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Se Cristo ressuscitou, todo mal tem remédio, afirma Cardeal Rivera

MEXICO D.F., 13 Abr. 09 / 04:19 pm (ACI).- O Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera, destacou em sua homilia por Páscoa de Ressurreição na Catedral desta capital: “Se Cristo ressuscitou, todo mal tem remédio”.

Em sua homilia o Cardeal evocou a figura do apóstolo Tomé e o comparou com quem ainda vive sem acreditar. “Na incredulidade de Tomé, podemos encontrar as dúvidas e incertezas de muitos cristãos de hoje, assim como os medos e desilusões de muitos contemporâneos nossos”, explicou.

“A humanidade –disse– pode ser tentada pela incredulidade de Tomé diante da dor, do mal, das injustiças, da morte, da violência, da crise econômica. Ante isso, a humanidade atual espera dos cristãos um testemunho renovado da ressurreição de Cristo”.

“Entretanto o ressuscitado se faz presente. Não foi um sonho nem uma ilusão; é uma experiência verdadeira, inesperada e por isso comovente” que responde às tentações da “dor, do mal, das injustiças, da morte, da violência, da crise econômica”.

Neste sentido aludiu que a profissão de fé que faz o apóstolo: meu senhor e meu Deus, permite aos cristãos promover uma fé renovada que a humanidade atual necessita.

De igual modo, o Arcebispo assinalou que a ressurreição de Cristo convida ao fiel cristão a viver uma fé sem incredulidade pois só um Deus que carregou com as dores da humanidade pode ser digno de fé pois demonstra que há esperança de um futuro melhor:

“Somente um Deus que nos ama até carregar com nossas feridas e dor, sobre tudo a dor inocente, é digno de fé. Se Cristo ressuscitou, todo mal tem remédio. Cristo ressuscitado é a esperança de um melhor futuro”, concluiu.

Mensagem pascal do Papa: ressurreição de Jesus não é teoria

Pronunciada da janela da Basílica de São Pedro, diante de 200 mil peregrinos

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI dedicou a mensagem da Páscoa – pronunciada da janela da Basílica de São Pedro do Vaticano – a mostrar como a ressurreição de Jesus não é uma teoria ou um mito, mas o fato mais significativo da história.

Diante de 200 mil fiéis que enchiam a Praça de São Pedro e as ruas adjacentes, o Papa considerou, por este motivo, que o anúncio da Páscoa limpa as regiões escuras do materialismo e do niilismo, que parecem estender-se nas sociedades modernas.

Em uma manhã de céu coberto, o Santo padre recolheu «uma das questões que mais angustia a existência do homem é precisamente esta: o que há depois da morte?».

«A este enigma – respondeu –, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte não tem a última palavra, porque no fim quem triunfa é a Vida.»

A ressurreição de Jesus «não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua ‘páscoa’, da sua ‘passagem’, que abriu um ‘caminho novo’ entre a terra e o Céu».

«Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo», sublinhou.

O Bispo de Roma explicou que «o anúncio da ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos. Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, àquela visão do mundo que não sabe transcender o que é experimentalmente constatável e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da existência humana».

De fato, assegurou, «se Cristo não tivesse ressuscitado, o ‘vazio’ teria levado a melhor. Se abstraímos de Cristo e da sua ressurreição, não há escapatória para o homem, e toda a sua esperança permanece uma ilusão».

Com a ressurreição de Cristo, sublinhou, «já não é o nada que envolve tudo, mas a presença amorosa de Deus».

Porém, continuou dizendo, ainda que seja verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e o mundo, no entanto, «restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio».

Por este motivo, o papa afirmou que Cristo «precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d’Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor».

Sexta-Feira Santa: se Deus existe, o não-crente perdeu tudo

Pregação do Pe. Cantalamessa na celebração da Paixão do Senhor

Por Gisele Plantec

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Para muitos não-crentes, a fé em Deus é um obstáculo para a felicidade. Na Sexta-Feira Santa, dia no qual a Igreja revive a morte de Cristo, o pregador da Casa Pontifícia mostrou no Vaticano como o crente, ao ter Deus, tem tudo, sobretudo a felicidade.

O Pe. Raniero Cantalamessa, ofm. Cap., na homilia que pronunciou na celebração da Paixão do Senhor, presidida por Bento XVI na Basílica de São Pedro, respondeu ao slogan que circula nos ônibus de algumas cidades da Europa: «Provavelmente Deus não existe. Deixe de preocupar-se e aproveite a vida».

«A mensagem subliminar é que a fé em Deus impede de desfrutar a vida, é inimiga da alegria. Sem essa, existiria mais felicidade no mundo!», constatou o pregador.

E respondeu à provocação propondo a pergunta que cedo ou tarde toda pessoa se faz, crente ou não-crente: qual é a origem e o sentido do sofrimento?

O pregador do Papa respondeu como o apóstolo São Paulo: O pecado é «a principal causa da infelicidade dos homens, ou seja, a rejeição de Deus, não Deus!».

O pecado, declarou, «prende a criatura humana na ‘mentira’ e na ‘injustiça’ (Rm 1, 18ss; 3, 23), condena o próprio cosmos material à ‘vaidade’ e à ‘corrupção’ (Rm 8, 19ss) e é a causa última também dos males sociais que afligem a humanidade».

Na cruz, explicou o Pe. Cantalamessa citando São Paulo, «Cristo derrubou o muro de separação, reconciliou os homens com Deus e entre si, destruindo a inimizade».

«A partir daí, a antiga tradição desenvolverá o tema da cruz como árvore cósmica que, com o braço vertical, une céu e terra e, com o braço horizontal, reconcilia entre si os diversos povos do mundo.»

Trata-se, declarou o sacerdote capuchinho, de um «evento cósmico e ao mesmo tempo personalíssimo: ‘Ele me amou e se entregou por mim’» (Gál 2, 20).

Neste sentido, cada homem, acrescentou o pregador, é «aquele por quem Cristo morreu» (Rm 14, 15).

«Com sua morte, Cristo não somente venceu o pecado, mas também deu um sentido novo ao sofrimento, também àquele que não depende do pecado de ninguém», acrescentou o Pe. Cantalamessa.

Jesus, insistiu, fez do sofrimento «um instrumento de salvação, um caminho à ressurreição e à vida. Seu sacrifício exercita seus efeitos não através da morte, mas sim graças à superação da morte, isto é, à ressurreição».

«Cristo não veio, portanto, para aumentar o sofrimento humano ou a pregar a resignação dessa; veio para dar-lhe um sentido e anunciar o fim e a superação», assegurou.

O Pe. Cantalamessa constatou que lêem esse slogan nos ônibus de Londres e de outras cidades também os pais com um filho doente, as pessoas sozinhas ou que ficaram sem trabalho, os exilados que fogem dos horrores da guerra, quem sofreu graves injustiças na vida…

«Eu procuro imaginar sua reação ao ler as palavras: ‘Provavelmente Deus não existe: aproveite, portanto, a vida!’ E com quê?», perguntou.

Mas, continuou reconhecendo, «não é a única incongruência dessa ideia publicitária».

«’Deus provavelmente não existe’: portanto, poderá existir, não se pode excluir totalmente que exista. Mas, querido irmão não-crente, se Deus não existe, eu não perdi nada; se, ao contrário, Ele existe, você terá perdido tudo!», disse.

«Devemos quase agradecer aos que lançaram aquela campanha publicitária; ela tem servido à causa de Deus mais do que muitos dos nossos argumentos apologéticos. Mostrou a pobreza de suas razões e contribuiu para despertar muitas consciências adormecidas», assegurou diante do Papa e dos milhares de fiéis que lotavam a basílica.

O Pe. Cantalamessa concluiu citando uma oração da celebração da cruz que diz que os homens só podem encontrar a paz se encontram Deus, pois no coração há uma profunda nostalgia d’Ele.

Implorando ao Senhor, disse: «Fazei que, superando cada obstáculo, reconheçamos os sinais da vossa bondade e, estimulados pelo testemunho da nossa vida, tenhamos a alegria de crer em vós, um verdadeiro Deus e Pai de todos os homens».

A pregação do Pe. Cantalamessa pode ser lida no site da Zenit (www.zenit.org).

Semana Santa é grande ocasião para retornar à Confissão diz Arcebispo

PIURA, 07 Abr. 09 / 02:07 am (ACI).- Com ocasião do início da Semana Santa, o Arcebispo de Piura e Tumbes, Dom José Antonio Eguren, lembrou aos fiéis de sua arquidiocese que a Semana Santa, especialmente o Tríduo Pascal, é um tempo privilegiado para retornar à sacramento da Confissão.

“Os dias desta semana são ‘Santos’, porque o mistério da liturgia fará reviver ante nós o acontecimento central de nossa Redenção”, disse o Arcebispo.

Estes dias devem ser dedicados “para participar ativamente nas liturgias e nos exercícios de piedade que se organizem em nossas paróquias. Que em Semana Santa não amemos ao Senhor com mediocridade, Ele que nos ama com tanto ardor”, adicionou.

“Velemos com Cristo! Oremos com Ele e por Ele!”, disse também Dom Eguren, ao assinalar que “não deixemos de pedir em nossa oração para que o Senhor afaste de nossa pátria o crime do aborto e para que os concebidos não nascidos possam ver a luz do dia”.

“O grande pecado de nosso tempo –destacou– é a perda da consciência do pecado. Na sexta-feira Santa, com todo seu dramatismo e dor, lembra-nos que restabelecer o sentido justo do pecado é a primeira maneira de confrontar a grave crise espiritual e social que afeta ao homem de hoje”.

O Arcebispo do norte peruano explicou a respeito que “o pecado, além de explicar minha situação pessoal de ruptura interior, explica as injustiças e os males do mundo de hoje”.

Dom Eguren convidou especialmente aos fiéis a preparar-se para o “dia formoso da Páscoa, a maior festa da nossa fé”; mas “para poder celebrar a Páscoa de Ressurreição adequadamente, é de grande importância chegar a ela com o coração purificado de todo pecado”.

“Por isso os animo a que durante a Semana Santa preparemos nossa Confissão Pascal e nos aproximemos sincera e pessoalmente a receber o sacramento da Confissão também chamado da Reconciliação”.

“A meus sacerdotes de Piura e Tumbes lhes peço que ofereçam aos fiéis cristãos abundantes horários para escutar confissões”. “Que se inspirem no exemplo dos Santos confessores e mestres de espírito, entre os que eu gosto de lembrar em particular ao padre de Ars, São João Maria Vianney, que este ano comemoramos o 150 aniversário de sua morte”.

“Vivamos a Semana Santa em companhia de Maria Santíssima. Ninguém como Ela esteve associada aos mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus, seu Filho”, concluiu.

«Lembra-te que és pó…»

Por Mario J. Paredes, presidente da Associação Católica de Líderes Latinos

NOVA YORQUE, terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a reflexão de Quaresma escrita por Mario J. Paredes, presidente da Associação Católica de Líderes Latinos (CALL) dos Estados Unidos, membro do comitê presidencial de enlace da Sociedade Bíblica dos Estados Unidos com a Igreja Católica, que representou esta instituição no Sínodo dos Bispos sobre a Palavra, realizado em outubro de 2008 no Vaticano.

* * *

A cada ano, com a chamada «Quarta-Feira de Cinzas», os católicos iniciam o tempo da Quaresma, tempo no qual a liturgia da Igreja Católica nos convida a uma reflexão e atuação sobre nossas vidas, sobre seu sentido, sua origem, sua missão, seu destino último.

Trata-se, portanto, de um tempo «forte» para a metanoia ou «conversão» que – em teologia e vida cristã – significa uma adequação de nosso ser, existir e atuar à própria vida de Jesus Cristo, a seu evangelho, a seus valores, a suas convicções, à sua proposta de vida: gastar a vida ao serviço do evangelho, ou seja, a favor dos outros, especialmente dos mais necessitados, para obter a vida eterna, a vida feliz, a vida plena.

Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial, para cada crente pessoalmente e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo e da luz: a noite santa da Páscoa de Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Quaresma simboliza, assinala e recorda um «passo», uma páscoa, um itinerário a seguir de maneira permanente: a passagem do nada à existência, das trevas à luz, da morte à vida, do insignificante à vida abundante em Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo. E é que converter-nos significa destruir, deixar para trás, queimar, tornar cinzas o «homem velho», o homem-sem-Cristo, para revestir-nos do homem «novo», o homem-no-espírito, que é fogo novo no mundo.

Na quarta-feira de Cinzas, enquanto o ministro impõe as cinzas ao penitente, diz estas duas expressões alternativamente: «Convertei-vos e crede no Evangelho» e/ou «Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar». Sinal e palavras que expressam muito adequadamente nossa «criaturalidade», nossa absoluta dependência de Deus, nosso peregrinar rumo a uma pátria definitiva, nossa caducidade.

Quarta-Feira de Cinzas em particular e Quaresma em geral são um tempo litúrgico e um convite a voltar nosso olhar e vida a Deus e aos princípios do Evangelho. Assim, se Quaresma é tempo para a conversão, para melhorar no processo de humanização pessoal e comunitário, então a Quaresma coincide com a própria vida de todo crente, com o ser e missão de toda a Igreja e com a vocação da comunidade humana inteira.

Quaresma é um convite a mudar aquilo que temos de mudar na busca de ser melhores e mais felizes, um convite a construir em vez de destruir e a olhar e voltar para formas de vida mais justas, mais solidárias, mais humanas. Quaresma é um convite a buscar diligentemente novas formas de ser e fazer Igreja, sendo melhores e mais autênticos discípulos do Crucificado Ressuscitado.

O tempo litúrgico da Quaresma – como nossa própria existência – é percorrido com o olhar dirigido à Páscoa da Ressurreição e à Páscoa definitiva em Deus. Páscoa de vida abundante que se opõe a toda forma de discriminação e de envelhecimento do ser humano, de sua dignidade, a toda forma de atropelo e violência, a toda forma de mentira, maldade e morte, a toda forma de corrupção e divisão, a toda forma de marginalização e opressão. Porque a Páscoa, como ponto de chegada, cume e superação da Quaresma, é absoluta novidade de vida, da vida abundante que Deus nos oferece e à qual Deus nos convida neste tempo e em todo momento.

Papa viverá aniversário da morte de João Paulo II com jovens

Em 2 de abril, ao anoitecer

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI viverá neste ano o 4º aniversário do falecimento de João Paulo II junto a milhares de jovens, segundo o calendário das celebrações presididas pelo Santo Padre publicado nesta quinta-feira.

Ele o fará presidindo em 2 de abril, às 18h, na basílica vaticana, uma santa missa à qual estão convidados em particular os jovens de Roma.

Será ao mesmo tempo o tradicional encontro que o Papa tem todos os anos com os jovens de sua diocese em preparação da Jornada Mundial da Juventude, que este ano se viverá no âmbito local, nas dioceses três dias depois, no Domingo de Ramos.

Bento XVI reviverá a noite de 4 anos atrás, na qual os fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, muitos deles jovens, acompanharam a morte de Karol Wojtyla com a oração.

Trata-se de uma das celebrações destacadas no calendário do Papa previsto para o mês de fevereiro até abril, que se caracteriza também por sua primeira viagem à África.

Em 21 de fevereiro, o calendário prevê que às 11h, na Sala Clementina do Palácio Apostólico Vaticano, aconteça um consistório para algumas causas de canonização.

Em 25 de fevereiro, Quarta-feira de Cinzas, o Papa participará, na basílica de Santo Anselmo, às 16h30, da procissão penitencial. Às 17h, na basílica de Santa Sabina, presidirá a santa missa, com a benção e imposição da cinzas.

Em 1º de março, primeiro domingo da Quaresma, na capela Redemptoris Mater do Vaticano, o Papa começará junto à Cúria Romana, às 18h, os Exercícios Espirituais. Concluirá às 9h de 7 de março.

Como já se anunciou, de 17 a 23 de março, o pontífice realizará sua viagem apostólica a Camarões e Angola.

Em 29 de março, V Domingo de Quaresma, o bispo de Roma realizará uma visita pastoral à paróquia romana da Santa Face de Jesus, no bairro popular da Magliana.

Três dias depois da celebração do aniversário de falecimento de João Paulo II, em 5 de abril, Domingo de Ramos, na Praça de São Pedro, às 9h30, o Papa abençoará as palmas e presidirá a procissão e a santa missa.

Como é tradição, em 9 de abril, Quinta-Feira Santa, às 9h30, na basílica vaticana, concelebrará a Santa Missa do Crisma com os sacerdotes e bispos presentes na Cidade Eterna.

Às 17h30, na basílica de São João de Latrão, catedral do Papa, ele dará início ao tríduo pascal, celebrando a Santa Missa da Ceia do Senhor.

Em 10 de abril, Sexta-feira Santa, às 17h, na basílica vaticana, participará da celebração da Paixão do Senhor. Às 21h15, no Coliseu, Via Sacra.

Em 11 de abril, Sábado Santo, às 21h, na basílica vaticana, o Papa dará início à Vigília Pascal da Noite Santa.

No Domingo de Páscoa, às 10h30, na Praça de São Pedro, celebrará a santa missa do Dia de Ressurreição. Às 12h, desde o balcão central da basílica, enviará a benção Urbi et Orbi, acompanhada ao vivo por canais de televisão do mundo inteiro.

Bento XVI: Jesus tinha um segredo

Palavras antes do Ângelus de hoje

CIDADE DO VATICANO, domingo, 1º de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos as palavras que Bento XVI dirigiu neste domingos ao rezar a oração mariana do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

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Caros irmãos e irmãs!

Este ano, nas celebrações dominicais, a liturgia propõe para a nossa meditação o Evangelho de São Marcos, do qual uma singular característica é o assim chamado «segredo messiânico», o fato de Jesus não querer que por enquanto se saiba, fora do grupo restrito dos discípulos, que Ele é o Cristo, o Filho de Deus. Eis, então, que sempre volta a exortar, seja os apóstolos, seja os doentes, que cuidem para não revelar a ninguém sua identidade. Por exemplo, o trecho evangélico deste domingo (Mc 1, 21-28) narra um homem possuído pelo demônio, que de repente começa a gritar: «Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste nos arruinar? Sei quem és: o santo de Deus!». E Jesus o intima: «Cala-te! Sai dele!». E rapidamente, nota o evangelista, o espírito maligno, com gritos agonizantes, sai daquele homem. Jesus não só expulsa os demônios das pessoas, libertando-as das piores escravidões, mas impede aos próprios demônios de revelarem sua identidade. E insiste sobre este «segredo» porque está em jogo o sucesso de sua missão, da qual depende nossa salvação. Sabe, de fato, que para libertar a humanidade do domínio do pecado, Ele deverá ser sacrificado sobre a cruz como verdadeiro cordeiro pascal. O diabo, por sua vez, busca dissuadir-lhe para derrotá-lo sob a lógica humana de um Messias poderoso e cheio de sucesso. A cruz de Cristo será a ruína do demônio, e é para isso que Jesus não deixa de ensinar aos seus discípulos que, para entrar na sua glória, Ele deve padecer muito, ser rejeitado, condenado e crucificado (cf. Lc 24, 26), pois o sofrimento faz parte de sua missão.

Jesus sofre e morre na cruz por amor. Desse modo, Ele deu sentido ao nosso sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres de todas as épocas entenderam e tornaram seu, experimentando serenidade profunda também no amargor de duras provas físicas e morais. E justamente «a força da vida no sofrimento» é o tema que os bispos italianos escolheram para a conhecida Mensagem por ocasião da atual Jornada pela Vida. Uno-me de coração às suas palavras, nas quais se vê o amor dos pastores pelo povo, e à coragem de anunciar a verdade, a coragem de dizer com clareza, por exemplo, que a eutanásia é uma falsa solução para o drama do sofrimento, uma solução indigna do homem. A verdadeira resposta não pode ser a da morte, por mais que seja «doce», e sim o testemunho do amor que ajuda a enfrentar a dor e a agonia de forma humana.

Tenhamos certeza de uma coisa: nenhuma lágrima, nem de quem sofre, nem de quem lhe está próximo, se perde diante de Deus.

A Virgem Maria guardou em seu coração de mãe o segredo de seu Filho; compartilhou com ele a hora dolorosa da paixão e da crucifixão, apoiada na esperança da ressurreição. A Ela confiamos as pessoas que estão em sofrimento e quem se esforça todos os dias por seu sustento, servindo a vida em todas as suas fases: genitores, agentes da saúde, sacerdotes, religiosos, pesquisadores, voluntários e muitos outros. Rezamos por todos eles.

[Tradução: José Caetano. Revisão: Aline Banchieri.

© Copyright 2009 – Libreria Editrice Vaticana]

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