Tag: joão paulo Page 2 of 6

“Se você quer admirar uma dança, sabe aonde ir… Mas não na Missa!” (Cardeal Arinze)

Fonte: O Catequista

Em 2002, na Cidade do México, durante a Missa que celebrou a canonização de Juan Diego, índios realizaram danças diante do Papa João Paulo II. Deem uma olhada no vídeo, que pitoresco!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=EvfdaiS0Ac4[/youtube]

E aí, o que vocês acharam da dança e dos trajes do corpo de baile indígena? Eu achei o máximo, lindíssimos. Só me incomodei com um detalhe: os dançarinos estavam na hora e no lugar errados. O templo de Deus – no caso, a Basílica da Virgem de Guadalupe – não é lugar para esse tipo de coisa, muito menos durante uma Missa. Além do mais, a apresentação lembra muito mais um ritual pagão (se é que não o foi, de fato) do que um rito cristão.

Eventos como esse acabaram por abrir um precedente desastroso. Milhares de sacerdotes e leigos em todo o mundo se acharam no direito de inserir os mais variados e bizarros remelexos na liturgia. Já ouvi falar de gente fazendo dança do ventre na Missa e já vi jovens de mini-saia sambando em frente ao altar (ué, se os dançarinos mexicanos podem exibir coxas e barrigas na igreja, porque não elas?). Em um post sobre as “missas avacalhadas“, mostramos um vídeo em que um casal com pouca roupa requebra em uma Missa ao som de “Pérola Negra”, de Daniela Mercury.

Diante de tanta zona, é um alento ter acesso às orientações do Cardeal Francis Arinze, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos entre 2002 e 2008. Em um evento, ele respondeu com muito bom-humor a perguntas sobre a “dança litúrgica”. No vídeo, que vimos no blog Missa aos Domingos, o Cardeal nigeriano enfatiza que “A dança é algo estranho ao rito latino da Missa”, e não deve ser realizada em nenhum momento da liturgia. Ele pondera, porém, que os povos de cultura asiática e africana podem realizar alguns movimentos refinados, típicos de sua cultura, no momento do ofertório, por exemplo.

MAS ATENÇÃO: o cardeal falou que os bispos – em especial aqueles dos países africanos e asiáticos – devem avaliar a possibilidade de autorizar movimentos REFINADOS na Missa, não danças. NÃO É PRA DANÇAR NUNCA!

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=-qunILnfndY[/youtube]

O Papa Bento XVI, em seu livro “El espíritu de la liturgia – Una introdución”, já havia esclarecido esta questão (tradução e grifos nossos):

A dança não é uma forma de expressão da liturgia cristã. Houve círculos docéticos-gnósticos que pretenderam introduzí-la na liturgia cristã, por volta do século III. Para eles, a crucificação era só aparência (…), de tal maneira que o baile podia ocupar o lugar da liturgia da cruz (…). As danças cultuais das diversas religiões têm finalidades diversas: encantamento, magia analógica, êxtase místico; nenhuma destas figuras corresponde à orientação interior da liturgia do ‘sacrifício da palavra’.

“O que é completamente absurdo é quando, com a intenção de fazer com que a liturgia que seja mais ‘atrativa’, se introduzem pantomimas [gestos teatrais] em forma de dança. Quando é possível, se realizam inclusive com grupos de dança profissionais que, frequentemente, terminam com aplausos (…). Quando se aplaude pela obra humana dentro da liturgia, nos encontramos diante de um sinal claro de que se perdeu totalmente a essência da liturgia, que foi susbstituída por uma espécie de entretenimento de inspiração religiosa.”

Na contramão das orientações do Papa, sacerdotes e leigos, por orgulho, por vaidade ou por pura desinformação, continuam a promover essa porcaria chamada “dança litúrgica”, que só serve para transformar o templo de Deus num circo de bizarrices ou num arremedo de culto pagão. Pior ainda é quando o presbitério vira um cabaré de carolas, onde rapazes saradinhos aproveitam a desculpa da “arte” para fazer performances sem camisa e moças fazem movimentos sensuais com roupas colantes.

danca_liturgica_ministerio_danca

É preciso considerar que, muitas vezes, os realizadores desse tipo de abuso não o fazem por maldade; há entre eles cristãos sinceros e bem intecionados. Porém, isso não anula o fato de estarem incorrendo em um grave erro, que fere a dignidade do templo e a sacralidade da liturgia. É preciso mostrar a estas pessoas o seu engano, e ajudá-las a compreender mais a fundo o significado sacrificial da missa. É preciso fazê-las entender que a “liturgia da cruz” não suporta esse tipo de firulas. Muitos católicos estão com um pé no paganismo; se ninguém fizer nada, não tardarão a enfiar os dois pés.

Os grupo de dança paroquiais podem ser muito bons e úteis, desde que saibam o seu lugar. Podem atuar nos salões paroquiais, como disse o Cardeal Arinze, mas não devem continuar a fazer o presbitério de palco. O Senhor derrama Seu precioso Sangue sobre o altar a cada Missa… Será que é tão difícil de entender isso?

Os sacerdotes e leigos que desejam ser fiéis ao magistério da Igreja devem se perguntar com honestidade: essa dança ou teatro que estamos planejando é uma expressão autêntica da liturgia cristã, ou não passa de um “entretenimento de inspiração religiosa”, como disse Bento XVI? É preciso ter humildade e amor pela Verdade; assim, poderemos nos desapegar dos nossos gostos e opiniões pessoais sobre a liturgia e ser mais fiéis àquilo que a Santa Igreja determina.

Pra encerrar, #ficaadica do Cardeal Arinze pros sacerdotes e leigos membros de “ministérios da dança” espalhados pelo Brasil afora:

“As pessoas que estão discutindo dança litúrgica deveriam usar o seu tempo rezando o Rosário, ou (…) lendo um dos documentos do Papa sobre a Sagrada Eucaristia. Nós já temos problemas suficientes. Por que banalizar mais? Por que dessacralizar mais? Já não temos confusão suficiente?”

Cardeal Herranz assegura que há mais mártires atualmente que em qualquer momento da história

Cardeal Julián Herranz Casado. ROMA, 12 Jun. 12 / 03:01 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Presidente Emérito do Pontifício Conselho para os Textos legislativos, Cardeal Julián Herranz Casado, está seguro de que neste momento há mais mártires que em qualquer outra etapa da história da Igreja.

Em entrevista concedida ao grupo ACI, o Cardeal Herranz explicou que tem muito presente os países onde a Igreja é perseguida, e em especial guarda uma lembrança preciosa da Igreja na China, “pobre e perseguida, mas cheia de vida“.

“Já faz 10 anos, escrevi uma carta ao Papa João Paulo II desde China, na qual lhe dizia que estava emocionado em ver uma Igreja pobre e perseguida, mas cheia de vida, uma Igreja na qual a vida de fé se notava continuamente na forma de comportar-se diante dos sofrimentos, das dificuldades, da profissão da própria fé sem nenhum temor, e com uma vida sacramental muito intensa”.

Após celebrar a Santa Missa com motivo da Jornada de Oração pela Igreja na China com alguns membros da China Prayer Group –um grupo nascido para seguir o chamado do Papa Bento XVI a orar pela evangelização e a unidade da Igreja do país–, o Cardeal Herranz indicou que esta oração é uma resposta ao chamado do Papa para “pedir pelos cristãos, pelos católicos que estão sendo perseguidos em muitas nações do mundo”.

“É um momento no qual estão havendo mais mártires que em qualquer outro momento da história da Igreja, mártires cuja maioria nem sequer são conhecidos, mas que diante do Senhor estão muito pressente, pois eles receberam a coroa da glória no Céu, e sobre tudo estão dando um testemunho de fortaleza na fé”, explicou.

O Cardeal Herranz assinalou que é verdade que a Igreja na China está passando por momentos difíceis; “mas quando a Igreja não passou por momentos difíceis de um tipo ou de outro? Pensando na Igreja dos primeiros tempos, quando estava mais acossada por tantas dificuldades, ali o que faziam os cristãos era ser unânimes na oração, na comunhão -participação do corpo do Senhor-, e na doutrina dos apóstolos”, animou.

A autoridade vaticano indicou que Bento XVI fundamentalmente deseja ajudar a população chinesa a crescer na fé. “Se Cristo é caminho, verdade e vida, caminho da Igreja na China, a vida, a força da vida missionária e apostólica que tenham os católicos na China depende muito da amizade que tenham com Cristo, quer dizer, como eles crescem por dentro”.

Finalmente, o Cardeal considerou que a situação dos católicos na China está melhorando, “tudo o que tem vida, tudo o que cresce e se expande é bom e os católicos estão num momento de grande crescimento por dentro e por fora, por dentro porque há um grande esforço por melhorar a formação na fé, e por fora porque todos têm, e especialmente os leigos –e me dá muita alegria-, um grande ardor leigo e missionário”.

China é um país hostil para os católicos, o Estado só permite o culto católico unicamente à Associação Patriótica Católica Chinesa, ajudante do Partido Comunista da China, e em numerosas ocasiões rechaçou a autoridade do Vaticano. A Igreja Católica, fiel ao Papa e clandestina na China, é perseguida permanentemente.

As relações diplomáticas entre a China e o Vaticano se romperam em 1951, dois anos depois da chegada ao poder dos comunistas que expulsaram aos clérigos estrangeiros. Anteriormente, a Igreja Patriótica nomeou alguns bispos sem a permissão do Santo Padre.

No ano 2007, Bento XVI escreveu uma Carta aos bispos, presbíteros, pessoas consagradas y fiéis leigos da Igreja Católica da China. Através dela, animou à unidade, o perdão e a reconciliação, o diálogo respeitoso e construtivo entre os fiéis, e exortou às comunidades eclesiásticas e organismos estatais a viver suas relações “na verdade e na caridade”.

“As autoridades civis são muito conscientes de que a Igreja, em seu ensino, convida aos fiéis a ser bons cidadãos, colaboradores respeitosos e ativos do bem comum no seu País, mas também está claro que ela pede ao Estado que garanta aos mesmos cidadãos católicos o pleno exercício da sua fé, no respeito de uma autêntica liberdade religiosa”, expressou naquela ocasião.

Filme Cristiada é apresentado em Roma

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=6pu4gst3FmI[/youtube]

Reconhecimento aos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade religiosa

Por Sergio Mora

ROMA, quinta-feira, 22 de março de 2012 (ZENIT.org) – Quatro dias antes da viagem apostólica do papa a Cuba e ao México, foi apresentado nesta quarta-feira (21), em Roma, o filme mexicano Cristiada, que narra os terríveis eventos da guerra civil mexicana (1929–1929), conhecida como guerra cristera, entre cujos personagens há vários que foram canonizados por João Paulo II ou beatificados por Bento XVI.

Num auditório do Instituto Patrístico Agustinianum, situado ao lado das colunas de Bernini da Praça de São Pedro, os convidados, em sua maioria jornalistas e pessoas do mundo da comunicação e dos espetáculos, assistiram à pré-estreia em evento organizado pela agência H2O e apresentado pelo mexicano Pablo José Barroso, produtor do filme, e por Jesús Colina, diretor de Aleteia.org.

O produtor destacou: “Neste domingo, o santo padre celebrará a missa aos pés do Cerro Cubilete, onde está a imagem de Cristo Rei, centro geográfico e espiritual do México. Significa um reconhecimento a todos os nossos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade de religião”.

O produtor recordou que, entre os personagens, um dos protagonistas é um menino, “o beato José Sánchez del Río, martirizado quando tinha 14 anos e beatificado por Bento XVI, junto com Anacleto González Flores, Miguel Gómez Loza e os irmãos Vargas”.

“Vocês conhecerão a história deles, como a de Cristóbal Magallanes, interpretado por Peter O’Toole, e a do padre José María Robles, canonizados por João Paulo II”.

No Cerro Cubilete, há 90 anos, o delegado apostólico Ernesto Filippi consagrou a primeira pedra do monumento a Cristo Rei, o que lhe valeu a deportação. O papa celebrará ali a santa missa com mais de quatrocentas mil pessoas.

“Com Cristiada, nós queremos que o mundo saiba e nunca se esqueça das pessoas que morreram por Jesus, pela fé e para defender a sua liberdade de religião. Sempre com as palavras Viva Cristo Rey y la Virgen de Guadalupe!” E terminou pedindo “o apoio de vocês e de todas as pessoas que acreditam na liberdade para continuarmos nos cinemas”.

O filme será apresentado nas salas do México em 20 de abril, nos Estados Unidos em 1º de junho e na Espanha em setembro. É a mais recente produção mexicana capaz de competir com as melhores do mundo. No elenco, nomes de fama mundial como Andy García e Peter O’Toole. O diretor é Dean Wright, cujos efeitos especiais foram vistos em TitanicO Senhor dos Anéis eAs Crônicas de Nárnia. O roteiro é de Michael Love, baseado em eventos históricos. O filme foi rodado em inglês.

“Planejamos o filme há três anos. Quem diria que o papa iria para o México e, mais ainda, para o Cubilete, e celebraria uma missa lá! Tudo isso vem do céu!”, comemora Barroso.

“Nós, da Dos Corazones Films, fizemos outros três filmes e vemos que as pessoas querem histórias com valores positivos. Primeiro fizemos um sobre a história da Virgem de Guadalupe, depois um sobre A Lenda do Sol, e depois O Grande Milagre, que ficou em primeiro lugar nas bilheterias do México durante cinco semanas. Eu não queria fazer mais filmes, mas quando Deus quer alguma coisa, ele é mais insistente do que ninguém. E aconteceu. Ele mesmo nos inspirou e guiou, achamos ótimos atores e o resultado superou as minhas expectativas”.

“Os cristeros são importantes para o México e para todo o continente, são pessoas que se entregaram pelas suas crenças e, graças a eles, conseguimos a liberdade de religião que temos hoje, e até uma viagem de um papa ao México”.

Baseado nos fatos reais da guerra cristera, o filme começa com a proibição de culto imposta pelo presidente Plutarco Calles. Um milhão de assinaturas foram apresentadas em protesto e rejeitadas pelo governo, que adotou uma série de intimidações, interrompendo missas e chegando a fuzilar sacerdotes, num crescendo de violência que levou as pessoas simples das áreas rurais a empunhar as armas. Grande número de católicos aderiu, outros não apoiaram e muitos não participaram, mas ajudaram os cristeros com armas e apoio logístico. Começou também um boicote econômico popular, evitando qualquer consumo.

O filme, que conta uma guerra de três anos através de uma rica série de personagens e efeitos especiais, recorda que não faltaram brutalidades como a queima de 51 pessoas dentro de um trem por causa de um ataque cristero. Os rebeldes recebem a ajuda de um general, Enrique Gorostieta, se disciplinam e dão corpo ao levantamento, colocando em sérias dificuldades o governo de Calles. A mediação de Roma para dar fim ao conflito não é aceita.

O filme é pródigo em detalhes importantes que mostram a transformação interior dos personagens, partindo do general Gorostieta, que aceita comandar as tropas em defesa da liberdade religiosa, mesmo não acreditando na Igreja. Mas o suceder-se dos fatos prepara a sua conversão. É determinante o papel do menino José, um dos principais personagens, que é assassinado depois de ser torturado por não renegar a fé, preferindo proclamar “Viva Cristo Rei!”.

Para ver o trailer: http://www.cristiadafilm.com.

 

O Fundamentalismo Ateu

Uma reflexão sobre o valor das religiões, por Ives Gandra Martins

SÃO PAULO, 18 de janeiro de 2012 (ZENIT.org) – Oferecemos aos nossos leitores, um interessante artigo que nos enviou *Ives Gandra da Silva Martins, advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; uma reflexão sobre o valor das religiões.

***

O FUNDAMENTALISMO ATEU

Voltávamos,Francisco Rezeke eu, de uma posse acadêmica em Belo Horizonte, quando ele utilizou a expressão “fundamentalismo ateu” para referir-se ao ataque orquestrado aos valores das grandes religiões que vivemos na atualidade.

Lembro-me de conversa telefônica que tive com o meu saudoso e querido amigo Octávio Frias, quando discutíamos um editorial que estava para ser publicado, sobre Encíclica do Papa João Paulo II, do qual discordava quanto a alguns temas. Argumentei que a Encíclica era destinada aos católicos e que quem não o era, não deveria se preocupar. Com sua inteligência, perspicácia e bom senso Frias manteve o editorial, mas acrescentou a observação de que o Papa, embora cuidando de temas universais, dirigia-se, fundamentalmente, aos que tinham a fé cristã.

Quando fui sustentar, pela CNBB, perante a Suprema Corte, a inconstitucionalidade da destruição de embriões para fins de pesquisa científica – pois são seres humanos, já que a vida começa na concepção -, antes da sustentação fui hostilizado, a pretexto de que a Igreja Católica seria contrária a Ciência e que iria falar de religião e não de Ciência e de Direito. Fui obrigado a começar a sustentação informando que a Academia de Ciências do Vaticano tinha, na ocasião, 29 Prêmios Nobel, enquanto o Brasil até hoje não tem nenhum, razão pela qual só falaria de Ciência e de Direito. Mostrei todo o apoio emprestado pela Academia às experiências com células tronco adultas, que estavam sendo bem sucedidas, enquanto havia um fracasso absoluto nas experiências com células tronco embrionárias. E, de lá para cá, o sucesso com as experiências, utilizando células tronco adultas, continua cada vez mais espetacular. Já as pesquisas com células embrionárias permanecem no seu estágio “embrionário”.

Trago estas reminiscências, de velho advogado provinciano, para demonstrar minha permanente surpresa com todos aqueles que, sem acreditarem em Deus, sentem necessidade de atacar permanentemente os que acreditam nos valores próprios das grandes religiões, que como diz Toynbee,em seu “Estudoda História”, terminaram por conformar as grandes civilizações. Por outro lado, Thomas E. Woods Jr., em seu livro “Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental” demonstra que, além dos fantásticos avanços na Ciência realizados por sacerdotes cientistas, a Igreja ofereceu ao mundo moderno o seu maior instrumento de cultura e educação, ou seja, a Universidade.

Aos que direcionam esta guerra atéia contra aqueles que vivenciam a fé cristã e cumprem seu papel, nas mais variadas atividades, buscando a construção de um mundo melhor, creio que a expressão do ex-juiz da Corte de Haia é adequada. Só não se assemelham aos “fundamentalistas” do Próximo Oriente, porque não há terroristas entre eles.

Num Estado, o respeito às crenças e aos valores de todos os segmentos da sociedade é a prova de maturidade democrática, como, aliás, o constituinte colocou, no artigo 3º, inciso IV, da C.F, ao proibir qualquer espécie de discriminação.

*IVES GANDRA DA SILVA MARTINS, é advogado tributarista, professor e prestigiado jurista brasileiro; acadêmico das: Academia Internacional de Cultura Portuguesa, Academia Cristã de Letras e Academia de Letras da Faculdade de Direito da USP; Professor Emérito das universidades Mackenzie, CIEE/O, ECEME e Superior de Guerra – ESG; Professor Honorário das Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Doutor Honoris Causa da Universidade de Craiova (Romênia) e Catedrático da Universidade do Minho (Portugal). 

Espanha: beatificados 23 mártires da guerra civil

Assassinados em 1936, “vítimas do ódio pela fé”

MADRI, segunda-feira, 19 de dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Durante missa solene celebrada na catedral de Santa María La Real de La Almudena, no coração de Madri, foram anunciados ontem 23 novos beatos, todos mártires mortos pela milícia durante a Guerra Civil (1936-1939) “como vítimas do ódio pela fé”. O ato foi presidido pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, que representou o papa Bento XVI.

As 23 vítimas do ódio anticlerical e antirreligioso foram Francisco Esteban Lacalendola e outros 21 membros da congregação dos Missionários Oblatos de Maria Imaculada, além de um leigo, Cándido Castán San José, pai de família. A cerimônia contou com a presença do superior geral dos Oblatos, membros da congregação, o arcebispo de Madri, cardeal Antonio María Rouco Varela, e bispos de vários países, entre os quais Espanha, Paraguai e Estados Unidos. Neste ano, justamente, celebra-se o 150º aniversário da morte do fundador da congregação, Charles-Joseph-Eugene de Mazenod (1782-1861), canonizado por João Paulo II em 3 de dezembro de 1995.
As raízes da perseguição de 1936 vêm da primeira metade do anos 1800. Em 1836, o então presidente do governo espanhol, Juan de Dios Alvarez Mendizábal, proclamou os decretos de desamortización, que confiscavam todos os imóveis considerados “improdutivos”,inclusive propriedades da Igreja.

Depois da queda da monarquia espanhola, em 1931, e da vitória da Frente Popular nas eleições de 1936, o anticlericalismo virou perseguição aberta contra os membros da Igreja, com prisões e execuções sumárias do clero, de religiosos e de fiéis. Os eventos obrigaram o papa Pio XI (1857-1939) a usar em setembro do mesmo ano a palavra “martírio” num discurso a um grupo de refugiados espanhóis.

Particularmente mal visto pela Frente Popular era o trabalho pastoral dos Missionários Oblatos. Após ameaças feitas em 1931 e 1934 contra a congregação, as pressões contra os frades culminaram em 22 de julho de 1936 num ataque de uma milícia armada contra a casa dos Oblatos em Pozuelo de Alarcón, a oeste de Madri, que acabou com a prisão de 38 pessoas. Oito delas, sendo sete frades e o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Católicos, Cándido Castán San José, foram baleadas em um parque na madrugada de 24 de julho, sem qualquer explicação nem julgamento.

Os outros foram libertados em 25 de julho, mas presos novamente em outubro e levados para o Cárcere Modelo, de Madri, onde sofreram graves maus-tratos. Dois frades foram mortos em 7 de novembro e treze outros em 28 do mesmo mês, em Paracuellos de Jarama, a nordeste da capital. Durante a execução, conforme depoimentos coletados pelo Postulador Geral da Causa de Beatificação, Pe. Joaquín Martínez Vega, OMI, ouviram-se palavras de perdão e a exclamação “Viva Cristo Rei!”.

Seu martírio (da palavra grega “testemunho”), compromisso missionário e perseverança na fé “usque ad sanguinem” foram oficialmente reconhecidos pela Igreja num decreto assinado pelo Santo Padre em 2 de abril deste ano.

O cardeal Amato ressaltou: “Eles não tinha feito nada de errado. Seu desejo era só fazer o bem a todos e anunciar o Evangelho de Jesus, que é uma boa notícia de paz, de alegria e fraternidade” (Rádio Vaticano, 17 de dezembro).

Durante a celebração, o cardeal recordou também que “os mártires de todos os tempos são testemunhas preciosas da boa existência humana, que responde à brutalidade dos perseguidores e dos carrascos com a delicadeza e a coragem dos homens fortes. Sem armas e com o poder irresistível da fé em Deus, eles venceram o mal, deixando para todos nós uma herança preciosa de bem”. “Os carrascos são esquecidos, mas suas vítimas inocentes são lembradas e celebradas”.
Seu testemunho de fé nos deixa uma lição valiosa. “A história, infelizmente, mostra que quando o homem arranca da consciência os mandamentos de Deus, ele também rasga do coração as fibras do bem, chegando a cometer atos monstruosos. Perdendo Deus, o homem perde a sua humanidade”, disse o cardeal, cujas palavras ecoam as de Bento XVI, ditas na semana passada.
O papa tinha afirmado na última quinta-feira, durante as Vésperas com universitários na Basílica do Vaticano: “Quantas vezes os homens tentaram construir o mundo sozinhos, sem ou contra Deus! O resultado é marcado pela tragédia das ideologias, que, no fim, se mostraram contra o homem e contra a sua profunda dignidade”.

O pontífice saudou com alegria a beatificação dos mártires espanhóis no final do ângelus deste domingo: “A alegria pela sua beatificação se une à esperança de que o seu sacrifício ainda dê muitos frutos de conversão e de reconciliação”.

Com dados do SeDoc – Serviço de Documentação da Rádio Vaticano

Pontifício Conselho para os leigos confirma datas para a JMJ Rio 2013

Pontifício Conselho para os leigos confirma datas para a JMJ Rio 2013 RIO DE JANEIRO, 13 Dez. 11 / 12:49 pm (ACI)

Foi confirmada hoje, em Roma, a data da Jornada Mundial da Juventude Rio2013. Conforme o jornal vaticano L’Osservatore Romano já havia mencionado, o encontro será de 23 a 28 de julho de 2013, informou o site oficial do evento www.rio2013.com.

O Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, divulgou a novidade por meio de seu twitter.

Segundo a nota lançada neste 13 de dezembro no site da JMJ, as datas foram oficializadas durante a reunião entre o Pontifício Conselho para os Leigos (PCL), que é o Comitê Organizador Central da Jornada, e a comissão do Comitê Organizador Local (COL) do Rio, que ontem chegou a Roma.

Estão participando pelo COL o presidente da comissão e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, os dois bispos auxiliares que acompanham mais diretamente a Jornada, Dom Antônio Augusto Dias Duarte e Dom Paulo Cezar Costa, monsenhor Joel Portella Amado, da coordenação geral, e os padres Márcio Queiroz, responsável pela Comunicação, e Renato Martins, responsável pelos Atos Centrais.

Entre as questões que estão sendo tratadas está também a escolha da logomarca da JMJ Rio2013, que em breve será anunciada após um concurso que recebeu propostas de logomarcas de vários países do mundo.

A comissão retorna ao Rio amanhã e está prevista uma reunião de todos os setores do Comitê para que seja apresentado o que foi ratificado e o que foi retificado do documento de trabalho do COL, que contem os projetos de cada setor.

JMJ

A Jornada Mundial da Juventude é um encontro internacional de jovens para celebrar a mensagem de Jesus Cristo. Idealizada pelo beato João Paulo II, o encontro dura aproximadamente uma semana. A última edição da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu cerca de dois milhões de jovens do mundo inteiro.

O Brasil já vive o clima da Jornada, com a peregrinação da Cruz dos jovens e do Ícone de Nossa Senhora no Brasil. Os símbolos da JMJ percorrerão todas as dioceses brasileiras e os países do Cone Sul em preparação para a JMJ Rio2013.

Para acompanhar de perto o trajeto da cruz, a JMJ Rio2013 lançou o aplicativo “Siga a Cruz” para tablets,  Iphone e android. Também em preparação a este grandioso evento, está em andamento o Concurso para a escolha da letra do Hino da JMJ Rio2013 que, assim como a Logo, formam a identidade do evento.

(Atualizado em 13/12 às 15:43h, GMT-3)

Page 2 of 6

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén