e na entrada dos pilares do Templo: todas as imagens foram revestidas de ouro. Mesmo o famoso véu do templo tinha querubins desenhados nele, como vocês podem ler em 2 Cr 3,7.”

Tomei um pouco de ar e disparei: “Agora eu pergunto para vocês: Deus contradisse a si mesmo quando condenou a escultura de ídolos e logo depois ordenou a escultura de imagens colocadas no lugar mais sagrado do mundo, que Ele mesmo escolheu para habitar? Ou Ele sabia muito bem a diferença entre ÍDOLOS para adoração e IMAGENS para veneração?”

Meus visitantes tinham de dizer alguma coisa. O rapaz gaguejou: “Mas estas decorações foram idéia de Salomão, não de Jeová…” disse, meio que convencido.

“Nem tanto!” disse a ele. “As decorações seguem o rumo que Deus deu a Moisés para a Arca da Aliança e a Salomão para as imagens gigantes de querubins no Santo dos Santos. Além disso, Deus mesmo consagrou o templo e habitou nele, no dia da Dedicação. Você pode ver tudo isso no livro dos Reis. Vou ler somente alguns versos para vocês (eles não gostam muito quando católicos lêem a Bíblia para eles, mas eles não tinham escolha)”.

“Sim, a dedicação do templo, vamos lá: ?Os sacerdotes trouxeram a Arca da Aliança do Senhor para este lugar, no oráculo do templo, para dentro do Santo dos Santos sob as asas dos querubins… Quando os sacerdotes saíram do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor, e os sacerdotes não podiam mais ministrar por causa da nuvem: PORQUE A GLÓRIA DE DEUS TINHA ENCHIDO A CASA DO SENHOR?”.

“Vocês podem imaginar?”, comentei. “A glória do Senhor encheu uma morada repleta de imagens!”.

Meus visitantes ficaram pensando. E pensar é uma coisa muito boa para fazer: “Incrível, não é? A glória de Deus descendo sobre uma multidão de imagens, todas revestidas de ouro! Lembrem-se que o bezerro de ouro que os hebreus fizeram na no Monte Sinai também era revestido de ouro: isto foi condenado por Deus porque foi usado com o propósito de adoração como a um deus, mas não os querubins de ouro do santuário. Deus quis que eles fossem esculpidos para serem uma representação de Seu Trono no céu, tanto os querubins quanto os serafins

O bezerro era um ídolo, e devia ser destruído. Os querubins eram imagens, ordenadas por Deus para serem esculpidas, e glorificadas por sua própria presença. Esta é a diferença. Na Bíblia você pode ler que no livro da Sabedoria, 14,12-29, as grandes condenações à idolatria.”

Neste momento minha esposa entrou na sala carregando uma bandeja: café, chá, biscoitos, e água gelada (o verão na Austrália é muito quente). Assim que colocou os itens na mesa, pegou o fim da minha leitura e sabia exatamente de onde eu estava vindo. Antes de sair ela lançou um pequeno desafio aos TJs, para ver se eles tombariam. E eles tombaram. Ela disse: “Deus ordenou que imagens fossem esculpidas somente na Arca e no Santo dos Santos, certo? Com certeza não há em nenhum lugar na Bíblia onde as imagens representem alguma coisa santa? Mas Deus ordenou a Moisés que fizesse uma imagem de uma serpente e colocasse em uma vara. E, milagrosamente, aquele que fosse mordido por uma serpente seria curado pelo simples olhar para a serpente de bronze”

Minha esposa ainda completou: “Milagres ocorreram através de uma imagem! Incrível como Deus pode confundir Seus inimigos…”

Tive, então, de completar o assunto sobre a serpente: “Agora, o bonito é que os hebreus eram tão curvados à idolatria que começaram a adorar a serpente como a um deus. O resultado, o Rei Ezequias teve de destruí-la. Vejam em 2 Rs 18,4. Trabalho bem feito! Vamos examinar isto: enquanto eles a usaram como uma imagem milagrosa por onde Deus curava as pessoas estava tudo bem. Deus concedia cura através dela. Mas quando eles começaram a adorar a imagem como um deus, quando começaram a queimar incenso a ela como um sinal de adoração, ela tinha de ser destruída. Não porque era um imagem de escultura, mas por causa do mal uso que fizeram dela. O princípio permanece: o abuso não destrói o uso.”

“Mas, mas… estas coisas aconteceram somente nos dias das Escrituras dos hebreus, sabia?”, disse a moça TJ. “Estamos vivendo agora no tempo comum, e as escrituras cristãs gregas nos libertaram dos preceitos da lei antiga, sabia? Jesus aboliu tudo e recomeçou uma nova”.

“É só isso?”, eu perguntei. “Então, em sua opinião, Jesus veio para destruir, não para cumprir; para abolir, não para trazer a perfeição; para encobrir,não para fazer as profecias do Antigo Testamento tornarem-se realidade no Novo. Não, meus amigos, Jesus deixou muito claro no sermão da montanha que Ele ?não veio para destruir, mas para cumprir?. Ele também disse que o povo não devia crer que Ele veio ?destruir a lei e os profetas?. Isto está em Mt 5,17. o que os hebreus possuíam apenas em figura, nós temos em realidade. Mas não preste atenção só em mim: veja as palavras de Jesus quando Ele diz ?assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve o Filho do Homem ser erguido, e todos que nele acreditarem não cairão, mas terão a vida eterna? (Jo 3,16).

Meus visitantes provavelmente não tinham percebido ainda que a serpente de bronze era um prefiguração de Jesus na cruz para trazer cura espiritual e vida eterna para aqueles que olharem para Ele com os olhos da fé. “Mas”, iniciou o rapaz, “isto é muito interessante para os pontos de vista arqueológicos, claro, mas os cristãos primitivos não se reuniam em volta de uma serpente para veneração, sabia?”

“Seu sarcasmos não adiantou muito”, respondi. “Você entendeu perfeitamente bem que a serpente era um símbolo no Antigo Testamento – veja Adão e Eva – e Jesus tomou nossos pecados sobre Ele para nos reconciliar com Deus. As serpentes fizeram as pessoas sofrerem e morrerem, assim como os pecados nos fazem sofrer e morrer eternamente.. os hebreus foram curados fazendo a vontade de Deus assim como foi dito a Moisés, o representante de Deus na terra: olhando para a serpente em uma vara, após terem pedido o perdão de Deus por Moisés. Quando nos arrependemos, somos curados dos nossos pecados por fazer a vontade de Deus como nos foi dito pela Igreja, a representante de Deus na terra: olhando com os olhos espirituais para Jesus na cruz, e pedindo a misericórdia de Deus através de seus sacerdotes, a quem Deus deu o poder de perdoar pecados. Jo 20,23”.

“Mas foi a igreja católica quem inventou a confissão dos pecados por um padre, sabia?”, disse a jovem moça TJ. “Por favor, não mude de assunto”, respondi. “Fiz uma alusão à confissão somente para mostrar a realidade da crucificação de Jesus e a cura do povo no Novo Testamento sendo prefigurados pela serpente de bronze em um vara curando as pessoas no Antigo Testamento. Se vocês não podem ver isto, realmente me preocupo com vocês”.

“Não há nenhuma menção na Bíblia de que os primeiros cristãos dos tempos pré-constantinianos se preocupavam com pinturas, imagens ou outras ?obras de arte?”.

“Se você conhecesse a história dos primeiros cristãos, saberia que as catacumbas primitivas até hoje ainda possuem pinturas representando Jesus como o bom pastor, pão e peixe, a Arca de Noé e muitas outras representações. Se for à Roma, poderá vê-las se quiser. Um imenso número deles são da era pré-constantiniana. Você pode dizer que os primeiros cristãos não desenvolveram a arte de esculpir imagens ou pinturas religiosas nesta época: ora, eles eram perseguidos até a morte, e quando se é perseguido até a morte creio que não sobra muito tempo para desenvolver habilidades artísticas, você teria?”.

Não achei que meus visitantes estavam entendendo o que estava falando. Eles pareciam interessados em mudar o assunto para a Confissão. Mas eu não estava interessado em começar uma nova discussão. Quando nos dirigíamos em direção à porta, minha esposa disse a eles, “não é interessante São Paulo dizer que Jesus é a imagem de Deus? Ele geralmente usa a palavra ?ícone? para dizer ?imagem?. Veja na carta aos Hebreus 1,3”.

Como eles não comentaram, ela continuou: “E vocês sabiam qual foi o primeiro artista que produziu a primeira imagem, para ser respeitada e amada, ser cuidada e honrada, certamente, mas não para ser adorada como deus?” Nossos amigos subitamente pararam, cheios de curiosidade. “Quem foi este?”, disse o jovem. “Com certeza Jeová não gostaria de uma imagem de si mesmo. Quem foi?”.

“Você disse agora mesmo!”, respondeu minha esposa dando seu sorriso costumeiro. “Foi Deus mesmo o grande artista da primeira imagem de si mesmo – e não estou falando de Jesus…”

quando nossos visitantes chegaram à porta, ela concluiu: “Leiam em Gênesis 1,26-27: Deus disse, ?façamos o homem à nossa imagem e semelhança… Deus criou o homem em sua imagem. Na imagem de Deus foram criados os homens. Homem e mulher os criou?”. Agora eu tinha certeza que os TJs não tinham prestado atenção a isso. “Sim, meus amigos”, continuou, “em linguagem Bíblica, o casamento cristão é a primeira e maior imagem de Deus na terra – e Deus mesmo fez esta imagem, este ícone, esta representação dele mesmo, não para ser adorada, mas para ser amada, respeitada, honrada. Tenham um bom dia, e venham novamente!”.

Quando fechamos a porta, desejamos que nossos visitantes pensassem sobre as passagens Bíblicas e nos argumentos que demos para que considerassem.

Os cristãos devem perceber que a veneração dos ícones, e depois das imagens, tem sido uma tradição cristã desde das épocas das catacumbas. A primeira vez que uma oposição ocorreu contra seu uso foi no século 8 pelo imperador Bizantino Leão, o Isáurico. Influenciado pelo islamismo e pelo maniqueísmo, foi o grande promotor da heresia conhecida como iconoclasmo. Esta heresia foi condenada no 2º Concílio de Nicéia em 787 d.C. e não retornarama te a revolta de Lutero em 1517. é interessante notar que nas igrejas ortodoxas, que quebraram a unidade com Roma séculos antes de Lutero, mantiveram a tradição do uso dos ícones na liturgia e nas devoções de maneira intacta até hoje.

Tradução de Rondinelly Ribeiro.

Fonte: Veritatis Splendor

O Papa pede às famílias que sejam sinal de esperança na sociedade atual

O Papa pede às famílias que sejam sinal de esperança na sociedade atual Torreciudad, 20 Set. 11 / 04:27 pm (ACI/EWTN Noticias)

Em uma mensagem enviada aos mais de 16 mil participantes na 22ª Jornada Mariana da Família no Santuário de Torreciudad em Huesca (na Espanha), o Papa Bento XVI pediu que as famílias sejam “na sociedade atual sinal de esperança”.

Conforme informa a Rádio Vaticano, o Santo Padre se dirigiu assim aos participantes deste evento realizado no fim de semana. Aos esposos e pais de família o Papa alentou a “não retroceder em seu empenho de ser referentes de seus filhos, que precisam descobrir na perseverança e no sentido do dever, o rosto do verdadeiro amor”.

No Santuário que está sob o cuidado do Opus Dei, o Arcebispo de Madrid e Presidente da Conferência Episcopal Espanhola, Cardeal Antonio María Rouco Varela, assinalou que “a vida é uma história muito bela e ao mesmo tempo dramática, na qual será preciso ensinar aos filhos a lutar, a superar-se a si mesmos, a caminhar vencendo as insídias do mal”.

Na homilia da Missa que presidiu, o Cardeal disse que “a vitória consiste na santidade, a verdadeira vocação do homem”.

Por isso animou os fiéis a “confiarem na Virgem, nesse amor terno e maternal e Maria que nunca nos abandona, Mãe de Graça e de Misericórdia”.

O Arcebispo de Madrid destacou às famílias chegadas de distintos pontos da Espanha que “Deus está com o homem de uma forma extraordinariamente próxima, íntima, plena, para que o ser humano possa fazer do caminho de sua vida um caminho de salvação e de glória”.

Finalmente recordou a todos os presentes que “para descobrir essa proximidade é necessário dar um primeiro passo de fé, acreditar em Jesus Cristo “firmes na fé”, como dizia Bento XVI aos jovens há uns dias”.

Roubam hóstias consagradas em igreja católica nos Andes do Peru

Huaraz, 30 Ago. 11 / 02:50 pm (ACI)

O Bispo de Huaraz (Peru), Dom José Eduardo Velásquez Tarazona, celebrou no domingo passado uma Missa de desagravo pelo roubo que sofreu na madrugada do sábado 27 de agosto a paróquia Nossa Senhora de Belém na sua diocese de Huaraz, quando desconhecidos profanaram o Sacrário e levaram uma âmbula cheia de hóstias consagradas.

O Pe. Santiago León Quiñones, pároco de Nossa Senhora de Belém, informou do roubo mediante um comunicado à comunidade católica e à opinião pública em geral.

Terminada a Missa foi feita uma vigília, com cânticos e orações, também como um ato de reparação, no qual também se pediu pelos autores do roubo sacrílego.

Representantes da paróquia repudiaram este fato que atenta contra a fé dos católicos. Em sua homilia da Missa de ontem, Dom Velásquez repudiou o roubo sacrílego e pediu aos delinqüentes devolver as jóias levadas que têm um valor incalculável para a Igreja e para todos os católicos.

Ao fechamento desta edição e logo depois das investigações do caso que ainda continuam, a polícia local já teria cercados os autores do roubo.

Ateu homossexual agradece ajuda do Bispo espanhol atacado pelo lobby gay

Dom Juan Antonio Reig Pla, Bispo de Alcalá (Espanha) ALCALÁ DE HENARES, 13 Jul. 11 / 11:35 am (ACI/EWTN Noticias)

Um ateu homossexual se uniu à longa lista de pessoas agradecidas ao Bispo de Alcalá (Espanha), Dom Juan Antonio Reig Pla, que foi atacado por diversos meios e pelo lobby gay após inaugurar uma seção de ajuda para pessoas homossexuais chamada “Homossexualidade e esperança” na página web de sua diocese no fim de junho.

Logo depois de receber uma série de ataques provenientes do lobby gay, dos meios seculares como o jornal El Pais e de ideólogos gays do PSOE como Pedro Zerolo, um numeroso grupo de pessoas escreveu ao Bispo Reig Pla para expressar seu apoio à iniciativa de ajuda aos homossexuais que pode ser acessada no link: http://www.obispadoalcala.org/homosexualidad.html

Como parte deste apoio, o grupo Es Posible la Esperanza (É possível a Esperança), ou EPE por suas siglas, animou a que mais pessoas a expressem sua solidariedade e apoio ao Prelado. Uma destas mensagens chegou da Venezuela, de parte de um jovem homossexual de nome Jesus, que reconhece “não ser crente (sou ateu). Admiro altamente sua coragem por ter iniciado uma nova página, para ajudar a divulgar a verdade sobre o tema da homossexualidade”.

Este tema, prossegue, “foi manipulado pelos meios, organizações, governos e empresas, em busca de benefícios econômicos e políticos e em detrimento da verdade e o bem-estar, de todos os indivíduos que temos estes sentimentos, e sobre tudo aos que não queremos viver com isto, mas levar uma vida normal e em paz com nós mesmos e com a natureza”.

Jesus assinala ademais que com esta perspectiva manipulada pelos meios e diversas organizações e governos “também se prejudica altamente as crianças e jovens com problemas de identidade sexual e que cada vez mais, são arrastados por esta onda de ignorância generalizada mesmo que no fundo para a maioria deles, a vida gay na verdade não é o que eles desejam”.

“É por isso que todas essas iniciativas são bem-vindas, especialmente se vierem da igreja, e que graças a seu poder de convocação pode chegar a mais pessoas. Não resta mais o quê fazer a não ser seguir no caminho da verdade e recordando uma frase de Jesus (não sou religioso, mas um estudioso dos textos) ‘e conhecerão a verdade, e a verdade os fará livres’ (Jo 8:32)”.

O rapaz venezuelano assinala logo que “já fica na consciência das pessoas que se opõem a ver a verdade empírica, científica e evidente, e preferem condenar com o véu da ignorância”.

“A verdade se fez luz, e quanto mais se publique e se propague mais perto estaremos do momento em que seja reconhecida (por toda a sociedade) seriamente a possibilidade de mudança que querem ocultar, sobretudo a comunidade pró-gay, porque é mais cômodo simplesmente negar que aceitar que é possível mudar, e sobre tudo porque é preciso uma enorme consciência e força de vontade, que a maioria infelizmente não possui”.

O ensinamento da Igreja sobre a Homossexualidade

A doutrina católica em relação à homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que:

Os homossexuais “Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta”.

A homossexualidade, como tendência é “objetivamente desordenada”, que “constitui, para a maior parte deles (os homossexuais), uma provação”.

Apoiada na Sagrada Escritura “a Tradição declarou sempre que “os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados”, “não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual” e portanto “não podem receber aprovação em nenhum caso”.

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade” e “pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.

Mais informação em espanhol: http://www.obispadoalcala.org/homosexualidad.html

Para ver mais testemunhos de apoio ao Bispo visite: http://esposiblelaesperanza.com/foros/showthread.php?t=7994

Cristãos brasileiros devem unir-se para lutar contra a corrente anti-cristã, afirma Prof. Aquino

SÃO PAULO, 03 Jun. 11 / 02:29 pm (ACI)

Em um artigo publicado este 1 de junho, o conhecido autor e apresentador da Canção Nova, Prof. Felipe Aquino, realizou um apelo a todos os cristãos do Brasil a lutar pela família, e mais concretamente, alertou para os perigos do Projeto de Lei 122 que criminaliza a discordância com a homossexualidade e fere a liberdade de expressão. “Mais do que nunca hoje é preciso esta união, pois forças gigantescas se movem contra a fé cristã”, recordou o Prof. Aquino lembrando a recente Marcha pela Família em Brasilia que reuniu milhares de cristãos brasileiros para protestar contra o projeto.

No seu artigo, o Prof. Aquino destaca a chamada de João Paulo II na sua Encíclica “Ut Unum Sint” a todos os cristãos na qual o agora beato “lembra que os cristãos (católicos, ortodoxos e protestantes) precisam se unir para enfrentar a atual “corrente anticristã””.

Citando a mencionada Encíclica o autor católico sublinha as palavras de João Paulo II: “unidos na esteira dos mártires, os crentes em Cristo não podem permanecer divididos. Se querem verdadeira e eficazmente fazer frente à tendência do mundo a tornar vão o Mistério da Redenção, os cristãos devem professar juntos a mesma verdade sobre a Cruz”.

“Mais do que nunca hoje é preciso esta união, pois forças gigantescas se movem contra a fé cristã. Nesta quarta feira (1/6/2011) cerca de cinqüenta mil cristãos (católicos e protestantes) se uniram em manifestação pública em Brasilia para contestar o projeto de Lei 122 que criminaliza quem discordar da prática homossexual, que o Catecismo da Igreja chama de “depravação grave” (§2375)”, afirmou também o Prof. Felipe.

“O projeto é malicioso e maldoso; vai contra o Artigo 5º da Constituição Federal que defende a livre expressão. Já existem leis para coibir quem ofende, discrimina ou zomba de qualquer pessoa, seja homossexual ou não; mas o que o projeto visa é muito mais: é impedir que se pregue contra o pecado; é colocar na cadeia quem se posicionar contra a prática homossexual (não contra a tendência)”.

“O que se deseja com este Projeto é estimular a prática homossexual mais do que garantir o direito da pessoa assumir esta opção”, asseverou o blogger e apresentador da Canção Nova.

Insistindo que jamais se deve discriminar os homossexuais, o autor afirma também que “não podemos negar a Lei de Deus e o ensino da Igreja sobre a prática homossexual, como pecado grave (sodomia)”.

“A posição da Igreja não muda. Portanto, é hora de união de todos os cristãos, deixando de lado o que nos divide, e deixando de nos ferirmos mutuamente, para defender a Lei santa de Deus”, afirmou o pensador católico chamando à união dos cristãos contra a corrente que busca impor a ideologia de gênero e fazer uma apologia do homossexualismo, promovendo estes anti-valores até mesmo entre crianças de idade escolar como no caso do kit gay, que segundo grupos e peritos em temas de família, sob o pretexto de educar as crianças contra a homofobia na verdade estimula à prática homossexual.

“Precisamos exigir dos parlamentares (por carta, email, telefone, manifestação pública, etc.) que este maldoso e disfarçado Projeto seja arrancado desde as raízes, enquanto é tempo. Depois não adiantará chorar. Não podemos ficar em nossas grupos de “consolo mútuo”, onde cada um chora no ombro do outro e não faz nada. “Cristãos unidos jamais serão vencidos”, como no primeiro século da Igreja”, afirmou o Prof. Aquino.

Por último, o autor assevera que “todos precisamos nos manifestar, especialmente o clero em suas homilias, pregações, sites, etc., como muitos já estão fazendo graças a Deus”.

O artigo completo do Prof. Aquino pode ser visto no seu blog em:
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/

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