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STF não pode aprovar um “Massacre de Inocentes” no Brasil

Fonte: Blog da Família

NUNCA O PERIGO ABORTISTA ESTEVE TÃO PRÓXIMO
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

Conscientes de que seria quase impossível obter a legalização do aborto pelo Poder Legislativo, os defensores do aborto resolveram usar como “atalho fácil” (nas palavras de Ellen Gracie em 27/04/2005) o Supremo Tribunal Federal.

Composto de onze ministros, nenhum deles eleito pelo povo, todos nomeados pelo Presidente da República, o STF deverá julgar no dia 11 de abril, quarta-feira de oitava da páscoa, a ADPF 54 (Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54).

A ação, que usa como testa de ferro a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, pretende que a Suprema Corte “reinterpretando” o Código Penal, declare que a “antecipação terapêutica de parto” (para não dizer “aborto”) de uma criança anencéfala não se enquadra nas condutas descritas para o crime de aborto.

O argumento usado nessa ação é o de que impedir a mãe de abortar seu bebê em tal caso seria violar a “dignidade humana” dela, seu direito à “liberdade” e seu direito à “saúde”. Preservar a vida do deficiente seria, na opinião dos que defendem a ADPF 54, descumprir todos esses preceitos fundamentais da Constituição: dignidade humana, liberdade, saúde. A criança (que nunca é chamada “criança”, mas “feto”) é sempre desqualificada: é um “monstro”, um “peso inútil”, sua mãe é um “caixão ambulante” etc.

Embora a anencefalia admita vários graus (de modo que é praticamente impossível uma definição exata da anomalia) e embora os anencéfalos reajam a estímulos nervosos, respirem com os próprios pulmões e tenham uma sobrevida variável (de alguns minutos até um ano e oito meses, como no caso de Marcela de Jesus Ferreira), os defensores de tal aborto frequentemente mentem dizendo: que o bebê tem a vida de um vegetal, que não tem capacidade de sentir nem de ter consciência, e que sua sobrevida além de alguns minutos é totalmente impossível.

Em 27/04/2005, quatro Ministros perceberam a má-fé da ADPF 54 e resolveram não conhecê-la, mas foram vencidos: foram eles Ellen Gracie, Eros Grau, Cezar Peluso e Carlos Veloso. Desses, somente Cezar Peluso pertence atualmente ao Tribunal. Agora, no julgamento do mérito, os defensores do aborto precisam de seis votos. A situação é particularmente grave. Nunca o perigo abortista esteve tão próximo.

Note-se: não é um anteprojeto de reforma do Código Penal (que nem sequer foi ainda encaminhado ao Congresso), não é um projeto de lei (que precisaria ser aprovado pela Câmara e pelo Senado e depois ser sancionado pelo Presidente da República). É uma ação judicial à espera de uma decisão que terá efeito vinculante, como se fosse uma lei, e sem qualquer possibilidade de recurso.

A nação brasileira corre o perigo iminente de sofrer um golpe via STF.

É por esse motivo que recomendamos a presença de todos os que puderem à Vigília pela Vida, cuja programação está abaixo.

Repito: é a última chance que temos de impedir um desastre comparável ao da decisão Roe versus Wade, que em 1973 declarou “legal” o aborto nos Estados Unidos, a revelia do Poder Legislativo.

“Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto”

Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz

Presidente do Pró-Vida de Anápolis

www.providaanapolis.org.br

naomatar.blogspot.com.br

Brasileiros vão fazer vigília de oração pela vida em frente ao Supremo Tribunal Federal

BRASILIA, 03 Abr. 12 / 03:40 pm (ACI) Para representar 82% dos brasileiros contrários a novas permissões para aborto no país (Vox Populi/2010), católicos de Brasília promoverão vigília de oração pela vida nascente, na Praça dos Três Poderes, diante do Supremo Tribunal Federal (STF) que em breve deverá votar a despenalização do aborto de fetos diagnosticados com anencefalia.

A vigília visa sensibilizar a sociedade brasileira e, especialmente, cada um dos onze ministros do STF que têm em mãos a arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF n. 54) cujo objeto é a possibilidade do aborto de bebês deficientes anencefálicos e cujo julgamento está marcado para o dia 11 de abril, no período da Páscoa.

Organizada pelos movimentos Legislação e Vida (São Paulo) e Pró-Vida e Família (Brasília), a vigília terá início às 18h do dia 10 de abril.

ADPF-54

[Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental n. 54]

Na opinião do coordenador do Movimento Legislação e Vida, o perito em bioética Prof. Hermes Rodrigues Nery, o julgamento da ADPF-54 o STF pratica ativismo judicial, decidindo o que não é da sua competência, mas prerrogativa do Congresso Nacional.

“A vida é um direito inalienável e como tal deve ser reconhecido e respeitado pela sociedade civil e pela autoridade política”, ele defende e continua. “Os direitos do homem não dependem nem dos indivíduos, nem dos pais, e também não representam uma concessão da sociedade e do Estado, pertencem à natureza humana e são inerentes à pessoa em razão do ato criador do qual esta se origina”.

De acordo com padre Pedro Stepien, a ADPF-54 é uma estrategia sofisticada para legalizar o aborto no brasil a partir do aborto de anencefálicos. “Depois serão as crianças com má formação, até chegar ao ponto que aborto seja direito humano, um verdadeiro absurdo. Pela liberdade de expressão e pela liberdade religiosa vamos nos manifestar, não podemos ficar omissos”, ele diz.

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Agende-se

> O quê? Vigília de Oração em Defesa da Vida Nascente
> Onde? Praça dos Três Poderes, em frente a STF, em Brasília

> Quando? Dia 10 de abril, a partir das 18h

> Organização? Movimento Pró-Vida e Família e Movimento Legislação e Vida http://www.acidigital.com/noticia.php?id=23418

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A respeito do tema deste post, recomendo empenhadamente o vídeo que segue. Nele o Cel. Paes de Lira tece considerações também sobre o sinistro plano de se alterar o Código Penal brasileiro. Depois trata do julgamento, que certamente ocorrerá no dia 11 próximo, no Supremo Tribunal Federal quanto ao aborto de bebês anencéfalos — que, se aprovado, poderá abrir as portas a todo e qualquer tipo de assassinato pré-natal.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=l5jPi439cX8[/youtube]

Características das Heresias

Fonte: Veritatis Splendor

No ano 144 d.C., durante um dos momentos mais difíceis da História da Igreja Católica, surgiu a heresia Marcionita que logo se estenderia principalmente pelo Império Bizantino e sobreviveria pelos próximos três séculos, até ser absorvida pelo Maniqueísmo e desaparecer. É possível que seu fundador, Marcião, fosse filho de um dos primeiros bispos de Sinope, uma diocese da Ásia Menor, de onde Marcião era originário. Há quem suponha (baseando-se na conhecida habilidade de Marcião para citar as Escrituras) que ele fosse um bispo renegado pela Igreja. Qualquer que fosse o caso, o certo é que Marcião deu origem a uma das mais persistentes heresias de seu tempo e, para isso, fez uso, pela primeira vez, de certas armas que todos os cristãos dissidentes empregariam no futuro até os nossos dias.

O gênio divisionista de Marcião criou uma nova doutrina pseudocristã, modificando a História Sagrada e publicando um cânon próprio das Escrituras. Isto que hoje nos parece tão familiar – depois de tantos séculos de Bíblias cerceadas, lendas negras e traduções deturpadas da Escritura – era então uma assombrosa novidade que cativou a muitos. Marcião sustentava, como muitos vieram a fazer desde então, que o Deus do Antigo Testamento era vingativo e colérico, que não podia corresponder à mansa e amorosa pessoa de Jesus. A partir de então, desenvolveu uma doutrina dualista que sustentava a existência de duas divindades, uma má (a do Antigo Testamento) e outra boa (a do Novo Testamento).

Ao iniciar uma nova igreja, sempre se tropeça com este problema: o que fazer com a Igreja Católica? Marcião não podia destruir a Igreja de Cristo, porém, podia desqualificá-la. Para isso, teve uma idéia que para nós parece bem desgastada, mas que era muito original naquela época: usar as Escrituras para impugnar a veracidade da doutrina católica.

O problema de usar essa estratégia é que as Escrituras do Antigo Testamento – inspiradas por um “deus mau”, segundo Marcião – ofereciam amplo e suficiente testemunho da futura vinda de Jesus. Essa “pequena” inconsistência não foi grande problema para o líder herege, que declarou nulo todo o Antigo Testamento. Ao fazer isto, Marcião estabeleceu outro grande princípio, que quase todo movimento herético seguiria no futuro: eliminar as partes da Bíblia que não convenham à nova doutrina enquanto que, ao mesmo tempo, se exalta a Escritura (modificada) como a autoridade sobre a qual o novo grupo eclesial é fundado.

Recordemos que Marcião apareceu no cenário cristã menos de cinco décadas depois de ter falecido o último Apóstolo de Cristo. A Igreja de então suportava frequentes perseguições, algumas locais e outras mais estendidas. Os Evangelhos e os demais escritos cristãos circulavam sem que houvesse um cânon definido e universal. A Bíblia da Igreja Católica desses anos era a versão dos LXX (ou Septuaginta Alexandrina), que consistia basicamente dos livros que hoje encontramos no Antigo Testamento da Bíblia Católica.

As razões para a ausência de um cânon cristão eram várias, principalmente as constantes perseguições que tornavam impossível aos bispos se reunirem em sínodos gerais, os quais seriam muito perigosos por razões óbvias. Passariam-se quase três séculos até que se apagassem as perseguições imperiais e os bispos pudessem se reunir livremente para considerar quais escritos deveriam ser aprovados para sua inclusão no Novo Testamento. Uma das boas coisas que ocorreu por consequência da heresia marcionita foi justamente isto: a Igreja Católica tomou consciência da importância de possuir uma lista ordenada de escritos cristãos autorizados.

Antes que a Igreja pudesse produzir tal lista, Marcião criou um “evangelho” de sua própria lavra. Nele declarava que o invisível, indescritível e benévolo Deus (aoratos akatanomastos agathos theos) teria se apresentado entre os judeus pregando no dia de sábado. O pseudo-evangelho de Marcião era uma versão modificada do Evangelho de Lucas, editado para apoiar as doutrinas dualistas do fundador da seita.

A esta altura, encontramos no movimento marcionista as características que logo se repetem nas heresias surgidas posteriormente:

1. A base da doutrina é um texto – a Escritura – e não o Depósito da Fé recebido por toda a comunidade, como na Igreja Católica.

2. O texto da Escritura é alterado ou redigido para afirmar as doutrinas do novo grupo, criando assim uma nova e distinta tradição. O oposto ocorre na Igreja Católica, que preserva cuidadosamente e exalta o papel da Escritura dentro do contexto da Sagrada Tradição.

3. Altera-se o contexto histórico ou até a própria História. Isto é feito com o duplo sentido de afirmar a própria doutrina e, ao mesmo tempo, impugnar a Igreja Católica, acusando-a de ser ela quem “conta a História à sua maneira”. Curiosamente, estas acusações tão imaturas imprimiram na Igreja o costume de documentar o desenvolvimento da sua própria doutrina na História. Na Igreja Católica a História, as Escrituras e a Doutrina da Igreja devem estar obrigatoriamente de acordo, sempre sem deixar espaço para dúvidas. É por isso que sabemos com certeza que hoje cremos na mesma fé declarada por Cristo e pelos Apóstolos.

Consequentemente, um dos testemunhos mais fortes que pode ser oferecido em favor do Catolicismo é a sua consistência e coerência durante vinte [e um] séculos de História. O mesmo não ocorreu com os marcionitas, que se dividiram em diversas seitas e, de uma espécie de puritanismo original, logo passaram para o Gnosticismo e, depois, para o Maniqueísmo, movimento que acabou absorvendo o Marcionismo por completo. Disto podemos deduzir uma quarta característica das heresias: sua instabilidade.

4. A instabilidade doutrinária e sua consequência (as divisões sectárias), identificam todas as heresias. Seguindo o ditado de “quem com o ferro mata, pelo ferro morrerá”, os criadores de divisões na Igreja logo recebem na própria carne o seu amargo remédio.

Podemos afirmar, sem medo de errar, que todos os movimentos dissidentes do Cristianismo que se afastaram da Igreja Católica possuem estas quatro características em menor ou maior grau. Quando Cristo pregou a parábola da videira, disse assim:

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15,1-14).

É inegável a importância destas palavras de Cristo. A Igreja deve operar em união com Cristo e em unidade interna. É a única maneira de produzir “fruto”, isto é, a salvação das almas. Quem espera agir fora desta ordem que Cristo estabeleceu deixa de permanecer em Seu amor. Para permanecer no amor de Cristo, entende-se que devemos guardar os Seus mandamentos. Nesta simples parábola, Cristo resumiu as qualidades da Igreja que deverá durar até o fim do mundo. Todas elas provêm do amor cristão:

– A primeira qualidade é a humildade. Cristo é a videira, a plenitude da fé e o todo da Igreja, enquanto que seus discípulos são os ramos que se nutrem Dele. Não existe outra ordem pela qual algum dos ramos possa dar origem a outra videira distinta.

– A segunda qualidade é a obediência. Somos amigos de Cristo se fizermos o que Ele nos diz. Não há outra opção se O amamos.

– A terceira qualidade é consequência das outras duas: a união. A indivisibilidade da planta produz fruto que dá glória a Deus em Cristo. Essa união é o resultado visível do amor que começa em Cristo e se multiplica nos discípulos.

Como não ocorre – nem nunca ocorrerá – entre aqueles que se separam da Igreja Católica, estas três qualidades distintas produzem o milagre da duração da Igreja na História, que é por si mesma um poderoso testemunho da verdade do Evangelho. Quando Cristo nos adverte que sem Ele não podemos fazer nada, também agrega que nossa relação com Ele só pode ser frutífera. Sem Cristo, os ramos morrem sem dar fruto; com Cristo, a Igreja continua no mundo e na História, dando testemunho do Seu amor em perfeita união. Este é o fruto cristão por excelência!

Tendo comparado as qualidades próprias das heresias e da Igreja, não nos surpreende que as Palavras de Cristo se cumpram na História. Apenas a Igreja fundada por Cristo sobrevive dando testemunho ao longo dos séculos e ao mundo inteiro com a doutrina integral recebida de Cristo. Não importa quão numerosos sejam os membros de uma seita; sabemos que passarão enquanto que a Igreja continuará sua missão até que Jesus retorne. Os poderes malignos continuarão criando divisões, pois isto é da sua natureza; mesmo assim, não prevalecerão contra toda a Igreja (Mateus 16,13-20).

A Igreja já viu passar centenas de seitas, movimentos dissidentes, heresias crassas e toda espécie de inimigos. O testemunho da História é apenas um: a Igreja SEMPRE permanece e seus inimigos SEMPRE passam, pouco importando quão forte ou astuto tenham sido seus adversários. Aquele que a sustenta nunca dorme e Seu braço protetor jamais descansa!

Tradução:

NABETO, Carlos Martins. Blog Veritas Ipsa. [texto original em: http://www.prodigos.org]. Disponivel em: http://veritasipsa.blogspot.com/ Acesso em: 17 abril 2011.

Padre Cantalamessa: Os sacerdotes, servos e amigos de Jesus, não funcionários

Primeira meditação do Advento pelo Pregador do Papa

Por Mirko Testa

ROMA, sexta-feira, 4 de dezembro de 2009 (ZENIT.org). – Os sacerdotes devem cultivar uma amizade tão íntima com Cristo a ponto de ser quase capazes de fazer as pessoas se sentirem tocadas pela mão de Deus. É o que disse, em síntese, o Pregador da Casa Pontifícia, padre Raniero Cantalamessa, na primeira de suas meditações sobre o Advento, na presença do Papa Bento XVI e de membros da Cúria Romana, na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico.

O frade capuchinho escolheu refletir, como preparação para o Natal, sobre a natureza e a missão do sacerdócio, partindo dos dois textos do Novo Testamento mais pertinentes para o tema: “Que as pessoas nos considerem como ministros de Cristo e administradores dos mistérios de Deus” (1 Coríntios 4, 1) e “Cada sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens como mediador nas coisas que dizem respeito a Deus” (Hebreus 5, 1).

Em seu sermão, padre Cantalamessa disse que o sacerdote deve ser, acima de tudo, um continuador da obra de Cristo no mundo e, portanto,  “dar testemunho da verdade, fazendo brilhar sua luz”, entendendo-se por verdade “o conhecimento  da realidade divina” e assim  da “esperança de Deus”.

A tarefa da igreja e dos sacerdotes consiste em permitir que “as pessoas tenham um contato íntimo e pessoal com a realidade de Deus, por meio do Espírito Santo”, de modo a torná-lo presente ao “dar forma visível à sua presença invisível”.

Nesse sentido, explicou, “cada sacerdote deve ser um místico, ou ao menos um mistagogo, capaz de introduzir as pessoas no Mistério de Deus e de Cristo como se as conduzisse pela mão”.

Ao mesmo tempo , o sacerdote convidou a cultivar a “simpatia, o senso de solidariedade, a compaixão”, “nunca julgando, mas salvando”.

Ademais, continuou Cantalamessa, o sacerdote não deve ser apenas servo de Jesus, mas deve estar com Ele, inclusive em “seus pensamentos, propósitos e espírito”.

Este é o testemunho do próprio Jesus, quando disse “Eu já não os chamo mais de servos, porque um servo não sabe aonde vai seu senhor; os chamo de amigos, porque lhes dei a conhecer tudo o que aprendi de meu Pai”.

Padre Cantalamessa advertiu ainda contra um tipo de heresia própria dos tempos modernos e que ele chama de “ativismo frenético”.

“Nós sacerdotes, mais de quaisquer outros, estamos expostos ao perigo de sacrificar o importante frente ao urgente”, disse. Mas assim, “acaba-se por adiar o importante para um amanhã que nunca chegará”.

Ao contrário, disse, a essência do sacerdócio consiste “num relacionamento pessoal, pleno de confiança e de amizade, com a pessoa de Jesus”, uma vez que “é o amor por Jesus o que diferencia o sacerdote funcionário ou gerente daquele sacerdote servo de Cristo e difusor dos Mistérios de Deus”. E convidou a “passar do Jesus personagem à pessoa de Jesus”, desenvolvendo um diálogo com Ele. “Porque se isto é negligenciado, ocorre um curto-circuito, que nos torna vazios de oração e de Espírito Santo”.

Por isso, concluiu o Padre, cada sacerdote “deve iniciar a jornada reservando um tempo de oração e de diálogo com Deus”, de modo que as demais atividades cotidianas não ocupem todo o espaço.

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