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Santa Sé publica Constituição Apostólica que regula passagem de anglicanos à Igreja

VATICANO, 09 Nov. 09 / 01:08 pm (ACI).- A Congregação para a Doutrina da Fé deu hoje a conhecer a Constituição Apostólica “Anglicanorum coetibus”, sobre a instituição dos Ordinariatos Pessoais para os anglicanos que entram em plena comunhão com a Igreja Católica. No comunicado se precisa, ademais, que a disciplina sobre o celibato sacerdotal não variou em modo algum.

A mencionada Constituição Apostólica e as Normas Complementares estão datadas em 4 de novembro, festividade de São Carlos Borromeu, e assinados pelo Cardeal William Joseph Llevada e o Arcebispo Luis F. Ladaria, S.I, respectivamente Prefeito e Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.

No comunicado se recorda que em 20 de outubro de 2009, o Cardeal Llevada anunciou “um novo documento para responder às numerosas petições enviadas à a Santa Sé por grupos de ministros e fiéis anglicanos de diversas partes do mundo que desejam entrar na comunhão plena e visível com a Igreja Católica”.

O texto explica que “a Constituição Apostólica que se publica hoje introduz uma estrutura canônica que facilita essa reunião corporativa mediante a instituição dos Ordinariatos Pessoais que permitirão a esses grupos entrar em comunhão plena com a Igreja Católica, conservando ao mesmo tempo elementos específicos do patrimônio espiritual e litúrgico anglicano. As Normas Complementares servirão para a correta aplicação do procedimento”.

Seguidamente assinala que “esta Constituição Apostólica abre um novo caminho para a promoção da unidade dos cristãos, reconhecendo ao mesmo tempo a legítima diversidade na expressão de nossa fé comum. Não se trata de uma iniciativa que tenha tido origem na Santa Sé, mas sim de uma resposta generosa por parte do Santo Padre à aspiração legítima desses grupos anglicanos. A instituição desta nova estrutura se situa em plena harmonia com o compromisso para o diálogo ecumênico, que segue sendo prioritário para a Igreja Católica”.

Do mesmo modo, o comunicado precisa que “a possibilidade prevista na Constituição Apostólica da presença de alguns clérigos casados nos Ordinariatos Pessoais não significa em modo algum uma mudança na disciplina da Igreja sobre o celibato sacerdotal que, como afirma o Concílio Vaticano II é sinal e ao mesmo tempo estímulo da caridade pastoral e anuncia de forma resplandecente o reino de Deus”.

A Constituição consta de treze disposições relativas à formação dos Ordinariatos que gozam, conforme afirma o texto no parágrafo 3, “de personalidade jurídica pública e são assimiláveis juridicamente a uma diocese”; a potestade do Ordinário “exercida de forma conjunta com a do bispo diocesano local nos casos previstos pelas Normas Complementares”; aos candidatos à Ordem Sacramental; à ereção, com a aprovação da Santa Sé, de novos Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, assim como de paróquias; à visita “ad limina” do Ordinário, entre outros temas

As Normas Complementares, conclui o comunicado, tratam da dependência da Santa Sé; as relações com as Conferências Episcopais e os bispos diocesanos; o Ordinário; os fiéis do Ordinariato; o clero; os bispos que eram anglicanos; o Conselho de governo; o Conselho pastoral e as paróquias pessoais.

“Galileu e O Vaticano” derruba lenda negra sobre cientista e a Igreja

VATICANO, 20 Abr. 09 / 09:31 am (ACI).- “Galileu e O Vaticano” é um novo livro que recolhe os trabalhos da comissão criada pelo Papa João Paulo II sobre o famoso cientista italiano e, segundo o Cardeal Paul Poupard –quem presidiu o grupo de trabalho-, procura derrubar a lenda negra e os mitos criados sobre este caso.

Em declarações a Notimex, o Cardeal Poupard lembrou que João Paulo II fez um desagravo público do Galileu em outubro de 1992. “O Papa tinha a preocupação de clarificar uma imagem má da Igreja ante a opinião pública, na qual era apresentada como inimiga da ciência, isto é um mito mas os mitos atravessam a história e não facilmente são cancelados”, assinalou.

O Cardeal adicionou que “tudo isto foi instrumentalizado, sobre tudo a partir do iluminismo usado como uma arma de guerra contra a Igreja” e ainda hoje estranha que se pensem “coisas sem nenhum fundamento” como a difundida lenda de que Galileu teria sido queimado quando nunca esteve sequer na prisão.

O Cardeal Poupard lembrou que em seu momento, João Paulo II lhe perguntou se logo de aceitar o engano cometido pelos juizes, o caso Galileu estaria fechado. O Cardeal lhe respondeu: “Enquanto existirem pessoas livres pensarão como quiserem”.
“Era importante fazer frente a aquele mito, reconhecer dentro este terrível caso os enganos e assim se fez”, destacou o Cardeal Poupard.

O livro “Galileu e O Vaticano”  foi publicado pela editorial Marcianum PRESS e seus autores são Mario Artigas, falecido em 2006, professor de Filosofia da Ciência em Barcelona e na universidade de Navarra e Dom Melchor Sánchez de Toca, subsecretário do Pontifício Conselho para a Cultura.

O livro de mais de 300 páginas, foi publicado em espanhol e italiano e inclui uma introdução do Arcebispo Gianfranco Ravasi, atual Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura.

Dom Ravasi considera que o trabalho da Comissão sobre Galileu resultava importante para “deixar atrás os escombros de um passado infeliz, gerador de uma trágica e recíproca incompreensão”.

Em declarações a Notimex, Dom Sánchez de Toca explicou que o objetivo principal do livro é “sanar uma ferida aberta” pois a pesar que aconteceram quase 17 anos do desagravo, “parece cada vez que nos encontramos como ao começo”.

Segundo o sacerdote, os juizes do Galileu, além disso do “engano evidente” de pensar que a Terra não se movia, cometeram o desacerto de invadir um campo que não lhes competia. “Pensaram que o sistema copernicano que Galileu defendia com tanta veemência punha em perigo a fé da gente simples e acharam que era sua obrigação impedir seu ensinamento. Isto foi um engano e era necessário reconhecê-lo”, assinalou o autor.

Em 31 de outubro de 1992 João Paulo II reconheceu com uma declaração os enganos cometidos pelo tribunal eclesiástico que julgou os postulados científicos de Galileu Galilei.

Jornal do Vaticano responde a "lenda negra" de Pio XII

VATICANO, 09 Out. 08 / 02:01 pm (ACI).- Mediante um artigo editorial, o jornal do Vaticano L’Osservatore Romano reafirmou o heróico e impetuoso trabalho do Papa Pio XII por salvar aos judeus durante a II Guerra Mundial e rechaçou novamente as acusações de que o Pontífice ignorou o Holocausto, as qualificando como uma “lenda negra” não respaldada pela história.

O editorial do jornal do Vaticano viu a luz dois dias depois que o Rabino de Haifa, Shear-Yashuv Cohen, interviesse durante o Sínodo de Bispos para pedir a suspensão do processo de beatificação de Pio XII, e um dia antes de celebrar o 50º aniversário da partida à Casa do Pai do grande Papa da II Guerra Mundial.

“Pio XII foi um homem da paz, que tratou de atuar o melhor possível, durante um dos períodos mais violentos da história”, diz o editorial; recordando que “ele confrontou a tragédia daquele tempo de guerra como nenhum outro líder o fez. Inclusive quando se enfrentou à monstruosa perseguição aos judeus trabalhou em um silêncio sofrido, o qual é compreensível e cujo objetivo era um eficiente esforço de caridade e inegável ajuda”.

O editorial explica que Pio XII trabalhou silenciosamente detrás da cena para ajudar aos judeus, porque uma intervenção mais direta teria piorado a situação.

Além disso, denuncia o que chama “uma lenda negra sobre o Papa, que foi insensível a Shoah (a palavra hebréia para o Holocausto) ou inclusive pró-nazista” e rechaçou tais acusações, dizendo que eram “sobre tudo inconsistentes do ponto de vista histórico”.

No dia anterior, L’Osservatore Romano dedicou uma página inteira a celebrar a memória do Papa Pio XII, incluindo um artigo do Secretário de estado da Santa Sede, o Cardeal Tarcisio Bertone.

“Foi precisamente graças a uma aproximação prudente que Pio XII protegeu aos judeus e os refugiados”, diz o Cardeal Bertone no artigo, reprodução de uma introdução escrita pelo Cardeal para uma nova biografia sobre o Papa da guerra.

O Secretário de estado argumenta além que toda investigação histórica honesta mostrou que “Pio XII nunca permaneceu calado e muito menos foi anti-semita. Foi prudente”.

“Se tivesse feito uma intervenção pública, teria posto em perigo a vida de milhares de judeus, que, por ordem dela, foram escondidos em 155 conventos e monastérios só em Roma”, adiciona o Cardeal Bertone.

Por isso, conclui, “é profundamente injusto estender o véu do preconceito sobre o trabalho que Pio XII realizou durante a guerra”.

O sacerdote jesuíta que lidera o processo de beatificação de Pio XII, o Pe. Paolo Molinari, assinalou a Rádio Vaticano na terça-feira que “Pacelli fez todo esforço possível para impedir a guerra”, e assinalou numerosos exemplos históricos de como o Papa tratou de impedir que a Itália se somasse ao conflito.

Perguntado sobre o processo de beatificação, o Pe. Molinari assinalou que a Missa que esta quinta-feira presidiu Bento XVI na Basílica de São Pedro com ocasião do 50º Aniversário da morte de Pio XII é “altamente significativa” nesse caminho.

Consternação do Papa pelas vítimas do trágico acidente aéreo no Brasil

VATICANO, 18 Jul. 07 / 12:00 am (ACI).- O Papa Bento XVI reagiu com consternação ao inteirar-se da notícia do trágico acidente de aviação acontecido ontem pela tarde no aeroporto paulista de Congonhas e onde 200 pessoas perderam a vida.

“O Santo Padre consternado pelas centenas de vítimas que causou o acidente aéreo na capital paulista, onde esteve recentemente, quer dar seus mais sentidos pêsames a todos os familiares”, assinala um telegrama enviado em nome do Papa pelo Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, ao Arcebispo Odilo Pedro Scherer, de São Paulo.

Na tarde de ontem, um avião de passageiros da aerolinha brasileira TAM com 180 pessoas a bordo se chocou contra um posto de gasolina no aeroporto. Por causas ainda desconhecidas, o piloto não conseguiu frear a tempo depois da aterrissagem, colidindo contra um edifício da própria TAM e um posto de gasolina próximos ao aeroporto.

No telegrama, o Pontífice “assegura suas orações de sufrágio pelos defuntos, invoca a força e o consolo de Deus para os feridos e para todos os afetados por esta tragédia”.

Finalmente, o Secretário de Estado divulgou por meio do telegrama que o Papa Bento XVI “concede a todos, em sinal de sua proximidade espiritual, a consoladora bênção apostólica”.

Santa Sé confirma iminente publicação do Motu Próprio sobre o Missal Tridentino

Bento XVI se reuniu com Prelados para explicar seu conteúdo e espírito

VATICANO, 28 Jun. 07 / 12:00 am (ACI).- O Escritório de Imprensa da Santa Sé confirmou hoje a notícia que surgiu ontem na imprensa sobre a reunião ocorrida com o Secretário de Estado Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, com alguns bispos representantes de diversas conferências episcopais sobre a próxima publicação do Motu Proprio do Papa Bento XVI sobre o uso do missal promulgado pelo beato João XXIII em 1962.

“Ontem pela tarde –assinala um comunicado da Sala Stampa– se desenvolveu no Vaticano uma reunião, presidida pelo Cardeal Secretário de Estado, para explicar aos representantes de diversas conferências episcopais o conteúdo e o espírito do anunciado ‘Motu Proprio’ de Bento XVI sobre o uso do missal promulgado por João XXIII em 1962″.

No comunicado também se informa que “o Santo Padre saudou os presentes e conversou com eles por cerca de uma hora”.

O Escritório de Imprensa assinala deste modo que “a publicação do documento, que acompanha uma ampla carta pessoal do Santo Padre a cada um dos bispos está prevista dentro de alguns dias, quando o texto for enviado a todos os bispos com a indicação da entrada em vigor do mesmo”.

Embora a Santa Sé não tenha uma data de publicação, diversos meios anunciaram que esta será na próximo sábado, 7 de julho.

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