Tag: Papa Page 3 of 15

Papa Francisco está na mira dos jihadistas

Segundo o jornal italiano ‘Il Tiempo’, fontes de inteligência confirmaram que o sumo pontífice é um potencial alvo de atentado dos extremistas islâmicos

O papa Francisco está na mira do grupo fundamentalista Estado Islâmico (EI), reporta nesta segunda-feira o jornal Il Tempo, citando fontes do serviço secreto italiano. Segundo o jornal, o papa é apontado pelos jihadistas como “portador de falsas verdades” e pode ser vítima de um atentado. Até o momento, o Vaticano não se pronunciou sobre esta possível ameaça ao sumo pontífice. “O grupo fundamentalista Estado Islâmico, liderado por Abu Bakr Al-Baghdadi, tenta elevar o nível do confronto golpeando a Europa e a Itália”, relata o jornal Il Tempo. O texto também afirma que fontes israelenses acreditam que o papa seja um potencial alvo dos jihadistas sunitas.

“A Itália é um trampolim para os radicais islâmicos”, afirma Mario Mori, diretor do Serviço de Informações Civis, um órgão de inteligência do governo italiano. Mori crê que os jovens aliciados pelo EI formam a “base para a distribuição de jihadistas no Ocidente”. Pelo menos 50 jovens italianos foram para a Síria e o Iraque se juntar aos jihadistas sunitas do EI. A Itália, assim como outros países europeus, consideram esses jovens como um enorme risco, pois, como eles têm passaporte legal de um membro da União Europeia, eles passam pelos controles alfandegários nos aeroportos com muita facilidade. Uma vez em território europeu, os jovens poderiam formar células terroristas e planejar atentados dentro de países ocidentais.

Desde que Francisco assumiu o comando da Igreja Católica, em março de 2013, o Vaticano tem ampliado as medidas para prevenir o terrorismo. A segurança da santa Sé recrutou vários especialistas em inteligência e trabalha em colaboração com os serviços secretos de vários países, relata o jornal.

Perigo na Europa – Ghaffar Hussain, diretor-gerente da Quilliam Foundation, organização britânica que atua contra o extremismo religioso, disse que é “quase inevitável” que os jihadistas europeus atuando na Síria e no Iraque voltem para planejar ataques terroristas na Europa. “É preocupante que as pessoas nascidas e criadas na Grã-Bretanha, que foram para a mesma escola que nós, podem ter sido doutrinadas a ponto de justificarem o estupro de mulheres e decapitações”, disse à agência de notícias Reuters.

Quatro muçulmanos britânicos – dois dos quais tinham passado um período em campos de treinamento da Al Qaeda no Paquistão – mataram 52 pessoas em ataques suicidas no metrô e em um ônibus de Londres, em julho de 2005.

Em sua estratégia de expansão, o EI usa como arma de propaganda a barbárie, por meio de decaptações, crucificações e execuções sumárias. Com isso, aterroriza os inimigos, garante a obediência das populações das cidades conquistadas e atrai desajustados do mundo todo. No final de junho, o EI proclamou um califado em parte do território do Iraque e da Síria sob seu controle. Em suas fileiras lutam cerca de 12.000 combatentes estrangeiros, apontam especialistas. A maioria dos jihadistas estrangeiros que foram para a Síria e Iraque nestes três anos e meio de conflito são oriundos, principalmente, da Tunísia, Arábia Saudita e Marrocos, mas também de países ocidentais como Grã-Bretanha, Austrália, Itália e França e outros.

Mapa-Iraque-revista-size-575

Fonte: Veja

Por que o Papa não vende os tesouros dos Museus Vaticanos?

A arte como forma de caridade e as novidades da Capela Sistina. As palavras do diretor dos Museus Vaticanos

Mais de 7km de extensão, 5.459.000 visitantes em 2013. Entre 20.000 e 25.000 presenças por dia. São os números dos Museus Vaticanos, os mais visitados do mundo, com mais de 100.000 obras de arte.

Para além do valor artístico, histórico e cultural dos Museus, em 26 de novembro de 2006, Bento XVI escreveu que os Museus representavam uma visão heterogênea da humanidade e como instituição têm uma grande responsabilidade na difusão da mensagem cristã.

Para entrar no mérito destas palavras e aprofundar sobre o papel da arte na vida da Igreja e do homem, entrevistamos o professor Antonio Paolucci, diretor dos Museus Vaticanos desde 2007, especialista internacional em História da arte. No governo italiano ele foi Ministro para os Bens Culturais entre 1995 e 1996.

unnamed
© Sabrina Fusco / Museus Vaticanos

Por que a arte é tão importante na história da Igreja e da humanidade?
É preciso conhecer um pouco de história da Igreja para entender o que aconteceu entre o II e o III século, ou seja, nos primeiros séculos da era que nós chamamos cristã. Naquela época aconteceu algo de extraordinário e importante: diferentemente de outras religiões como o islamismo e o judaísmo, o cristianismo escolheu a figuração. Parece uma brincadeira, mas foi uma escolha carregada de futuro porque não existiria a história da arte: não existiria “Guardiões da Noite” de Rembrandt, ou “Os Girassóis” de Van Gogh, ou “O Guernica” de Picasso, se a Igreja naquela época não tivesse escolhido a figuração.

Pensemos em quanto trabalho deve ter vivido Paulo de Tarso, que conhecemos como São Paulo, judeu de lei, como quando na Primeira Carta aos Colossenses escreveu aquela frase incrível: Cristo é a imagem de Deus vivo. Um judeu ou um muçulmano diria que é uma blasfêmia. Também a Igreja teve a coragem de seguir esta linha escolhendo representar a verdade da fé e os episódios do Evangelho com as figuras, utilizando os estilos da época: o naturalismo, o ilusionismo helenístico, a arte dos gregos e dos romanos. Utilizando até mesmo as iconografias das antigas culturas e religiões, onde nos sarcófagos representavam Daniel na cova dos leões com o aspecto de Hercules: nu e vencedor, assim como o representavam os escultores da época. Pensemos em Cristo, ao qual se deu a imagem de Febo (Apolo). Utilizavam os materiais linguísticos e iconográficos da velha cultura inserindo os significados cristãos: assim começou a história da arte que chamamos de cristã, a qual produziu todas as formas de arte sucessivas. Se a Igreja de Roma tivesse feito a escolha dos muçulmanos e dos judeus, ou seja, sem os ícones, não existiria a história da arte.

E a relação entre cultura e espiritualidade?
Não existe contradição entre elas, a cultura é sempre espiritual porque envolve aquilo que não se vê e não se toca. A cultura, o pensamento, a filosofia envolvem o aspecto do homem que se relaciona com as coisas invisíveis e intocáveis: O que é o homem? Qual o seu destino? Tudo isso é espiritualidade. Ou seja, não existe competição entre a cultura e a espiritualidade. Aquilo que nós chamamos de espiritualidade não é outra coisa que uma modulação daquilo que chamamos cultura.

Como responder às pessoas que dizem que o Papa deveria vender os tesouros como estes dos Museus Vaticanos para doar o dinheiro aos pobres?
Se o Papa vendesse as obras dos Museus Vaticanos o resultado seria que os pobres estariam mais pobres do que hoje. Isso porque as pessoas que entram nos Museus Vaticanos recebem da Igreja a caridade da beleza, que é a maneira de caridade mais linda que existe. A Igreja recolheu essas obras para as pessoas através dos séculos. A caridade da beleza, este é o nosso mistério e o nosso trabalho. É um bem intangível, que não se consome e é para os homens e mulheres de hoje, e para aqueles que ainda não nasceram.

O senhor afirmou que a arte ajuda a tornar as pessoas cidadãs.
É a função civil da arte e dos museus: um italiano que vê Rafael, Michelangelo, Botticelli, chega a se orgulhar de ser italiano, por exemplo. Assim como um alemão quando vê Dürer, ou um espanhol com Velazquez. A arte é a identidade de um povo, como a língua que fala. O museu, como a escola, serve para transformar as plebes em cidadãos: serve para dar aos cidadãos o orgulho de pertencer, a consciência da própria história. Eis porque o museu e a arte antiga são um formidável instrumento de educação e de civilização.

unnamed2
© Sabrina Fusco / Aleteia

Qual é a função espiritual da arte?
A capacidade que antes de tudo a arte tem é de levar felicidade a quem a observa, ou seja, o privilégio da arte de trazer a felicidade: vendo Rafael ou Botticelli a pessoa se encanta e se alegra com aquela beleza, guarda-a na memória, no coração e pode até se emocionar. Esta é a primeira função da arte.

Depois, tudo aquilo que é a emoção diante da beleza da natureza, daarte, diante da consciência da vida, conhecimento das outras pessoas, tudo isso é espiritual. A arte é veículo destas coisas. Se você olha um quadro de Caravaggio, de Picasso, de Van Gogh, mesmo sendo de uma outra época, falam de homens e mulheres que ainda estão vivos, dão a nós sentimentos e ideias que são universais. A arte nos coloca em comunicação com a humanidade e este sentido é espiritual.

Como pode o homem de hoje, invadido pela cultura da imagem, ter dificuldade de se deixar tocar pela beleza da arte?
Vivemos na época mais iconográfica da história. Estamos imersos nas imagens, não somente a televisão, mas também as publicidades, as roupas e etc. Tudo é ícone. Tudo é imagem na civilização moderna. Talvez esse excesso de ícones, essa espécie de “tsunami” de imagens, assim como aquela das informações, paralise-nos de um certo modo, nos “intoxique”, nos sobrecarregue. A tarefa – e por isso temos cérebro – é saber escolher, selecionar imagens, assim como selecionamos informações que chegam até nós por todas as partes.

Falando de escolha, qual é a sua obra de arte preferida dos Museus Vaticanos?
Tem mais de uma, mas se eu tivesse que dizer uma, por razões pessoais e de estudo, citaria a Transfiguração, de Rafael: o quadro mais lindo do mundo, uma hipérbole. Um quadro cheio de futuro, que nos faz compreender infinitas coisas.

unnamed3
O Prof. Antonio Paolucci diante da “Transfiguração” de Rafael
Museus Vaticanos. Pinacoteca – Foto © Musei Vaticani

O senhor encontrou o Papa Francisco?
Sim, e disse a ele: “Santidade, venha ver os Museus Vaticanos”, e ele me respondeu: “Sabe diretor, agora tenho muitas coisas para fazer, mas verei”.

A Capela Sistina acolhe 20.000 visitantes ao dia, chegando a 30.000. Do ponto de vista técnico, como é preservada?
No dia 30 de outubro apresentaremos com uma convenção no Vaticano o novo sistema de ventilação, controle de humidade e da temperatura, junto ao novo sistema de iluminação. Intitulamos esta convenção: “Nova respiração e nova luz na Capela Sistina”.

A razão dessa escolha?
Antes de tudo não queremos que existam problemas de danificação, e depois porque com um novo sistema de iluminação podemos oferecer aos visitantes a melhor visualização dos afrescos de Michelangelo e não só. Porque como sabem, na capela não tem apenas Michelangelo, mas também Botticelli, Perugino, entre outros.

O senhor disse que a Capela Sistina é a “Suma Teológica do cristianismo”.
Para mim a Capela Sistina é o Catecismo da Igreja Católica feito em figura, a síntese visível da Doutrina Cristã. Os Papas quiseram dar esta função para a Capela Sistina: ser um grande livro ilustrado que conta por imagens a verdade fundamental desde a criação do homem ao Apocalipse, do Antigo Testamento ao Novo, os Profetas, enfim, tudo.

Bento XVI falou da responsabilidade da arte ao transmitir a mensagem cristã.
Para mim é um Papa inesquecível, porque em 31 de outubro de 2012 – no aniversário de 31 de outubro de 1512 quando o Papa Giulio II inaugurou a Sistina que Michelangelo tinha terminado – com uma grande sensibilidade de intelectual, para além de um Pastor, quis lembrar aquele evento. Repetiu a mesma função litúrgica celebrada por Giulio II, com os cardeais, bispos e o Magnificat cantado na Capela Sistina, fazendo um lindo discurso como teólogo, mas também como historiador que é.

[Tradução de Clarissa Oliveira. Colaboraram com este artigo Ary Waldir Ramos e Sabrina Fusco]

Fonte: Aleteia

Papa Francisco indica o caminho de felicidade do cristão

Ao retomar as catequeses de quarta-feira, Francisco enfoca as bem-aventuranças e deixa uma tarefa de casa

O tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira foi a Igreja. Ele seguiu assim o ciclo iniciado no mês de junho.

O Papa explicou que a Igreja “é o povo fundado na nova aliança que Jesus estabeleceu com o dom da sua vida. Este Novo Povo foi anunciado por João Batista que, como precursor e testemunha, mostrou que as promessas do Antigo Testamento se cumpriram em Jesus Cristo e nos chamou a viver a humildade, o arrependimento e a conversão”.

“Este Novo Povo possui uma nova lei: Cristo, no Sermão da Montanha como Moisés no Monte Sinai com o antigo Israel, nos dá o ensinamento novo que começa com as bem-aventuranças. Estas são o caminho de felicidade que podemos percorrer com a graça de Deus.”

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu.
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça porque serão saciados.
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus.
Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu.
Bem-aventurados sereis, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o gênero de calunias contra vós por Minha causa.
Alegrai-vos e exultai, porque grande será vossa recompensa nos Céus.” (Mateus 5, 3-12).

Voltando-se aos presentes, o Papa convidou-os a ler as bem-aventuranças em casa:

[vimeo]http://vimeo.com/102716083[/vimeo]

O Papa Francisco afirmou também que Jesus “nos deixou o critério pelo qual seremos julgados: estaremos com Ele na vida eterna se formos capazes, durante a nossa vida terrena, de reconhecê-lo no pobre, no indigente, no marginalizado, no doente e no sofredor. Enfim, a Nova Aliança consiste justamente em saber reconhecer que Deus nos abraça com a sua misericórdia e compaixão em Cristo.”

Ao final da catequese, saudando o povo de língua árabe, pediu que rezemos pela paz no Oriente Médio.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa Francisco aos jovens: Não percam “muitas horas” na Internet ou com os celulares

Encontro dos coroinhas com o Papa Francisco (Foto Lauren Cater / Grupo ACI)

VATICANO, 05 Ago. 14 / 05:02 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em um encontro realizado na Praça de São Pedro nesta terça-feira no Vaticano com 50 mil coroinhas provenientes da Alemanha, Áustria e Suíça, o Papa Francisco explicou que Deus quer pessoas que sejam totalmente livres e que sempre façam o bem, como o fez a Virgem Maria ao aceitar o plano divino e ser a mãe de Jesus.

Assim o indicou o Santo Padre no encontro com os coroinhas que participam de uma peregrinação cujo tema é “Livres! Porque é lícito fazer o bem!”, inspirado no Evangelho de São Mateus. Com eles, indica a Rádio Vaticano, o Papa rezou as vésperas e lhes dirigiu umas palavras em alemão.

“As palavras de São Paulo que escutamos, tomadas da Carta aos Gálatas, chamam nossa atenção. O tempo se cumpriu, diz Paulo. Agora Deus realiza a sua obra decisiva. Aquilo que Ele quis dizer aos homens sempre –e o fez através das palavras dos profetas–, o manifesta com um sinal evidente”.

O Papa Francisco ressaltou logo que “Deus nos mostra que Ele é o bom Pai. E como o faz? Através da encarnação de seu Filho, que se torna como um de nós. Através deste homem concreto de nome Jesus, podemos entender aquilo que Deus quer verdadeiramente. Ele quer pessoas humanas livres, a fim de que se sintam como filhas de um bom Pai”.

“Para realizar esse desígnio, Deus precisa somente de uma pessoa humana. Precisa de uma mulher, uma mãe, que coloque o Filho no mundo. Ela é a Virgem Maria, que honramos com essa celebração vespertina. Maria foi totalmente livre. Em sua liberdade disse sim. Ela fez o bem para sempre. Desta maneira serve a Deus e aos homens. Imitemos seu exemplo, se queremos saber aquilo que Deus espera de nós seus filhos”.

Perguntas

Respondendo depois a algumas perguntas dos presentes, o Papa alentou a organizar-se, programar as coisas de modo equilibrado e ressaltou que “a nossa vida é feita de tempo e o tempo é dom de Deus, portanto é necessário empregá-lo em ações boas e frutuosas”.

“Talvez muitos adolescentes e jovens percam muitas horas em coisas inúteis: chatear na Internet ou com os telefones, com as ‘novelas’, com os produtos do progresso tecnológico que deveriam simplificar e melhorar a qualidade de vida, mas que pelo contrário distraem a atenção daquilo que realmente é importante”, alertou.

O Santo Padre exortou os jovens a falarem do amor de Jesus não só em suas paróquias, mas sobretudo fora delas: “os jovens têm um papel particular, falar de Jesus a seus coetâneos não só na paróquia, mas sobretudo aos de fora. Com a sua coragem, entusiasmo e espontaneidade, podem chegar mais facilmente à mente e ao coração daqueles que se distanciaram do Senhor. Muitos adolescentes e jovens da idade de vocês têm uma imensa necessidade de ouvir que Jesus os ama e perdoa”.

Pe. Gabriele Amorth: “Cada diocese deveria ter um exorcista”

O célebre exorcista propõe a retomada dos estudos de angelologia e de demonologia nos seminários e a extensão do ministério do exorcistado a todos os sacerdotes

Por Stefano Stimamiglio

Pe. Amorth, falando sobre a figura do exorcista, é verdade que cada diocese tem um?

Este é um grande problema. Existem dioceses que não têm. Um bispo me disse que não nomeava um na diocese dele porque tinha medo do diabo. Tem outros que nem sequer acreditam. E tem vezes que os bispos que gostariam de nomear um exorcista não encontram sacerdotes disponíveis para esse ministério, ou, quando encontram, eles não desempenham o ministério com toda a seriedade devida; eles aconselham um psiquiatra ou dão no máximo uma bênção. O resultado? Poucos exorcistas, todos sobrecarregados.

Por que acontece isso?

Eu acho que é por falta de fé. Há exorcistas nomeados pelos bispos que nem sequer acreditam na existência do diabo… Outras vezes é medo: eles acreditam, mas se iludem, erroneamente, achando que, se o deixarem quieto, ele não vai incomodá-los. Muito pelo contrário: quanto mais você o combate, mais ele se afasta!

Mas cada diocese não deveria ter um exorcista?

Deveria. Eu quero encontrar o papa e pedir três coisas. Primeiro, que cada diocese tenha pelo menos um exorcista. Segundo, a volta dos estudos de angelologia e de demonologia nos seminários e que os sacerdotes prestes a se ordenar acompanhem pelo menos um exorcismo. Muitos padres jovens começam o ministério sem nenhuma ideia dessas realidades espirituais, com o risco de negligenciar a parcela do povo de Deus que sofre de males espirituais e que, embora não seja tão numerosa, tem direito de ser atendida. Em terceiro lugar, quero pedir que o papa estenda o ministério de exorcistado a todos os sacerdotes, sem necessidade de qualquer permissão especial, deixando cada um livre para exercê-lo ou não. Sua Santidade acha possível, eu perguntaria, que um sacerdote consagre o Corpo e o Sangue de Cristo e perdoe os pecados e depois não possa fazer exorcismos, que não são nada mais do que simples orações, embora específicas?

Como é nas outras confissões?

Na Igreja ortodoxa não é difícil encontrar um exorcista. Já me disseram, por exemplo, que cada mosteiro na Romênia tem um. Basta pedir. É mais ou menos como acontece conosco no caso da confissão. Antes do século IV, quando foi estabelecido o ministério do exorcistado, era mais fácil encontrar um exorcista: todos os batizados podiam fazer esse tipo de oração, fossem homens, mulheres e até mesmo crianças.

Fonte: Aleteia

São permitidas músicas protestantes dentro da Santa Missa?

Versão áudio

O Papa Emérito Bento XVI trabalhou arduamente durante todo o seu pontificado para mostrar a beleza e a importância da liturgia na vida da Igreja. Mais do que documentos e papéis (os quais possuem obviamente a sua relevância), procurou viver a liturgia em toda a sua plenitude, educando pelo exemplo. Ensinou a todos que “uma liturgia participativa é importante, mas uma que não seja sentimental. A liturgia não deve ser simplesmente uma expressão de sentimentos, mas deve emergir a presença e o mistério de Deus no qual ele entra e pelo qual nós nos permitimos ser formados”.

Desse modo, tudo que envolve a liturgia tem sua importância e o seu significado. Como centro da vida do cristão católico, portanto, não se pode realizá-la de qualquer maneira. A Igreja, ao longo dos seus dois mil anos de História, sempre teve especial atenção aos cânticos e músicas executadas nas mais diversas celebrações, especialmente na Santa Missa. O Catecismo da Igreja Católica dedica os números 1156 e seguintes, para explicar a importância do canto e da música para a liturgia:

“A tradição musical da Igreja universal constitui um tesouro de valor inestimável que se destaca entre as demais expressões de arte, principalmente porque o canto sacro, ligado às palavras, é parte necessária ou integrante da liturgia solene. (…) O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por estarem intimamente ligadas à ação litúrgica, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos movimentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis. (…) Todavia, os textos destinados ao canto sacro hão de ser conformes à doutrina católica, sendo até tirados de preferência das Sagradas Escrituras e das fontes litúrgicas.”

Ora, Catecismo é bastante claro no sentido de que a Igreja possui a música como patrimônio e este não deve ser ignorado ou substituído por modismos. Os cantos e a música colaboram para que cada fiel mergulhe no mistério da celebração e aproxime-se do centro que é Deus. O Papa Bento XVI, em sua exortação apostólica Sacramentum Caritatis, é ainda mais objetivo quando diz:

“Na sua história bimilenária, a Igreja criou, e continua a criar, música e cânticos que constituem um patrimônio de fé e amor que não se deve perder. Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de gêneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia. Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo — no texto, na melodia, na execução — deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim, embora tendo em conta as distintas orientações e as diferentes e amplamente louváveis tradições, desejo — como foi pedido pelos padres sinodais — que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.”

Percebe-se, então, que a música e o canto devem ser escolhidos com critério, respeitando o sentido da liturgia que não é outro senão adorar a Deus, fazendo memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para isso, é necessário sair do antropocentrismo e devolver a Deus seu lugar no centro da celebração.

As músicas e cantos que fazem parte do patrimônio da Igreja já passaram pelo crivo teológico e, presume-se, portanto, que estejam isentas de erros ou de heresias. O que não acontece com músicas de autores declaradamente protestantes, pois, como o próprio nome já diz, estão separados da Igreja por algum motivo que pode, de alguma forma, refletir-se na letra da música. Se isso ocorre, o católico, inadvertidamente, estará proferindo um erro ou uma heresia.

Para não correr o risco de errar e induzir outros em erros e, o que é pior, em heresias, recomenda-se permanecer sempre com o patrimônio da Igreja. Seguro, portanto, é caminhar pela vereda apontada pelo Papa Emérito Bento XVI: preservar o patrimônio de fé e de amor que é a música e o canto sacros, utilizando-os e focando na formação dos músicos, “valorizando adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana”. Desse modo, o mundo será introduzido no mistério da liturgia e não o contrário.

Pastor se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas evangélicas

Pastor, evangélico desde 1994, Adenilton Turquete se converte à Igreja Católica após 20 anos em igrejas evangélicas

Hoje faz exatamente 20 anos do meu batismo na Igreja Assembleia de Deus. Foi em 27 de Março de 1994, domingo, na igreja sede da Assembleia de Deus no Brás (Ministério em Madureira, hoje mais conhecida como AD Brás).

Foi um momento marcante em minha vida, eu estava vivendo uma linda experiência de conversão e aquele ato batismal era o cumprimento de uma decisão tomada poucos meses antes, quando aceitei a Jesus como meu Salvador. Sempre fui apaixonado pelo Evangelho desde criança, quando ganhei minha primeira Bíblia aos sete anos, poderia até ver isso como uma vocação sacerdotal.

Passados estes vinte anos eu vivo novamente a experiência da conversão, mas desta vez minha fé me trouxe de volta à Igreja Católica Apostólica Romana.

No período em que estiva na Assembleia de Deus participei de grupos de mocidade, fui professor de Escola Bíblica Dominical e cursei Teologia(Básico) pela EETAD, curso que deixei pela metade para viver o meu sonho de trabalhar em uma emissora de rádio.

Por um período de sete anos eu apresentei um programa chamado “Jovens Para Cristo”, que era patrocinado pelos membros da igreja. Neste período eu trabalhei como funcionário desta emissora até o seu fechamento pela Anatel em 2002. Após o fechamento da emissora de rádio, passei por um período de depressão e me afastei da igreja.

Meses depois eu, por conta própria, decidi procurar uma igreja diferente para frequentar, um misto de vergonha e orgulho me impediu de retornar à minha antiga congregação. Deste tempo, até aqui, fui membro de três igrejas diferentes, passei por altos e baixos na minha fé. Apesar de sucessivas decepções, aconteceu a maior dádiva da minha vida, conheci a moça que hoje é minha esposa e mãe de meu filho. Deus me abençoou com uma família maravilhosa.

Nestes últimos anos desenvolvi diversas atividades ministeriais, especialmente voltadas para a evangelização de jovens, também ministrei cursos para formação de lideres e obreiros. Até que cheguei ao pastorado, fui pastor auxiliar pelo período de um ano e pastor titular por outro período de um ano em uma congregação que inaugurei junto ao ministério do qual fazia parte.

Pouco depois do nascimento de nosso filho, por motivos alheios à minha vontade, renunciei à direção da igreja que pastoreava e meses depois entendi que deveria abrir mão do ministério pastoral. Era dia 12 de Outubro de 2012 eu preguei o meu último sermão na igreja sede da igrea que congregava e sabia que não retornaria mais a um púlpito na condição de pastor.

Tudo que eu sempre almejei e alcancei, deixei pra trás, somente restou em meu coração a ardente paixão pelo Evangelho e minha vida consagrada a Cristo. Ao longo desta experiência muita dor, angústia e lágrimas derramadas.

Talvez, nesse ponto, você esteja se perguntando o motivo de atitudes tão drásticas, tão radicais. Tais motivos, claro existem, mas decidi não falar sobre tais assuntos no momento.

Reencontro com o catolicismo

Fui criado católico, fui batizado, fiz a primeira comunhão, mas aos 18 anos, nenhum destes fundamentos fazia o menor sentido pra mim. Na adolescência fiz parte de movimentos ligados à “Teologia da libertação” e com o passar do tempo fui me afastando da igreja. Aos 18 anos aceitei ao convite de um amigo e fui com sua família a um culto da Assembleia de Deus, fiquei maravilhado com aquela atmosfera. Nunca havia sentido uma sensação tão boa,eu me senti tocado por Deus e aceitei seguir aquele caminho.

De modo algum eu quero invalidar este processo de conversão. Foi uma experiência real, verdadeira e produziu frutos em minha vida.

Porém, não é segredo para ninguém que a expansão do Protestantismo no Brasil, especialmente o ramo pentecostal, se deu por conta de uma visão anti-católica que, baseada em textos bíblicos, proclamava a verdadeira salvação por meio apenas de igrejas pertencentes a este seguimento. Igreja Católica era sinônimo de idolatria e o Papa, o próprio Anti-cristo.

Passei a ver o catolicismo como uma religião idólatra e anti-bíblica. Por anos tive esta visão e convicção.

No auge da rede social Orkut, entrei em uma comunidade de debates entre católicos e evangélicos. A comunidade “Debate Católicos e Evangélicos” carinhosamente chamada de “DC&E” congregava um número interessante de pessoas tanto católicos quanto evangélicos, ali tínhamos debates teológicos de grandeza magistral, mas também exemplos extremistas de fundamentalismo religioso, de ambas as partes.

Logo em minha primeira participação na comunidade entrei em um tópico que debatia algo sobre as Escrituras, fui logo confrontando e declarando de que adiantava debater sobre a Bíblia e não acreditar, nem fazer o que ela mandava.

Naquele dia eu levei a maior surra de interpretação bíblica, apanhei até cansar de um católico chamado Paulo, mais conhecido como Confrade. Eu não tinha argumentos, mesmo sendo um leitor ativo da Bíblia, me considerando apto a debater as Escrituras, eu fui calado pela sabedoria e conhecimento daquele rapaz. Derrotado, pedi perdão pelo equívoco…

Passei e estudar com mais afinco o catolicismo, seus costumes, o Magistério, a Tradição, os dogmas, especialmente os ligados a Maria, mãe do Mestre.

O efeito disso foi a anulação do sentimento anti-catolicismo adquirido e o início de uma fase de fraternidade e aprendizado. Porém, nunca concebi a ideia de me tornar católico novamente. Deste período de debates surgiram amizades, encontros, como o da foto abaixo.

adenilton-turquete-2

Esta imagem é um registro histórico de um dos orkontros realizados pelos membros da comunidade. Este foi o primeiro em São Paulo, havendo outros no Rio de Janeiro e algumas outras cidades do Brasil.

comunidade foi fundamental para renovar a minha mente. Passei a enxergar a Igreja Católica com a Igreja de Cristo, todo protestante deve entender que, sem ela, o Evangelho não nos alcançaria.

No entanto foram necessários alguns anos para que eu entendesse que deveria regressar à Igreja mãe. Foram necessárias várias decepções, muitas frustrações, para poder abrir o meu coração e conceber que meu lugar é na Igreja Católica.

Após renunciar ao pastorado e à direção de uma igreja, eu me desigrejei. Não queria mais saber de templos e religião institucionalizada.

Decidi romper com a religião. Eu tinha a minha fé, acreditava em Deus e viveria para fazer o bem e por minha família. Não queria mais vínculo com denominação alguma, minha religião era Cristo, e pronto.

Iniciei o projeto deste blog [Compartilhando a Graça], compartilhando textos com amigos do Facebook. Comecei a escrever sobre a fé cristã, postar reportagens e notícias sobre os cristianismo, inclusive algumas polêmicas e escândalos.

Até que um belo dia escrevi o texto Castel Gandolfo: Onde o Papa passa as férias. Isso foi no dia 11 de Janeiro de 2013, no início da noite.

Foi uma noite mal dormida, pois sonhei com o Papa Bento XVI e a ideia de ser novamente um católico. Cheguei a comentar com minha esposa: “… e se eu voltasse para Igreja Católica?”

A ideia se transformou em desejo, e o desejo, decisão. Eu comecei a compartilhar isso com meu amigo Marcio Araújo, mais um remanescente da “DC&E”, e desde então ele tem me ajudado. Márcio é dono da página Beleza da Igreja Católica e tem sido um grande incentivador da minha jornada. Pouco tempo depois criei a página Francisco, o Papa da humildade, fiquei maravilhado com a mensagem cristocêntrica do Papa, só faltava conferir se a Igreja correspondia a tamanho entusiasmo.

Comecei a participar da Missa, mas mantive a discrição. No início ia para observar, mas, com o passar do tempo, eu já estava envolvido de corpo e alma. Um determinado dia marquei uma reunião com o padre Douglas, pároco da nossa região. O recebi em minha casa para um café da manhã e conversamos bastante.

Foi muito especial, contei a ele minha história e tenho recebido o seu apoio e instrução, iniciei o curso de Crisma a pouco dias em uma classe de Catequese voltada para os adultos. Estou vivendo intensamente este processo de conversão, aprendendo a viver esta fé milenar em sua plenitude.

Se alguém tiver alguma pergunta a me fazer ou comentário específico, por favor envie email [email protected] ou me adicione no Facebook: https://www.facebook.com/atusturquete

Não responderei a anônimos e nem tenho a intenção de fazer comentário agressivos à fé de quaisquer.

Fonte: Aleteia

Page 3 of 15

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén