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O Papa: Temos uma ovelha e devemos sair pelas 99 que faltam

Sala Paulo VI lotada para escutar a catequese do Papa

VATICANO, 18 Jun. 13 / 01:26 pm (ACI/EWTN Noticias).- “Eu não tenho vergonha do Evangelho”, foi o tema da catequese dada ontem, 17 de junho, pela tarde, pelo Papa Francisco na Sala Paulo VI com motivo da inauguração do Congresso Eclesial de Roma. Nela recordou que os católicos são minoria e que, a diferença do Bom Pastor que deve sair para procurar a ovelha que falta, “nós temos uma e nos faltam as 99! Temos que sair, temos que buscá-las”.

O Papa explicou que “o Evangelho é para todos. Este ir ao encontro dos pobres não significa que tenhamos que converter-nos em pauperistas ou em uma espécie de vagabundos espirituais. Não, não é isto. Significa que temos que ir ao encontro da carne de Jesus que sofre, mas a carne de Jesus que sofre é também a daqueles que não o conhecem com seus estudos, com sua inteligência ou sua cultura”.

“Temos que ir lá. Por isso eu gosto de usar a frase ‘ir para as periferias’ as periferias existenciais. Todas, as da pobreza física e real e as da pobreza intelectual que também é real. E lá semear a semente do Evangelho, com a palavra e o testemunho”.

“E isto significa que temos que ter coragem. Quero dizer-lhes algo: No Evangelho é belo o texto que fala do pastor que, quando volta para o redil, se dá conta de que lhe falta uma ovelha; deixa as noventa e nove e vai procurá-la. Vai procurar uma. Mas nós temos uma e nos faltam as noventa e nove! Temos que sair, temos que busca-las. Nesta cultura, digamos a verdade, temos somente uma, somos minoria. E não sentimos o fervor, o zelo apostólico de sair e procurar as outras noventa e nove?”

“Queridos irmãos, temos uma e nos faltam 99, saiamos para buscá-las”, peçamos “a graça de sair para anunciar o evangelho”. Porque “é mais fácil ficar em casa com uma só ovelha, penteá-la, acariciá-la”. E exclamou: “Mas o Senhor quer que todos nós sejamos pastores e não penteadores”.

O Papa Francisco recordou que “alguns cristãos parecem ser devotos da deusa lamentação” e precisou que “o mundo é o mundo, o mesmo que há cinco séculos” e que é necessário “dar testemunho forte, ir adiante”, mas também “suportar, as coisas que ainda não podem ser mudadas”. E convidou “com coragem e paciência a sair de nós mesmos, para a comunidade, para convidá-los”.

“Uma revolução para transformar a história, tem que mudar em profundidade o coração humano. As revoluções que aconteceram durante os séculos mudaram sistemas políticos e econômicos, mas nenhuma delas mudou realmente o coração do homem. A verdadeira revolução, a que transforma radicalmente a vida, somente Jesus Cristo a fez por meio de sua ressurreição que, como Bento XVI gosta de lembrar, foi ‘a maior mutação da história da humanidade e deu vida a um novo mundo’”.

E concluiu recordando que “Deus nos deu esta graça gratuitamente, devemos dá-la gratuitamente”.

O congresso continua hoje, terça-feira, em São João de Latrão e encerrará na quarta-feira nas paróquias ou prefeituras da diocese. A sala Paulo VI ficou pequena e no exterior dela havia um setor ao ar livre conectado com telas gigantes. Ao menos umas dez mil pessoas escutaram o Santo Padre.

Por que o ateísmo é tão comum nas universidades?

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Versão áudio

Antes de a pergunta: “por que o ateísmo é tão comum nas universidades” ser respondida é preciso definir qual o significado da palavra “ateísmo”. Muitas pessoas detém-se na definição etimológica dela, ou seja, a-teísmo quer dizer não-deus. O ateu, portanto, é aquela pessoa que diz que Deus não existe.

Todavia, segundo o Catecismo da Igreja Católica, o ateísmo é algo bastante complexo, com inúmeras facetas. Vejamos:

“Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas do nosso tempo.

O termo ateísmo abrange fenômenos muitos diversos. Uma forma frequente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o homem é ‘seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história’. Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que a ‘religião, por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre.” (2123-2124)

Como se vê, a definição etimológica não é suficiente, pois o sentido da palavra é muito mais amplo. Coligindo os vários tipos de ateísmo é possível perceber que todos eles terminam numa atitude fundamental: o homem declara-se autônomo, ou seja, não depende mais de Deus para nada.

Adotar a atitude de autonomia perante Deus significa tão somente colocar-se no lugar Dele. Portanto, o que existe não é ateísmo, mas idolatria. O homem que se autodiviniza. Seja o homem individual, seja a coletividade do ser humano que passa a determinar o que é certo e o que é errado.

Muitas pessoas creem que Deus é uma realidade irrelevante para vida, que existindo ou não nada muda na vida de cada um. Mas isso não verdadeiro, pois, se existe um Deus, o homem não se pertence. Se existe um Deus, o homem é para ele. Se Ele é criador, o homem é criatura. Ele é o oleiro, o homem o barro, que deve se deixar modelar por Ele. É o homem que deve se adequar ao plano de seu criador. E, sendo assim, a perspectiva do homem muda completamente.

O início da vida acadêmica marca também o início do conhecimento do liberalismo moral. Estatisticamente já foi comprovado que o público acadêmico é muito mais liberal moralmente que as pessoas que não fazem parte desse ambiente.

E é justamenteo liberalismo moral que faz com que os jovens deslizem na direção do ateísmo. Isso se dá porque o jovem começa a pecar, seja frequentando as chamadas “baladas” ou mesmo seja cometendo pecados sexuais, transgressões diversas. Ora, para um jovem com alguma noção religiosa trazida da família, isto traz conflitos internos. Neste momento, o que acontece é que tanto os professores da Universidade quanto os próprios colegas desse jovem oferecem uma solução mágica para o seu drama de consciência: a relativização do certo e do errado e decretação da autonomia do homem (ateísmo).

Assim, a pessoa é introduzida no relativismo moral, quando não existe uma verdade, mas variantes, de acordo com o entendimento de cada um. Sendo assim, todas as opiniões são válidas. Ousar discordar ou afirmar que existe uma só verdade torna o indivíduo um ditador, pois estará querendo impor a sua própria moral. O indivíduo se torna um imperalista moral!

Este fenômeno é o que o Papa Emérito Bento XVI chamava de “ditadura do relativismo”:

“Enquanto o relativismo, isto é, deixar-se levar “aqui e além por qualquer vento de doutrina”, aparece como a única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última medida apenas o próprio eu e as suas vontades.” (Missa pro eligendo Pontífice, 18/04/2005) [1]

Nesse sentido, o homem toma o lugar de Deus e o campus universitário pode ser comparado com o lugar onde o homem colhe o fruto da árvore proibida, da árvore do bem e do mal e torna-se um homem ‘para além do bem e do mal’[2], numa independência total, na qual se pode afirmar: “eu sou Deus, eu determino o que é o bem, eu determino o que é o mal”. A ideia de haver um criador é absurda, pois é o próprio homem quem tudo define e determina.

O filósofo ateu Friedrich Nietzsche, morto no ano de 1900, é o porta-voz dessa mentalidade que se instalou nas universidades. Em seu livro “Assim falava Zaratrusta”, no capítulo chamado “Ilhas Bem-Aventuradas”, ele profere o seguinte aforismo: “Meus irmãos, eu irei abrir-vos claramente a minha consciência: se existissem deuses, como suportaria eu não ser um deus? Logo, os deuses não existem.”

Ora, esse raciocínio de Nietzsche não tem nada de científico, é uma falácia total. É algo que não se sustenta, mas, infelizmente, convence interiormente quem vive o drama de sua consciência. Então, se o jovem sente o peso de sua consciência é muito mais difícil ir a um confessionário e fazer o propósito de emendar-se. Mais fácil é, com uma canetada, tirar Deus da lista e atribuir aqueles sentimentos a uma educação retrógrada, conservadora, ultrapassada. Os tempos são outros, modernos, o pecado é coisa de antigamente, agora, cada geração, cada sociedade determina o que é bem, o que é mal. Melhor ainda, cada pessoa pode fazer a sua própria lei, de acordo com as suas próprias convicções e vontades. Tudo é relativo. Sendo assim, o homem se torna deus, se coloca no lugar de Deus.

É por isso que nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas sim, uma crescente idolatria. Elas são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência, inserindo os jovens na chamada “ditadura do relativismo”. O preço que se paga por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas, independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do pecado. No ambiente universitário não é diferente.

A virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado na generosidade, já na avareza sim. Uma pessoa não é viciada na castidade, mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada na sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.

Deus não dificulta a autonomia humana, pelo contrário, Ele liberta. “A verdade vos libertará”, disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários deveriam ser lugares em que se busca a Verdade e ela, ao ser encontrada, deveria transformar a todos em pessoas que se põe a serviço do conhecimento e da ciência. Esta deveria ser a vocação de todo universitário.

Referências

  1. Santa Missa «Pro Eligendo Romano Pontifice» homilia do Cardeal Joseph Ratzinger decano do colégio cardinalício
  2. Alusão ao livro “Para Além do Bem e do Mal”, de Friedrich Nietzsche.

A Igreja nos leva a Cristo, recorda o Papa ante aqueles que dizem “Cristo sim, Igreja não”

VATICANO, 29 Mai. 13 / 02:10 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em meio da chuva que não impediu que cumprimentasse, como sempre faz, a todos os assistentes a audiência geral desta quarta-feira na Praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou que a Igreja é a que nos leva a Cristo, a Deus; ante aqueles que afirmam “Cristo sim, Igreja não” ou aqueles que dizem não acreditar nos sacerdotes.

Inaugurando um novo ciclo de catequese sobre a Igreja, à luz do Concílio Vaticano II, o Papa explicou que a Igreja é a família de Deus, cujo projeto é fazer “de todos nós uma única família de filhos, em que cada um se sinta próximo e amado por Ele” como na parábola do Filho pródigo ou do Pai misericordioso.

“Quando se manifesta a Igreja? Celebramos esse momento há dois domingos. Se manifesta quando o dom do Espírito Santo enche o coração dos Apóstolos e os impele a sair e começar o caminho para anunciar o Evangelho, espalhar o amor de Deus. Mesmo hoje em dia, alguém diz: ‘Cristo sim, a Igreja não’. Como aqueles que dizem ‘eu acredito em Deus, mas não nos sacerdotes’.?Mas é a Igreja que nos leva a Cristo, que nos leva a Deus, a Igreja é a grande família dos filhos de Deus”.

O Papa disse também que “a Igreja nasce do desejo de Deus de chamar todo homem à comunhão com Ele, à Sua amizade e a participar como filhos de suavida divina.?A própria palavra ‘Igreja’, do grego ekklesia, significa ‘convocação’: Deus nos chama, nos impulsiona a sair do individualismo, da tendência de nos fechar em nós mesmos e nos chama a fazer parte de sua família”.

“E este chamado tem origem na própria criação. Deus nos criou para que vivêssemos em uma relação de profunda amizade com?Ele e até mesmo quando o pecado quebrou esta relação com Deus, com os outros e com a criação, Deus não nos abandonou”.

“Toda a história da salvação é a história de Deus que busca o homem, oferece-lhe seu amor, o acolhe.?Ele chamou Abraão para ser o pai de uma multidão, escolheu o povo de Israel para firmar uma aliança que abraçasse todas as nações e enviou, na plenitude dos tempos, seu Filho, para que seu plano de amor e salvação fosse realizado em uma nova e eterna aliança com toda a humanidade”.

À pergunta “de onde nasce a Igreja, então?”, Francisco disse que “nasce do supremo ato de amor na Cruz, do lado trespassado de Jesus, de onde jorram sangue e água, símbolo dos sacramentos da Eucaristia e do Batismo. Na família de Deus, na Igreja, a seiva vital é o amor de Deus que se constitui em amá-Lo e amar os outros, todos, sem distinção e medida”.

“Claro que há também aspectos humanos, naqueles que a compõem, pastores e fiéis, há defeitos, imperfeições, pecados e o Papa também os tem e são muitos, mas o belo é que, quando nos damos conta de que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que sempre perdoa.?Não se esqueça: Deus sempre perdoa e nos recebe em seu amor de perdão e misericórdia”.

O Santo Padre questionou “nos perguntemos hoje: quanto amo a Igreja? Rezo por ela? Eu me sinto parte da família da Igreja? O que faço para que seja uma comunidade onde todos se sintam acolhidos e compreendidos, sintam a misericórdia e o amor de Deus que renova a vida??A fé é um dom e um ato que nos afeta pessoalmente, mas Deus nos chama a viver a nossa fé juntos, como família, como Igreja”.

Para concluir alentou pedir ao Senhor “de maneira especial neste Ano da Fé, que as nossas comunidades, toda a Igreja, sejam cada vez mais verdadeiras famílias que vivem e levam o calor de Deus. Obrigado”.

“As fofocas destroem a Igreja”, afirma Papa Francisco

Fonte: Rádio Vaticano

Cidade do Vaticano (RV) – O cristão deve vencer a tentação de se envolver na vida dos outros: foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada esta manhã na capela da Casa Santa Marta, na presença de líderes do Caminho Neocatecumenal e de Comunhão e Libertação.

Francisco destacou que fofocas e invejas fazem muito mal à comunidade cristã e que não se pode “dizer somente a metade que nos convém”.

“Que te importa?”: o Papa desenvolveu a sua homilia partindo desta pergunta feita por Jesus a Pedro, que tinha se envolvido na vida de outra pessoa, na vida do discípulo João. Primeiramente, o que perturba é comparação, compararmo-nos com os outros. Com isso, “acabamos na inveja, e a inveja enferruja a comunidade cristã” – disse o Pontífice. Em segundo lugar, o que prejudica são as fofocas:

“Quantas fofocas na Igreja! Quanto falamos, nós os cristãos! A fofoca é fazer-nos mal, ferir um ao outro… É como querer diminuir o outro: ao invés de crescer, faço com que o outro fique menor e eu me sinto maior. Isso não é bom. São como as balas de mel. Depois de muitas, vem a dor de barriga. A fofoca é assim. É doce no início e depois destrói, destrói a alma. As fofocas são destrutivas na Igreja!”

Ao falar mal dos outros, fazemos três coisas: a desinformação, a difamação e a calúnia. “Todas as três são pecado”, disse o Papa. E o próprio Jesus nos indica o caminho, ao dizer a Pedro: O que te importa? Segue-me:

“‘É bela esta palavra de Jesus, tão clara, tão amorosa para nós. A salvação está em seguir Jesus. Peçamos hoje ao Senhor que nos dê esta graça de não nos envolver na vida dos outros e de seguir Jesus e o seu caminho”.

(BF)

Satanás é um mal pagador e sempre nos engana, ensina o Papa Francisco

VATICANO, 14 Mai. 13 / 03:36 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco disse hoje, em sua habitual homilia da Missa que preside na Casa Santa Marta no Vaticano, que Satanás é um mal pagador e sempre nos engana; e ante essa realidade temos que rezar pedindo ao Espírito Santo um coração capaz de amar como Jesus, porque o que ama nunca está sozinho e não “perde” sua vida mas sim a encontra.

Na Eucaristia concelebrada pelo Arcebispo de Medellín (Colômbia), Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, e na qual participaram alguns empregados dos Museus Vaticanos, assim como alguns alunos do Pontifício Colégio Português, o Santo Padre disse que se de verdade queremos seguir Jesus, devemos “viver a vida como um dom” para doá-la aos outros, “não como um tesouro que devemos conservar”.

O Santo Padre refletiu sobre a oposição entre o caminho do amor e o do egoísmo. Evocando a palavra forte que Jesus nos diz: “Ninguém tem amor maior que este: dar sua vida.”, o Pontífice destacou que a liturgia de hoje mostra também a Judas, que tinha precisamente a atitude contrária: “e isso porque Judas nunca compreendeu o que é um dom”.

“Pensemos naquele momento, quando Madalena lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele (Judas) se afasta e critica amargamente: ‘Mas … isso poderia ser usado para os pobres!’. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se”.

Judas estava “isolado em sua solidão”, e esta sua atitude de egoísmo foi crescendo “até trair Jesus.”, acrescentou o Papa Francisco, ressaltando logo que o que ama “dá sua vida como dom”; enquanto que o egoísta “cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e se torna um traidor, mas sempre sozinho”.

Entretanto, quem “dá a sua vida por amor, nunca está sozinho: está sempre em comunidade, em família.” Além disso, quem “isola a sua consciência no egoísmo,” acaba “perdendo-a”, reiterou o Papa, ressaltando que foi isso o que aconteceu com Judas, que “era um idólatra, apegado ao dinheiro”:

“E João o diz: ‘era um ladrão’. E esta idolatria o levou a isolar-se da comunidade: este é o drama da consciência isolada. Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés disso, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como diz Jesus, a encontra, em sua plenitude. E o que, como Judas, quer conservá-la para si mesmo, ao final a perde. João nos diz que ‘nesse momento, Satanás entrou no coração de Judas’. E, devemos dizê-lo: Satanás é um mal pagador. Sempre nos engana, sempre!”

“Mas Jesus ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor nos leva a amar para dar fruto. E o fruto permanece”, disse o Papa Francisco.

Para concluir o Santo Padre alentou que nestes dias à espera da Festa do Espírito Santo, Pentecostes “peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me um coração aberto, um coração que seja capaz de amar com humildade e com mansidão, mas sempre um coração aberto que seja capaz de amar. Peçamos esta graça ao Espírito Santo. E que nos libere sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que termina sempre mal. Peçamos esta graça!”.

Cristãos “sem coragem” prejudicam a Igreja, afirma o Papa

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna”

Rádio Vaticano

Todos os cristãos têm o dever de transmitir a fé com coragem. Esta é a exortação que o Papa Francisco fez, na manhã desta sexta-feira, 3, na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta com a participação de guardas suíços. Concelebrou com o Pontífice o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

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Guarda Suiça participou da Missa com o Papa Francisco, nesta sexta-feira, 3, na Casa Santa Marta no Vaticano (Foto: L’Osservatore Romano)

O Papa dedicou sua homilia ao tema da coragem no anúncio do Evangelho. Todos os cristãos que recebem a fé devem transmiti-la, proclamá-la com a vida e com a palavra.

Francisco contou um episódio de sua infância, de como a fé foi transmitida por meio de sua avó, quando o levava a participar da procissão da Sexta-Feira Santa e lhe dizia: “Jesus está morto, mas amanhã ressuscitará”.

“A fé entrou assim: a fé em Cristo morto e ressuscitado. Na história da Igreja, muitos tentaram encobrir esta certeza, falando de uma ressurreição espiritual. Não, Cristo está vivo!”, afirmou o Papa.

O Pontífice recordou que, na Bíblia, lemos que Abraão e Moisés têm a coragem de “negociar com o Senhor”. Uma coragem em favor dos outros, em favor da Igreja, que é necessária ainda hoje:

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna. Cristãos mornos, sem coragem… Isso prejudica a Igreja, começam os problemas entre nós; não temos horizontes, não temos coragem, nem a coragem da oração ao céu nem a coragem de anunciar o Evangelho. Somos mornos… E não temos a coragem de enfrentar nossos ciúmes, nossas invejas, o carreirismo, de avançar egoisticamente. A Igreja deve ser corajosa!”

Papa Bento XVI: João Batista ensina a viver o Natal como festa do Filho de Deus

Papa Bento XVI

VATICANO, 10 Dez. 12 / 02:28 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVIafirmou que em meio da sociedade consumista, São João Batista nos ensina a viver o Natal como a festa do Filho de Deus.

O Santo Padre assinalou que “na sociedade de consumo, na qual as pessoas estão tentando buscar a felicidade nas coisas, o Batista nos ensina a viver de maneira essencial, para que o Natal seja vivido não só como uma festa exterior, mas sim como a festa do Filho de Deus que veio para trazer aos homens a paz, a vida e a verdadeira felicidade”.

O Papa indicou que durante “o Tempo de Advento a liturgia ressalta de modo particular, duas figuras que preparam a vinda do Messias: a Virgem Maria e João Batista. Neste domingo, São Lucas nos apresenta João Batista com características diferentes dos outros evangelistas”.

Citando ao seu recente livro, “A Infância de Jesus”, Bento XVI recordou que “‘Todos os quatro Evangelhos colocam no início da atividade de Jesus a figura de João Batista e o apresentam como seu precursor. São Lucas deixa para depois a conexão entre as duas figuras e suas respectivas missões. Já na concepção e nascimento, Jesus e João são colocados em relação’”.

O Papa explicou que “Essa colocação ajuda a entender que João, como filho de Zacarias e Isabel, ambos de famílias sacerdotais, não só é o último dos profetas, mas também representa todo o sacerdócio da Antiga Aliança e por isso, prepara os homens ao culto espiritual da Nova Aliança, inaugurada por Jesus”.

Além disso, o evangelista Lucas “desfaz toda leitura mítica que frequentemente se faz dos Evangelhos e coloca historicamente a vida do Batista: ‘No décimo quinto ano do governo de Tibério César, enquanto Pôncio Pilatos era governador… sob os supremos sacerdotes Anás e Caifás’”.

“Ao interior deste quadro histórico se coloca o verdadeiro e grande acontecimento, o nascimento de Cristo, que os contemporâneos nem sequer notarão”, exclamou o Papa.

Bento XVI recordou que “João Batista se define como a voz que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. A voz proclama a palavra, mas, neste caso, a Palavra de Deus precede, pois é ela mesma quem desce sobre João, filho de Zacarias, no deserto”.

“Ele, portanto, tem um grande papel, mas sempre em função de Cristo”, indicou.

Santo Agostinho, recordou o Santo Padre, disse que “João é a voz que passa, Cristo é o Verbo eterno, que era no princípio”.

O Papa assinalou que “cabe a nós a tarefa de ouvir aquela voz para abrir espaço e acolher Jesus no coração, Palavra que nos salva”.

“Neste Tempo de Advento, preparemo-nos para ver, com os olhos da fé, na humilde Gruta de Belém, a salvação de Deus”.

Ao concluir suas palavras, o Papa Bento XVI confiou à intercessão da Virgem Maria “nosso caminho rumo ao Senhor que vem, para estarmos prontos a acolher, no coração e em toda a vida, o Emanuel, Deus conosco”.

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