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Palavra de Deus e Eucaristia devem animar ação evangelizadora da Igreja, diz o Papa

VATICANO, 25 Out. 09 / 09:33 am (ACI).- Terminada a Santa Missa de clausura da Assembléia Especial para a África do Sínodo dos Bispos, o Papa Bento XVI recitou o Ângelus dominical com os fiéis presentes na Praça de São Pedro aos pés da Basílica Vaticano, recordando a todos em suas palavras introdutórias o esforço da Igreja para que ninguém se veja privado do necessário para viver e que todos possam conduzir uma existência digna do ser humano.

“Damos graças a Deus – disse o papa – pelo impulso missionário que encontrou terreno fértil em numerosas dioceses e que se exprime no envio de missionários para outros países africanos e para outros continentes”, disse o Santo Padre referindo-se aos frutos do Assembléia Especial para a África.

O Pontífice destacou, entre os temas vistos durante a Assembléia, “a família que na África constitui a célula primária da sociedade, mas que hoje é ameaçada por correntes ideológicas provenientes também do exterior”.

“O que dizer também, dos jovens expostos a este tipo de pressão, influenciados por modelos de pensamento e de comportamento que contrastam com os valores humanos e cristãos dos povos africanos?”.

Mais adiante se referiu também à grande necessidade de “reconciliação, de justiça e de paz” na África, recordando que “precisamente por isso a Igreja responde, repropondo, com renovado impulso, o anúncio do Evangelho e a ação de promoção humana. Animada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, a “Igreja se esforça para que ninguém seja privado do necessário para viver e que todos possam ter uma existência digna do ser humano”.

Seguidamente o Papa falou brevemente da Mensagem final da Assembléia sinodal, citando-o como “uma mensagem que parte de Roma, sede do Sucessor de Pedro, que preside a comunhão universal, mas se pode dizer, num sentindo mais amplo, que a mesma tem origem na África, da qual recolhe as experiências, as expectativas, os projetos, e agora retorna à África, levando a riqueza de um evento de profunda comunhão no Espírito Santo”.

Dirigindo-se aos fiéis na África disse: “Queridos irmãos e irmãs que me ouvem na África! – disse Bento XVI – Confio de modo especial às suas orações os frutos do trabalho dos Padres sinodais, e encorajo-os com as Palavras de Nosso Senhor Jesus: sejam sal e luz na amada terra africana!”.

Concluindo, Bento XVI recordou que para no próximo ano está prevista uma “Assembléia Especial para o Meio Oriente do Sínodo dos Bispos. Em ocasião de minha visita ao Chipre, terei o prazer de fazer entrega do Instrumentum laboris de tal encontro. Agradeçamos ao Senhor que não se cansa nunca de edificar sua Igreja na comunhão, e invoquemos com confiança a maternal intercessão da Virgem Maria”.

O Papa também fez uma saudação aos fiéis de língua portuguesa, recolhida na edição de hoje da página da Rádio Vaticano em português:

“Dirijo agora uma saudação cordial aos peregrinos de língua portuguesa, de modo particular aos grupos das dioceses brasileiras de Jundiaí e São Carlos, desejando que a vinda a Roma fortaleça a vossa fé e vos encha de paz e alegria em Cristo. A Santíssima Virgem guie maternalmente os vossos passos. Acompanho estes votos, com a minha Bênção Apostólica.”

Descoberta sinagoga do tempo de Jesus perto de Cafarnaum

No terreno de um futuro centro de acolhida para peregrinos em Magdala

JERUSALÉM, sexta-feira, 11 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- A Autoridade de Antiguidades de Israel informou nesta quinta-feira a importante e surpreendente descoberta das ruínas de uma sinagoga dos tempos de Jesus durante as escavações sobre o terreno do futuro centro para peregrinos em Magdala, nas margens do Mar da Galileia.

Em 11 de maio passado, durante sua visita à Terra Santa, Bento XVI abençoou a primeira pedra do “Magdala Center”, cujo desenvolvimento corre a cargo da congregação religiosa dos Legionários de Cristo.

A escavação arqueológica, dirigida por Dina Avshalom-Gorni e Arfan Najar, da Autoridade de Antiguidades de Israel, iniciou em 27 de julho. Um mês depois se encontraram os primeiros vestígios de um lugar importante.

Com o passar dos dias se deram diversas descobertas significativas que levaram à conclusão de que se trata de uma sinagoga do século I, possivelmente destruída nos anos da revolta dos judeus contra os romanos, entre os anos 66 e 70 d.C.

O mais interessante da descoberta é uma pedra esculpida que se encontrou no centro do edifício de cerca de 11 metros por 11. Tem esculpidos vários sinais, mas sobretudo tem um menorá, ou seja, um candelabro de sete braços; ao que parece, trata-se do menorá mais antigo que se encontrou até a data em uma sinagoga. Há unicamente outras seis sinagogas descobertas desse período (o período do Segundo Templo de Jerusalém).

O descobrimento arqueológico é de grande interesse para o mundo judeu, como destacam as duas visitas de Shuka Dorfmann, diretor da Autoridade de Antiguidades de Israel, que falou de uma descoberta extraordinária, única, que deverá ser estudada em toda profundidade.

As autoridades israelenses pediram que se continue a escavação na área da sinagoga, que os achados sejam preservados no lugar e se incluam no projeto do “Magdala Center”. Numerosos arqueólogos israelenses e também cristãos se encontraram nos últimos dias para visitar as ruínas.

Magdala está a apenas sete quilômetros da antiga Cafarnaum, lugar onde Jesus se estabeleceu durante o tempo de seu ministério público, e seguramente alguma vez se encontrou ali para pregar e ensinar. Também devia ser um lugar frequentado por Maria Madalena, oriunda do lugar, assim como por numerosas testemunhas oculares da vida, pregação e milagres de Jesus.

Pode-se dizer que em lugares galileus como Magdala nasceu o cristianismo como comunidade de crentes em Cristo, pois até o ano da destruição do templo de Jerusalém, os cristãos em muitos casos compartilhavam com os judeus suas sinagogas. Só depois desta data, em torno ao ano 70, houve uma separação mais clara entre judeus e cristãos, e os cristãos criaram seus próprios lugares de reunião e de culto.

O projeto do “Magdala Center” nasceu quando os Legionários de Cristo chegaram a Jerusalém, em 2004, a pedido do Papa João Paulo II, para se encarregarem do Instituto Pontifício Notre Dame de Jerusalém.

O centro busca completar o serviço que se oferecia aos peregrinos em Jerusalém, também na zona norte de Israel, que é a Galileia.

O terreno está às margens do Lago Tiberíades, na localidade de Migdal (Magdala, em aramaico, terra natal de Maria Madalena) e o projeto vem sido desenvolvido graças ao apoio de milhares de cristãos de todo o mundo, de todas as confissões, e espera-se seguir contando com este apoio para levá-lo ao término.

O “Magdala Center” busca preservar e expor as ruínas desse lugar santo, agora reforçado pelo descobrimento da sinagoga do tempo de Jesus. Também albergará um hotel de peregrinos da Terra Santa, um centro multimídia para mostrar com novas tecnologias a mensagem e a vida de Jesus e a história do lugar; e um centro que, inspirando-se na figura de Maria Madalena, promova a vocação humana e a dignidade da mulher.

Pe. Juan María Solana, L.C., diretor do Instituto Pontifício Notre Dame de Jerusalém e iniciador do projeto, reconhece: “eu sabia que Magdala era um lugar santo e sempre tive o pressentimento de que seria um lugar especial para os peregrinos das diversas religiões; mas o descobrimento que fizemos seguramente ultrapassa muito nossas expectativas”.

“Em um momento de oração no lugar, pensava que a última vez que se reuniram fiéis nesse lugar, por volta do ano 70 d.C., a maioria tinha sido testemunha da vida de nosso Senhor. Sonho com o dia que se abra este lugar para a visita dos peregrinos e espero que sirva para criar pontes e laços de diálogo e de amor verdadeiro entre os crentes das diversas religiões que se encontram na Terra Santa”, reconhece Pe. Solana.

A abertura do “Magdala Center” está prevista para 12 de dezembro do ano 2011. Contudo, deverá avaliar-se se os recentes descobrimentos exigirão um reajuste no calendário.

Mais informação:

– Comunicado da Autoridade de Antiguidades de Israel: http://www.antiquities.org.il/about_eng.asp?Modul_id=14
– Centro Magdala: www.magdalacenter.com

«Lembra-te que és pó…»

Por Mario J. Paredes, presidente da Associação Católica de Líderes Latinos

NOVA YORQUE, terça-feira, 24 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Publicamos a reflexão de Quaresma escrita por Mario J. Paredes, presidente da Associação Católica de Líderes Latinos (CALL) dos Estados Unidos, membro do comitê presidencial de enlace da Sociedade Bíblica dos Estados Unidos com a Igreja Católica, que representou esta instituição no Sínodo dos Bispos sobre a Palavra, realizado em outubro de 2008 no Vaticano.

* * *

A cada ano, com a chamada «Quarta-Feira de Cinzas», os católicos iniciam o tempo da Quaresma, tempo no qual a liturgia da Igreja Católica nos convida a uma reflexão e atuação sobre nossas vidas, sobre seu sentido, sua origem, sua missão, seu destino último.

Trata-se, portanto, de um tempo «forte» para a metanoia ou «conversão» que – em teologia e vida cristã – significa uma adequação de nosso ser, existir e atuar à própria vida de Jesus Cristo, a seu evangelho, a seus valores, a suas convicções, à sua proposta de vida: gastar a vida ao serviço do evangelho, ou seja, a favor dos outros, especialmente dos mais necessitados, para obter a vida eterna, a vida feliz, a vida plena.

Por isso, a Quaresma é um caminho bíblico, pastoral, litúrgico e existencial, para cada crente pessoalmente e para a comunidade cristã em geral, que começa com as cinzas e conclui com a noite da luz, a noite do fogo e da luz: a noite santa da Páscoa de Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Quaresma simboliza, assinala e recorda um «passo», uma páscoa, um itinerário a seguir de maneira permanente: a passagem do nada à existência, das trevas à luz, da morte à vida, do insignificante à vida abundante em Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo. E é que converter-nos significa destruir, deixar para trás, queimar, tornar cinzas o «homem velho», o homem-sem-Cristo, para revestir-nos do homem «novo», o homem-no-espírito, que é fogo novo no mundo.

Na quarta-feira de Cinzas, enquanto o ministro impõe as cinzas ao penitente, diz estas duas expressões alternativamente: «Convertei-vos e crede no Evangelho» e/ou «Lembra-te que és pó e ao pó hás de voltar». Sinal e palavras que expressam muito adequadamente nossa «criaturalidade», nossa absoluta dependência de Deus, nosso peregrinar rumo a uma pátria definitiva, nossa caducidade.

Quarta-Feira de Cinzas em particular e Quaresma em geral são um tempo litúrgico e um convite a voltar nosso olhar e vida a Deus e aos princípios do Evangelho. Assim, se Quaresma é tempo para a conversão, para melhorar no processo de humanização pessoal e comunitário, então a Quaresma coincide com a própria vida de todo crente, com o ser e missão de toda a Igreja e com a vocação da comunidade humana inteira.

Quaresma é um convite a mudar aquilo que temos de mudar na busca de ser melhores e mais felizes, um convite a construir em vez de destruir e a olhar e voltar para formas de vida mais justas, mais solidárias, mais humanas. Quaresma é um convite a buscar diligentemente novas formas de ser e fazer Igreja, sendo melhores e mais autênticos discípulos do Crucificado Ressuscitado.

O tempo litúrgico da Quaresma – como nossa própria existência – é percorrido com o olhar dirigido à Páscoa da Ressurreição e à Páscoa definitiva em Deus. Páscoa de vida abundante que se opõe a toda forma de discriminação e de envelhecimento do ser humano, de sua dignidade, a toda forma de atropelo e violência, a toda forma de mentira, maldade e morte, a toda forma de corrupção e divisão, a toda forma de marginalização e opressão. Porque a Páscoa, como ponto de chegada, cume e superação da Quaresma, é absoluta novidade de vida, da vida abundante que Deus nos oferece e à qual Deus nos convida neste tempo e em todo momento.

“Tornei-me, acaso, vosso inimigo, porque vos disse a Verdade?” (Gálatas 4,16)

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Por Bob Stanley
Fonte: Veritatis Splendor

“A Verdade sempre incomodou as pessoas e nunca é confortável.” (Cardeal Ratzinger, 9 de outubro de 2000)
“O Novo Testamento está escondido no Antigo, e o Antigo é revelado no Novo.” (Santo Agostinho)

A Bíblia é composta de muitos livros e, ao mesmo tempo, é um livro só. Tem muitas histórias e, ao mesmo tempo, uma só história. É a história da História da Salvação do Homem por DEUS. Usando tipologia, uma ferramenta muito útil para a exegese bíblica, tantas prefiguras ou símbolos, no Antigo Testamento, apontam para realidades do Novo Testamento. Regras estritas devem ser seguidas e uma delas é que a prefigura do Antigo Testamento é sempre inferior à realidade do Novo Testamento. Outra regra é que um símbolo do Antigo Testamento nunca aponta para outro símbolo do Novo Testamento, mas sempre para uma realidade muito maior.

Salmos 127,1, uma prefigura:

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas.”

Só existe uma Igreja de DEUS. Todo as restantes foram construídas pelo homem.

Todas as igrejas na terra – a não ser uma! – são negadas pelo versículo. Então parece que, a menos que você possa provar que Jesus Cristo fundou a sua igreja, você tem trabalhado em vão.

1Timóteo 3,15, a realidade:

“Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade.”

A casa citada no Salmo 127,1 está explicada aqui. Perceba que a palavra usada neste versículo é “Igreja” e não “igrejas”. Note também que a Bíblia diz que é a Igreja que é a coluna e sustentáculo da verdade. Não-Católicos parecem ignorar este versículo, pois quando pergunto a eles, a resposta que me dão é que “a coluna e o sustentáculo da verdade é a Bíblia”.

Agora a maior e mais importante pergunta é: “Qual é essa Igreja?”

Não tema, pois a Bíblia nos diz qual é a Igreja, se seguimos e acreditamos na Palavra de DEUS. Mateus 16,18-19:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

Jesus Cristo fundou uma Igreja. Note que Ele realmente disse “Igreja” (no singular) e não “igrejas” [no plural]. As portas do inferno não prevalecerem é uma promessa que aponta que a Sua Igreja será protegida por Ele Mesmo, por dentro e por fora, por toda a eternidade. Para aqueles que insistem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois da morte do último Apóstolo, estão realmente dizendo que as portas do inferno prevaleceram contra ela, e desta maneira eles O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

Mateus 28,18-20:

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”

Esta é a promessa feita por Jesus Cristo de estar com Sua Igreja todos os dias, em todos os séculos, até o fim do mundo; e sem 1500 anos de intervalos, nem mesmo de um só dia. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 14,16-17:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.”

Aqui está a promessa de que o Espírito Santo estará para sempre com a única Igreja que Jesus Cristo fundou. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo após a morte do último Apóstolo, mais uma vez O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 16,2-13, e João 14,26:

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.”

Perceba o tempo futuro em: “[Ele] ensinar-vos-á” e “anunciar-vos-á as coisas que virão”.

Aqueles que dizem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso ainda mais uma vez por esta Sua promessa.

“Joelhofobia”

No simbolismo litúrgico oficial da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, o ato de ajoelhar é o mais significativo gesto corporal de adoração à Nosso Senhor Jesus Cristo, Presente Verdadeiramente no Santíssimo Sacramento do Altar em Corpo, Sangue, Alma e Divindade (Catecismo da Igreja Católica, 1373-1381).

Tenho escutado, entretanto, repetidos relatos de situações que fiéis católicos tem passado tanto aqui no Brasil como em outros países, diante de sacerdotes e ministros da comunhão eucarística que tem negado ministrar o Corpo de Nosso Senhor à quem deseja recebê-Lo ajoelhado, muitas vezes determinando que o fiel se levante em plena fila da Sagrada Comunhão, fazendo-o passar por uma situação humilhante e constrangedora e gerando um escândalo enorme. Mas o que diz a lei da Santa Igreja à respeito disso?

A este respeito, a Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino publicou, em Julho de 2002 um documento proibindo a atitude de sacerdotes que negam ministrar a Comunhão a quem deseja receber Nosso Senhor ajoelhado. Diz o documento: “A recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. (…) Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé como postura normal para receber a Sagrada Comunhão, ela o fez com a condição de que os comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia. (…) A prática de ajoelhar-se para receber a Santa Comunhão tem em seu favor uma antiga tradição secular, e é um sinal particularmente expressivo de adoração, completamente apropriado, levando em conta a verdadeira, real e significativa presença de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo das espécies consagradas. (…) Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes, atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral.” (Protocolo no 1322/02/L) Tal intervenção foi reiterada em 2003.

Também a instrução Redemptionis Sacramentum, instrução publicada pela mesma congregação em 2004, determina: “Qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.” (RS, 91)

Com efeito, a forma tradicional que a Santa Igreja tem de receber o Corpo de Nosso Senhor é de joelhos (e diretamente na boca), em sinal de adoração à Nosso Senhor. Se as normas litúrgicas atualmente permitem que se receba o Corpo de Nosso Senhor em pé, é preciso que tenhamos clareza que, se por um lado a concessão torna isso moralmente lícito, por outro lado isto é uma concessão à regra tradicional, e que aqueles que desejarem receber o Corpo de Nosso Senhor ajoelhados, em sinal de adoração, são livres para fazê-lo.

Vejo ainda muitos afirmarem que também na Consagração Eucarística deve-se permanecer em pé e não ajoelhado, e muitos afirmam inclusive que aprenderam isso em Cursos de Liturgia (!). Mas também quanto à isso à lei da Santa Igreja é clara em afirmar na Instrução Geral no Missal Romano determina que os fiéis estejam “de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração.” (IGMR, 43)

Temos então, nestas situações em que citamos, algo como se fosse uma “joelhofobia”, em desacordo com o senso litúrgico e em desobediência explícita à lei da Santa Igreja. E escuto para isso argumentações como: “Deve-se estar não de joelhos, mas em pé como sinal de prontidão”; ou “A Eucaristia é banquete e ninguém come ajoelhado”; ou ainda “A Eucaristia é para ser comida, não para ser adorada”. Ora, todas estas argumentações estão equivocadas!

A Consagração e a Comunhão Eucarística são, antes de qualquer coisa, momentos sublimes de adoração, pois a Hóstia Consagrada é a Presença Real de Nosso Senhor; já dizia Santo Agostinho, Doutor da Santa Igreja: “Ninguém coma desta Carne se antes não A adorou.” A Santa Missa é a Renovação do Único e Eterno Sacrifício de Nosso Senhor, e embora tenha uma dimensão de banquete e ceia, é um banquete essencialmente sacrifical, que perde totalmente o sentido se não reconhecermos nele a dimensão de Sacrifício. Na Santa Missa não nos alimentamos de uma comida qualquer como em um banquete ou ceia comuns, mas sim do Carne e do Sangue de Nosso Senhor, escondidos sob a aparência do pão e do vinho. Por isso nos ensinou o saudoso Papa João Paulo II que não se pode esquecer que o “banquete eucarístico tem também um sentido primária e profundamente sacrifical” (Mane Nobiscum Domine, 15).

Ocorre que, na atual crise doutrinária e litúrgica que vivemos, muitos “católicos” ditos “progressistas” negam ou obscurecem a Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento do Altar e o caráter sacrifical da Santa Missa, vivendo-a como se fosse um simples banquete, ceia, festa ou reunião social. Sobre isso, lamenta o saudoso Papa João Paulo II na sua fabulosa encíclica Ecclesia de Eucharistia: “As vezes transparece um compreensão muito redutiva do mistério eucarístico. Despojado do seu valor sacrifical, é vivido como se em nada ultrapassasse o sentido e o valor de um encontro fraterno ao redor da mesma. Além disso, a necessidade do sacerdócio ministerial, que se fundamenta na sucessão apostólica, fica às vezes obscurecida, e a sacramentalidade da Eucaristia é reduzida à simples eficácia do anúncio. (…) Como não manifestar profunda mágoa por tudo isto? A Eucaristia é um Dom demasiadamente grande para suportar ambiguidades e reduções.” (EE 10) Consequência natural disso é a desvalorização e o desaparecimento, em muitos lugares, do sinais e símbolos litúrgicos que expressam a fé católica no que diz respeito ao Santo Sacrifício da Missa, tais como: os paramentos litúrgicos, as velas, o incenso, a genuflexão, o dobrar os joelhos e assim por diante.

É necessário uma nova tomada de consciência entre os católicos, para que, em obediência ao Sumo Pontífice Gloriosamente Reinante – o Papa Bento XVI -, o Santo Sacrifício da Missa seja conhecido e valorizado em sua essência, seus sinais e símbolos sejam também valorizados e as leis litúrgicas sejam, de fato, obedecidas, contrapondo-nos à isto que é como se fosse uma “joelhofobia” e à todos os demais abusos litúrgicos, para a Glória de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento.

Creio em Deus Pai

Creio em Deus-Pai, todo poderoso,
criador do céu e da terra
e em Jesus Cristo seu único filho, Nosso Senhor
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo
nasceu da Virgem Maria
Padeceu sob Poncio Pilatos
Foi crucificado, morto e sepultado
desceu a mansão dos mortos
ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus
está sentado à direita de Deus Pai, todo poderoso,
de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos
Creio no Espírito Santo,
na Santa Igreja Católica
na comunhão dos Santos
Na remissão dos pecados
na ressurreição da carne
na vida eterna
Amem.

Credo (Latim)

Credo in Deum, pater omnipotentuem,
Creatorem Ceali e terrae
Et in Jesum Christum, Filium ejus unicum, Dominus Nostrum
qui conceptus est de Spiritu Sancto
Natus ex Maria Virgine
Passus sub Pontio Pilato
Crucifixus, mortus, et sepultus
descendit ad inferos,
tertia dia ressurexit a mortuis
ascendit at caelos,
sedet at dexteram Dei Patris omnipotentis
inde venturus est judicare vivos et mortuos.
Credo in Spiritum Sanctus,
sanctam Ecclesiam Catholicam,
Sanctorum Communionem,
remissionem pecatorum,
carnis ressurrectionem,
vitam aeternam
Amem

The Apostles Creed (English)

I believe in God, the Father Almighty,
Creator of heaven and earth.
I believe in Jesus Christ,
his only Son, our Lord.
He was conceived by the power of the Holy Spirit
and born of the Virgin Mary.
He suffered under Pontius Pilate,
was crucified, died, and was buried.
He descended to the dead.
On the third day he rose again.
He ascended into Heaven,
and is seated at the right hand of the Father.
He will come again to judge the living and the dead.
I believe in the Holy Spirit,
the holy catholic Church,
the communion of saints,
the forgiveness of sins,
the resurrection of the body,
and life everlasting.
Amen.

Io Credo in Dio ( Italiano)

Io credo in Dio Padre onnipotente,
creatore del Cielo e della terra
et in Gesù Cristo, suo unico Figliuolo, Nostro Signore
Il quale fu concepito da Spirito Santo
nacque della Maria Vergine
patì sotto Ponzio Pilato
fu crocifisso, morì e fu sepolto
desci all’inferno
it terzo giorno resuscitò da morte
salì al cielo, sede alla destrta di Dio Padre onnipotente
di là ha de venire a giudicare i vivi e i morti
Credo nello Spirito Santo,
la Santa Chiesa Catholica,
la comunione dei Santi,
la remissiopni dei peccati,
la resuressione della carne, la vita eterna.
Amem.

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