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Jesus filho de Davi. Mas segundo Santa Maria ou São José?

Fonte: Veritatis Splendor

É de conhecimento de todos os cristãos que Jesus é descendente do Rei Davi, conforme o anúncio dos Santos Profetas. Porém, em conversa recente com alguns irmãos surgiu a dúvida: Jesus é descente de Davi segundo Santa Maria ou segundo São José?

Os Evangelistas Mateus e Lucas apresentam duas genealogias diferentes do Messias. Parece-nos contraditórias, no entanto não são. Em Israel, os nomes das gerações eram registrados segundo a natureza ou segundo a lei. Segundo a natureza, pela sucessão das filiações naturais, assim como fazemos hoje; segundo a lei quando alguém gerava filhos sob o nome de um irmão, falecido sem filhos, pois a Lei não proibia que uma repudiada, ou viúva, desposasse um outro, assim os filhos gerados embora segundo a natureza fossem do cunhado, segundo a lei pertenciam ao defunto. Desta forma, segundo a Tradição registrada por Júlio Africano (séc III), Mateus registra a genealogia do Senhor segundo a Natureza e Lucas segundo a Lei (cf. HE I,7).

De qualquer forma, tanto a genealogia segundo São Mateus quanto a segundo São Lucas apontam para São José. Parece-nos então que a descendência real de São José bastava para se provar a descendência real do Senhor. Alguns acham que o fato de Maria Santíssima ser ou não descendente de Davi, em nada impede o cumprimento do anúncio dos santos profetas na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois José era pai do Senhor por causa da Lei. Outros acham que Deus não permitiria a existência de qualquer motivo que suscitasse dúvidas quanto á origem real do Senhor.

Afim de colocar um pouco de luz sobre este assunto, e se Deus o consentir, tentaremos expor uma solução para este dilema.

O Casamento de Santa Maria com São José e de Santa Isabel com São Zacarias

Segundo a Lei de Moisés “Todas as mulheres que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita, tomarão marido na tribo paterna, a fim de que cada israelita conserve o patrimônio de família” (Nm 36,8) Ver também Nm 36,1-13.

Assim parece-nos então que Maria Santíssima era mesmo da Tribo de Judá, como seu marido São José. No entanto, Santa Isabel, sua prima (portanto pertencia à mesma família de Maria Santíssima) era casada com São Zacarias e este provavelmente pertencia à da tribo de Levi, devido ao seu serviço do templo. Como poderia então Isabel pertencer à tribo de Judá, e conseqüentemente Maria Santíssima?

Temos uma coisa a observar: A obrigação da noiva se casar na mesma tribo de seu pai, não era aplicado a todas as mulheres. Na verdade a Lei (cf. Nm 36,8), não restringe o casamento na mesma família a todas as mulheres, mas somente àquelas “que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita“. E na verdade tanto Santa Maria quanto Santa Isabel tinham procedência muito humilde, não possuindo então herança paterna, o que as desobrigaria em contrair matrimônio com um noivo da mesma tribo. E isto explica o fato de duas primas terem se casado com homens de tribos distintas.

No entanto Davi que pertencia à tribo de Judá tomou como esposa Micol (cf. I Sam 18,27; 19,11) filha do Rei Saul que pertencia à tribo de Benjamim (cf.I m 9,16; 10,20-21). Ora, Micol era filha do Rei, portanto possuía herança paterna, como pôde então receber por noivo um homem da tribo de Judá? A Lei foi dada sobre o Magistério de Moisés e continuou a ser observada durante o Magistério de Josué, seu sucessor. O tempo dos Juízes tem início com a morte de Josué (cf. Jz 2,6-10.16) e ao longo de toda sua duração a prática da Lei foi sendo esquecida (cf. Jz 2,11-23; 21,25). Sabemos que Saul foi rei de Israel logo após o tempo dos Juízes, portanto, numa época e que a observância da Lei não estava latente. Além disto, não podemos nos esquecer que Saul deu sua filha em casamento a Davi, para que através dela pudesse matá-lo (cf. I Sm 18,21).

Sanamos nossa dúvida? Ainda não. Continuemos então buscando as respostas.

Uma pista não canônica

O proto-Evangelho de Tiago Menor, Apóstolo e Bispo de Jerusalém parece irradiar os primeiros raios de luz sobre a questão. Estudando a obra encontramos o seguinte trecho:

Os sacerdotes se reuniram e decidiram fazer um véu para o Templo do Senhor. O sacerdote disse: ‘Chama as moças imaculadas da Tribo de Davi’. Os ministros saíram e após procurarem, encontraram sete virgens. Então o sacerdote recordou-se de Maria [Mãe do Senhor ainda com a idade de 12 anos] e os mensageiros a buscaram” (proto-Evangelho de Tiago 10,1).

O proto-Evangelho de Tiago, embora não seja considerado canônico, foi recebido entre os primeiros cristãos como documento histórico.

Conforme o trecho acima, a ordem do sacerdote (provavelmente o Sumo Sacerdote) para trazer moças da tribo de Davi (portanto, da tribo de Judá), nos indica ser Maria Santíssima descendente de Davi. Se Maria Santíssima não pertencesse a tal tribo, o sacerdote não haveria se lembrado dela, como nos testemunha o trecho “Então o sacerdote recordou-se de Maria e os mensageiros a buscaram“.

O que diz a Sagrada Escritura?

Na genealogia de Mateus (que é segundo a natureza), São José é descendente de Jeconias, filho do Rei Joaquim. No entanto o Senhor promete que não levantará Rei em Israel que descenda deles.

Sobre a descendência de Jeconias: “Pela minha vida! – oráculo do Senhor, ainda que Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, fosse um anel em minha mão direita, eu o arrancaria! Entregar-te-ei aos que procuram sua vida, àqueles que temes, a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e aos caldeus” (Jr 22,24-25). Ainda diz o profeta: “Inscrevei este homem como não tendo filhos, entre aqueles que coisa alguma lograram colher em vida! Pois que ninguém de sua raça conseguirá ocupar o trono de Davi e reinar em Judá” (Jr 22,30).

Sobre a descendência de Joaquim: “Pois bem, eis o que diz o Senhor a respeito de Joaquim, rei de Judá: Nenhum de seus descendentes ocupará o trono de Davi. Ficará seu cadáver exposto ao calor do dia e ao frio da noite” (Jr 36,30).

Assim a herança real do Salvador de forma alguma tem origem em José, mas sim em Maria; visto que o Senhor prometeu jamais colocar no trono de Davi algum descendente de Joaquim ou Jeconias, ambos progenitores de São José. Assim, fica excluída qualquer herança real através de São José e patente a herança real através de Maria Santíssima.

Conclusão

Por isso foi anunciado que o Salvador nasceria da Virgem, sem a obra do homem, excluindo qualquer contribuição de São José na economia divina. O Herdeiro não fruto da geração condenada de São José, mas do milagre realizado no seio da Virgem Santíssima. Não foi sem motivo que Mateus, ao escrever sobre a origem do Salvador, após anunciar a imensa lista de progenitores nos relatou: “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (Mt 1,16). Veja, Mateus na expressão “Maria, da qual nasceu Jesus” expressa aí o mistério do nascimento virginal, mostrando que o Messias seria herdeiro do Trono de Davi, não segundo José, mas segundo Maria.

Podemos então afirmar com toda certeza que Maria, a Mãe de Nosso Deus era realmente descendente de Davi e por conseguinte pertencia à tribo de Judá. E, que Nosso Salvador é Filho de Davi, mas segundo a genealogia de Maria Santíssima.

O Papa proclama 3 novos Santos para a Igreja

Vaticano, 23 Out. 11 / 03:19 pm (ACI/EWTN Noticias)

Diante dos milhares de peregrinos que se fizeram presentes na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI proclamou hoje, Domingo Mundial das Missões, três novos Santos que se entregaram por completo ao anúncio apaixonado do Evangelho e ao serviço ao próximo.

Em uma solene cerimônia na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI canonizou o beato Guido Maria Conforti (1865-1931), Bispo da Parma (Itália), e Fundador da Pia Sociedade São Francisco Javier para as Missões Exteriores; Dom Luigi Guanella (1842-1915), conhecido como o “Apóstolo da caridade”, sacerdote italiano Fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência; e à espanhola Bonifácia Rodríguez de Castro (1837-1905), Fundadora da Congregação das Servas de São José.

Em sua homilia, o Santo Padre recordou que o Senhor deve ser parte fundamental da vida cotidiana de cada fiel: “Ele deve estar presente como diz a Escritura, penetrar em todos os estratos de nosso ser e enchê-los totalmente: o coração deve saber Dele e deixar-se tocar por Ele, e assim a alma, as energias de nosso querer e decidir, assim também como a inteligência e o pensamento. É um poder dizer ‘já não vivo eu, mas é Cristo quem vive em meu’”.

Católicos podem e devem participar da política para servir o povo, assinala Prof. Felipe Aquino

Prof-Felipe-Aquino

SÃO PAULO, 14 Jun. 11 / 09:40 am (ACI)

Em um artigo escrito este último 12 de junho, o conhecido blogger, escritor e apresentador do canal Católico Canção Nova, o Prof. Felipe Aquino, ecoou o pedido do Papa para que os católicos participem da vida pública e assinalou que o Brasil necessita uma nova geração de políticos para confrontar a crise que vem gerando propostas de lei cada vez menos humanas. De maneira especial o autor urgiu os leigos católicos à participação na política para a caridade e para o bem do povo.

No seu artigo o Prof. Aquino recorda que “no dia 26 de maio último o Papa Bento XVI, falando aos bispos italianos, na Basílica de Santa Maria Maior, fez um apelo para que os bispos encorajem os católicos a participar da vida pública”.

As palavras do Papa naquela ocasião foram: “A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”.

“O Papa pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana”, recordou o Prof. Felipe.

“Hoje a dignidade humana é altamente desrespeitada, a imagem e semelhança de Deus no rosto humano é desfigurada, especialmente porque faltam bons cristãos na política,na mídia e nos cargos públicos”, assinalou o pensador católico brasileiro.

“Sabemos que a política é uma atividade boa, que visa o bem comum, a caridade; o que não presta é a politicagem dos politiqueiros que usam da política para os seus interesses egoístas e o desejo de poder. Por isso, a maioria boa acaba ficando com medo de entrar na política e na vida pública, deixando o campo aberto a muitos maus, corruptos e imorais”, afirmou.

“A atual situação do Brasil mostra quanto é necessário uma reforma política, trabalhista, tributária, etc., mas sabemos que nada acontece porque não é de interesse de quem faz uso da política para seu benefício e não do povo. Nossas instituições democráticas estão fragilizadas ameaçando-se o Estado de Direito. O poder legislativo está acuado pelo executivo e o judiciário nem sempre está livre para fazer valer a lei maior”, denunciou também o Prof. Aquino.

O professor e escritor católico lamenta que “grande parte dos políticos hoje eleitos em todos os níveis consegue se eleger porque são bancados financeiramente por instituições poderosas, ou por entidades corporativistas, ou por partidos políticos criados para isso, e depois de eleitos vão trabalhar para essas instituições e não para o povo, não para o bem comum”.
“Isso precisa mudar urgentemente”, ressaltou.

“Então é preciso que novos políticos, imaculados, se disponham a entrar na vida pública não para trabalhar para si mesmos e suas famílias, e nem mesmo pela Igreja, que não pede isso, mas para a caridade, para o bem do povo”, assinalou Felipe Aquino.

Depois de lamentar os últimos escândalos de corrupção e má administração do dinheiro público o Prof. Felipe Aquino denuncia também como “projetos anticristãos são aprovados, como a legalização da estabilidade da união homossexual, o uso de embriões humanos para pesquisa, a legalização da prostituição, a tentativa de se impedir a Igreja de pregar os valores evangélicos, a deseducação sexual das crianças nas escolas com cartilhas e kits obscenos, a distribuição farta da camisinha até nas escolas, a destruição da língua portuguesa com a desculpa de “discriminação lingüística”, a tentativa permanente de aprovar o aborto”.

“A Lei de Cristo e da Igreja vai sendo calcada aos pés. Até quando?”, indaga o autor.

“Como o nosso Brasil era majoritariamente católico até uns quarenta anos atrás, e nossos homens públicos e as nossas leis eram católicas, o povo cristão não aprendeu a se mobilizar e lutar por leis católicas; não era preciso. Mas hoje tudo mudou; hoje há a necessidade da aprendermos o que significa MOBILIZAÇÃO, que as minorias gritantes fazem bem”, asseverou.

“Infelizmente nós católicos ficamos chorando nos ombros uns dos outros, mas ainda não nos unimos e agimos; por ora estamos apenas em nossas “equipes de consolo mútuo”, sem resultados. Sabemos que o mal se agiganta quando o bem se omite”.

“Leão XIII já dizia que a audácia dos maus cresce com a omissão dos bons. Um terreno abandonado não produz couve, alface, chicória, rabanete, etc., não, só produz mato, espinho, abrolhos, ratos, lagartos, cobras e lixo. Assim fica a sociedade se não sofrer a ação dos cristãos”, afirmou.

“Como o Papa está pedindo, os católicos precisam entrar na política, mas de maneira organizada, preparados, para atuarem de maneira correta. Hoje precisamos de Associações cristãs que preparem e lancem candidatos políticos a todos os cargos eletivos. Precisamos urgentemente de “instrumentos de mobilização” política para formar homens e mulheres públicos preparados, com acompanhamento, assessoramento para exercer bem os seus mandatos”, assinalou o autor.

“E sabemos que isso é papel de nós leigos e não do clero”, conclui o Prof. Aquino.

Para mais artigos do Prof. Felipe, visite o seu blog em:
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/

A Igreja contará com um novo santo e 35 novos beatos

Dom  Luigi Guanella / Cecilia Eusepi VATICANO, 01 Jul. 10 / 01:18 pm (ACI).- O Papa Bento XVI autorizou esta manhã a Congregação para a Causa dos Santos a promulgar os decretos referentes à canonização do sacerdote italiano Luigi Guanella, a beatificação de um sacerdote e três religiosas italianas, e 31 mártires da Espanha, Alemanha, Hungria e França.

Ao receber o Arcebispo Angelo Amato, S.D.B., prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, o Papa autorizou a promulgação dos decretos sobre os milagres atribuídos à intercessão de:

Beato Luigi Guanella, italiano, (1842-1915), sacerdote, fundador da Congregação dos Servos da Caridade e do Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.

Venerável Giustino Maria Russolillo, italiano, (1891-1955), sacerdote, pároco de Pianura e  fundador da Sociedade  das  Divinas Vocações.

Venerável Serva de Deus Maria Serafina do Sagrado Coração de Jesus (no século: Clotilde Micheli), italiana, (1849-1911), fundadora do Instituto das Irmãs dos Anjos.

Venerável Serva de Deus Alfonsa Clerici, italiana, (1860-1930), religiosa professa da Congregação das Irmãs do Preciosíssimo Sangue de Monza.

Venerável Serva de Deus Cecilia Eusepi, italiana, (1910-1928), da Terceira Ordem Secular dos Servos de Maria.

Também se reconheceu o martírio de:

Servo de Deus Janos Scheffler, húngaro, (1887-1952), bispo de Satu Mare (Romênia).

Servos de Deus José María Ruiz Cano, Jesus Aníbal Gómez Gómez, Tomás Cordero Cordero e 13 companheiros da Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado da Bem-aventurada Virgem Maria; assassinados por ódio à fé durante a perseguição religiosa na Espanha em 1936.

Servos de Deus Carmelo María Moyano Linares e 9 companheiros da Ordem  Carmelita; assassinados por ódio à fé durante a perseguição religiosa na Espanha em 1936.

Servos de Deus Johannes  Prassek  e 2 companheiros, sacerdotes diocesanos, assassinados por ódio à fé em Hamburgo (Alemanha), em 10 de novembro de 1943.

Serva de Deus Marguerite Rutan, francesa, religiosa professa da Congregação das Irmãs Filhas da Caridade de São Vicente de Paula, nascida em 1736 e assassinada em 1794.

Do mesmo modo, autorizou promulgar os decretos sobre as virtudes heróicas de:

Servo de Deus Basilio Martinelli, italiano, (1872-1962), sacerdote professo da Congregação das Escolas da Caridade (Instituto Cavanis).

Serva de Deus Maria Antonia de São José (no século: María Antonia de Paz y Figueroa), Argentina, (1730-1799), fundadora do Beatério dos Exercícios de  Buenos Aires (Argentina).

Serva de Deus Maria (no século: Casimira Kaupas), lituana, (1880-1940), fundadora da Congregação das Irmãs de São Casimiro.

Serva de Deus Maria Luisa (no século: Gertrude Prosperi), italiana, (1799-1847), abadessa do Monastério da Ordem de São Benito de Trevi.

Serva de Deus Maria Teresa (no século: María del Carmen Albarracín), espanhola, (1927-1946), religiosa professa das Irmãs de Maria Imaculada Missionárias Claretianas.

Serva de Deus Maria Plautilla (no século: Lucia Cavallo), italiana, (1913-1947), religiosa professa das Irmãzinhas Missionárias da Caridade.

Papa pede que sacerdotes levem Maria no coração

E destaca o amor especial que a Mãe de Jesus lhes dedica

CASTEL GANDOLFO, quarta-feira, 12 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI pediu hoje que os sacerdotes tenham Maria na dinâmica de sua existência e no horizonte de seu apostolado, valorizando o especial vínculo de maternidade entre a Mãe de Jesus e os presbíteros.

Esta manhã, durante a audiência geral com os peregrinos no pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, o Papa falou sobre Maria e o sacerdócio, “uma relação profundamente enraizada no mistério da Encarnação”.

De acordo com o pontífice, o ‘sim’ de Maria “é a porta através da qual Deus é capaz de entrar no mundo, fazer-se homem. Então Maria é verdadeira e profundamente envolvida no mistério da Encarnação, de nossa salvação”.

Ao voltar o olhar para a Cruz, o Papa destacou que naquele momento Jesus entregou na reciprocidade Maria e o discípulo amado.

“O Evangelho nos diz que, a partir desse momento, São João, o filho amado, levou a mãe Maria ‘para a sua casa’. Assim é na tradução italiana, mas o texto grego é muito mais profundo, muito mais rico”, disse o Papa.

“Podemos traduzir: levar Maria no íntimo de sua vida, de seu ser, eis tà ìdia, na profundidade do seu ser. Levar consigo Maria significa introduzi-la na dinâmica completa da própria existência –não é algo exterior– e em tudo o que constitui o horizonte de seu apostolado.”

De acordo com o Papa, assim se compreende “como a peculiar relação de maternidade existente entre Maria e os sacerdotes constitui a fonte primária, a razão fundamental da predileção que ela tem por cada um deles”.

“Maria os prefere, de fato, por duas razões: porque eles são mais parecidos com Jesus, amor supremo de seu coração, e também porque, como Ele, estão envolvidos na missão de proclamar, testemunhar e dar Cristo ao mundo.”

“Pela própria identificação e conformação sacramental a Jesus, Filho de Deus e Filho de Maria, cada sacerdote pode e deve sentir-se realmente filho amado desta suprema e humilde Mãe”, disse Bento XVI.

Importância da devoção mariana para as vocações

Explica o cardeal Lajolo durante sua visita à Ucrânia

KIEV, quarta-feira, 22 de julho de 2009 (ZENIT.org).- O encontro contínuo com Maria “nos ajuda a descobrir nosso destino pessoal e o sentido da história à luz de Cristo”, afirmou o presidente da Comissão Pontifícia para a Cidade do Vaticano, cardeal Giovanni Lajolo.

O cardeal destacou a importância da devoção mariana, especialmente para as vocações, após a procissão mariana celebrada em Zarvanytsia (Ucrânia) neste sábado, vigília da festa da bem-aventurada Virgem Maria, padroeira do povo ucraniano.

O ato faz parte da visita realizada a esse país báltico entre os dias 17 e 21 de julho, a convite da Igreja local, segundo informa L’Osservatore Romano em sua edição diária em língua italiana nesta quarta-feira.

“Maria nos ensina a ter fé em Jesus e Ele nos ensina a compreender a nós mesmos, a discernir nossa vocação, a abrir-nos aos projetos de Deus para o futuro”, assegurou.

O cardeal Lajolo indicou que “contemplando o rosto de Maria, descobrimos o verdadeiro rosto de Deus, sua beleza, sua bondade e sua misericórdia”. “Contemplando o rosto de Nossa Senhora, ficamos iluminados pela luz divina que transforma também nosso rosto”, acrescentou.

Para o cardeal, “recorrendo à intercessão de Maria e escutando sua voz, renovamos a fidelidade à nossa vocação e recebemos a graça de revelar aos corações das novas gerações a beleza da vocação ao sacerdócio e à vida consagrada”.

Além de Zarvanytsia, o cardeal Lojolo visitou Lviv, Ternopil, Berdychiv e Kiev, e descreveu sua visita ao país báltico como “uma viagem para sentir-se parte da Igreja na Ucrânia”.

Segundo explicou o purpurado, a visita à Ucrânia foi significativa por muitas razões. Foi uma ocasião “para dar testemunho de unidade da Igreja”, diante de um mundo que, marcado por “tanta indiferença e às vezes tanta hostilidade manifesta e oculta”, mostra ter uma grande necessidade de unidade, indicou.

Uma ocasião também para reafirmar “o espírito de comunhão fraterna que reina na Igreja, que é um só coração e uma só alma em Cristo”.

No sábado, o cardeal celebrou a Missa na catedral latina de Lviv, e no domingo, no santuário de Berdychiv, junto a centenas de fiéis.

Este santuário tem uma história singular: durante muitos anos do século passado, o edifício foi transformado em museu do ateísmo, como um sinal de ódio à fé. Ao recuperar seu antigo sentido, adquiriu um grande significado simbólico para a história da Ucrânia e de toda a Europa. Passou de ser um lugar exemplar para demonstrar a falsidade da religião a converter-se novamente em um frequentadíssimo lugar de devoção mariana.

A imagem de Nossa Senhora não foi destruída porque os responsáveis do museu pensaram que teria um grande valor histórico. Na verdade, tratava-se de uma reprodução da imagem de Maria, Saúde do Povo Romano, venerada na basílica papal de Santa Maria a Maior, de Roma.

“Neste lugar usado contra Deus, ainda que, na verdade, também contra o homem, deixai-me dizer que há algo pior que negar Deus: esquecer-se de Deus, viver como se Ele não estivesse aqui”, disse o cardeal. E destacou que “o esquecimento de Deus é o grande perigo da cultura do Ocidente”.

O cardeal pediu: “Não vos esqueçais de Deus. Nunca! Deus é luz; Ele dá à nossa vida seu significado último. Quem crê em Deus e confia n’Ele, nunca fica decepcionado”.

“Ninguém pode dizer que ama a Deus se não ama o homem, imagem de Deus – acrescentou. Por isso, a verdadeira religião nos encaminha interiormente à paz.”

Dirigindo-se aos jovens presentes, indicou-lhes Maria como caminho para “transformar em novos santuários os numerosos museus do ateísmo espalhados pela terra”. E lhes disse: “Em Maria, vemos o amor de Deus por nós com toda a sua força, mas também com toda a sua ternura, que sempre tem sua origem no próprio Jesus”.

Pequenas igrejas grandes negócios

Autor: Pe. Alessander Carregari Capalbo
Paróquia Santa Maria dos Pobres – Paranoá – DF
Pároco
Fonte: www.santamaria.org.br

Sem dúvida nenhuma, despertou no meu interior o desejo de escrever este artigo, baseado numa matéria publicada no dia 23 de junho do corrente ano, que fazia referência a proliferação das seitas em locais carentes.

O primeiro susto, ou melhor, a primeira pergunta que nasceu dentro de mim foi: será que Cristo fundou 300 igrejas (seitas) numa cidade satélite com um pouco mais de 100.000 habitantes? A coerência diante da História rapidamente respondeu minha pergunta através dos fatos ocorridos. Um dos grandes erros da Reforma foi afirmar que só a escritura basta, levando como conseqüência a livre interpretação da palavra de Deus. Neste fato já respondemos ao porquê da proliferação de tantas “igrejinhas”. É muito simples de fundar: aluga uma garagem, ou na própria casa, pega a bíblia e começa o grande empreendimento.

Faço esta afirmação porque por detrás de tantas seitas está o dinheiro e o engano das pessoas, alcançado durante sua permanência no culto numa verdadeira lavagem cerebral. Tudo começa com a afirmação de que a pessoa está endemoninhada, que sua vida está amarrada (pela falta de emprego, por ser pobre, por passar dificuldades, etc.). Então a pessoa é chamada a arriscar. Neste momento o pastor usa uma voz distorcida imitando as “vozes do além”, a música e os focos de luzes do teatro estão estrategicamente a postos para provocar a histeria coletiva: pessoas desmaiam, têm ataques psicológicos que produzem efeitos no subconsciente e a conclusão sempre é a mesma: o demônio. É até engraçado!…
Estes dias passando diante de uma destas seitas parei e fiquei olhando: apagaram todas as luzes do “templo” e acenderam uma luz vermelha que piscava, parecia filme de terror. Muitas pessoas naquele momento como afirmava o pastor estavam possuídas e por quem? Pelo diabo, é claro. Mas o mais importante é o que vem depois do “desencapetamento”: as promessas das bênçãos. Aqui deve entrar uma boa oferta porque o dinheiro é do demônio. Então tens que pagar o dízimo, tens que fazer oferta para ser levada à fogueira santa ou até mesmo para ser queimada (apesar de nunca ter escutado ou visto uma seita que queimasse o dinheiro).

Aqui começa tudo, a pessoa cada vez mais tem a necessidade de dar porque quer um emprego, tudo gira em torno do ser rico, ganhar muito, ter muito dinheiro, saúde, amor, etc.

Aqui está a explicação das “igrejas” que ficam o dia inteiro com as portas abertas: quanto mais pessoas, mais dinheiro e mais sucessos. Pessoas que diante do sofrimento de cada dia vão buscar um consolo e não sabem onde estão caindo!…

No mesmo dia 23 deste mês, num site de noticias (ACI) se publicava uma matéria da KIRCHE IN NOT (Organização Internacional), sobre uma análise desta realidade, onde estas seitas oferecem roupas, comida, sapatos, etc.. Tudo para as pessoas começarem a freqüentar tal estabelecimento. Parece brincadeira, mas é assim que começam a comprar e a induzir as pessoas fragilizadas pela vida que se aproximam, e como estas são simples, caem facilmente no conto do “chapeuzinho vermelho”.

Há mais ou menos três semanas atrás, recebi uma pessoa que freqüentou por seis anos uma destas seitas onde tudo lhe foi prometido. Foi “desencapetada” e era fiel no seu dízimo, passando até por privações em sua casa porque Deus precisava do seu dinheiro para abençoá-la. Depois de um tempo não tendo mais nada para ofertar, fez empréstimos no banco. Final da história: ficou com uma dívida grandíssima.
Preocupada com a situação, procurou o pastor da igreja que freqüentava e lhe perguntou onde estavam as bênçãos que Deus lhe prometera… Estava cheia de dividas e não tivera nenhuma prosperidade na vida… Resposta do pastor: ”você é filha do demônio, por isso você não foi abençoada”.

Agora termino com duas simples perguntas:

1 – Parece séria uma resposta destas a uma mulher que fez tudo inocentemente e enganada?

2 – Você já se perguntou quantas vezes a “igreja” que você pertence já se dividiu?

Na tradução grega a palavra Diabolus significa divisor. Na origem de novas seitas, estão quase sempre divisões e desentendimentos entre pastores, e por isso proliferam. Ao não se entender com o outro pastor, logo forma a sua “igrejinha”. E o pior, ao invés de ajudarem, enganam pessoas simples que pensam estar no caminho certo. Formam-se seitas para todos os gostos do mercado: numa “igreja” é permitido aos jovens fazerem de tudo, na outra é possível casar várias vezes, na outra é fazer política partidária… E assim vai…
A religião tem se tornado um meio de enriquecimento para poucos, enquanto os simples e pobres bancam tudo isso na esperança de uma mudança.

Na escritura, Cristo faz uma afirmação muito categórica: “Guardai-vos dos falsos profetas… eles falam em meu nome… mas são lobos vorazes…” (Mt 7,15), prontos para devorar os que sofrem, os “pequenos” de quem fala o Evangelho. Mas será que Cristo ensinou a divisão, ensinou uma vida tranqüila?

Pare e pense, porque você pode ser uma pessoa que está sendo enganada.

Virgem Maria rogai por nós!

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