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Papa Francisco indica o caminho de felicidade do cristão

Ao retomar as catequeses de quarta-feira, Francisco enfoca as bem-aventuranças e deixa uma tarefa de casa

O tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira foi a Igreja. Ele seguiu assim o ciclo iniciado no mês de junho.

O Papa explicou que a Igreja “é o povo fundado na nova aliança que Jesus estabeleceu com o dom da sua vida. Este Novo Povo foi anunciado por João Batista que, como precursor e testemunha, mostrou que as promessas do Antigo Testamento se cumpriram em Jesus Cristo e nos chamou a viver a humildade, o arrependimento e a conversão”.

“Este Novo Povo possui uma nova lei: Cristo, no Sermão da Montanha como Moisés no Monte Sinai com o antigo Israel, nos dá o ensinamento novo que começa com as bem-aventuranças. Estas são o caminho de felicidade que podemos percorrer com a graça de Deus.”

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Bem-aventurados sereis, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calunias contra vós por Minha causa.
Alegrai-vos e exultai, porque grande será vossa recompensa nos Céus.” (Mateus 5, 3-12).

Voltando-se aos presentes, o Papa convidou-os a ler as bem-aventuranças em casa:

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O Papa Francisco afirmou também que Jesus “nos deixou o critério pelo qual seremos julgados: estaremos com Ele na vida eterna se formos capazes, durante a nossa vida terrena, de reconhecê-lo no pobre, no indigente, no marginalizado, no doente e no sofredor. Enfim, a Nova Aliança consiste justamente em saber reconhecer que Deus nos abraça com a sua misericórdia e compaixão em Cristo.”

Ao final da catequese, saudando o povo de língua árabe, pediu que rezemos pela paz no Oriente Médio.

Fonte: Rádio Vaticano

Saiba o como provar a doutrina do Purgatório a um Cristão Evangélico

Saiba o como provar a doutrina do Purgatório a um Cristão Evangélico A palavra purgatório não é mencionada na Bíblia, da mesma forma que termos como ‘encarnação’, ‘Santíssima Trindade’ ou até mesmo a palavra Bíblia, não aparecem nas Escrituras. Isso, no entanto, não é motivo para negarmos a existência de um “lugar de purgação”, o qual de fato é mencionado na Bíblia.

Há várias passagens que nos indicam a existência desse tal lugar de purificação, mas vamos dar uma olhada em 1 Coríntios 3:12-15, que ao contrário de outras referências bíblicas sobre o purgatório, não pode ser refutada por protestantes evangélicos. Vamos analisar um trecho da versão O Livro, uma popular tradução da Bíblia protestante.

12 E, se alguém sobre este fundamento levanta um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 a obra de cada um se manifestará; pois aquele dia a demonstrará, porque será revelada no fogo, e o fogo testará qual seja a obra de cada um. 14 Se permanecer a obra que alguém sobre ela edificou, esse receberá *galardão. ( s.m. *Recompensa ou prêmio por serviços valiosos prestados. Honra, glória) 15 Se a obra de alguém se queimar, ele sofrerá prejuízo; mas o tal será salvo todavia como que pelo fogo.

Quando lemos essa passagem no contexto do capítulo 3, vamos notar que São Paulo se dirige a uma porção da Igreja de Cristo. Ele repreende os fiéis coríntios sobre suas ações pecaminosas, tais como divisões e ciúme, etc. No capítulo 3, São Paulo não só afirma que nossas obras são recompensadas, mas ele também lida com a qualidade das obras do homem, pelas quais cada um de nós seremos recompensados ou punidos.

O que planta ou o que rega são iguais; cada um receberá a sua recompensa, segundo o seu trabalho. 1 Cor3: 8

Se analisarmos o versículo 15 do mesmo capítulo, temos um exemplo de uma pessoa cujas obras já foram julgadas e queimadas, portanto ela “sofrerá prejuízo”, mas será finalmente salva pelo fogo. A fim de esclarecer o que isso significa, precisamos definir o que “sofrer prejuízo” representa. A expressão “sofrer prejuízo” provém de uma forma da palavra grega Zemio. Lembre-se que o grego é o idioma original dos textos bíblicos. Outras formas dessa mesma palavra grega também aparecem no Antigo Testamento com o significado de “castigo” [Exodus 21:21, Provérbios 17:26 e 19:19, etc ..]. Isso significa que Zemio foi traduzido em 1 Cor 3:15 como “sofrer prejuízo”, mas também quer dizer punição ou castigo. Portanto, a passagem 1 Cor3:12-15 nos dá uma descrição clara do Purgatório, pois é a isso que São Paulo se refere.

São Paulo faz uma analogia sobre a qualidade dos nossos trabalhos usando materiais como ouro, prata, pedras preciosas para representar uma adesão mais perfeita ao Evangelho de Cristo, e madeira, palha e restolho, que serão queimados e, pelos quais o homem “sofrerá prejuízo” ou “punição” mas no fim ele, o homem, será salvo, todavia como que pelo fogo.

Assim, em 1 Coríntios 3:12, a madeira, feno e palha (que são queimados) significam as obras de um homem que morreu em estado de justificação e foi perdoado de qualquer pecado mortal que ele possa ter cometido. Ele é, portanto, salvo, mesmo  que não tenha feito reparação por todos seus pecados cometidos depois do batismo.

O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, ATÉ QUE PAGASSE toda a sua dívida. É ASSIM que o meu Pai que está nos céus FARÁ convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” Mateus 18: 34-35

Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. Em verdade, te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo. Mateus 5:25-26

Ou seja, em ambas passagens vemos uma referência implícita ao lugar de expiação o qual a Igreja chama Purgatório. Enquanto estamos à caminho do tribunal, uma alusão ao julgamento individual depois da morte, somos obrigados a nos reconciliar, pois adversário ( Satanás, o acusador) nos condenará diante do Juiz (Cristo Nosso Senhor) que por sua vez nos fará justiça, e seremos jogados na prisão (purgatório), até que nossas dívidas (cada pecado cometido e não expiado) sejam pagas. Essas passagens são referências ao purgatório e não ao inferno, como alguns alegam, pois  afirmam que uma vez que as dívidas são pagas, o devedor ( pecador) sairá da prisão. Como sabemos, uma vez condenado, ninguém sai do inferno. Enquanto as almas do purgatório, uma vez purificadas, ascendem ao céu.

A Posição da Igreja

Neste contexto se encaixa perfeitamente a doutrina católica sobre o Purgatório. O Concílio Católico de Lyon II, definiu Purgatório da seguinte forma:

Papa Gregório X – Concílio de Lyon II, 1274:

“Porque se eles morrem na caridade verdadeiramente arrependidos antes que eles tenham feito satisfação através de dignos frutos de penitência pelos pecados cometidos e omitidos, suas almas são purificadas depois da morte por punições purgatóriais ou depurantes…” (Denzinger 464)

Um grande exemplo de um homem que foi perdoado de seus pecados graves, mas não fez reparação por eles, é encontrado no caso de Davi. Em 2 Samuel 11 (2 Reis 11 na Douay-Rheims Bíblia católica), lemos que o Rei Davi cometeu adultério com Bate-Seba. David também mandou matar o marido de Bate-Seba. Estes são os pecados mortais. Se Davi tivesse morrido naquele estado, ele teria ido para o inferno, pois 1 Coríntios 6:9 nos mostra que nenhum adúltero ou assassinos entrarão no céu. Mas Davi se arrependeu do seus pecados, quando condenados por Natã, em 2 Samuel 12.

2 Samuel 12:13 – “E disse Davi a Natã: Pequei contra o Senhor. E disse Natã a Davi, o Senhor perdoou de teu pecado, não morrerás.

O Senhor levou o pecado de Davi, e Natã, o disse que não iria morrer. ‘Morrer’ nesse contexto significa que ele não iria morrer eternamente, ou seja, perecer no inferno. A culpa do pecado foi perdoada porque Davi se arrependeu verdadeiramente e se transformou a partir dai. Mas isso significa que tudo foi acertado? Não, pois plena satisfação por seu pecado mortal não tinham sido feitas. Lemos em 2 Samuel 12:14-15 que Davi teve de sofrer a perda de seu próprio filho para fazer satisfação por seu pecado, um pecado que já havia sido perdoado.

2 Samuel 12:14-15 “… Todavia, como desprezaste o Senhor com essa ação, morrerá o filho que te nasceu. E Natã voltou para sua casa. O Senhor feriu o menino que a mulher de Urias tinha dado a Davi, e ele adoeceu gravemente.”

Isto fornece prova inegável de que a culpa de um pecado de um crente pode ser perdoada sem que a completa punição seja levada  apenas pelo arrependimento. O Concílio de Trento colocou a questão desta forma:

Papa Júlio III,

Concílio de Trento, sobre o Sacramento da Penitência, Sess. 14, cap. 8, 25 de novembro de 1551 – “… é absolutamente falsa e contrária à Palavra de Deus que a culpa [do pecado] nunca é perdoada pelo Senhor, sem que a devida punição também receba remissão. Pois exemplos claros e ilustres encontram-se nos Escritos Sagrados [cf. Gênesis 3:16 f; Num. 12:14; Nm 20:11; II Reis 12:13 ss; etc].” (Denzinger 904).

Há várias referências à existência do purgatório no Antigo Testamento, bem como outras referências no Novo Testamento, mas, como visto em 1 Coríntios 3:12-15, o conceito de Purgatório é ensinado nas Escrituras e foi aceito pelos primeiros cristãos. Mas por que os antigos cristãos acreditam no purgatório e até oravam para os mortos? Faziam-no, obviamente, porque não se trata de uma doutrina inventada pelos homens, mas de uma noção claramente ensinada nas Escrituras, e também porque esse ensinamento fazia parte da tradição recebida dos Apóstolos.

Por Ellen Cristine Walker – Pertencente ao Apostolado Paraclitus e Criadora do Blog Igreja Militans

Lógica de Deus é diversa à lógica do mundo, lembra o Papa

VATICANO, 21 Set. 08 / 11:01 am (ACI).- Milhares de fiéis e peregrinos assistiram na Praça de São Pedro para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI quem ao introduzir a oração lembrou que a vocação à vida cristã é já uma primeira recompensa que Deus nos faz para viver em plenitude na terra. Ante deles lembrou que “por fortuna, a lógica de Deus não é a mesma que a do homem”.

“O já ser chamados por Deus é a primeira recompensa: o poder trabalhar na vinha do Senhor, ficar a seu serviço, colaborar com sua obra, constitui de por si um prêmio inestimável que paga toda fadiga”, afirmou o Papa ao meditar o Evangelho do dia de hoje.

O Papa ressaltou além que isto solo o entende “quem ama ao Senhor e a seu Reino; quem pelo contrário trabalha somente pelo dinheiro nunca perceberá o valor deste inestimável tesouro”.

Assim mesmo o Santo Padre lembrou que Mateus, a quem a Igreja lembra hoje, viveu a experiência mencionada. “Em efeito antes que Jesus o chamasse, era um publicano e por isso um público pecador, um excluido da ‘vinha do Senhor’. Tudo muda quando Jesus, passando junto a onde ele se encontrava, o olha e lhe diz: ‘Siga-me’. Mateus se levantou e o seguiu”.

“De ser um publicano se converteu imediatamente em discípulo de Cristo. De ser o ‘último’ se encontrou sendo o ‘primeiro’, todo graças à lógica de Deus que é totalmente diversa da lógica do mundo”, continuou.

Mais adiante lembrou também a figura de São Paulo, quem em suas cartas afirma que “foi a graça de Deus a que obrou nele, aquela graça que de perseguidor da Igreja o transformou em apóstolo de gente. Ao ponto de lhe fazer dizer: ‘Para mim a vida é Cristo e a morte um ganho’”.

“Que a Virgem Maria nos ajude a responder sempre e com alegria à chamada do Senhor, e a encontrar nossa felicidade no poder fatigar pelo Reino dos céus”.

Seguidamente o Papa rezou o Ângelus, saudou em diversas línguas e distribuiu sua Bênção Apostólica.

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