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O Papa exorta erradicar as idolatrias sutis e escondidas na própria vida

VATICANO, 06 Jun. 13 / 02:35 pm (ACI/EWTN Noticias).- Cada um de nós vive com pequenas ou grandes idolatrias, mas o caminho que nos leva a Deus passa por um amor que é exclusivo a Ele, como Jesus nos ensinou. Afirmou assim nesta quinta-feira o Papa Francisco na missa matutina da Casa Santa Marta.

Quando o escriba se aproximou de Jesus para perguntar-lhe qual era, segundo ele, “o primeiro de todos os mandamentos”, provavelmente sua intenção não era tão inocente. Foi assim que o papa Francisco iniciou a sua homilia, avaliando o comportamento do homem que, na narração evangélica da liturgia de hoje, se dirige a Cristo dando a impressão de “coloca-lo a prova”, ou de “fazê-lo cair na armadilha”.

E quando o escriba responde aprovando a passagem bíblica de Jesus: “o Senhor nosso Deus é o único Senhor”, o Papa chamou atenção sobre o comentário de Cristo: “Não estás longe do Reino de Deus”.

Essencialmente, disse Francisco, com o “não estás longe”, Jesus queria dizer ao escriba: “sabes muito bem a teoria”, mas “ainda te falta um longo caminho para o Reino de Deus”, ou seja, deves caminhar para transformar em “realidade este mandamento”, já que “a confissão de Deus” se faz no “caminho da vida“.

O Santo Padre acrescentou que “não é suficiente dizer: ‘Mas eu acredito em Deus, Deus é o único Deus’. Está bem, mas como você vive este caminho devida? Porque podemos dizer: ‘O Senhor é o único Deus e não existe outro’, mas ao mesmo tempo viver como se Ele não fosse o único Deus e ter outras deidades a nossa disposição. É o perigo da idolatria: a idolatria que chega a nós com o espírito do mundo. E Jesus, nisto, era claro: o espírito do mundo, não. E na última ceia Jesus pede ao Pai que nos defenda do espírito do mundo, porque o espírito do mundo nos conduz à idolatria”.

“A idolatria é sutil”, todos nós “temos nossos ídolos escondidos” e “o caminho da vida para chegar, para não estar longe do Reino de Deus”, implica “descobrir os ídolos escondidos”. Um comportamento que já se encontra naBíblia -recorda-, lê-se no episódio no qual Raquel, mulher de Jacó, finge não ter ídolos consigo, os quais levou da casa do seu pai e os escondeu atrás do seu cavalo.

Também nós, disse Francisco, “os escondemos em um cavalo, mas temos que buscá-los e destrui-los”, porque a única maneira de seguir a Deus é a de um amor baseado na “lealdade”.

“E a lealdade -prosseguiu-, nos pede que espantemos os ídolos, descobri-los: estão escondidos na nossa personalidade, na nossa forma de vida. Mas estes ídolos escondidos fazem que não sejamos fiéis no amor. O apóstolo São Tiago, quando diz: ‘Quem é amigo do mundo, é inimigo de Deus’, começa dizendo: ‘Vocês adúlteros!’. Reprova-nos, mas com o adjetivo: adúlteros! Por que? Porque quem é “amigo” do mundo é um idólatra, não é fiel ao amor de Deus! O caminho para não estar longe, para avançar no Reino de Deus, é um caminho de lealdade que se assemelha ao do amor nupcial”.

Enquanto que “com as pequenas idolatrias que temos”, como é possível, não ser fiel “a um amor tão grande?”. Para isso, é necessário confiar em Cristo, que é “fidelidade plena” e que “tanto nos ama”.

“Podemos dizer agora a Jesus: ‘Senhor, você que é tão bom, ensina-me o caminho para estar cada dia menos longe do Reino de Deus, aquela forma de espantar todos os ídolos’. É difícil, mas temos que começar… Os ídolos escondidos nos muitos cavalos que temos na nossa personalidade, na nossa forma de vida: mandar para longe o ídolo do mundano, que nos leva a converter-nos em inimigos de Deus. Peçamos esta graça em Jesus, hoje.”

Concelebraram com o papa o arcebispo de Curitiba (Brasil), Dom José Vitti; e os bispos de Ibiza (Espanha), Dom Juan Segura, e de Sagar (Índia), Dom Chirayath Anthony. Conforme informou a Rádio Vaticano, também assistiram empregados da Biblioteca Apostólica Vaticano, acompanhados pelo vice-prefeito Ambrogio Paizzoni, e por um grupo do pessoal da Universidade Lateranense, acompanhados pelo vice-reitor, Dom Patrick Valdrini.

Cristãos “sem coragem” prejudicam a Igreja, afirma o Papa

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna”

Rádio Vaticano

Todos os cristãos têm o dever de transmitir a fé com coragem. Esta é a exortação que o Papa Francisco fez, na manhã desta sexta-feira, 3, na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta com a participação de guardas suíços. Concelebrou com o Pontífice o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

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Guarda Suiça participou da Missa com o Papa Francisco, nesta sexta-feira, 3, na Casa Santa Marta no Vaticano (Foto: L’Osservatore Romano)

O Papa dedicou sua homilia ao tema da coragem no anúncio do Evangelho. Todos os cristãos que recebem a fé devem transmiti-la, proclamá-la com a vida e com a palavra.

Francisco contou um episódio de sua infância, de como a fé foi transmitida por meio de sua avó, quando o levava a participar da procissão da Sexta-Feira Santa e lhe dizia: “Jesus está morto, mas amanhã ressuscitará”.

“A fé entrou assim: a fé em Cristo morto e ressuscitado. Na história da Igreja, muitos tentaram encobrir esta certeza, falando de uma ressurreição espiritual. Não, Cristo está vivo!”, afirmou o Papa.

O Pontífice recordou que, na Bíblia, lemos que Abraão e Moisés têm a coragem de “negociar com o Senhor”. Uma coragem em favor dos outros, em favor da Igreja, que é necessária ainda hoje:

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna. Cristãos mornos, sem coragem… Isso prejudica a Igreja, começam os problemas entre nós; não temos horizontes, não temos coragem, nem a coragem da oração ao céu nem a coragem de anunciar o Evangelho. Somos mornos… E não temos a coragem de enfrentar nossos ciúmes, nossas invejas, o carreirismo, de avançar egoisticamente. A Igreja deve ser corajosa!”

O maior perigo para a Igreja é que seja mundana, diz o Papa

VATICANO, 30 Abr. 13 / 03:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na homilia da Missadesta manhã na Casa Santa Marta, o Papa Francisco disse que quando aIgreja se converte em mundana, por causa do demônio, faz-se incapaz de anunciar o Evangelho e o “escândalo” da Cruz. “Este é o maior perigo!”.

Ante alguns funcionários da APSA, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica, o Santo Padre assinalou que “quando a Igreja se torna mundana, quando tem dentro de si o espírito do mundo, quando tem aquela paz que não é a do Senhor, aquela paz de quando Jesus diz ‘eu vos dou a paz, eu vou dou a minha paz’, não como a dá o mundo, quando tem essa paz mundana, a Igreja é uma Igreja débil, uma Igreja que será derrotada e incapaz de levar o Evangelho, a mensagem da Cruz, o escândalo da Cruz… Não o pode levar adiante se for mundana”.

Francisco explicou que “pode-se proteger à Igreja, pode-se curar à Igreja e nós devemos fazê-lo com nosso trabalho; mas é mais importante o que faz o Senhor: Ele é o único que pode olhar cara a cara ao maligno e vencê-lo. (…) Se queremos que o príncipe deste mundo não tome à Igreja em suas mãos, devemos confiá-la ao único que pode vencê-lo”.

Depois de alentar rezar por toda a Igreja, inclusive por aqueles batizados que não vemos ou não conhecemos, o Santo Padre disse que “confiar a Igreja ao Senhor é uma oração que a faz crescer. É também um ato de fé. Nós não temos poder, somos pobres servidores – todos – da Igreja. Ele pode levá-la adiante, protegê-la e fazê-la crescer, defendê-la de quem quer que a Igreja se torne mundana. Este é o maior perigo!”.

“Confiar a Igreja ao Senhor, confiar os idosos, os doentes, as crianças, os jovens… ‘Protege Senhor a tua Igreja: É tua! Com esta atitude Ele nos dará, no meio das tribulações, a paz que só Ele pode dar. A paz que o mundo não pode dar, que não se compra, a paz que é um verdadeiro dom da presença de Jesus no meio da sua Igreja”.

O Papa assinalou também que é necessário “confiar à Igreja os que estão em tribulação: há grandes tribulações, perseguições… mas há também pequenas tribulações: as pequenas tribulações da doença ou dos problemas familiares… Confiar tudo isto ao Senhor: Protege a tua Igreja na tribulação, para que não perca a fé, para que não perca a esperança”.

Para concluir, Francisco exortou a todos a “fazer esta oração de confiança pela Igreja que fará bem a toda ela. Dará grande paz a nós e à Igreja, não nos livrará das tribulações, mas nos fará forte ante elas”.

A novidade de Deus não é como as inovações do mundo

Papa Francisco

Apresentamos a homilia do Papa Francisco pronunciada na Santa Missa e Crisma neste V Domingo de Páscoa, na Praça de São pedro.

Amados irmãos e irmãs!

Queridos crismandos! Bem-vindos!

Gostaria de vos propor três pensamentos, simples e breves, para a vossa reflexão.

1.Na Segunda Leitura, ouvimos a estupenda visão de São João: um novo céu e uma nova terra e, em seguida, a Cidade Santa que desce de junto de Deus. Tudo é novo, transformado em bondade, em beleza, em verdade; não há mais lamento, nem luto… Tal é a acção do Espírito Santo: Ele traz-nos a novidade de Deus; vem a nós e faz novas todas as coisas, transforma-nos. O Espírito transforma-nos! E a visão de São João lembra-nos que todos nós estamos a caminho para a Jerusalém celeste, a novidade definitiva para nós e para toda a realidade, o dia feliz em que poderemos ver o rosto do Senhor – aquele rosto maravilhoso, tão belo do Senhor Jesus –, poderemos estar para sempre com Ele, no seu amor.

Olhai! A novidade de Deus não é como as inovações do mundo, que são todas provisórias, passam e procuram-se outras sem cessar. A novidade que Deus dá à nossa vida é definitiva; e não apenas no futuro quando estivermos com Ele, mas já hoje: Deus está a fazer novas todas as coisas, o Espírito Santo transforma-nos verdadeiramente e, através de nós, quer transformar também o mundo onde vivemos. Abramos a porta ao Espírito, façamo-nos guiar por Ele, deixemos que a acção contínua de Deus nos torne homens e mulheres novos, animados pelo amor de Deus, que o Espírito Santo nos dá. Como seria belo se cada um de vós pudesse, ao fim do dia, dizer: Hoje na escola, em casa, no trabalho, guiado por Deus, realizei um gesto de amor por um colega meu, pelos meus pais, por um idoso. Como seria belo!

2. O segundo pensamento: na Primeira Leitura, Paulo e Barnabé afirmam que «temos de sofrer muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus» (Act 14, 22). O caminho da Igreja e também o nosso caminho pessoal de cristãos não são sempre fáceis, encontramos dificuldades, tribulações. Seguir o Senhor, deixar que o seu Espírito transforme as nossas zonas sombrias, os nossos comportamentos em desacordo com Deus e lave os nossos pecados, é um caminho que encontra muitos obstáculos fora de nós, no mundo, e dentro de nós, no coração. Mas, as dificuldades, as tribulações fazem parte da estrada para chegar à glória de Deus, como sucedeu com Jesus que foi glorificado na Cruz; aquelas sempre as encontraremos na vida. Não desanimeis! Para vencer estas tribulações, temos a força do Espírito Santo.

3. E passo ao último ponto. É um convite que dirijo a todos, mas especialmente a vós, crismandos e crismandas: permanecei firmes no caminho da fé, com segura esperança no Senhor. Aqui está o segredo do nosso caminho. Ele dá-nos a coragem de ir contra a corrente. Sim, jovens; ouvistes bem: ir contra a corrente. Isto fortalece o coração, já que ir contra a corrente requer coragem e Ele dá-nos esta coragem. Não há dificuldades, tribulações, incompreensões que possam meter-nos medo, se permanecermos unidos a Deus como os ramos estão unidos à videira, se não perdermos a amizade com Ele, se lhe dermos cada vez mais espaço na nossa vida. Isto é verdade mesmo, e sobretudo, quando nos sentimos pobres, fracos, pecadores, porque Deus proporciona força à nossa fraqueza, riqueza à nossa pobreza, conversão e perdão ao nosso pecado. O Senhor é tão misericordioso! Se vamos ter com Ele, sempre nos perdoa. Tenhamos confiança na acção de Deus! Com Ele, podemos fazer coisas grandes; Ele nos fará sentir a alegria de sermos seus discípulos, suas testemunhas. Apostai sobre os grandes ideais, sobre as coisas grandes. Nós, cristãos, não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, ide sempre mais além, rumo às coisas grandes. Jovens, jogai a vida por grandes ideais!

Novidade de Deus, tribulação na vida, firmes no Senhor. Queridos amigos, abramos de par em par a porta da nossa vida à novidade de Deus que nos dá o Espírito Santo, para que nos transforme, nos torne fortes nas tribulações, reforce a nossa união com o Senhor, o nosso permanecer firmes n’Ele: aqui está a verdadeira alegria. Assim seja.

© Copyright 2013 – Libreria Editrice Vaticana

(28 de Abril de 2013) © Innovative Media Inc.

Caminho da fé não é alienação, mas uma preparação para a beleza do Céu, diz o Papa

VATICANO, 26 Abr. 13 / 01:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- O caminho da fé não é alienação, mas uma preparação cotidiana para a beleza do céu que é o destino definitivo ao que toda pessoa está convidada, explicou o Papa Francisco nesta manhã na homilia da Missa que celebrou na Casa Santa Marta.

Ante alguns empregados da Tipografia Vaticano, do Escritório de Trabalho da Sé Apostólica (ULSA) e membros do Corpo de Guardas presentes naEucaristia, Francisco comentou a frase que Jesus diz a seus discípulos no Evangelho de hoje: “Não se perturbe o vosso coração”.

“São palavras muito belas. Em um momento de despedida, Jesus fala com o coração na mão. Sabe que seus discípulos estão tristes e começa a falar para eles daquele que será seu destino definitivo, o céu. Diz-lhes ‘Tenham fé em Deus e também em mim’… como se fosse um engenheiro ou um arquiteto diz o que vai fazer: ‘vou preparar um lugar, na casa de meu Pai há muitas moradas’. E Jesus vai preparar-nos um lugar”.

O Santo Padre explicou depois que preparar um lugar “é preparar nossa capacidade de desfrutar da possibilidade –nossa possibilidade– de ver, sentir, entender a beleza do que está por vir, dessa pátria para a qual caminhamos”.

“Toda a vida cristã é um trabalho de Jesus e do Espírito Santo para nos preparar um lugar, preparar nossos olhos para ver… Os nossos olhos, os olhos de nossa alma, precisam ser preparados para verem o rosto maravilhoso de Jesus. É necessário preparar o nosso ouvido para ouvir as coisas e as palavras bonitas. Mas, principalmente, é preciso preparar o coração para amar, amar ainda mais”.

No caminho da vida o Senhor prepara os corações “com provações, consolações, tribulações, com as coisas boas… Toda a viagem da vida é um caminho de preparação”.

“Às vezes o Senhor tem que fazê-lo rapidamente, como fez com o bom ladrão: tinha só uns poucos minutos para prepará-lo e o fez. Mas na vida normal é de outra forma não é? É ir preparando-se para chegar a essa pátria, que é a nossa”.

Mas alguns podem pensar “que todos estes pensamentos são uma alienação… que a vida é esta, o concreto, e mais para frente não se sabe o que há… Jesus nos diz que não é assim: ‘Tenham fé em Deus e também em mim’, diz. O que te digo é a verdade: eu não faço armadilhas, não te engano”.

Finalmente o Papa assegurou que “preparar-se para o céu é começar a saudá-lo de longe. Isto não constitui uma alienação, mas uma verdade, é deixar que Jesus prepare o coração e os olhos para tamanha beleza, para o caminho de retorno à pátria. Que Deus conceda esperança, valor e humildade para deixar que o Senhor nos prepare um lugar!”

O Papa exorta a meditar nesta Semana Santa na infinita paciência de Deus conosco

O Papa exorta a meditar nesta Semana Santa na infinita paciência de Deus conosco

VATICANO, 26 Mar. 13 / 09:29 am (ACI/EWTN Noticias).- Nesta Segunda-feira Santa, o Papa Francisco fez um chamado a que, nesta Semana Santa, os católicos meditem na paciência que Deus tem com os pecados e as debilidades de cada um, pois seu amor é sempre superior a eles.

Assim o indicou o Santo Padre em uma breve homilia na Missa que celebrou ontem na Casa Santa Marta, em que meditou sobre a paciência a partir da passagem evangélica em que Judas critica a Maria por ungir os pés de Jesus com perfume.

A paciência “infinita” de Deus está refletida nesta passagem na qual Jesus é paciente com Judas. São João destaca no Evangelho que Judas não se preocupava com os pobres, mas se preocupava com o dinheiro que roubava. Jesus não lhe diz “você é um ladrão”, mas com seu amor “foi paciente com Judas, procurando atrai-lo a si com sua paciência, com seu amor”.

“Fará bem para nós pensar nesta Semana Santa na paciência de Deus, naquela paciência que o Senhor tem conosco, com nossas debilidades, com nossos pecados”, exortou o Pontífice.

“Quando pensamos na paciência de Deus. Isso é um mistério!”, exclamou o Papa. “Esta paciência que Ele tem conosco! Fazemos tantas coisas, mas Ele é paciente”. “É paciente como o pai que no Evangelho viu o filho de longe, aquele filho que foi embora com todo o dinheiro da herança”.

E por que pôde vê-lo de longe? Pergunta-se o Papa: “porque, todos os dias, ia ao alto para olhar se o filho voltava”. Esta, disse Francisco, “é a paciência de Deus, esta é a paciência de Jesus”.

“Pensemos em uma relação pessoal, nesta Semana: como foi na minha vida a paciência de Jesus comigo? Sobretudo isto. E logo sairá de nosso coração uma só palavra: ‘obrigado, Senhor, obrigado pela sua paciência!’”

O Papa na Missa inaugural de seu pontificado: O verdadeiro poder é o serviço

Papa Francisco

VATICANO, 19 Mar. 13 / 03:27 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia pela Missa de inauguração de seu pontificado, celebrada na manhã de hoje na Praça de São Pedro ante centenas de milhares de fiéis, o Papa Francisco assegurou que “o verdadeiro poder é o serviço”.

Ante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre assinalou que “é certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas”.

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz”.

O Papa, disse o Santo Padre, “deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos”.

Os mais pequeninos e débeis, indicou, são os que “Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão. Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger”.

Refletindo sobre a Solenidade de São José, que a Igreja celebra hoje, o Papa Francisco recordou ao Bispo Emérito de Roma Bento XVI, assinalando que “é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”.

O Papa refletiu sobre o Evangelho de Mateus, no qual se relata que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa”.

“Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser?custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja”.

O Santo Padre assinalou que José exerce esta custódia “com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender”.

José, indicou o Papa, “desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento”.

“Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu”.

O Santo Padre sublinhou que José é guardião “porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas”.

“Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!”.

Fundamentalmente, assinalou o Papa, “tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”.

“Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher”.

O Santo Padre pediu “a todos os que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente”.

“Não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”.

Mas, para guardar, advertiu, “devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida;”.

“Guardar quer dizer então vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura”, assegurou.

O Santo Padre indicou que “nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!”.

O Papa pediu aos fiéis “guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos”.

“Eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!”.

Ao concluir sua homilia, Francisco implorou “a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e a todos vós, digo: rezai por mim. Amém”.

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