Tag: Fraternidade

"Me inclua fora dessa"

Por Eric Mondolo
Fonte: Veritatis Splendor

Dia 7 de Setembro, feriado nacional em que se comemora a Independência do Brasil, é dia de acordar cedo e ir assistir o desfile cívico da nossa cidade. As crianças balançam bandeirinhas, os adultos se emocionam com a passagem dos milicos aposentados, os bombeiros são aplaudidos, as fanfarras e bandas entoam marchas militares dando o tom da festa e despertando na população aquele sentimento saudosista patriótico, que apesar dos pesares, sempre vem à tona nessas datas. Ou mais gritante ainda em época de copa do mundo de futebol e jogos olímpicos.

Porém um outro programa atrai também muita gente para ruas nesse mesmo dia, é o Grito dos Excluídos. Movimento que teve início no ano de 1994 aqui no Brasil liderado por alguns católicos, realizando sua primeira passeata em Setembro do ano seguinte com o lema “Vida em primeiro lugar”. Segundo a página na internet da organização desse movimento, a idéia inicial era aprofundar o tema da campanha da fraternidade de 1995 “Eras Tu Senhor” com uma marcha nas ruas, e passar alguns outros recadinhos. Entre eles, denunciar os abusos do modelo político e econômico brasileiro. De lá pra cá a marcha cresceu, se espalhou por muitas cidades brasileiras e outras organizações sociais foram se agrupando unindo suas vozes para soltar o brado em comum.

Membros do clero, misturaram-se ao povo e militantes das entidades participantes caminhando, cantando e seguindo a canção. O problema é que essa música não demorou pra desafinar. Como ter unidade de ação com grupos que defendem idéias tão contrárias a fé católica? Em um vídeo na internet, é possível ver pessoas carregando a bandeira do movimento que defende o orgulho gay, em um desses eventos.Uma investida política disfarçada de reivindicações por liberdade sexual.

O MST, claro, tem lugar de destaque no Grito dos Excluídos, organização que não está interessada só em conquistas de terras, mas de toda terra (inclusive as que estão debaixo das unhas alheias). “Tu não desejarás para ti a casa de teu próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, qualquer coisa que pertença a teu próximo” (Dt. 5, 21).Nenhum líder desse movimento esconde o desejo de promover uma revolução para implantar o Socialismo custe o que custar, é o que diz a cartilha do MST “apenas ocupar a terra só pra trabalhar, já é uma posição superada”. Já que receberam milhões de hectares, já decidiram por as manguinhas de fora e mostrar realmente a que vieram.

E o pior é que são essas mesmas bandeiras vermelhas, que fazem número nas passeatas pró-aborto, pró-pesquisa com células-tronco embrionárias, ou a outras aberrações morais. E esse ano a Campanha da Fraternidade, também teve o tema de defesa da vida. Para que lado vão gritar?

E como falei das Olimpíadas, lembro que esse ano, os jogos acontecerão em um país que sofre as conseqüências de um regime comunista, e agora tenta esconder com banners e sorrisos, as amarguras que a população enfrenta no seu dia-a-dia, já que as câmeras de televisão estão voltadas pra lá. Muitas matérias de telejornais mostram as lojas chinesas que vendem produtos falsificados, e são fundamentais na economia pois além do mercado interno, são exportados para muitos países.O Brasil seguiu o exemplo, e também aprendeu a exportar porcaria, o Grito dos Excluídos já chegaram a quase todos os países da América Latina, além dos Estados Unidos.

Nunca vejo as propostas da doutrina social da Igreja sendo defendida em meio a essas movimentações.Símbolos religiosos ou referências à espiritualidade católica nesse grito, ficam quase que escondidos.A Teologia da Libertação e suas distorções evangélicas ainda têm muito espaço na Igreja do Brasil. Mesmo o ex-frei, ex-Leonardo, Genésio Boff, ainda influencia o meio acadêmico filosófico/teológico. Ele que deixou bem claro que a Teologia da Libertação não veio trazer a fé no marxismo, mas o marxismo na fé.Alías, o irmão de Genésio, Clodovis Boff também teólogo dessa estirpe, tem um pensamento interessante sobre o sonho (para ele) do cristianismo perfeito “a oração, a missa e os sacramentos não são a parte mais importante… Um Cristianismo que não confere um sentido objetivo e sobrenatural à luta popular, mas é a luta popular que dá sentido à fé?” (cf. Clodovis Boff, Do político, pp. 102-107). Será que o tal Grito do Excluídos, realmente dá sentido à fé? Ou apenas é o sonho boffiniano ganhando espaço? Quem realmente grita pela exclusão de quem? Os marxistas excluem Deus do mundo e Antônio Gramsci pode comemorar o sucesso parcial de sua empreitada, pois defendia destruir a Igreja Católica por dentro, roendo seus alicerces espirituais, já que os ataques externos são mais difíceis de alcançar êxito.

Eu que na minha infância nos anos 80, nem entendia direito o que havia de errado no discurso cheio de ódio do padre na paróquia que freqüentava, apenas sentia aquele forte cheiro de Boff. Quando o Grito do Excluídos foi criado, eu já estava rouco o suficiente, para não querer participar desse movimento. Hoje dou graças a Deus por conseguir me livrar dessas influências totalmente, e amar a verdadeira Igreja de Cristo, seu Vigário na Terra e viver as belezas que os sacramentos contém.Faço um apelo para todos os desavisados, que bem intencionados pretendem participar do Grito dos Excluídos, para divulgar suas pastorais, seus trabalhos paroquiais, entidades e comunidades sérias e comprometidas com o evangelho de Nosso Senhor, que quando for necessário ir as ruas para defender a vida pra valer, que também o façam.Pois apesar da “doença da Igreja do Brasil” como denomina Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, ainda temos muitos “glóbulos brancos” dispostos a enfrentar a “doença” com a ajuda e a graça de Deus. Ainda que pareça uma luta difícil, a garantia de sucesso e proteção para a Igreja de Pedro, vêm de gente de peso: “As portas do inferno, não prevalecerão contra ela” (Mat. 16,18).

Ordem que foi próxima do arcebispo Lefebvre anuncia comunhão com Roma

Os Redentoristas Transalpinos, com sede central na ilha da Escócia

ROMA, segunda-feira, 14 de julho de 2008 (ZENIT.org).- O Frei Michael Mary, C.SS.R., vigário geral dos Redentoristas Transalpinos, com sede central em uma ilha escocesa, que em sua história recebeu ajuda do arcebispo Marcel Lefebvre e da fraternidade sacerdotal de São Pio X, anunciou pela internet sua comunhão com Roma.

O anúncio acontece em uma carta apresentada no site da Ordem, (http://www.papastronsay.com) e publicada em seu próprio blog (http://papastronsay.blogspot.com).

A ordem celebra a Eucaristia segundo o rito precedente à reforma litúrgica do Concílio Vaticano II.

O anúncio explica que este passo aconteceu depois que em «18 de junho passado, diante do cardeal Darío Castrillón e dos membros da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, em Roma, eu pedira humildemente à Santa Sé, em meu nome e em nome do conselho do mosteiro, que as sanções sacerdotais fossem suspensas».

«Em 26 de junho, recebi oralmente a mensagem que afirmava que a Santa Sé apoiou nossa petição. Todas as censuras canônicas foram suspensas», anuncia.

«Estamos profundamente agradecidos ao nosso Santo Padre, Bento XVI, por ter publicado em julho do ano passado o Motu Proprio Summorum Pontificum, que nos convidou a uma comunhão serena com ele», afirma o vigário.

«Agora temos esta serena comunhão! É uma pérola de grande valor; um tesouro escondido no campo; uma doçura que não pode ser imaginada por aqueles que não a provaram.»

«Seu valor não pode ser expresso plenamente com a linguagem humana, e por esse motivo esperamos que todos os sacerdotes tradicionalistas que ainda não o fizeram, respondam ao convite do Papa Bento XVI para desfrutar da graça da serena comunhão com ele.»

Pensando no futuro, segundo explica, «o próximo passo será erigir canonicamente nossa comunidade».

Originalmente baseada em Joinville, França, a ordem se trasladou à ilha de Sheppey, Kent, e de maneira permanente em Papa Stronsay, pequena ilha do norte de Escócia, em 1999. Vivem no mosteiro de Golgotha e publicam «The Catholic».

A ordem estabeleceu recentemente um segundo mosteiro na cidade de Christischurch, Nova Zelândia, cujo blog também divulgou o anúncio da comunhão com Roma.

Sua regra se baseia na de Santo Alfonso Maria de Ligório, mas não tem laços hierárquicos com a ordem Redentorista.

Recente Motu Proprio abre caminho de regresso para lefebvristas

Declara o presidente da Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei»
ROMA, quarta-feira, 11 de julho de 2007 (ZENIT.org).- Ainda que o recente Motu Proprio do Papa — sobre um uso mais aberto do Missal antigo — não se fez especificamente para os seguidores do arcebispo cismático Marcel Lefebvre (que fundou a Fraternidade Sacerdotal São Pio X), certamente o documento lhes «abre a porta de par em par um retorno à plena comunhão» com a Igreja Católica, reconhece o presidente da Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei».

Dois usos do único rito romano para reforçar a reconciliação dentro da Igreja: foi o objetivo de Bento XVI com a promulgação, em 7 de julho, da Carta Apostólica em forma de «Motu proprio» «Summorum Pontificum» sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970. O Papa acompanha o documento de uma carta aos bispos de todo o mundo.

A Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei» — presidida pelo cardeal Darío Castrillón Hoyos –, erigida por João Paulo II em 1988, além das faculdades que já possui, exercitará a autoridade da Santa Sé vigiando sobre a observância e aplicação destas novas disposições.

Em uma entrevista concedida no domingo ao diário italiano «Il Giornale», o purpurado esclareceu equívocos sobre o novo documento. «A carta do Papa é clara. É uma decisão que brota do coração e da inteligência de um Papa que ama e conhece bem a liturgia» e que «quer que se conserve o patrimônio representado pela liturgia antiga, sem que isso signifique contraposição alguma com a nova Missa», sublinha.

«A Roma chegaram milhares de cartas de pessoas que pediam a liberdade de poder participar no antigo rito», explica o purpurado colombiano.

O Motu Proprio estabelece que o Missal Romano promulgado por Paulo VI (procedendo à reforma litúrgica, em 1970) — e reeditado duas vezes por João Paulo II — é e permanece como forma normal ou ordinária da Liturgia Eucarística da Igreja Católica de rito latino.

Por sua parte, o Missal Romano promulgado por São Pio V e editado novamente pelo beato João XXIII (em 1962, quando a Missa se celebrava em latim) poderá ser utilizado como forma extraordinária da celebração litúrgica.

Assim, no Motu Proprio «não existe nada que marque o mais mínimo desapego do Concílio» Vaticano II, o qual — insiste o cardeal Castrillón — «não proibiu a antiga Missa».

Com relação aos pontificados precedentes, a suspeita de ruptura é inexistente: «Não há contraposição. Paulo VI concedeu, imediatamente depois da entrada em vigor do novo missal, a possibilidade de celebrar com o antigo rito, e o Papa Wojtyla pretendia preparar um Motu Proprio similar ao agora promulgado», assinala.

Também «com este Motu Proprio se abre de par em par a porta para um retorno à plena comunhão da Fraternidade de São Pio X. Se depois este ato não acontece este retorno, verdadeiramente eu não entenderia», reconhece o purpurado no diário italiano.

«Mas desejaria precisar que o documento papal não foi feito para os lefebvristas, mas porque o Papa está convencido da necessidade de sublinhar que existe uma continuidade na tradição e que na Igreja não se procede de forma fragmentada. A antiga Missa nunca foi abolida nem proibida», conclui.

A Pontifícia Comissão «Ecclesia Dei» foi instituída por João Paulo II quando um grupo notável de sacerdotes, religiosos e fiéis que haviam manifestado seu descontentamento com a reforma litúrgica conciliar e se haviam congregado sob a liderança do arcebispo francês Lefebvre, se separaram deste porque não estiveram de acordo com a ação cismática da ordenação de bispos sem o devido mandato pontifício. Eles, então, preferiram manter a plena união com a Igreja.

O Santo Padre, mediante o Motu Proprio «Ecclesia Dei Adflicta», confiou a esta Comissão o cuidado pastoral destes fiéis tradicionalistas.

Atualmente, a atividade da Comissão não se limita ao serviço daqueles fiéis nem aos esforços encaminhados a acabar com a dolorosa situação cismática e a conseguir o regresso dos irmãos da fraternidade São Pio X à plena comunhão.

O dicastério estende seu serviço a satisfazer as justas aspirações de todos que, por uma sensibilidade particular, sem ter tido vínculos com os dois grupos citados, desejam manter viva a liturgia latina anterior na celebração da Eucaristia e dos demais sacramentos.

Presidente da Pontifícia Comissão desde o ano 2000, o trabalho do cardeal Castrillón foi decisivo para superar, em janeiro de 2002, o cisma da Fraternidade de São João Maria Vianney, um grupo tradicionalista brasileiro próximo das posições do arcebispo Lefebvre.

Em setembro passado, a atividade do purpurado favoreceu a criação, na França, do Instituto do Bom Pastor, do qual fazem parte sacerdotes e seminaristas que deixaram a Fraternidade de São Pio X e que quiseram voltar à comunhão plena com Roma.

Tema da Campanha da Fraternidade no Brasil, Amazônia, assume dimensão mundial

Diante da coincidência com as apreensões diante das mudanças climáticas, diz bispo

BRASÍLIA, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- A coincidência do lançamento da Campanha da Fraternidade no Brasil, que discute o tema da Amazônia, com a divulgação do mais importante documento sobre o aquecimento global fez com que o evento do episcopado brasileiro assumisse dimensões mundiais.

A Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil para esta Quaresma discute «Fraternidade e Amazônia – Vida e missão neste chão». Foi lançada na Quarta-Feira de Cinzas.

Dias antes, aos 2 de fevereiro, o IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), da ONU (Organização das Nações Unidas), lançara um documento de 21 páginas que trazia conclusões alarmantes sobre as alterações do clima no planeta.

Segundo o documento, a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100, provocando um aumento do nível dos oceanos de 18 a 59 cm, inundações e ondas de calor mais freqüentes.

O comitê do IPCC, que engloba centenas de cientistas e representantes de 113 países, afirma que o aquecimento do planeta se deve, com 90% de probabilidade, às emissões de dióxido de carbono e outros gases que causam o efeito estufa, provocadas pela mão do homem.

Diante desse contexto, Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales, interior de São Paulo, afirma que o tema da Campanha da Fraternidade «assume uma clara dimensão mundial».

Isso «pela coincidência com as apreensões diante das mudanças climáticas, que revelam sua indiscutível gravidade, e apontam para a urgência de sintonizar melhor com a natureza, se queremos assumir as responsabilidades que nos cabem com a vida em nosso planeta».

O bispo enfatiza que a Amazônia merece «toda a nossa atenção, pela importância que ela possui, no contexto brasileiro e mundial».

«Assim, a Campanha da Fraternidade nos convida a assumir melhor a Amazônia, com a riqueza que ela representa para o Brasil e para o mundo».

«Mas nos convida também a rever nossa relação com o ambiente em que nos encontramos, nos reeducando para respeitar suas características, percebendo melhor sua sintonia, que se constitui em contexto vital que possibilita a manutenção de suas potencialidades junto com o seu crescimento harmonioso», refere o bispo.

Mensagem de Bento XVI à Igreja no Brasil pela Campanha da Fraternidade

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos a mensagem que Bento XVI enviou, por meio do secretário de Estado vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, à Igreja no Brasil com ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade 2007, que tem como tema Fraternidade e Amazônia.

* * *

Ao iniciar o itinerário espiritual da Quaresma, a caminho da Páscoa da ressurreição do Senhor, desejo mais uma vez aderir à Campanha da Fraternidade que, neste ano de 2007, está subordinada ao tema “Fraternidade e Amazônia” e ao lema “Vida e Missão neste chão”. É um tempo em que cada cristão é convidado a refletir de modo particular sobre as várias situações sociais do povo brasileiro que requerem maior fraternidade.

A proposta para este ano destina-se a promover a fraternidade efetiva com as populações amazônicas, defendendo e promovendo a vida que se manifesta com tanta exuberância na Amazônia. Por sua vez, esta mesma preocupação se insere no amplo tema da defesa do meio ambiente, para o qual este vasto território constitui um patrimônio comum que, por sua realidade humana, sócio-política, econômica e ambiental, requer especial atenção da Igreja e da sociedade brasileira.

Neste contexto, insere-se, porém, de maneira determinante, a ação eclesial dirigida a fomentar um processo de ampla evangelização que estimule a missionariedade e crie condições favoráveis para a descoberta e o crescimento na fé de toda a população amazônica. Em continuidade com os meus Veneráveis predecessores, desejo fazer um preito de gratidão a todos aqueles corajosos missionários, que se consagraram e se consagram, à custa inclusive da própria vida, em levar a fé católica às cidades e aldeias da região; homens e mulheres que, por amor a Deus, entregaram-se de corpo e alma para a extensão do Reino de Deus nesta Terra de Santa Cruz.

Com estes auspícios, invoco a proteção do Senhor, para que a sua mão benfazeja se estenda por todo o Brasil e, de modo especial, sobre a Amazônia e sua população espalhada pelas cidades, aldeias e florestas, derramando seus dons de paz e de prosperidade e que, com a sua graça, desperte em cada coração sentimentos de fraternidade e de viva cooperação. Com uma especial Bênção Apostólica.

Papa Bento XVI
Vaticano, 16 de janeiro de 2007

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