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“Tornei-me, acaso, vosso inimigo, porque vos disse a Verdade?” (Gálatas 4,16)

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Por Bob Stanley
Fonte: Veritatis Splendor

“A Verdade sempre incomodou as pessoas e nunca é confortável.” (Cardeal Ratzinger, 9 de outubro de 2000)
“O Novo Testamento está escondido no Antigo, e o Antigo é revelado no Novo.” (Santo Agostinho)

A Bíblia é composta de muitos livros e, ao mesmo tempo, é um livro só. Tem muitas histórias e, ao mesmo tempo, uma só história. É a história da História da Salvação do Homem por DEUS. Usando tipologia, uma ferramenta muito útil para a exegese bíblica, tantas prefiguras ou símbolos, no Antigo Testamento, apontam para realidades do Novo Testamento. Regras estritas devem ser seguidas e uma delas é que a prefigura do Antigo Testamento é sempre inferior à realidade do Novo Testamento. Outra regra é que um símbolo do Antigo Testamento nunca aponta para outro símbolo do Novo Testamento, mas sempre para uma realidade muito maior.

Salmos 127,1, uma prefigura:

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas.”

Só existe uma Igreja de DEUS. Todo as restantes foram construídas pelo homem.

Todas as igrejas na terra – a não ser uma! – são negadas pelo versículo. Então parece que, a menos que você possa provar que Jesus Cristo fundou a sua igreja, você tem trabalhado em vão.

1Timóteo 3,15, a realidade:

“Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade.”

A casa citada no Salmo 127,1 está explicada aqui. Perceba que a palavra usada neste versículo é “Igreja” e não “igrejas”. Note também que a Bíblia diz que é a Igreja que é a coluna e sustentáculo da verdade. Não-Católicos parecem ignorar este versículo, pois quando pergunto a eles, a resposta que me dão é que “a coluna e o sustentáculo da verdade é a Bíblia”.

Agora a maior e mais importante pergunta é: “Qual é essa Igreja?”

Não tema, pois a Bíblia nos diz qual é a Igreja, se seguimos e acreditamos na Palavra de DEUS. Mateus 16,18-19:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

Jesus Cristo fundou uma Igreja. Note que Ele realmente disse “Igreja” (no singular) e não “igrejas” [no plural]. As portas do inferno não prevalecerem é uma promessa que aponta que a Sua Igreja será protegida por Ele Mesmo, por dentro e por fora, por toda a eternidade. Para aqueles que insistem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois da morte do último Apóstolo, estão realmente dizendo que as portas do inferno prevaleceram contra ela, e desta maneira eles O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

Mateus 28,18-20:

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”

Esta é a promessa feita por Jesus Cristo de estar com Sua Igreja todos os dias, em todos os séculos, até o fim do mundo; e sem 1500 anos de intervalos, nem mesmo de um só dia. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 14,16-17:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.”

Aqui está a promessa de que o Espírito Santo estará para sempre com a única Igreja que Jesus Cristo fundou. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo após a morte do último Apóstolo, mais uma vez O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 16,2-13, e João 14,26:

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.”

Perceba o tempo futuro em: “[Ele] ensinar-vos-á” e “anunciar-vos-á as coisas que virão”.

Aqueles que dizem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso ainda mais uma vez por esta Sua promessa.

Parábola do Semeador

Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.

Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.

Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.

Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um. Dito isto, Jesus acrescentou alteando a voz: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.

Ele respondeu: A vós é concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam.

Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.

Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.

Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam.

A que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem.

A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança.

Palavra de Deus ajuda a superar ruptura atual entre fé e razão

.- O Presidente da Pontifícia Academia para a Vida e Reitor da Universidade Lateranense de Roma, Dom Rino Fisichella, precisa que a Palavra de Deus é capaz de superar a ruptura que fez que em um mundo secularizado a fé e a razão se separem e exista em muitos a idéia de que a verdade é inalcançável.

Em sua conferência no Congresso que se celebra em Roma pelos 10 anos da Encíclica Fides et Ratio de João Paulo II, o Arcebispo assinala, lembrando que a encíclica de João Paulo II coloca no centro desta relação à Palavra de Deus, que “a criação, com o homem ao centro dela; o problema do mal e a liberdade, questionam o sentido das coisas de modo inevitável e exigem uma resposta. O cristianismo por sua parte coloca ao mistério da Encarnação como a chave interpretativa do enigma humano e da história”.

Depois de lembrar que a encíclica critica a atual “crise de sentido” e a conseqüente “fragmentação do saber”, Dom Fisichella lembra que “a razão é capaz de conhecer a verdade e a dimensão metafísica do saber. Em outras palavras, a encíclica propõe a via pela que se pode alcançar a superação do conhecimento relegado à esfera da experimentação ou das ciências empíricas: ‘Desejo só afirmar que a realidade e a verdade transcendem o fato e o empírico, e quero reivindicar a capacidade que o homem tem de conhecer esta dimensão transcendente e metafísica de modo real e certo, embora imperfeito e analógico'”.

Para o Arcebispo, cuja exposição foi publicada em L’Osservatore Romano, o desafio “que se deve cumprir é o de reencontrar a unidade do saber como condição não só para a filosofia e a teologia para que possam dialogar entre si sobre conteúdos autônomos e também recíprocos, senão sobre tudo para estar em capacidade de mostrar aos nossos contemporâneos a resposta da que têm necessidade insaciável: a do sentido”.

“Sem este horizonte de sentido da própria existência, cada um dos tentáculos do puro conhecimento empírico, experimental, faz que o homem se converta em incapaz de compreender plenamente seu mistério, sua vocação e o projeto de sua existência pessoal neste mundo e nesta história”.

Finalmente, o Reitor da Universidade Lateranense precisa então que “o sentido da existência se funda em uma unidade que abraça em si o que é peculiar do cristianismo: uma atenção a toda a pessoas, sem diminui-la em nada, em sua capacidade de poder-se abandonar a si mesmos em um ato de amor pleno e duradouro em quem é a fonte mesma do amor. O sentido de um percurso encontra seu fim na realização do que permitiu seu movimento inicial: o sentido para a luz do amor”.

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