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Papa encoraja os jovens a “viver, não vegetar”

No encontro para a JMJ de Madri que se realizará em 2011

TURIM, domingo, 2 de maio de 2010 (ZENIT.org). – Apesar do tempo chuvoso, Bento XVI teve um encontro festivo com jovens da cidade de Turim e de outras dioceses do Piemonte, no qual os encorajou a viverem com coragem e comprometimento com escolhas definitivas.

“Sejam testemunhas de Cristo nestes nossos tempos!”, disse aos jovens reunidos na praça San Carlo.

Por duas horas, antes do encontro, a praça foi animada por música e por intervenções por parte dos jovens. Estava presente o grande coral Hope, formado por 270 jovens, além de diversos artistas de várias partes do mundo.

“Que o santo Sudário” – continuou o Papa refletindo sobre a relíquia cuja ostensão se realiza nestes dias em Turim – “seja de um modo particular para vocês um convite a imprimir em seu espírito a face do amor de Deus, para que vocês mesmos sejam, em seus ambientes, uma expressão do rosto de Cristo”.

Durante o encontro os jovens cantaram o hino “Santo Rosto dos Rostos”, composto especialmente para a ocasião.

“Desejo de coração que este evento extraordinário, ao qual espero que muitos compareçam, contribua para que cresça em cada de um de vocês o entusiasmo e fidelidade em seguir a Cristo, e em acolher com alegria sua mensagem, fonte de vida nova”, disse o Papa.

Bento XVI indicou como exemplo um jovem da própria cidade de Turim: Piergiorgio Frassati, membro da Ação Católica, filho do fundador do jornal “La Stampa”, que aderiu ao Apostolado da Oração, promovido pela Congregação Mariana e pela Adoração Noturna.

Para se aproximar dos trabalhadores das minas, Frassati decidiu estudar Engenharia de Minas na Escola Politécnica de Turim. Pouco antes de se formar, porém, veio a falecer, vítima da poliomielite, aos 24 anos, em 1925. Foi beatificado por João Paulo II em 20 de maio de 1990.

“Sua existência foi inteiramente envolvida pela graça e pelo amor de Deus, e foi consumada, com serenidade e alegria, no serviço apaixonado a Cristo e aos irmãos”, lembrou o Pontífice.

“Jovem como vocês, viveu com grande empenho sua formação cristã e deu testemunho de sua fé de modo simples e eficaz”.

À luz desse testemunho, o Papa encorajou os rapazes e as meninas presentes no encontro a terem “coragem de escolher aquilo que é de fato essencial para a vida”.

“Viver, não vegetar”, dizia o beato Piergiorgio Frassati.

“Descubram, como ele descobriu, que vale a pena se empenhar por Deus e com Deus, respondendo ao seu chamado na escolhas fundamentais e cotidianas, ainda que tenha um custo!”, concluiu o Santo Padre.

Santo Sudário “remete ao amor infinito de Jesus”

Entrevista com o presidente da Comissão diocesana da Ostensão 2010

Por Chiara Santomiero

TURIM, quarta-feira, 14 de abril de 2010 (ZENIT.org).- Com o começo da Solene Ostensão do Santo Sudário, ZENIT pediu ao monsenhor Giuseppe Ghiberti, presidente da Comissão diocesana do Sudário, que explique o valor religioso do véu que, segundo a tradição, teria envolvido o corpo de Jesus antes da Ressurreição.

–Somente uma resposta positiva sobre a autenticidade do Santo Sudário legitima a relação religiosa entre o crente e este objeto?
–Monsenhor Ghiberti: O problema da justificação da relação religiosa com o Sudário é visto de diversas maneiras. Não são poucas as pessoas que consideram que somente a segurança de sua autenticidade dá legitimidade a sua veneração por parte dos fieis. A teoria oposta afirma por outro lado: trata-se de um objeto venerável e portanto é autêntico.

Ambas posições não parecem convincentes. A relação religiosa do fiel com o Santo Sudário, quer dizer, de uma pessoa que viveu em uma tradição na qual a pessoa e as circunstâncias da vida de Jesus são centrais, nasce ao se dar conta – no momento em que se aproxima do manto – que há uma perfeita correspondência entre o que é visto e o que se refere ao relato evangélico a propósito da Paixão de Jesus.

Pode-se qualificar como uma “função precursora”. São João Batista afirmava a respeito de Jesus: ”Ele deve crescer e eu diminuir. Ele é o Esposo, e eu, o amigo do Esposo”; para o Sudário é o mesmo, em sua pobreza está sua nobreza, porque seu valor não está no que é, mas sim ao que remete.

Há um caráter pré-científico nesse tipo de relação com o Sudário. Nesse ponto, ainda não estabeleço questionamentos sobre sua autenticidade: simplesmente tomo a mensagem que dele emana e que consiste em uma referência ao relato evangélico da Paixão.

Só em seguida eu pergunto à ciência se nesse manto esteve o corpo de Jesus. Isso para o meu coração é importantíssimo. Na ciência estou, portanto, interessado, mas não sou influenciado por ela. Essa forma de raciocínio creio que oferece uma proposta precisa e, aceitando-a, estou muito mais livre.

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