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Santa Sé: bispos «lefebvristas» ainda não estão em «plena comunhão»

A Secretaria de Estado publica uma Nota sobre o levantamento da excomunhão

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009 (ZENIT.org).- Oferecemos a seguir o texto do comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado vaticana, a propósito da polêmica gerada pelo levantamento da excomunhão aos quatro bispos seguidores de Dom Marcel Lefebvre, que aconteceu em 24 de janeiro passado.

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1. Remissão da excomunhão

Como já foi publicado anteriormente, o Decreto da Congregação para os Bispos, dado em 21 de janeiro de 2009, foi um ato com o qual o Santo Padre vai benignamente ao encontro das reiteradas petições por parte do superior geral da Fraternidade São Pio X.

Sua Santidade quis tirar um impedimento que prejudicava a abertura de uma porta ao diálogo. Agora espera que a mesma disponibilidade seja expressa pelos quatro bispos, em total adesão à doutrina e à disciplina da Igreja.

A gravíssima pena da excomunhão latae sententiae, na qual tais bispos haviam incorrido em 30 de junho de 1988, declarada depois formalmente em 1º de julho do mesmo ano, era uma consequência de sua ordenação ilegítima por parte de Dom Marcel Lefebvre.

O levantamento da excomunhão libertou os quatro bispos de uma pena canônica gravíssima, mas não mudou a situação jurídica da Fraternidade São Pio X, que por enquanto não goza de reconhecimento algum na Igreja Católica. Tampouco os quatro bispos, ainda que liberados da excomunhão, têm uma função canônica na Igreja, e não exercem licitamente um ministério nela.

2. Tradição, doutrina e Concílio Vaticano II

Para um futuro reconhecimento da Fraternidade São Pio X, é condição indispensável o reconhecimento pleno do Concílio Vaticano II e do Magistério dos Papas João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II e do próprio Bento XVI.

Como já se afirmou no Decreto de 21 de janeiro de 2009, a Santa Sé não deixará, da forma que julgar oportuna, de aprofundar com os interessados nas questões ainda abertas, de modo que se possa chegar a uma plena e satisfatória solução dos problemas que deram origem a esta dolorosa fratura.

3. Declarações sobre a Shoá

As posturas de Dom Williamson sobre a Shoá são absolutamente inaceitáveis e firmemente rejeitadas pelo Santo Padre, como ele mesmo recordou em 28 de janeiro passado, quando, referindo-se àquele selvagem genocídio, reafirmou sua plena e indiscutível solidariedade com nossos irmãos destinatários da Primeira Aliança, e afirmou que a memória daquele terrível genocídio deve induzir a «humanidade a refletir sobre o poder imprevisível do mal quando conquista o coração do homem», acrescentando que a Shoá permanece «para todos como advertência contra o esquecimento, contra a negação ou o reducionismo, porque a violência feita contra um só ser humano é violência contra todos».

O bispo Williamson, para ser admitido nas funções episcopais na Igreja, deverá também tomar, de modo absolutamente inequívoco e público, distância de suas posturas sobre a Shoá, desconhecidas pelo Santo Padre no momento da remissão da excomunhão.

O Santo Padre pede o acompanhamento, na oração, de todos os fiéis, para que o Senhor ilumine o caminho da Igreja. Que cresça o empenho dos pastores e de todos os fiéis em apoio à delicada e pesada missão do sucessor do apóstolo Pedro como «guardião da unidade» da Igreja.

No Vaticano, a 4 de fevereiro de 2009

Itália: presumido milagre atribuído a João Paulo I inicia fase diocesana

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 29 de maio de 2007 (ZENIT.org).- O Bispo de Altamura-Gravina-Acquaviva delle Fonti (Bári), Dom Mario Paciello, assinou com data de 14 de maio de 2007 o Decreto de constituição do Tribunal para a análise, em fase diocesana, relativa a um presumido milagre de cura atribuído à intercessão do Servo de Deus João Paulo I (Albino Luciani, 1912-1978), e estabeleceu para
sábado, dia 26 de maio de 2007, às 12 horas, o início da primeira sessão do Processo.

Nos dias seguintes se procederá à audição das testemunhas, começando pelo curado, com a assistência do médico perito. Encerrada a audiência, as atas serão trasladadas a Roma, para a Congregação das Causas dos Santos, onde se dará a fase sucessiva do Processo.

Como é sabido, a Causa de beatificação e de canonização do Papa João Paulo I fora confiada à Postulação Geral dos Salesianos pelo saudoso Dom Vicente Sávio SDB, então Bispo de Belluno-Feltre.

Fase diocesana da causa de beatificação de João Paulo I terminará este ano

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 17 de agosto de 2006 (ZENIT.org).- A fase diocesana da causa de beatificação de João Paulo I se concluirá este ano, anunciou nesta quinta-feira o vice-postulador do processo, Dom Giorgio Lise.

O anúncio, recolhido também por «Rádio Vaticano», foi feito público com ocasião da apresentação das celebrações em honra do vigésimo oitavo aniversário da eleição como Papa do cardeal Albino Luciani, patriarca de Veneza, que acontecerá em 26 de agosto.

Falando na localidade natal de João Paulo I, Canale D’Agordo, o vice-postulador revelou que «foram ouvidas 170 testemunhas em 190 sessões; faltam algumas em Roma e em Vittorio Veneto. A fase diocesana, portanto, está chegando ao seu fim e, em novembro, com motivo da festa patronal de São Martin, em 11 desse mês, talvez se consiga concluí-la».

Segundo o vice-postulador, a atenção se concentrou em um suposto milagre ocorrido em Puglia, região do sul da Itália: um homem assegura ter sido curado de um tumor, sem explicação científica possível, após ter pedido a graça a Deus pela intercessão do pontífice.

A fase diocesana começou em Belluno, no ano 2003.

Após a fase diocesana, o processo passará à Congregação vaticana para as Causas dos Santos.

Um caso com estas características pode levar uns dez anos, ainda que estes poderão reduzir-se.

Albino Luciani, nascido em 17 de outubro de 1912, foi eleito bispo de Roma no segundo dia do conclave em 26 de agosto de 1978. Escolheu o nome de João Paulo I. Faleceu em 28 de setembro sucessivo. É conhecido entre os católicos como «o Papa do sorriso».

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