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Por que só os católicos fazem o sinal da cruz?

Os primeiros cristãos poderiam receber um prêmio como publicitários, por terem criado a cruz como “logotipo de identidade corporativa” da Igreja.

Lembro-me de uma das primeiras perguntas de um antigo catecismo para crianças: “Qual é o sinal do cristão? O sinal do cristão é a cruz“.

Todas as instituições, hoje especialmente, têm um logotipo que representa sua imagem corporativa. Eu acho que os primeiros cristãos deveriam receber um prêmio como publicitários, por terem criado a cruz como logotipo de identidade corporativa da Igreja: é difícil encontrar uma imagem mais simples e mais “compreensiva”, em intensidade e extensão, da visão, missão e valores da Igreja, do que a cruz.

Na simples cruz, estão condensados o passado, o presente e o futuro da instituição divina da Igreja, em favor dos homens. Ao mesmo tempo, a cruz representa a caminhada diária do cristão:

“Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz de cada dia e me siga” (cf. Lc 23).

Quando o cristão faz o sinal da cruz, ele não está praticando a magia, nem um exorcismo, como pensam alguns protestantes, mas está expressando, com um gesto simples, todo o ideal da sua vida, indicando que quer carregar a cruz de Cristo nesse dia, em sua cabeça, em seus lábios e em seu coração, com toda a sua alma e sua mente e, além disso, realizando um ato de fé na Trindade, pronunciando “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Por tudo isso, muitas igrejas e lugares cristãos são presididos e coroados com a imagem da cruz ou de Cristo crucificado, querendo representar o momento culminante da história no qual a humanidade foi resgatada por Jesus para Deus Pai.

Por tudo isso, ainda não entendo por que muitos protestantes consideram que fazer o sinal da cruz é uma blasfêmia…

Fonte: Aleteia

Bento XVI: O Cristianismo é o encontro com o Senhor ressuscitado

Papa Bento XVI Vaticano, 16 Abr. 12 / 08:53 am (ACI)

Em sua mensagem prévia à oração do Regina Caeli, na Praça de São Pedro, diante dos milhares de fiéis ali reunidos, o Papa Bento XVI sublinhou que o culto cristão não é somente uma comemoração de eventos passados ou uma particular experiência mística, mas essencialmente o encontro com o Senhor ressuscitado.

“Através destes sinais nós vivemos aquilo que experimentaram os discípulos, isto é, o fato de ver Jesus e ao mesmo tempo de não reconhece-lo, de tocar o seu corpo, um corpo verdadeiro, mas livre das ligações terrenas”.

O Santo Padre remarcou a importância de aproximar-nos de Jesus, “que vive na dimensão de Deus, além do tempo e do espaço, e todavia se faz realmente presente na comunidade, nos fala nas Sagradas Escrituras e parte para nós o Pão da Vida Eterna”.

Depois de recordar a primeira aparição de Jesus aos apóstolos no cenáculo, Bento XVI assinalou que “a celebração do Dia do Senhor é uma prova muito forte da Ressurreição de Cristo, porque somente um acontecimento extraordinário e envolvente poderia levar os primeiros cristãos a iniciar um culto diferente em relação ao do sábado hebraico”.

O Papa indicou a importância de que nas duas aparições do Senhor aos apóstolos, Jesus repetiu várias vezes a saudação da paz, convertendo um gesto tradicional em algo novo, um dom que só Ele pode dar.

“A ‘paz’ que Jesus oferece aos seus amigos é o fruto do amor de Deus que o levou a morrer na cruz, a derramar todo o seu sangue, como Cordeiro manso e humilde, “cheio de graça e verdade””.

“Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o dom da paz que nos oferece Jesus ressuscitado, deixemos que o nosso coração se encha da sua misericórdia! Desde modo, com a força do Espírito Santo, o Espírito que ressuscitou Cristo dos mortos, também nós possamos levar aos outros estes dons pascais. Que isso nos obtena Maria Santíssima, Mãe da Misericórdia”, concluiu o Papa.

João Paulo II já repousa na capela de São Sebastião

Féretro foi colocado em cerimônia privada

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Os restos mortais do beato João Paulo II já descansam sob o altar da capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro; informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

A partir de agora, os fiéis poderão venerar o papa beato na capela da basílica, e não mais na cripta vaticana, como antes.

O féretro com os restos do novo beato foi transferido nessa segunda-feira, após o fechamento da basílica, deixando o altar da Confissão, onde tinha ficado exposto para a veneração de centenas de milhares de fiéis desde a manhã de domingo, depois da cerimônia da beatificação.

A procissão foi presidida pelo cardeal Angelo Comastri, arcipreste da basílica, e formada pelo Colégio de Penitenciários, pelo Capítulo da Basílica e por nove cardeais e vários bispos e arcebispos. Entre eles, os cardeais Sodano, decano do Colégio, Bertone, secretário de Estado, Amato, Coppa, Lajolo, Re, Sandri, Macharski e Dziwisz, os arcebispos Filoni, Mamberti e Mokrzycki, o postulador, monsenhor Oder, e a irmã Tobiana, junto com outras freiras que fizeram parte do domicílio pontifício durante o papado de João Paulo II.

A procissão parou para rezar diante do altar da Confissão e seguiu até o altar da capela, cantando as ladainhas dos santos pontífices.

Depois da invocação Beate Ioanne Paule, repetida três vezes, rezou-se a oração do novo beato e o féretro foi incensado. Os trabalhadores da Fábrica de São Pedro depositaram então a grande lápide de mármore branco, que traz a inscrição Beatus Ioannes Paulus PP. II.

O comunicado vaticano termina informando que vários dos presentes fizeram o gesto devocional de beijar a lápide, enquanto a assembleia “se dissolvia com serena comoção”.

O Papa pede que os católicos aprofundem na intimidade de Jesus nesta Semana Santa

Vaticano, 20 Abr. 11 / 02:45 pm (ACI/EWTN Noticias)

Na Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI aprofundou no significado das celebrações do Santo Tríduo Pascal na Semana Santa e alentou os católicos a buscar nestes dias o recolhimento e a oração, de forma a alcançar mais profundamente essa fonte de graça.

Este Tríduo, disse o Papa, está composto pelos “os três dias santos em que a Igreja faz memória do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus”.

Bento XVI explicou que “a Quinta-feira Santa é o dia em que se faz memória da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Ministerial. Pela manhã, cada comunidade diocesana, reunida na Igreja Catedral em torno do Bispo, celebra a Missa Crismal, na qual são abençoados o Santo Crisma, o Óleo dos catecúmenos e o Óleo dos Enfermos”.

“Na tarde da Quinta-feira Santa inicia efetivamente o Tríduo Pascal, com a memória da Última Ceia, na qual Jesus instituiu o Memorial da sua Páscoa, dando cumprimento ao rito pascal hebraico”.

“Durante a Última Ceia, os Apóstolos são constituídos ministros deste Sacramento de salvação; a esses Jesus lava os pés, convidando-lhes a amar-se uns aos outros como Ele lhes tinha amado, dando a vida por eles. Repetindo esse gesto na Liturgia, também nós somos chamados a testemunhar ativamente o amor do nosso Redentor”.

O Santo Padre recordou que “a Quinta-feira Santa, enfim, encerra-se com a Adoração eucarística, na recordação da agonia do Senhor no Horto das Oliveiras. Consciente de sua morte iminente na cruz, sente uma grande tristeza”.

Referindo-se à sonolência dos Apóstolos que acompanharam Jesus no Getsêmani, o Papa assinalou que “insensibilidade por Deus: essa é a nossa verdadeira sonolência”, essa insensibilidade pela presença de Deus “que nos torna insensíveis também para o mal”. Com sua morte, o Senhor “sente todo o sofrimento da humanidade” e ressaltou que “sua vontade está subordinada à vontade do Pai e transforma esta vontade natural em um sim à vontade de Deus”.

Em sua oração, explicou Bento XVI, Jesus transforma “a aversão natural, a aversão contra o cálice, contra a sua missão de morrer por nós; transforma essa sua vontade natural em vontade de Deus, em um “sim” à vontade de Deus”.

“O homem por si só é tentado a opor-se à vontade de Deus, a ter a intenção de seguir a própria vontade, de sentir-se livre somente se é autônomo; opõe a própria autonomia contra a heteronomia de seguir a vontade de Deus. Esse é todo o drama da humanidade”.

O Papa advertiu que “na verdade, essa autonomia é errada e esse entrar na vontade de Deus não é uma oposição a si, não é uma escravidão que violenta a minha vontade, mas é entrar na verdade e no amor, no bem. E Jesus leva a nossa vontade, que se opõe à vontade de Deus, que busca a autonomia, leva essa nossa vontade para o alto, rumo à vontade de Deus”.

No Getsêmani, disse o Papa, “podemos também ver o grande contraste entre Jesus com a angústia, com o seu sofrimento, em relação ao grande filósofo Sócrates, que permanece pacífico, sem perturbação diante da morte”.

A missão do Senhor, continuou o Santo Padre “não era esta total indiferença e liberdade, sua missão era levar em si mesmo todo nosso sofrimento, todo o drama humano. E por isso esta humilhação do Getsêmani é essencial para a missão do Homem-Deus”.

“Ele carrega em si o nosso sofrimento, a nossa pobreza, e a transforma segundo a vontade de Deus. E assim abre as portas do céu, abre o céu: esta tenda do Santíssimo, que até então o homem havia fechado contra Deus, é aberta por esse seu sofrimento e obediência. Eis algumas observações para a Quinta-feira Santa, para a nossa celebração da Quinta-feira Santa”.

Sobre a sexta-feira Santa, Bento XVI disse que neste dia se comemora a “memória da paixão e da morte do Senhor; adoraremos Cristo Crucificado, participaremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum”.

“Lançando “o olhar àquele que foi trespassado” (cf. Jo 19,37), podemos chegar a seu coração que emana sangue e água como de uma fonte; daquele coração do qual brota o amor de Deus por todo o homem, recebemos o seu Espírito. Acompanhemos, portanto, na Sexta-feira Santa também nós Jesus que sai ao Calvário, deixemo-nos guiar por Ele até a cruz, recebamos a oferta do seu corpo imolado”.

“Enfim, na noite do Sábado Santo, celebraremos a solene Vigília Pascal, na qual nos é anunciada a ressurreição de Cristo, a sua vitória definitiva sobre a morte que nos interpela a ser n’Ele homens novos”.

O Santo Padre ressaltou que “o critério que guiou cada escolha de Jesus durante toda a sua vida foi a firme vontade de amar o Pai, de ser um com o Pai, e ser-Lhe fiel”.

“No reviver o santo Tríduo, disponhamo-nos a acolher também nós na nossa vida a vontade de Deus, conscientes de que na vontade de Deus, também se parece dura, em contraste com as nossas intenções, encontra-se o nosso verdadeiro bem, o caminho da vida”.

“A Virgem Mãe nos guie  nesse itinerário, e nos obtenha do seu Filho divino a graça de poder gastar a nossa vida por amor a Jesus, no serviço dos irmãos”, concluiu o Pontífice.

Amizade com Jesus leva à justiça com pobres, diz Papa

Dedica sua catequese de hoje a Santa Isabel da Hungria

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 20 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – A amizade com Cristo “cria o sentido da justiça, da igualdade de todos, dos direitos dos demais e cria o amor, a caridade”, afirmou o Papa hoje, durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro e dedicada a outra importante santa do século XIII: a princesa húngara Isabel de Turíngia.

Isabel, afirmou o Papa, foi “uma das mulheres da Idade Média que suscitou maior admiração”, por sua piedade e sua humildade, assim como por sua entrega aos pobres, apesar de proceder de uma rica e poderosa família real.

Já desde pequena, foi comprometida com Ludovico, filho do landgrave de Turíngia, a quem se uniu com amor sincero. No entanto, explicou o Papa, Isabel não se deixou levar pelo ambiente da corte.

“Uma vez, entrando na igreja na festa da Assunção, ela tirou a coroa, colocou-a aos pés da cruz e permaneceu prostrada no chão, com o rosto coberto. Quando uma freira a desaprovou por este gesto, ela respondeu: ‘Como posso eu, criatura miserável, continuar usando uma coroa de dignidade terrena quando vejo o meu Rei Jesus Cristo coroado de espinhos?'”

Esta coerência de fé e vida se manifestava também na relação com seus súditos, evitando utilizar sua posição para conseguir favores.

Isso, apontou o Papa, supõe “um verdadeiro exemplo para todos aqueles que desempenham cargos: o exercício da autoridade, em todos os níveis, deve ser vivido como serviço à justiça e à caridade, na busca constante do bem comum”.

Ela atendia pessoalmente os pobres do seu reino, algo que seu marido admirava. Foi um matrimônio feliz, explicou Bento XVI, “um claro testemunho de como a fé e o amor a Deus e ao próximo reforçam e tornam ainda mais profunda a união matrimonial”.

Isabel e seu esposo conheceram e apoiaram os Frades Menores. Posteriormente, quando ela ficou viúva e foi despojada dos seus bens pela inveja de um familiar, fez voto de pobreza no espírito franciscano.

A princesa dedicou seus últimos anos de vida a construir e trabalhar em um hospital para os pobres, onde “procurava sempre levar a cabo os serviços mais humildes e os trabalhos repugnantes”.

“Ela se converteu no que poderíamos chamar de mulher consagrada no meio do mundo”, afirmou o Papa. “Não é por acaso que ela é padroeira da Terceira Ordem Regular de São Francisco e da Ordem Franciscana Secular.”

A santa faleceu após fortes febres e, tal era sua fama de santidade, que o Papa Gregório IX a proclamou santa apenas 4 anos mais tarde.

“Santa Isabel nos convida a redescobrir Cristo, a amá-lo, a ter fé e, assim, encontrar a verdadeira justiça e o amor, como também a alegria de que um dia estaremos submersos no amor divino, no gozo da eternidade com Deus”, concluiu o Papa.

Autoridades e povo de Murcia, na Espanha, rechaçam a retirada do “Cristo de Monteagudo”

MADRI, 15 Fev. 10 / 01:44 am (ACI).- A sociedade e as autoridades da cidade de Murcia, ao Sul da Espanha, rechaçaram uma demanda que pede retirar uma estátua do Sagrado Coração de Jesus do castelo de Monteagudo, onde permanece desde 1926 e que se converteu em um símbolo da identidade desta localidade espanhola.

A demanda foi posta pela Associação Preeminência do Direito e José Luis Mazón, o mesmo que em 2008 acusou de prevaricação o juiz Ferrín Calamita por dificultar uma adoção por um casal de lésbicas.

Agora vai contra a imagem conhecida como o Cristo de Monteagudo, a que chama “uma relíquia do totalitarismo católico” imposto pelo Francisco Franco e um atentado à laicidade do Estado, por estar em um imóvel que é propriedade do Ministério de Fazenda. Também se ampara na sentença do Tribunal Europeu de Direitos humanos, que recentemente obrigou o Estado italiano a retirar os crucifixos das salas de aula dos colégios públicos.

Entretanto, o pedido foi rechaçado pela sociedade em geral e pelas autoridades, que solicitaram declarar o monumento “Bem de Interesse Cultural” (BIC). Inclusive a porta-voz do PSOE na prefeitura de Murcia, María José Alarcón, qualificou de “despropósito” a demanda de Mazón, porque se trata de uma escultura arraigada no coração dos cidadãos há anos.

A oposição se trasladou também à rede social Facebook, onde proliferaram os grupos a favor de manter ao Cristo de Monteagudo como gesto da identidade de Murcia.

Por isso, da prefeitura, o Grupo Municipal Popular anunciou uma moção para o 25 de fevereiro que exige que se declare a imagem como BIC e assim se garanta sua conservação.

Uma “razão supersticiosa”

Em declarações ao Web Site Público.es, Mazón afirmou que com sua demanda “a Igreja topou com o poder da razão”, a qual “está em alta” e portanto “da Igreja daqui a um tempo se falará como hoje se fala da União Soviética, de um poder vindo a menos”. Além disso chamou a estátua de “emblema da irracionalidade dos poderes públicos”.

Entretanto, ato seguido disse que “o Cristo trouxe mal agouro (má sorte) ao povo”. Mazón afirmou que “não se prospera com essa estátua, é uma energia negativa que opera sobre Monteagudo e sobre a Murcia”.

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