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A Patrística Refutando a Sola Scriptura

Fonte: Apologistas Católicos

Esta é uma EXAUSTIVA MATÉRIA, repito, EXAUSTIVA MATÉRIA com dezenas de citações patrísticas confirmando que os pais da Igreja nunca foram adeptos da Heresia de Lutero.

Depois de não encontrarem na bíblia nenhuma citação que comprove a Sola Scriptura, os protestantes estão querendo agora utilizar os pais da Igreja, que eles tanto odiavam, para querer fundamentar esta sua heresia iniciada com John Huss e homologada por Lutero.

E por isso que Erasmo De Roterdam quando Lutero inventou este negócio, profetizou:

”SE ESTE TEU PRINCÍPIO FOR ADMITIDO A CRISTANDADE SE CONVERTERÁ NUM AMONTOADO DE SEITAS.”

O cumprimento da profecia está ai pra todo mundo ver!

Esta apologética desonesta se vale de textos isolados e truncados (Igualzinho fazem com a bíblia) para afirmar que os pais da Igreja eram adeptos desta coisa ai. Quem estuda Patrística e a Patrologia deve até achar engraçado este negócio, mas é a mais pura verdade, os protestantes querendo provar a Sola Scriptura por meio dos pais da Igreja. Todos sabemos que para saber qual era realmente o pensamento de um pai, temos que estudar seus escritos sua vida, ordem religiosa e etc, mas os protestantes como num passe de mágica descobrem isso lendo na internet uma ou duas passagens deles.

Veio um dia um protestante e disse que São Vicente De Lerins “apoiava” a Sola Scriptura e mostrou a passagem:

“Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais que suficientemente perfeito para tudo” (Commonitorium).

A primeira vista isso seria uma grande prova que São Vicente era adepto da Sola Scriptura, só que o texto não passava de uma frase cortada de seu contexto original que se refere exatamente ao contrário, ou seja este mesmo texto de São Vicente refuta a Sola Scriptura Vejamos:

“Perguntando eu com toda a atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da fé católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, SOB O AUXÍLIO divino, duplamente: com A AUTORIDADE DA LEI DIVINA E COM A TRADIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA. Sem embargo, ALGUÉM PODERIA OBJETAR: Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais que suficientemente perfeito para tudo, que necessidade há de se acrescentar a autoridade da interpretação da Igreja? Precisamente porque a Escritura, por causa de sua mesma sublimidade, não é entendida por todos de modo idêntico e universal. De fato, as mesmas palavras são interpretadas de maneira diferente por uns e por outros. Se pode dizer que tantas são as interpretações quantos são os leitores.” (Commonitorium).

Ou seja São Vicente nada mais está fazendo do que refutando os adeptos da Sola Scriptura, 1100 anos antes dela aparecer. Só que como o cara recorta a passagem fica parecendo que São Vicente falou algo que ele nunca quis dizer.

O Desonesto CA”C”P, diz que Irineu, Tertuliano, Cirilo de Jerusalém, Gregório de Nissa, Cipriano, Orígenes, Hipólito, Atanásio, Firmiliano e Agostinho,  Gregório de Nissa. Policarpo, Clemente de Alexandria, Orígenes, eram todos adeptos da Sola Scriptura, pois bem vou postar aqui testemunho de todos estes Pais e de outras dezenas afirmando exatamente ao contrário.

Como eu não tinha tempo de ficar traduzindo tudo, eu fui pesquisando em alguns sites católicos e fui juntando as passagens que existiam em português , os que não tinham em nenhum site eu tive que traduzir mesmo, por que a grande maioria dos livros patristicos que eu tenho estão em inglês, mas eu parei e não tinha chegado nem na metade, por que se não daria um Livro com mais de 380 citações dos Padres  do Século I ao VII sobre a Sagrada Tradição e a Autoridade Dos Bispos.

Os protestantes têm que fazer força, ginásticas mentais, adulterações, truncagens, malabarismos e textos imensos induzindo os Santos Padres a serem adeptos da Sola Scriptura. Eu, por minha vez, apenas me limitei a citá-los e fazer uma breve introdução em alguns dos seus comentários, pois eles falam sozinhos.

Feito isso vamos à exposição.

SÃO CLEMENTE DE ROMA (Papa, +100):

Autoridade da Igreja

“Devido às repentinas e repetidas calamidades e desventuras que se têm abatido sobre nós, precisamos reconhecer que tardamos um pouco em voltar nossa atenção para os assuntos de disputas entre vocês, amados; e especial-mente a abominável e ímpia rebelião, alienígena e estrangeira aos eleitos de Deus, que umas pessoas temerárias e rebeldes inflamaram a tal loucura que o seu nome venerável e ilustre, digno de ser amado por todos os homens, têm sido difamado. ” (Carta aos Coríntios, Palestra, 80 D.C).
“Aceitem o nosso conselho e não terão nada a lamentar.” (Carta aos Coríntios 58,2).

“Se, porém, alguns não obedecerem ao que foi dito por nós, saibam que se envolverão em pecado e perigo não pequeno” (Carta aos Coríntios 59,1).

Então ele Completa, Tradição:

“Sigamos a gloriosa e veneranda norma da nossa tradição.”

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Seitas e Heresias

É bíblico o protestantismo?

Fonte: Sã Doutrina

Provavelmente todos já ouviram de um protestante a seguinte frase:

“Nós cremos somente na Bíblia, e a Bíblia inteira é a única regra de fé para o cristão”

Está frase é como que um dogma para o protestantismo e reflete todo o pensamento da fundamental doutrina deste ramo religioso a “Sola Scriptura” ou somente as escrituras. Negam, portanto, os ensinamentos transmitidos oralmente por Cristo e os apóstolos conhecidos como Sagrada Tradição.

Baseados nisto vamos agora mostrar que há várias inverdades no uso desta frase por parte de protestantes e mostrar que de bíblicas suas principais doutrinas nada tem.

“A Tradição oral remonta ao próprio Cristo e aos Apóstolos. Ela é anterior à Escritura e se exprime nela. O ponto em que mais aparece a necessidade de algo anterior à Escritura, é a que se refere ao Cânon Bíblico: Com saber se um livro é ou não inspirado?

O próprio protestantismo, que afirma só reconhecer a Escritura, recorre necessariamente à Tradição Oral em 2 ocasiões:

1.  Sem a Tradição oral, não se pode definir o catálogo sagrado, pois em nenhuma parte da Escritura está escrito quais os livros que, inspirados por Deus, a devem integrar. É preciso procurar a definição dos livros sagrados fora da Escritura: na Tradição. Ora Lutero e o Protestantismo recorreram a tradição dos judeus da palestina, enquanto a Igreja Católica, seguindo o uso dos Apóstolos, optara pela tradição dos judeus de Alexandria.

2.   Na sua maneira de interpretar a Bíblia, os protestantes também recorrem a uma tradição. Pois embora o texto bíblico seja o mesmo para todas as denominações evangélicas, estas não concordam entre si, por exemplo, no que toca ao Batismo de criança, à observância do sábado ou do domingo, etc. As divergências não provêm do texto bíblico, mas da interpretação dada a este texto por cada fundador. Ou seja, dependem da tradição oral ou escrita que cada fundador quis iniciar na sua congregação. Assim, embora queiram rejeitar a Tradição Oral, o cristão a professa sempre: professa a Tradição oriunda de Cristo e dos Apóstolos, ou a tradição oriunda de Lutero, Calvino… Cada “profeta” protestante faz o que Lutero fez: rejeita a tradição protestante anterior e começa uma nova tradição: sim, lê a Bíblia ao seu modo e dela deduz proposições de fé e de moral que, segundo a sua intuição humana falível, lhe parecem mais acertada.

Assim, a Escritura, só, não pode ser, nem é no protestantismo, a única fonte de fé. Por outro lado, a Tradição Oral e o Magistério da Igreja só tem sentido se fazem eco à Sagrada Escritura.” (Dom Estevão Bettencourt, OSB;  Apostila “Diálogo Ecumênico” , Escola Mater  Ecclesiae)

Interessante cronologia:

1517: Monge Martinho  Lutero Fixa suas 95 teses na porta do castelo de Wittenberg na Alemanha, defendendo as indulgencias, que é negada pela maioria dos protestantes e contestando muitas doutrinas da Igreja. Nasce então o protestantismo.

1521: Lutero começa a tradução da bíblia para o alemão, modificando algumas passagens e removendo livros da bíblia, 7 do antigo testamento e alguns do novo testamento como Tiago, Apocalipse e etc (Livros que não eram compatíveis com suas novas doutrinas), como base em que ele fez isto?

 1524: Nascem então os anabatistas, (ou rebatizadores). Interpretavam as ousadamente as idéias de Lutero, e negavam o batismo de crianças, o que não era condenado por Lutero.

1525: Surgem várias revoltas de camponeses inspirados nas idéias de Lutero e eram incitados pelo anabatista Thomas Münzer. Lutero deixou o castelo onde estava e voltou a Wittenberg. Conseguiu apoio do braço secular para restabelecer  a ordem, e teve que enfrentar os camponeses. Lutero optou pela sufocação violenta dos revoltosos, e Thomas Münzer foi decapitado, o que fez com que Lutero perdesse popularidade com o povo, pois o povo viu que sua nova “Igreja” era para os ricos e não para os pobres.

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A Fé Cristã Primitiva

“A Fé Cristã Primitiva” é a reunião, em um só volume de 500 páginas, de todos os 6 livros da clássica Série “Citações Patrísticas”.

Referida Série constitui uma hercúlea coletânea das palavras e ensinamentos dos Santos Padres da Igreja, aqueles homens que, no início da Era Cristã, sedimentaram as bases desta Fé, guiados pelo Espírito Santo.

Qual a importância de uma obra como esta para os nossos dias? Grandiosa, responderíamos. Não só pelo seu caráter histórico e doutrinário, mas ainda pelo contexto singular e confuso no qual vivemos nestes tempos.

Mas poderíamos ainda encontrar essa “Antiga Fé” no nosso “mundo moderno”? O presente compêndio demonstra que sim…

DETALHES DA OBRA:

  • Número de páginas: 500
  • Peso: 540 gramas
  • Edição: 1ª (2009)
  • Acabamento da capa: Papel supremo 250g/m², 4×0, laminação fosca.
  • Acabamento do miolo: Papel offset 75g/m², 1×1, cadernos fresados e colados
  • Formato: Médio (140x210mm), brochura sem orelhas

RECOMENDAÇÃO

Esta obra é especialmente recomendada a todos os que amam a única Igreja de Cristo e/ou se interessam pela literatura Patrística, especialmente sacerdotes, religiosos, seminaristas, catequistas e ministros extraordinários, além de leigos em geral que queiram conhecer a doutrina cristã tal como foi professada pela Igreja primitiva (e continua sendo pela Igreja contemporânea!).

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Protestantismo

Questionando os Protestantes – III

A Bíblia ensina a doutrina da Sola Scriptura dos Cristãos Reformados? Ou seja, seria a Bíblia a única fonte de autoridade para o cristão?

Não. A Bíblia ensina que as Escrituras têm autoridade, mas não é a única autoridade.

Quando Jesus foi tentado por Satanás no deserto, respondeu a Satanás: “Está escrito…”, uma citação das Escrituras. Mas, também vemos Jesus participando do Hanukkah (Festa da Dedicação – cf. Jo 10,22) que está registrado em Macabeus, livro ausente do cânon protestante. Também vemos Jesus celebrando a Páscoa com uma taça de vinho (a Última Ceia), que era da tradição judaica e não das Escrituras. Por segurança, São Paulo escreveu a Timóteo:

“Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, capacitado para toda boa obra” (2Tim 3,16-17).

Mas São Paulo também escreveu:

“Intimamo-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que eviteis a convivência de todo irmão que leve vida ociosa e contrária à tradição que de nós tendes recebido” (2Tess 3,6); e

“O que aprendestes, recebestes, ouvistes e observastes em mim, isto praticai, e o Deus da paz estará convosco” (Fil 4,9).

A doutrina dos Protestantes da Sola Scriptura é-lhes necessária porque rejeitaram a autoridade existente na Igreja histórica, ordenada por Deus. A Igreja histórica sempre reivindicou que sua autoridade veio da sucessão apostólica e a verdadeira autoridade deu Jesus aos apóstolos, e mais especificadamente, a São Pedro:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus; tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,18-19).

Já que os Protestantes rejeitam a autoridade da Igreja histórica, apelam para o que consideram que seja a mais alta autoridade: a Palavra de Deus. Isto pede uma pergunta, obviamente: Jesus fundou uma Igreja ou um livro? Jesus mesmo não foi, pessoalmente, autor de nenhum livro da Bíblia. As palavras atribuídas a Jesus foram escritas e testemunhadas pelos Apóstolos. As próprias Escrituras têm sua autoridade fundamentadas na autoridade para ensinar da Igreja. Sem a Igreja, não haveria a coleção de livros chamados Novo Testamento. Além disso, a doutrina da Sola Scriptura teria sido impossível sem a invenção da imprensa. Até a invenção da imprensa, a Bíblia não estava disponível a todo cristão. Agora, que qualquer um é livre para interpretar as Escrituras para si mesmo, o que acontece? Embora haja dezenas de milhares de denominações, haverá sempre mais e mais interpretações das Escrituras.

O fato verdadeiro é que Jesus fundou uma única Igreja e deu-lhe a autoridade para ensinar e emitir regras. Foi justamente por não atentar à essa verdade que os três principais Reformadores (Lutero, Calvino e Zwínglio) discordavam do sentido e efeito dos Sacramentos, da Ceia do Senhor e do Batismo, cada um ensinando uma doutrina diversa. Isto nos mostra que, em vez da autoridade ser a Sola Scriptura, é “Somente a Interpretação” a real autoridade nas igrejas que proclamam a Bíblia como sua única autoridade.

A menos que você tenha a interpretação correta, de que vale a Bíblia?

Fonte: Site “Glory to Jesus Christ!”. Tradução: José Fernandes Vidal.

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Doutrina Católica

Sagrada Tradição, Sola Scriptura e a Divisão Católica

Fonte: Veritatis Splendor

Introdução

Em muitos de nossos artigos temos falado sobre como a Sola Scriptura tem colaborado para a divisão doutrinária no Protestantismo. Em contrapartida os protestantes afirmam que a Sagrada Tradição não trouxe para o Catolicismo a unidade doutrinária. E utilizam esta afirmação como desculpa para continuarem professando a Sola Scriptura. Em suma a lógica protestante é esta: a Sagrada Tradição não trouxe unidade doutrinária ao catolicismo então não há motivo para abandonar a Sola Scriptura e/ou aceitar a Sagrada Tradição. Vejamos se este argumento levantado por nossos contendores é válido.

Primeira análise: análise da corroboração histórica e bíblica

Para verificarmos se há verdade na Sola Scriptura devemos verificar se ela foi ensinada pelos Santos Apóstolos. Se examinarmos os escritos dos Pais da Igreja, não acharemos lá a Sola Scriptura. Acharemos sim, eles defendendo a Fé utilizando as Escrituras, mas isso não é Sola Scriptura como alguns sugerem. Da mesma forma os encontraremos defendendo a Fé utilizando o ensino oral dos Apóstolos, ou o que no catolicismo é chamado de Sagrada Tradição.

Nem na Bíblia encontramos a Sola Scriptura, encontraremos sim, versículos dizendo que Escritura é útil para ensinar, exortar na fé. E isso também não é Sola Scriptura. Da mesma forma encontraremos versículos testemunhando que tanto o ensino oral dos Apóstolos também é Palavra de Deus ao lado das Sagradas Escrituras.

Tanto o testemunho histórico quanto o bíblico nega a Sola Scriptura e por isto é suficiente para que esta doutrina humana seja abandonada do meio Cristão; o que não acontece com a Sagrada Tradição que é corroborada por ambos.

Segunda análise: análise da divisão doutrinária católica

Os protestantes normalmente chamam de divisão católica a opinião dos Bispos católicos sobre as questões de fé e moral. Devo informar que a opinião de qualquer clérigo, seja qual for (diácono, padre, Bispo ou Papa) não é doutrina católica. A doutrina católica não é formada pelo conjunto dos pensamentos dos ministros da Igreja, mas sim da Verdade Revelada por Cristo e pelos Apóstolos (Sagrada Tradição e Sagrada Escritura), pelo ensino dos Concílios Ecumênicos e Decretos Papais (Sagrado Magistério), que é claro tem a colaboração de seus clérigos. A síntese de tudo isto pode ser encontrado, por exemplo, no Catecismo da Igreja Católica ou nas Cartas Apostólicas dos Papas.

Desta forma, não pelo fato de existirem (infelizmente) Bispos de orientação TL (Teologia da Libertação) que faz a TL doutrina Católica. A Doutrina Católica possui um corpo bem definido, com fronteiras bem conhecidas pelas quais é possível afirmar se um Bispo lhe é fiel ou não, se está ou não respeitando-a quando ensina algo em nome da Igreja.

Outros protestantes apontam como divisão da doutrina católica a diferença doutrinária entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. O leitor não deve confundir diferença doutrinária com diferença disciplinar.

A doutrina é o conjunto dos ensinamentos sobre a Fé e a Moral e é imutável. A disciplina é o conjunto de normas que regulam as atividades e a vida religiosa da Igreja, e é mutável. Exemplificando, a fé na Trindade é dogma da Igreja, é faz parte da sua doutrina, e não pode ser mudado, a Igreja manhã não pode dizer que Maria faz parte da Trindade (como alguns malucos andaram sugerindo…). O Celibato dos Padres é uma norma disciplinar, a Igreja amanhã poderá mudar isso e autorizar o casamento dos Padres.

A Igreja Católica é formada por todas as dioceses (1) em plena comunhão com o Bispo de Roma. A Igreja Católica devido à diferença de rito e/ou disciplina classifica-se em Igreja Latina (de rito e disciplina Romanos) e Igreja Oriental (de rito e disciplina Orientais, como a Igreja Católica Melquita, Igreja Católica Maronita, etc). As dioceses chefiadas por Bispos cismáticos (legítimos sucessores dos apóstolos mas que não estão com plena comunhão com o Bispo Romano) fazem parte da Igreja Católica, mas sim da Igreja Ortodoxa, por isso não podem ser chamados de católicos já que não fazem parte da comunhão católica, são tão somente Igrejas Particulares (2). Assim enganam-se aqueles que imaginam uma divisão doutrinária no Catolicismo.

Contextualizando isso, há sim, diferenças doutrinárias entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa. Por exemplo, a grande maioria dos católicos ortodoxos não aceitam a Infabilidade do Bispo de Roma, outros não aceitam as duas naturezas de Cristo (monofisistas) e ainda há aqueles que dizem que o Espírito Santo procede somente do Pai e não também do Filho.

A diferença doutrinária entre Católicos e Ortodoxos é ínfima se comparada com a diferença doutrinária existente entre as milhares de denominações protestantes. A estrada que divide a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa é curta, o que torna a unidade doutrinária entre ambas possível. Há muitos esforços da Santa Sé neste sentido. Já no protestantismo o desejo do Senhor de que todos sejam um (cf. Jo 17,11. Jo 17,21-22) torna-se praticamente é impossível.

Depois do Cisma do Oriente, o desenvolvimento (não invenção) da doutrina que se dava em comunhão entre todos os Bispos, desde o Concílio de Jerusalém, acontecia de forma separada entre Igreja Católica e Ortodoxa. Daí que tem origem as divergências doutrinárias hoje existentes entre as duas Igrejas.

Este delta doutrinário poderia ser maior se não fosse pela Sagrada Tradição, que tem exercido a função de uma verdadeira liga, já que tanto a Igreja Católica como a Igreja Ortodoxa guardam (também) como Palavra de Deus a mesma Sagrada Tradição, e a utilizam como fundamento para o desenvolvimento de suas doutrinas (3).

Conclusão

A atual desculpa protestante para continuar no erro da Sola Scriptura não se sustenta pela análise da corroboração histórica e bíblica, já que esta doutrina não encontra amparo na memória cristã e nem na própria Sagrada Escritura.

Também não se sustenta pela análise da divisão doutrinária católica. Embora a Sagrada Tradição não tenha impedido a divisão doutrinária entre Católicos e Ortodoxos, pela própria natureza desta divisão (como anteriormente foi exposto), ela não corrobora com isto, ao contrário da Sola Scriptura ( já que embute em si própria a dourina do Livre Exame, que faz de cada cristão o seu próprio mestre e professor.). É exatamente a Sagrada Tradição que torna possível que cristãos católicos e ortodoxos se encontrem, caminhando a pé pela estrada que os separa.

Notas

(1) Uma diocese ( do latim diocesis) é uma organização com base territorial que abrange determinada população sujeita á autoridade e administração de um Bispo legítimo, isto é ordenado através da sucessão dos Apóstolos.

(2) “É católica toda a Igreja particular (isto é, a diocese e a eparquia), formada pela comunidade de fiéis cristãos que estão em comunhão de fé e de sacramentos seja com o seu Bispo, ordenado na sucessão apostólica, seja com a Igreja de Roma, que «preside à caridade» (S. Inácio de Antioquia).” (Catecismo da Igreja Católica Compêndio no. 167. ver também CIC 832-835).  A Igreja Particular perde sua catolicidade se não está integrada à Comunhão Católica.

(3) O desenvolvimento doutrinário tanto da Igreja Católica quanto da Igreja Ortodoxa também se apóia na Sagrada Escritura.

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O falacioso Protestantismo

Fonte: Veritatis Splendor
Por Pedro Ravazzano

“Quanto a mim, não acreditaria no Evangelho se não me movesse a isso a autoridade da Igreja católica”. Santo Agostinho

O protestantismo vive num círculo vicioso. Vejamos, se hoje os Pais da Reforma ressuscitassem milagrosamente cairiam para trás ao ver a situação das igrejas por eles criadas e, muito provavelmente, seriam chamados de idólatras e pagãos por seus irmãos e filhos. Na verdade não precisamos ir tão longe na imaginação; comparem uma igreja metodista, anglicana, calvinista, luterana dos EUA, da Europa e do Brasil! Os metodistas ingleses e americanos usam imagens – ou ao menos usá-las não é motivo de discussão -, fazem igrejas em estilos góticos, gostam de cantos sacros e apreciam a piedosa devoção. Anglicanos invocam os santos, usam turibulo, seus líderes se paramentam como os Sacerdotes e Bispos católicos, constroem igrejas extremamente belas, usam velas, incensos etc. Já a Catedral Calvinista de Genebra honra a São Pedro, era lá onde Calvino pregava, fica ao lado do Museu da Reforma, quase um Vaticano protestante. Os luteranos do hemisfério norte também seguem diversas tradições católicas que eram respeitadas até mesmo pelos reformadores, se assemelham aos anglicanos quanto a isso. Eu apenas abordei pontos externos, se fosse fazer uma análise teológica as diferenças entre as denominações seriam gritantes. Os Pais da Reforma eram homens, em sua maioria, doutos e cultos, tinham acesso a obras de grande peso na cristandade, dominavam línguas, tinham uma cultura destacada; Lutero era um teólogo com relevo no cenário alemão, Calvino tinha uma formação clássica, Wesley, que apareceu séculos mais tarde, se educou na prestigiosa Universidade de Oxford. A questão que aparece é a seguinte, se esses homens estavam errados na sua hermenêutica bíblica, na compreensão do tal cristianismo primitivo, por que raios um pastor qualquer em pleno mundo moderno se colocaria como o descobridor da verdade cristã? Qual a autoridade que ele usa? Os Pais da Reforma se diziam inspirados pelo Espírito Santo, iluminados por Deus, o mesmo Espírito Santo e o mesmo Deus que “inspira” e “ilumina” os homens que hoje fazem interpretações e chegam a conclusões diferentes das obtidas pelos Luteros e Calvinos da vida – conclusões essas que na época da reforma já não eram nada parecidas! E, muito provavelmente, esses mesmos pastores serão refutados no futuro por outros irmãos seus que enxergaram diferentes verdades na Sagrada Escritura. O mais irônico de tudo isso é que uma das bases fundamentais usadas por eles para endossar essas novas compreensões a respeito do cristianismo e da Bíblia são conhecimentos científicos, ou seja, um respaldo extra-bíblico que influencia no estudo e na hermenêutica dos textos da Sagrada Escritura. Onde foi parar a Sola Scriptura?

Os protestantes consideram a Bíblia auto-sustentável, ou seja, a chave da correta hermenêutica se encontra na própria Escritura. Pois bem, isso deveria confirmar que a hermenêutica bíblica, seja lá de qual tempo, é contínua e inerrante, já que interpreta um Livro eterno e também inerrante, mas não é isso que enxergamos dentro do protestantismo.

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Bíblia Protestantismo

A Sagrada Tradição é igual à Sagrada Escritura?

Temos escritos vários artigos falando sobre a Sagrada Tradição, que é o veículo oral da Revelação de Cristo. Os Santos Apóstolos receberam a pregação do Senhor Jesus e depois foram difundindo esta pregação por todo o mundo conhecido. A pregação dos Apóstolos, foi transmitida na Igreja de Deus de duas formas: por via oral e por escrito.

Temos também publicado vários testemunhos primitivos(1) que mostram que tanto a Sagrada Escritura quanto a Sagrada Tradição sempre foram guardados pela Igreja de Deus como verdadeira Palavra de Deus.

No séc. XVI com o movimento da “Reforma Protestante”, os “reformadores” pregavam que a Palavra de Deus é somente a Sagrada Escritura, contrariando é claro a fé antiga que a Igreja recebeu dos apóstolos.

Nossos artigos têm provacado verdadeiro tumulto no mundo protestante, pois a maioria das pessoas que estão em suas fileiras não sabiam da existência da Sagrada Tradição. Em contra-partida os apologistas protestantes têm afirmado que a Tradição a que se refere os primitivos cristãos não se refere a algo que está fora das Sagradas Escrituras. Dos muitos artigos que se encontram na Internet defendendo esta tese, transcrevo abaixo o trecho de um que muito bem apresenta tal argumento:

    A Tradição de Que Paulo Trata Não É Extra bíblica. Em Gálatas 1: 13 e 14 Paulo fala que perseguia os cristãos seguindo a tradição de seus pais pela qual tinha grande zelo. Em Colossenses 2:8 ele recomenda cuidar-se contra os que ensinavam ‘sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens’. E quando o apóstolo dos gentios refere-se à tradição cristã, ele de modo algum está falando de algo derivado do pensamento popular mas do que ele mesmo ensinou: ‘Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa’.

    Certos autores católicos citam esta passagem para dar a entender que além do texto escrito, haveria tradições relevantes não registradas nas páginas sagradas. Contudo, a própria passagem ressalta aos leitores primários do apóstolo a importância de se aterem ao que lhes fora ensinado, ‘seja por palavra, seja por epístola nossa’. Que o ‘seja por palavra’ não difere do que foi dado ‘por epístola’ é a conclusão mais lógica a se tirar. Ou será que algum tema fundamental, básico para a fé e prática cristãs, ficaria sem registro? Iria Paulo ser tão omisso em suas 13 ou 14 epístolas, deixando de fora de seu repertório de ensinos teológicos, práticos e admoestações individuais ou coletivas algum tema de fato vital para a comunidade cristã? O que ele expressou ‘por palavra’ certamente não destoaria do que fez ‘por epístola’.” (Artigo “A fonte de verdade e salvação: Sola Scriptura ou Bíblia e Tradição?“. Autor: Azenilto G. Brito. Fonte: http://www.azenilto.com/34dVERDSALVA.html)

O autor das linhas acima conclui que quando São Paulo se refere ao que ele ensinou “seja por palavra” o Santo Apóstolo está se referindo ao que ele ensinou “por epístola nossa.”. Para ele essa “é a conclusão mais lógica a se tirar“, pois “Iria Paulo ser tão omisso em suas 13 ou 14 epístolas, deixando de fora de seu repertório de ensinos teológicos, práticos e admoestações individuais ou coletivas algum tema de fato vital para a comunidade cristã?“.

Desta forma, o apologista protestante defende a Sola Scriptura alegando que o que São Paulo ensinou por palavra não vai além daquilo que ele ensinou por Escrito. E como ele chega a esta “conclusão mais lógica a se tirar”? Partindo do princípio de que o Apóstolo escreveu tuda a sua doutrina. Ora, mas não é exatamente isto que se quer provar? Como pode ele defender a Veracidade da Sola Scritpura assumindo como premissa exatamente aquilo que está sendo questionado?

Aqui está o problema da “petição de princípio”. Ora, quando se quer provar a veracidade de um argumento, não se pode assumir como premissa aquilo que se quer provar. E esse é exatamente o recurso da “brilhante” apologética protestante que infelizmente consegue atrair para o erro os mais simples.