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A volta de protestantes ao seio da Igreja Católica, nos Estados Unidos

pentecostal

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Foi algo que os protestantes não esperavam. Para eles impossível mais para Deus possível “Jesus olhou para eles e disse: Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível” (Mt 19,26). trata-se da volta e conversão de muitos Protestantes para o catolicismo, fato notável que tem ocorrido nos Estados Unidos, berço do neo-protestantismo.

“Estas conversões aumentam a cada dia, e estão sendo irreversíveis com a passagem do tempo. São conversões de pastores, ministros e leigos, para a Igreja Católica. Sim, antes eles eram fortes pilares do Protestantismo e promotores do anticatolicismo, que agora, voltam à Igreja de Cristo! E com os seus testemunhos atraem como uma avalanche, muitos outros protestantes de todos os continentes.”[2]

Das mais diversas denominações e comunidades eclesiais, luteranos, calvinistas, anglicanos, prebiterianos, testemunhas de Jeová, adventistas, assembleianos, batistas, congregacionais e de varias outras Igrejas.

Dentre os nomes esta: Scott Hann, Paul Thigpen, Marcus Grodi, Steve Wood, Bop Sungenis, Julie Swenson, Dave Amstrong, David B. Currie, Tom Howard, Peter Kreeft, Douglas Bogart. Cada um deles em tempos diferentes e com os meios diferentes, mas todos em comum, unidos agora na Igreja Católica. (Efésios 4, 4-5). tudo isto também dar-se através de uma solida apologética que desde os anos de 1970 vem dando fortes frutos nós EUA.

Estudaram teologia protestante, livros de exegese bíblica, o escritos dos Pais da Igreja e Cristianismo primitivo, a Patrística enfim. E eles ficaram “surpreendidos com a Verdade”. Vários deles eram professores de teologia, escritores, pastores e estudiosos. Começaram a estudar os alicerces da fé católica muitas vezes como forma de se munir contra o próprio catolicismo e foram pegos de surpresa pela verdade que as doutrinas do catolicismo são legitimas, com as praticas da Igreja em seus primórdios como exemplo os sacramentos, a utilização de ícones, a veneração aos santos e a Maria.

Descobriram a sucessão apostólica base e confiança de apostolicidade a Igreja Católica, recordam a entrega da Igreja pelos apóstolos aos seus sucessores (discípulos), Bispos que tiveram outros bispos o sucedendo, que o mesmo Pedro exerceu seu episcopado em Roma, e junto com Paulo fundaram a Comunidade cristã em Roma. Começam a refletir sobre a sola escriptura da Reforma, tendo em mente que fora a Igreja católica em seus concílios que sistematizou o cânon bíblico, com a livros que deveriam ser aceitos ou não no Novo testamento.

Eles andaram em várias estradas percorreram muitos caminhos até chegar a cátedra Romana. Agora estão em comunhão com o Papa dando testemunho em rádios, revistas e televisão no mundo inteiro. Escreveram livros, gravaram cassetes, mantém páginas e sítios na Internet. Desenvolvem apostolados apologéticos em vários países E por meio deles há um forte movimento de protestantes voltando a Casa do Pai. “Coluna e sustentáculo da verdade” I Tm 3,15.

Vejam o perfil de alguns deles:

1) Scott Hann. ex-pastor presbiteriano e ex-professor de teologia protestante.

Era um anticatólico dos mais radicais de sua época. O seu excelente conhecimento como pastor e teólogo protestante e o testemunho de conversão para a Igreja católica faz deste servo de Deus um fascinante defensor da verdade. Milhares de protestantes e centenas de pastores voltaram ao Catolicismo vendo o testemunho deste ex-pastor.

2) Paul Thigpen. ex- editor e escritor de várias revistas protestantes.

Foi educado em uma Igreja presbiteriana do sul. Levou a sério, os estudos religiosos na Universidade de Yale. Foi Pastor e missionário na Europa, depois passou para a Igreja Batista, Metodista, Igreja Anglicana e depois para uma Igreja Pentecostal. Finalmente fez estudos para obter doutorado em História da Teologia que o facilitou ao caminho para a Igreja Católica.

3) Marcus Grodi ex-ministro protestante formado em Teologia e Bíblia.

Fez os estudos de teologia no seminário protestante Gordon-Conwell em Boston, Massachussetts.

Marcus afirma: “Eu só quis ser um bom pastor”, mas um dia perguntou-se a si mesmo: “Eu estou ensinando a verdade ou o erro? Como eu posso estar seguro se em outras igrejas a mesma leitura Bíblica tem várias interpretações diferentes?”.

Estudou história da Igreja e soube através da Bíblia que não poderia continuar a ser um protestante. Concluiu que a verdade absoluta só se encontrava na Igreja católica. “Sou mais completo na Igreja dos Apóstolos”, disse ele.

4) Steve Wood. ex-diretor de um Instituto Bíblico na Flórida

Ex-pastor da Igreja evangélica “O Calvário”. Fazia os estudos em um Instituto das Igrejas Assembléias de Deus trabalhando em projetos de evangelismo juvenil; era líder de ministérios evangélicos na prisão; organizou um Instituto de estudos bíblicos para adultos e depois fez pós-graduação estudando no famoso seminário evangélico de teologia Gordon-Conwell em Massachusetts.

Um dia quando orava, Deus lhe falou: “Agora ou nunca”. Com a sua conversão ao Catolicismo ele perderia tudo. Perderia o trabalho como pastor e não poderia sustentar a família. “Eu tinha estudado 20 anos para ser um ministro protestante e Deus me falou: Faça, agora!… E eu fiz isto”.

5) Bop Sungenis. ex-professor de Bíblia em uma Rádio evangélica.

Escreveu um livro contra a Igreja católica: “Recompensas no Céu?” Onde criticou os Católicos por acreditar na importância das obras. Ele quis demonstrar que os ensinamentos Católicos eram falsos e que para salvar-se, bastaria somente a fé. Estudou no “Collegue Bíblico de Washington” e depois se especializou no “George Washington University”.

Bop diz: Agora como Católico eu tenho a paz. Isso vem como consolação de viver na verdade. Agora eu entrei no exército de Cristo nesta grande batalha para a salvação das almas. Ajudarei meus irmãos protestantes a aprender que a Igreja católica não só é a verdadeira Igreja, mas a casa onde todos nós pertencemos.

6) Duglas Bogart. Ex-missionário evangélico na Guatemala.

Meu sonho era ser missionário em minha Igreja evangélica de Phoenix. Porém com o tempo, sem perceber, Deus estava me guiando para sua Igreja. Com muita tranqüilidade afirma Douglas: “Eu li muitos livros de teologia, de história, e de testemunhos”. Estudei o Catecismo da Igreja Católica comparando-o com a Bíblia. Eu li os primeiros escritos dos Pais da Igreja e descobri que a igreja primitiva era Católica e não protestante. Terminei de aceitar a verdade e agora eu sou Católico.

7) David B. Currie. Ex-ministro evangélico do qual muitos o chamavam de “O Mestre em Divindade”.

Ele nasceu e cresceu como um protestante fundamentalista, seu pai era um pastor. David fez curso de teologia no “Trindade Universidade Internacional” em Deerfield, Illinois. Depois obteve seu “Mestrado em teologia Bíblica” no “Trindade Escola de Divindade Evangélica”.

O que o levou a ser Católico? Sua resposta se baseia em duas coisas: O estudo da Bíblia o fez descobrir que a Palavra de Deus o guiou para o Catolicismo e o segundo é que a mesma Bíblia mostrou para ele que a Igreja católica é a única Igreja fundada por Cristo.

8) Alan Stephen Hopes. ex- Pastor e Bispo Anglicano nomeado por João Paulo II

Pastor Anglicano convertido ao Catolicismo. Foi nomeado bispo auxiliar de Westminster por João Paulo II. Nasceu em Oxford, em 1944. Foi recebido na Igreja Católica em 04 de Dezembro de 1995.

Depois de dois anos como vigário da paróquia de Nossa Senhora da Vitória, de Kensington, foi nomeado Padre da Paróquia de Nosso Redentor, em Chelsea, tornando-se depois, em 2001, vigário geral da arquidiocese.

Monsenhor Hopes é um dos pastores Anglicanos que abandonaram a Igreja da Inglaterra depois que a ordenação sacerdotal de mulheres foi aprovada naquela igreja.

9) Francis Beckwith. Que em 2007 renunciou cargo de Presidente da Sociedade Teológica Evangélica (ETS) que congregava mais de 4 mil pastores nos EUA.

O que levou este homem a se converter? Beckwith relata que começou sua volta à fé em que cresceu, quando decidiu ler a alguns bispos e teólogos dos primeiros séculos da Igreja. “Em janeiro, por sugestão de um amigo querido, comecei a ler aos Padres da Igreja assim como alguns trabalhos mais sofisticados sobre a justificação em autores católicos. Comecei a convencer-me que a Igreja primitiva é mais católica que protestante e que a visão católica da justificação, corretamente compreendida, é bíblica e historicamente defensável”.

No dia em 28 de abril do mesmo ano, ele recebeu o sacramento da Confissão. Selando sua volta a Igreja Católica.

Todos eles são agora verdadeiros Católicos. Eles acharam a abundância da vida cristã e o caminho da verdade na única Igreja fundada por Cristo. Rezemos para que este movimento também florença em nosso país e já vemos no Brasil casos em pequenas proporções como por exemplo, o ex-pastor Assebleiano Sidney Alencar Veiga, também ex-pastor Batista Francisco Almeida de Araújo, a ex-prebiteriana e hoje Irmã Themis, o ex-luterano e pentecostal Alessandro Lima, atualmente apologista católico, e o também ex-luterano Marcos Monteiro Grillo e outros.

J. DA SILVA , John Lennon.Um Golpe no Protestantismo, a volta de Protestantes ao seio da Igreja Católica, nos Estados Unidos. Apostolado SRC. Disponivel em:  http://www.apostoladoscr.com.br/2010/07/um-golpe-no-protestantismo-volta-de.html – Acesso em: 6 de Janeiro de 2011.

Conversão é o caminho da unidade, diz Papa

Pontífice falou aos peregrinos reunidos para rezar o Angelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 23 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI afirmou hoje, durante a oração do Angelus com os peregrinos no Vaticano, que o caminho para a unidade plena dos cristãos passa necessariamente pela conversão de cada um.

“O sério dever de conversão a Cristo é o caminho que conduz a Igreja, com os tempos que Deus dispõe, à plena unidade visível”, disse o Papa.

Citando a segunda leitura da liturgia deste domingo, a propósito das divisões existentes na comunidade cristã de Corinto, o pontífice quis recordar, com o apóstolo Paulo, que “toda divisão na Igreja é uma ofensa a Cristo”.

Ao mesmo tempo – acrescentou – “é sempre n’Ele, única Cabeça e Senhor, onde podemos voltar a nos encontrar unidos, pela força inesgotável de sua graça”.

“Só desta forma, permanecendo firmemente unida a Cristo, a Igreja pode realizar eficazmente sua missão, apesar de todos os limites e das faltas de seus membros, apesar das divisões”, explicou o Papa.

Para poder cumprir sua missão de ser “no mundo sinal e instrumento de união íntima com Deus e de unidade entre os homens” – acrescentou –, os cristãos devem fundar sua vida em quatro pilares: “a vida fundada na fé dos Apóstolos transmitida na viva Tradição da Igreja, a comunhão fraterna, a Eucaristia e a oração”.

Escatologia errônea das Seitas

Fonte: Veritatis Splendor

Ao passar dos séculos, diversas civilizações e muitos indivíduos quiseram julgar, interpretar e catalogar a data especifica do fim dos tempos. Os maias, civilização indígena da América Central, por exemplo, antes mesmo de Cristianismo chegar as Américas, fizeram uma previsão do fim. Ao que constam, várias seitas e hereges tentaram ao longo dos anos preverem quando seria e se daria o advento de Cristo, mas falharam.

Não é um típico fenômeno de nossa época, existirem estes grupos. Se estudarmos de forma exegético as Sagradas Escrituras perceberemos que já na segunda epístola de Paulo aos Tessalonicenses (3, 10-12). Registra-se a existência de pessoas desordeiras que davam ouvidos à aqueles que diziam que o fim estava próximo e por isso deixaram seus afazeres civis esperando o retorno de Jesus Cristo. Entretanto, São Paulo os corrige duramente dizendo que se não trabalhassem não teriam também o direito de comer.

Não só foram estes como demonstrado contextualmente nas Escrituras há cerca de mil e novecentos anos atrás, nos últimos 50 anos cresceram os grupos sectários e seitas “cristãs” que disseminam de forma literal e como eminente  a volta de Jesus.

Na edição de 15 de novembro de 1984, as Testemunhas de Jeová publicaram seu material “A Sentinela” dizendo que a geração de 1914 não passaria. Diz ainda tal material que ao menos parte dessa geração viveria o bastante para ver a concretização de todas as profecias de Jesus.

Mas não foram somente as TJ que quiseram predizer o que nem Jesus sabe (cf. Mt 24, 36). Os adventistas também quiseram marcar a volta de Cristo para o ano de 1843. Nos dias atuais, os adventistas dizem que o fim será “em breve”.

Curioso é o arranjo dessas seitas. Os adventistas, por exemplo, não parecem, ao menos em princípio, ter um estudo profundamente exegético e escatológico das Sagradas Escrituras. Seus teólogos inventaram que o Papa seria a besta do apocalipse, mas não conseguiram provar com sólidos argumentos esta falacia. Exemplo é o suposto titulo que assimilam como nome de cargo “Vigário do Filho de Deus”, os adventistas concluem que a soma dessa frase em latim (Vicarivs Filli Dei) resulta em no total de 666, o número da besta. Entretanto, a soma correta resulta em 664 e não em 666.

Outro problema para esta compreensão é o fato de o Novo Testamento ter sido escrito em grego, e não em latim; seria mais lógico que a soma resultasse 666 em grego ou hebraico, que era a língua dos judeus, mas jamais em latim [pois os autores desconheciam primariamente e lingua latina]. Existe outro problema que reside no fato de que o Papa, ao que consta, jamais foi chamado canonicamente de “Vigário do Filho de Deus”, mas sim de Vigário de Cristo como é comumente utilizado. A exegese católica sugerem que a besta como narrada pelo Apocalipse tenha sido um imperador romano, como César Nero, perseguidor de cristãos, mas o significado real é incerto.

Os adventistas por várias vezes também foram acusados de plágios e mentirosos dentre eles, ex-membros da seita. Além de tudo isso, os adventistas demonstram um apego exagerado à lei dos judeus. Essa lei consistia em uma série de dietas alimentares, hábitos de lavar as mãos, guardar o sábado, circuncidar os fiéis e vários outros preceitos. A lei antiga foi, todavia, abolida por Jesus no Novo Testamento da Bíblia, especificamente “levada a perfeição” (cf. Lc 6, 5; Gl 4, 4-5; Rm 10, 4; Gl 4, 10-11, Gl 5, 4; Mt 15, 1-11; At 15, 1-30).

O Senhor Jesus ensinou-nos que toda a planta que o Pai não plantou será arrancada pela raiz (cf. Mt 15, 13) e certamente, essa é uma planta, assim como outros que o Pai não plantou. São Paulo também alerta que a lei é o ministério da morte e que o ministério de Cristo é algo muito superior a lei (cf. II Cor 3, 7-8).

Há muitos equívocos  vindos das “hermenêuticas” destas seitas como as Testemunhas de Jeová, que por sua vez condenam a doação de sangue, a política e a submissão ao estado. Ora, a submissão ao estado é claramente recomendada por São Paulo (cf. Rm 13, 1-7).

Essas duas seitas teimaram, conforme já visto, em prever o fim dos tempos e têm várias outras similaridades. As TJ têm, entretanto, um ponto extremamente diferente, pois negam a divindade de Cristo, o que é dito as claras São João (cf. Jo 1, 1-18).

Para a exacerbada preocupação dessas duas seitas com os “tempos do Fim”, entretanto, Jesus deixa uma mensagem reveladora. Que segundo a qual ninguém siga as pessoas que pregam que o fim está próximo (cf. Lc 21, 8). Essas duas seitas, todavia, fazem mais que pregar o fim dos tempos. Pregam com terror que são as únicas igrejas de Cristo, ameaçando as pessoas a uma destruição eterna se não as seguirem, tendo em vista que nem uma e nem outra acreditam na existência do inferno.

Jesus disse que não devemos nos preocupar com o fim dos dias. Antes é melhor preocupar com o nosso fim, praticando o amor, que é a maior das virtudes (cf. 1 Cor 13). É triste ver como comunidades e movimentos que intitulam-se cristãos possuem essa filosofia terrorista e pregação do medo, aspecto principal do fundamentalismo religioso, ameaçam as pessoas e defendem que apenas 144.000 pessoas serão salvas como dizem as TJs ou que são a igreja remanescente do Apocalipse, como afirmam ser os Adventistas, mas parece que seus adeptos pelo Mundo superam os dados de 144.000.

Que possamos tratar no amor de Deus, estes homens e mulheres que não alcançaram a verdade plenamente. Rezemos para aprender a cumprir nosso dever em viver os ensinamentos contidos nos Evangelhos e não a usá-los com a finalidade de ameaças, sim com apego a verdade. O senhor não veio para condenar, mas para salvar os que estavam perdidos (cf. Lc 19, 10).

Por fim não podemos usar o Evangelho para pregar um Reino de Deus através do medo e condenação como fazem os fundamentalistas, que possamos junto aos nossos pastores na fé proclamar o evangelho unidos a única e verdadeira Igreja fundada por Cristo e entregue a Pedro (cf. Mt 16, 18). É desta forma incoerente crer nos adventistas e nas testemunhas de Jeová, bem como outros grupos, para tributarmos confiança a estas fundações humanas e falhas, deveríamos pensar que Jesus tardou mais de 1800 anos para fundar sua Igreja, o que significa um erro crasso. Na concepção ideológica dessas comunidades, isso significa automaticamente que por mais de 1800 anos as almas se perderam, já que ninguém se salvará fora delas. Não é isso, entretanto, que Jesus pregou, fundando sobre São Pedro a sua única Igreja, que se manterá até “o fim do mundo” cf. Mt 28, 20.

Notas:

TJ; siglas que significam abreviadamente “Testemunhas de Jeová”

Referências:

EX TESTEMUNHAS DE JEOVA. 1914 A geração que não passará, profetizou a Torre. Disponível em: http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=46&t=3700 Acesso em: 14 novembro 2010.

DE CASTRO, F. C. O Apocalipse hoje. Editora Santuário, Aparecida, São Paulo. 1989, p. 123-132.

REA, P. W. T. A mentira branca. Edições eletrônicas. Disponível em: http://www.scribd.com/doc/3288026/A-Mentira-Branca-Walter-T-Rea Acesso em: 14 novembro 2010.

ARAÚJO, U. T. A Igreja de vidro. Edições eletrônicas, disponível em: http://www.veritatis.com.br/ebooks/a_igreja_vidro.pdf Acesso em: 14 novembro de 2010.

DE MELO, F. R. Religião e religiões: perguntas que muita gente faz. Editora Santuário, Aparecida, São Paulo. 1997, p. 79-83; 85-90.



O que disse o Papa sobre os preservativos?

Autor: James Akin
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://infocatolica.com/blog/

O novo livro de Bento XVI, “Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, nem sequer tinha sido publicado e já estava no centro de uma controvérsia nos meios de comunicação on-line.

A polêmica explodiu na semana passada, quando o L’Osservatore Romano violou unilateralmente o embargo sobre o livro, publicando alguns extratos em língua italiana das diversas declarações do Papa, para grande desgosto dos editores em todo o mundo, que trabalhavam cuidadosamente visando um lançamento orquestrado do livro, que se daria na terça-feira seguinte.

Um dos extratos tratava do uso de preservativos para tentar evitar a propagação da AIDS e a imprensa imediatamente tirou proveito disto (p.ex.: Reuters, Associated Press, BBC Online). E assim, surgiram manchetes como:

– Papa diz que os preservativos são admissíveis em certos casos para deter a AIDS
– Papa: “Os preservativos justificam-se em alguns casos”
– Papa diz que os preservativos podem ser usados na luta contra a AIDS

Particularmente notória é a declaração de William Crawley, da BBC:

“O Papa Bento XVI parece ter alterado a postura oficial do Vaticano sobre o uso de preservativos, adotando uma posição moral que muitos teólogos católicos já recomendavam há muito tempo”.

Bah!

Pois bem: em primeiro lugar, trata-se de um livro de entrevistas. O Papa foi entrevistado. Não estava exercendo seu múnus oficial de ensinar. Este livro não é uma encíclica, uma constituição apostólica, uma bula papal, nem nada semelhante. Não é uma publicação da Igreja. Trata-se de uma entrevista realizada por um jornalista, em idioma alemão. Consequentemente, o livro não representa um ato do Magistério da Igreja, nem tem a capacidade de “alterar a postura oficial do Vaticano” em nada. Não possui força dogmática nem canônica. O livro – que é fascinante e sem precedentes, mas isto é tema para outra oportunidade – constitui aquilo que se classifica como opiniões pessoais do Papa sobre as perguntas questionadas pelo entrevistador Peter Seewald.

E como o Papa Bento XVI observa no livro:

“Há que se dizer que o Papa pode ter opiniões privadas que se encontram equivocadas”.

Não estou assinalando isto para insinuar que naquilo que o Papa Bento XVI fala a respeito dos preservativos está incorreto – chegaremos a este ponto ao seu tempo – mas para indicar o contexto da situação, deixando claro que se trata das opiniões privadas do Papa. São apenas isto: opiniões privadas. Não é ensino oficial da Igreja. Então, continuemos…

Entre os desserviços do L’Osservatore Romano feitos para romper o embargo do livro da maneira que fez, houve também o fato de que apenas publicou um pequeno trecho da seção em que o Papa discutia sobre o uso dos preservativos. Como resultado, o leitor não tinha como ver o contexto das suas declarações e, assim, garantir que a imprensa secular não estava tomando as observações do Papa fora do seu contexto (o que seria feito de qualquer modo, mas talvez nem tanto). Especialmente notório é o fato de que o L’Osservatore Romano omitiu o material onde Bento esclarece sua declaração sobre os preservativos, em uma pergunta logo a seguir.

Com efeito, o L’Osservatore Romano causou um grande dano tanto às comunidades católicas quanto às não-católicas.

Felizmente, agora você pode ler o texto completo das declarações do Papa.

Ademais, prevendo a controvérsia que estas palavras poderiam produzir, a drª. Janet Smith preparou um guia útil sobre o que o Papa disse e não disse.

Lancemos vista aos comentários do Papa, para ver o que ele realmente disse.

“Seewald: (…) Na África, se apontou que o ensino tradicional da Igreja demonstrou ser a única maneira segura de se deter a propagação do HIV. Os críticos, incluindo a crítica dentro das próprias fileiras da Igreja, objetam que é uma loucura proibir a população de alto risco de usar preservativos.

Bento XVI: (…) Em minha intervenção, eu não estava fazendo uma declaração geral sobre o tema do preservativo, mas apenas dizendo – e isto é o que causou grande ofensa -, que não podemos resolver o problema mediante a distribuição de preservativos. Resta muito o que fazer. Devemos estar próximos das pessoas; devemos guiá-los e ajudá-los; e temos que fazer isto antes e depois do contágio com a doença. É um fato, como você já sabe, que as pessas podem obter preservativos quando o desejarem, de qualquer modo. Porém, isto serve apenas para demonstrar que os preservativos por si próprios não resolvem o problema em si mesmo. Muito mais precisa ser feito. Enquanto isso, no âmbito secular, desenvolveu-se a teoria chamada ‘ABC’ – abstinência, fidelidade, preservativo -, em que se entende o preservativo somente como um último recurso, quando os outros dois pontos foram rejeitados. Isto quer dizer que concentrar-se no preservativo implica em uma banalização da sexualidade, e, além de tudo, é precisamente a origem perigosa da atitude da sexualidade, não como a expressão do amor, mas como uma espécie de entorpecente que as pessoas administram a si mesmas. Esta é a razão pela qual a luta contra a banalização da sexualidade é parte também da luta para garantir que a sexualidade seja tratada como um valor positivo e para que possa ter um efeito positivo na totalidade de ser do homem”.

Consideremos que o argumento geral do Papa é que os preservativos não resolvem o problema da AIDS. Em apoio disto, ele aponta vários argumentos:

1) As pessoas já podem obter preservativos, mas é evidente que o problema não foi resolvido.

2) No mundo secular foi proposto o ‘Programa ABC’, em que o preservativo só será usado quando os dois primeiros procedimentos verdadeiramente eficazes – a abstinência e a fidelidade – tiverem sido rejeitados. Assim, a proposta secular do ABC reconhece inclusive que os preservativos não são a única solução. Eles não funcionam tão bem quanto a abstinência e a fidelidade. Os dois primeiros são melhores.

3) Concentrar-se no uso do preservativo representa uma banalização (trivialização) da sexualidade, que se converte de ato de amor em ato de egoísmo. Para que o sexo desempenhe o papel positivo que deve ter, esta banalização do sexo – e, portanto, a fixação nos preservativos – deve ser resistida.

Esse é o contexto da afirmação que a imprensa reproduziu:

“Pode haver casos individuais justificados como, por exemplo, quanto um prostituto usa um preservativo, e isto pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Porém, não é realmente a maneira de tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade”.

Há várias coisas a se considerar: em primeiro lugar, leve em conta que o Papa diz que: “Pode haver casos individuais justificados”, e não que: “Está justificado”. Esta é uma linguagem especulativa. Mas sobre o quê o Papa especula? Que o uso do preservativo está moralmente justificado? Não, não foi isso o que ele disse, mas que pode haver casos “sempre e quando [o uso do preservativo] pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido”.

Em outras palavras, como diz Janet Smith:

“O Santo Padre está simplesmente observando que para alguns prostitutos homossexuais o uso de um preservativo pode indicar um despertar do sentido moral, um despertar acerca de que o prazer sexual não é o valor máximo, mas que devemos ter o cuidado de não prejudicar ninguém em nossas escolhas. Ele não está falando de uma moralidade do uso de preservativos, mas de algo que pode ser certo sobre o estado psicológico daqueles que os usam. Se estas pessoas, usando preservativos, o fazem com o fim de evitar prejudicar outras, com o passar do tempo perceberão que os atos sexuais entre membros do mesmo sexo são intrinsecamente maus, já que não estão de acordo com a natureza humana”.

Pelo menos isto é o máximo que se pode razoavemente inferir das declarações do Papa, o que poderia ser expresso com maior clareza (e espero que o Vaticano emita um esclarecimento urgente).

Em segundo lugar, repare que o Papa segue imediatamente sua declaração acerca da prostituição homossexual usuária de preservativos com a afirmação: “Porém, não é realmente a maneira de se tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade”.

Por “uma humanização da sexualidade”, o Papa quer reconhecer a verdade sobre a sexualidade humana, que deve ser exercida de maneira amorosa, fiel entre um homem e uma mulher unidos em matrimônio. Esta é a verdadeira solução e não colocar um preservativo e manter relações sexuais promíscuas com pessoas infectadas com um vírus mortal.

Neste momento da entrevista, Seewald faz uma pergunta de continuidade, e é verdadeiramente um crime que o L’Osservatore Romana não tenha reproduzido esta parte:

“Seewald: Quer dizer, então, que a Igreja Católica, na realidade, não se opõe em princípio ao uso dos preservativos?

Bento XVI: Ela, obviamente, não os considera como solução real ou moral, porém, neste ou em outro caso, pode haver, todavia, a intenção de reduzir o risco da infecção, como um primeiro passo para uma forma distinta e mais humana de viver a sexualidade”.

Assim, Bento XVI reitera que esta não é uma solução real (prática) para a crise da AIDS, nem tampouco uma solução moral. No entanto, em alguns casos, o uso de preservativo mostra “a intenção de reduzir o risco da infecção”, que é “um primeiro passo para… uma forma mais humana de viver a sexualidade”.

Portanto, não está dizendo que o uso de preservativos é justificado, mas que pode mostrar uma intenção particular e que esta intenção é um passo na direção correta.

Janet Smith oferece uma analogia útil:

“Se alguém fosse assaltar um banco e estava decidido em empregar uma arma de fogo, seria melhor para essa pessoa usar uma arma desmuniciada: reduzir-se-ia o risco de lesões mortais. Porém, não é tarefa da Igreja ensinar possíveis assaltantes de banco a assaltar bancos de uma maneira mais segura; menos ainda é tarefa da Igreja apoiar programas para oferecer a possíveis assaltantes de banco armas de fogo incapazes de ser municiadas. Não obstante, a intenção de um assaltante de banco em assaltar um banco de uma maneira que é mais segura para os funcionários e clientes do banco pode indicar um elemento de responsabilidade moral que poderia ser um passo para a compreensão final da imoralidade que é o assalto a bancos”.

Muito mais se poderia dizer de tudo isto, mas pelo que vimos, já resta claro que as declarações do Papa devem ser lidas com cuidado e que não constituem o tipo de licença para o uso de preservativos que os meios de comunicação desejam.

Há mais por vir…

Calorosa recepção das relíquias do Padre Pio em Singapura

O santo também fez milagres na Ásia

SINGAPURA, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – As relíquias de São Pio de Pietrelcina levaram nessa quarta-feira centenas de pessoas à igreja do Espírito Santo, em Singapura, onde se honra o santo com um tríduo, no contexto de sua festividade.

Para a ocasião, o sacerdote italiano do convento de Nossa Senhora da Graça de São Giovannni Rotonto Ermelindo Di Capua levou até a cidade asiática duas relíquias do santo, informou a agência AsiaNews.

O padre Di Capua acompanhou São Pio nos últimos três anos de sua vida e há tempos viaja pelo mundo para promover a espiritualidade, a vida e os ensinamentos do frade capuchinho.

Uma das relíquias contém sangue seco de uma das mãos onde o Padre Pio recebeu os estigmas e a outra é uma luva manchada de sangue.

As relíquias foram expostas apenas durante uma noite e diversos fiéis foram à igreja para honrar o santo e pedir-lhe intercessão pela cura de doenças.

Entre os devotos se encontrava Teresa Lee, da paróquia de Nossa Senhora Estrela do Mar, que veio junto a seu marido, Pedro, sentado na cadeira de rodas por causa de um acidente vascular cerebral.

A mulher testemunhou ter vivido um milagre. “Ele estava muito doente – explicou – e alguém indicou fez rezar para o Padre Pio”.

“Depois de ter rezado, houve uma rápida recuperação – continuou –, e agora ele já pode caminhar curtas distâncias.”

Outra visitante, Margaret Lourdusany, 56 anos, devota do santo há três anos, explicou que “me atrai a humildade dele, com a qual viveu sua vida”.

“Tocar a relíquia – acrescentou – é como tocar o santo que reza junto a Jesus por nós e nos faz sentir mais próximos de Cristo.”

O Padre Pio é um santo muito popular em Singapura. Todo mês, a comunidade católica organiza encontros de oração em torno de sua figura, especialmente nas paróquias de Nossa Senhora de Lourdes, Espírito Santo e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Bento XVI: ter profundo amor e grande veneração pela Eucaristia

Pontífice dedica audiência a São Tarcísio e o ministério dos acólitos

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O exemplo de São Tarcísio, padroeiro dos acólitos e coroinhas, que deu a vida para proteger a hóstia consagrada, mostra o “profundo amor e a grande veneração que devemos ter pela Eucaristia”.

Foi o que afirmou Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, dedicada a falar sobre a vida deste santo dos primeiros séculos da Igreja, e a explicar a importância do trabalho daqueles que servem ao altar, num dia em que a Praça de São Pedro acolhia cerca de 53 mil jovens, na Peregrinação Europeia dos Acólitos.

O Papa recordou que São Tarcísio (século III), era um menino que “amava muito a Eucaristia e, por vários fatores, podemos concluir que, provavelmente, era um acólito”.

Em tempos de perseguição dos cristãos pelo imperador Valeriano, Tarcísio foi encarregado de levar a hóstia a “outros irmãos e irmãs que aguardavam”. Questionado pelo sacerdote por ser ainda um menino, ele respondeu: “minha juventude será o melhor refúgio para a Eucaristia”.

Ao longo do caminho, Tarcísio foi interpelado por um grupo de rapazes, que tentaram tomar aquilo que ele carregava junto ao peito. Houve uma luta feroz, “sobretudo quando vieram a descobrir que Tarcísio era cristão”, explicou o Papa.

Os rapazes espancaram e atiraram pedras no jovem Tarcísio, mas ele não cedeu. Morreu para defender a Eucaristia, sendo sepultado nas Catacumbas de São Calisto.

Segundo Bento XVI, uma “bela tradição oral” conta que “junto do corpo de São Tarcísio não foi encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem entre as suas vestes. Explica-se que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, tornara-se carne da sua carne, formando assim com o seu próprio corpo uma única hóstia imaculada ofertada a Deus”.

O Papa dirigiu-se então aos acólitos para enfatizar que a Eucaristia é “um bem precioso, um tesouro cujo valor não se pode medir, é o Pão da vida, é o próprio Jesus que se faz alimento, sustento e força para o nosso caminho de cada dia e estrada aberta para a vida eterna; é o maior dom que Jesus nos deixou”.

O pontífice pediu que os auxiliares do altar “sirvam com generosidade a Jesus presente na Eucaristia”.

Segundo o Papa, esta é “uma tarefa importante, que lhes permite estar particularmente próximos do Senhor e crescer na amizade verdadeira e profunda com Ele”. “Guardem com zelo esta amizade em seus corações, como São Tarcísio”.

“Anunciem também aos seus amigos o dom desta amizade, com alegria, entusiasmo, sem medo, a fim de que eles possam sentir que vocês conhecem este mistério, que ele é verdadeiro e amado!”

“Toda vez que vocês se aproximam do altar, têm a sorte de auxiliar o grande gesto de amor de Deus, que continua a querer se doar a cada um de nós, a estar perto, a ajudar, a dar forças para viver bem.”

Segundo o Papa, os acólitos têm a sorte de viver próximos do “indizível mistério” em que “aquele pequeno pedaço de pão”, com a consagração, “torna-se Corpo de Cristo”, e “o vinho torna-se Sangue de Cristo”.

Bento XVI pediu “amor, devoção e fidelidade” no desempenho da tarefa do acolitado. Insistiu em que não se deve participar da celebração “com superficialidade”, mas com um cuidadoso preparo interior.

Os acólitos colaboram para que Jesus “possa estar mais presente no mundo, na vida de cada dia, na Igreja e em cada lugar”.

“Queridos amigos! Vocês emprestam para Jesus as suas mãos, o seu pensamento, o seu tempo. Ele não deixará de recompensá-los, dando-lhes a alegria verdadeira e a felicidade mais plena”, disse o Papa.

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