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Promotores do aborto “preocupados” com o eficiente trabalho de líderes pro-vida na Europa

Ignacio Arsuaga A HAIA, 23 Out. 12 / 05:16 pm (ACI).- Depois de tomar conhecimento que o lobby do aborto europeu elaborou uma lista identificando os 27 líderes pro-vista mais eficazes, Ignacio Arsuaga, presidente da plataforma espanhola HazteOír –incluído nessa relação– assegurou que isto responde a uma crescente “preocupação” dos promotores da cultura de morte pelo eficaz trabalho dos defensores da vida europeus.

Em declarações ao grupo ACI nesta segunda-feira, 22 de outubro, Arsuaga assinalou que o documento, distribuído há poucos dias em uma reunião seletiva de abortistas dentro dos foros do Parlamento Europeu, “só pode significar que aqueles que atacam a dignidade da vida humana, a liberdade educativa, a liberdade religiosa ou a família estão preocupados porque os enfrentamos cada vez mais e melhor”.

A finalidade da lista, chamada “As 27 mais importantes personalidades anti-eleição (contrárias ao aborto)”, para o líder do HazteOír é clara: “dar nome àqueles considerados como inimigos. Identificar as pessoas e os grupos cívicos que estão dando a cara de maneira mais relevante na batalha cultural a favor do direito a viver dos seres humanos não nascidos”.

“A reunião de 10 de outubro onde foi repartido esse dossiê  foi organizada pelo ‘European Parliamentary Forum on Population and Development (EPF)’, um lobby de captação de recursos europeus para promover o aborto”, indicou.

Na lista ordenada pelos abortistas figuram, além de Ignacio Arsuaga e Jorge Soley Climent da Espanha, estão Sophia Kuby, da Alemanha, sob o título de “direita dura católica”.

Considerados como “personalidades populares católicas continentais” encontram-se os políticos italianos Carlo Casini e Luza Volontè, a austriaca Gudrun Veronika Kugler, a fundadora do Foro Europeu para os Direitos humanos e a Família, Catherine Vierling, entre outros. Também faz parte da lista o italiano Massimo Introvigne, defensor da liberdade religiosa na Europa.

Para Ignacio Arsuaga, o ver-se incluído na lista negra dos abortistas como presidente da plataforma HazteOír se deve, principalmente, ao êxito terminante do VI Congresso Mundial de Famílias, realizado em Madrid em maio deste ano.

Arsuaga recordou que neste evento participaram “milhares de pessoas e foram congregados os maiores peritos pró vida e pró família do mundo”.

“Mas provavelmente também nossa implicação na defesa dos mais fracos através de nossa plataforma Direito a Viver e sua influência na Hispanoamérica, onde os organismos internacionais e os grupos pró aborto estão desenvolvendo seus maiores esforços na atualidade”, disse.

O líder da plataforma pró-vida HazteOír assinalou ao grupo ACI que em pouco mais de 10 anos de existência, esta organização defensora da vida e a família obteve “uma capacidade de influência que quem defende posturas antagônicas não puderam ignorar”.

“Em 2001 começamos uns poucos amigos com um computador, uma página web rudimentar e um orçamento ridículo. Hoje somos mais de 5.000 sócios e uma comunidade de 300.000 cidadãos ativos”.

Entretanto, Arsuaga sublinhou que não desejam atribuir-se “mérito algum no fato que outros nos assinalem ou nos critiquem”.

“Sempre dissemos que, diante deste modo de atuar, nossa melhor resposta é seguir trabalhando, dedicando apenas o tempo que for imprescindível para defender-nos legitimamente”, concluiu.

Proximidade de Deus transforma as realidades mais dolorosas, recorda Bento XVI

A HAIA, 05 Out. 11 / 02:58 pm (ACI)

O Papa Bento XVI dedicou sua habitual catequese da audiência geral das quartas-feiras ao salmo 23 (22 na tradição greco-latina), que começa com as palavras “o Senhor é meu pastor: nada me falta”, e recordou que “a proximidade de Deus transforma a realidade, o vale escuro perde todo perigo, se esvazia de toda ameaça.”.

O Papa recordou que neste salmo “se expressa a confiança no Senhor que, como Bom Pastor, guia e protege de todo perigo”.

Falando em espanhol, explicou que “a figura do pastor, e as imagens contidas neste salmo, acompanharam a história e a experiência religiosa do povo do Israel. Entretanto, toda a força evocativa deste salmo é cumprida e chega à sua plenitude com Jesus Cristo”.

“Efetivamente, Ele é o Bom Pastor que sai em busca da ovelha perdida, Ele é o caminho que nos leva à vida, a luz que ilumina o vale escuro e elimina nossos temores. Ele é o anfitrião generoso que nos acolhe e põe a salvo preparando-nos a mesa de seu corpo e seu sangue. Ele é o Pastor-Rei, manso e misericordioso, entronizado sobre a árvore gloriosa da cruz”.

“Este salmo nos convida, pois, a renovar nossa confiança em Deus, abandonando-nos completamente em suas mãos. Peçamos com fé ao Senhor que nos conceda caminhar sempre seguindo seus passos, que nos acolha em sua casa, em torno de sua mesa e nos conduza para as ‘águas tranqüilas’, para que, recebendo o dom de seu Espírito, bebamos da fonte viva que salta até a vida eterna”, acrescentou no resumo da catequese em idioma espanhol.

A catequese

O Papa refletiu com grande detalhe sobre os alcances do salmo 23 e disse que “o salmista expressa sua serena certeza de ser guiado e protegido de todo perigo, porque o Senhor é seu pastor”.

“A imagem conduz a uma atmosfera de confidência, intimidade, ternura: o pastor conhece as suas ovelhinhas uma por uma, as chama pelo nome, e essas o seguem porque o reconhecem e confiam nele. Ele cuida delas, as guarda como bens preciosos, está pronto a defendê-las, a garantir-lhes o bem-estar, a fazê-las viver em tranqüilidade”.

O salmo descreve o oásis de paz ao qual o pastor leva o rebanho, “símbolo dos lugares de vida para os quais o Senhor conduz o salmista”. O Papa recordou que a cena evocada está ambientada em uma terra em grande parte desértica, hostil e o pastor “sabe chegar ao oásis no qual a alma ‘reconforta-se’ e é possível retomar forças e novas energias para voltar a trilhar o caminho”.

“Como diz o Salmista, Deus o conduz em direção aos verdes prados, às águas tranqüilas, onde tudo é abundante, tudo é doado em grande quantidade. Se o Senhor é o pastor, também no deserto, lugar de ausência e de morte, não deixa de existir a certeza de uma radical presença de vida, ao ponto de poder dizer: “nada me falta””.

O pastor adapta seus ritmos e exigências aos do rebanho, ele o conduz por caminhos adequados, atendendo suas necessidades. “Também nós se caminharmos atrás do ‘bom Pastor’, devemos estar seguros de que, por quanto possam parecer difíceis, tortuosos ou largos os caminhos de nossa vida, são os adequados para nós, e o Senhor nos guia e está sempre perto”, acrescentou o Papa.

Por isso, o salmista diz: “Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bastão e vosso báculo são o meu amparo”. Bento XVI explicou que o salmista usa para descrever os vales uma expressão hebréia que evoca as trevas da morte. Entretanto, o orante avança sem medo porque sabe que o Senhor o acompanha. “Trata-se de uma proclamação de confiança inabalável e sintetiza a experiência de fé radical, a proximidade de Deus transforma a realidade, o vale escuro perde todo perigo, se esvazia de toda ameaça”.

Esta imagem encerra a primeira parte do Salmo e abre passo a uma cena diferente, dentro da tenda do pastor: “Preparais para mim a mesa, à vista de meus inimigos. Derramais o óleo sobre minha cabeça e meu cálice transborda”.

O Senhor é apresentado agora “como Aquele que acolhe os orantes, com sinais de uma hospitalidade generosa e cheia de cuidados. Mantimentos, azeite, vinho: são dons que fazem viver e dão alegria, porque vão além do que é estritamente necessário e expressam a gratuidade e a abundância do amor”. Enquanto isso, os inimigos observam impotentes, porque “quando Deus abre sua loja para nos acolher, nada pode nos fazer danifico”.

Logo o hóspede continua sua viagem sob o amparo divino. Diz o Salmo: “a vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me por todos os dias de minha vida. E habitarei na casa do Senhor por longos dias”. O caminho que deve percorrer o salmista “adquire um novo sentido, e se converte em peregrinação para o Templo do Senhor, o lugar santo onde o orante deseja ‘habitar’ para sempre”. Do mesmo modo, habitar perto de Deus, de sua bondade, é o desejo de todo crente.

Este salmo acompanhou toda a história e a experiência religiosa do povo do Israel, mas somente em Jesus Cristo “a força evocativa de nosso salmo alcança sua plenitude de significado: Jesus é o ‘bom pastor’ que vai em busca da ovelha perdida, que conhece suas ovelhas e dá a vida por elas”.

“Ele é o caminho justo que nos leva à vida, a luz que ilumina o vale escuro e vence todos nossos medos. Ele é o anfitrião generoso que nos acolhe e nos salva dos inimigos, preparando-nos a mesa do seu corpo e do seu sangue e aquela definitiva no Céu. Ele é o Pastor real, rei na mansidão e no perdão, entronizado sobre o madeiro glorioso da cruz”.

Finalmente, o Papa sublinhou que o salmo 23 convida a renovar nossa confiança em Deus, “abandonando-nos totalmente em suas mãos. Peçamos então com fé que o Senhor nos conceda caminhar sempre por seus atalhos, também nos caminhos difíceis de nosso tempo, como rebanho dócil e obediente, acolha-nos em sua casa, em sua mesa, e conduza a ‘águas tranqüilas’ para que, acolhendo o dom de seu Espírito, possamos beber de seus mananciais, fontes da água viva que ‘brota para a vida eterna'”.

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