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Barnabé, Silvano e Apolo

Por Papa Bento XVI
Tradução: Vaticano
Fonte: Vaticano

Queridos irmãos e irmãs!

Prosseguindo a nossa viagem entre os protagonistas das origens cristãs, dedicamos hoje a nossa atenção a alguns dos outros colaboradores de São Paulo. Devemos reconhecer que o Apóstolo é um exemplo eloquente de homem aberto à colaboração: na Igreja ele não quer fazer tudo sozinho, mas serve-se de numerosos e diversos colegas. Não nos podemos deter sobre todos estes preciosos colaboradores, porque são muitos. É suficiente recordar, entre outros, Epafras (cf. Cl 1, 7; 4, 12; Fm 23), Epafrodito (cf. Fl 2, 25; 4, 18), Tíquio (cf. Act 20, 4; Ef 6, 21; Cl 4, 7; 2 Tm 4, 12; Tt 3, 12), Urbano (cf. Rm 16, 9), Gaio e Aristarco (cf. Act 19, 29; 20, 4; 27, 2 Cl 4, 10). E mulheres como Febe (cf. Rm 16, 1), Trifena e Trifosa (cf. Rm 16, 12), Pérside, a mãe de Rufo da qual São Paulo diz: “Também é minha mãe” (cf. Rm 16, 12-13) sem esquecer casais como Prisca e Aquila (cf. Rm 16, 3; 1 Cor 16, 19; 2 Tm 4, 19). Hoje, entre esta grande multidão de colaboradores e colaboradoras de São Paulo dirigimos o nosso interesse a estas três pessoas, que desempenharam um papel particularmente significativo na evangelização das origens: Barnabé, Silvano e Apolo.

Barnabé significa “filho da exortação” (Act 4, 36) ou “filho da consolação” e é sobrenome de um judeu-levita originário de Chipre. Tendo-se estabelecido em Jerusalém, ele foi um dos primeiros a abraçar o cristianismo, depois da ressurreição do Senhor. Com grande generosidade vendeu um campo de sua propriedade entregando a quantia aos Apóstolos para as necessidades da Igreja (cf. Act 4, 37). Foi ele quem se fez garante da conversão de Saulo junto da comunidade cristã de Jerusalém, a qual ainda desconfiava do antigo perseguidor (cf. Act 9, 27). Tendo sido enviado a Antioquia da Síria, foi buscar Paulo a Tarso, onde se tinha retirado, e transcorreu com ele um ano inteiro, dedicando-se à evangelização daquela importante cidade, em cuja Igreja Barnabé era conhecido como profeta e doutor (cf. Act 13, 1). Assim Barnabé, no momento das primeiras conversões dos pagãos, compreendeu que tinha chegado a hora de Saulo, o qual se retirara para Tarso, sua cidade. Foi ali procurá-lo. Assim, naquele momento importante, quase restituiu Paulo à Igreja; deu-lhe, neste sentido, novamente o Apóstolo das Nações. Da Igreja antioquena Barnabé foi enviado em missão juntamente com Paulo, realizando o que classifica como primeira viagem missionária do Apóstolo. Na realidade, tratou-se de uma viagem missionária de Barnabé, sendo ele o verdadeiro responsável, ao qual Paulo se juntou como colaborador, chegando às regiões de Chipre e da Anatólia centro-meridional, na actual Turquia, com as cidades de Attalia, Perge, Antioquia de Psídia, Listra e Derbe (cf. Act 13-14). Juntamente com Paulo foi depois ao chamado Concílio de Jerusalém onde, depois de um aprofundado exame da questão, os Apóstolos com os Anciãos decidiram separar a prática da cincuncisão da identidade cristã (cf. Act 15, 1-35). Só assim, no final, tornaram oficialmente possível a Igreja dos pagãos, uma Igreja sem circuncisão: somos filhos de Abraão simplesmente pela fé em Cristo.

Os dois, Paulo e Barnabé, entraram depois em contraste, no início da segunda viagem missionária, porque Barnabé tinha em mente assumir como companheiro João Marcos, mas Paulo não queria, tendo-se separado o jovem deles durante a viagem anterior (cf. Act 13, 13; 15, 36-40). Portanto, também entre santos existem contrastes, discórdias, controvérsias. E isto parece-me muito confortador, porque vemos que os santos não “caíram do céu”. São homens como nós, com problemas também complicados. A santidade não consiste em nunca ter errado ou pecado. A santidade cresce na capacidade de conversão, de arrependimento, de disponibilidade para recomeçar, e sobretudo na capacidade de reconciliação e de perdão. E assim Paulo, que tinha sido bastante rude e amargo em relação a Marcos, no final encontra-se com ele. Nas últimas Cartas de São Paulo, a Filemon e na segunda a Timóteo, precisamente Marcos aparece como “o meu colaborador”. Portanto, não é o facto de nunca ter errado que nos torna santos, mas a capacidade de reconciliação e de perdão. E todos podemos aprender este caminho de santidade. Em todo o caso Barnabé, com João Marcos, partiu para Chipre (cf. Act 15, 39) por volta do ano 49. Daquele momento em diante perdem-se os seus vestígios. Tertuliano atribui-lhe a Carta aos Hebreus, ao que não falta a plausibilidade porque, pertencendo à tribo de Levi, Barnabé podia ter interesse pelo tema do sacerdócio. E a Carta aos Hebreus interpreta-nos de modo extraordinário o sacerdócio de Jesus.

Outro companheiro de Paulo foi Silas, forma grecizada de um nome hebraico (talvez sheal, “pedir, invocar”, que é a mesma raiz do nome “Saulo”), do qual resulta também a forma latinizada Silvano. O nome Silas é confirmado só no Livro dos Actos, enquanto que o nome Silvano se encontra apenas nas Cartas paulinas. Ele era um judeu de Jerusalém, um dos primeiros que se fez cristão, e naquela Igreja gozava de grande estima (cf. Act 15, 22), sendo considerado profeta (cf. Act 15, 32). Foi encarregado de levar “aos irmãos de Antioquia, Síria e Cilícia” (Act 15, 23) as decisões tomadas no Concílio de Jerusalém e de as explicar. Evidentemente ele era considerado capaz de realizar uma espécie de mediação entre Jerusalém e Antioquia, entre judeus-cristãos e cristãos de origem pagã, e desta forma servir a unidade da Igreja na diversidade de ritos e de origens. Quando Paulo se separou de Barnabé, assumiu precisamente Silas como novo companheiro de viagem (cf. Act 15, 40). Com Paulo ele alcançou a Macedónia (com as cidades de Filipos, Tessalónica e Berea), onde permaneceu, enquanto Paulo prosseguiu para Atenas e depois para Corinto. Silas alcançou-o em Corinto, onde cooperou na pregação do Evangelho: de facto, na segunda Carta dirigida por Paulo àquela Igreja, fala-se de “Jesus Cristo, aquele que foi por nós anunciado entre vós, por mim, por Silvano e por Timóteo” (2 Cor 1, 19). Explica-se assim por que é que ele resulta como co-destinatário, juntamente com Paulo e Timóteo, das duas Cartas aos Tessalonicenses. Também isto me parece importante. Paulo não age “sozinho”, como indivíduo, mas juntamente com estes colaboradores no “nós” da Igreja. Este “eu” de Paulo não é um “eu” isolado, mas um “eu” no “nós” da Igreja, no “nós” da fé apostólica. E Silvano no final é mencionado também na Primeira Carta de Pedro, na qual se lê: “por Silvano, a quem considero um irmão fiel, escrevo-vos” (5, 12). Assim vemos também a comunhão dos Apóstolos. Silvano serve Paulo, serve Pedro, porque a Igreja é uma e o anúncio missionário é único.

O terceiro companheiro de Paulo, que desejamos recordar, é chamado Apolo, provável abreviação de Apolónio ou Apolodoro. Mesmo tratando-se de um nome de tipo pagão, ele era um fervoroso judeu de Alexandria do Egipto. Lucas no Livro dos Actos define-o “homem eloquente e muito versado nas Escrituras… cheio de fervor” (18, 24-25). A entrada de Apolo no cenário da primeira evangelização acontece na cidade de Éfeso: tinha ido ali para pregar e ali teve a ventura de encontrar o casal cristãos Priscila e Áquila (cf. Act 18, 26), que o introduziram a um conhecimento mais completo do “caminho de Deus” (cf. Act 18, 26). De Éfeso passou para a Acaia alcançando a cidade de Corinto: ali chegou com o apoio de uma carta dos cristãos de Éfeso, que recomendavam aos Coríntios que o acolhessem bem (cf. Act 18, 27). Em Corinto, como escreve Lucas, “pela graça de Deus, prestou grande auxílio aos fiéis; pois refutava energicamente os judeus, demonstrando pelas Escrituras que Jesus é o Cristo” (Act 18, 27-28), o Messias. O seu sucesso naquela cidade teve um aspecto problemático, porque haviam alguns membros daquela Igreja que em seu nome, arrebatados pelo seu modo de falar, se opunham aos outros (cf. 1 Cor 1, 12; 3, 4-6; 4, 6). Paulo na Primeira Carta aos Coríntios expressa apreço pela obra de Apolo, mas reprova os Coríntios por dilacerarem o Corpo de Cristo dividindo-se assim em fracções contrapostas. Ele tira um importante ensinamento de toda a vicissitude: quer eu quer Apolo diz ele mais não somos do que diakonoi, isto é, simples ministros, através dos quais alcançastes a fé (cf. 1 Cor 3, 5). Cada um tem uma tarefa diferenciada no campo do Senhor: “Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento… Pois, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois a seara de Deus, o edifício de Deus” (1 Cor 3, 6-9). Tendo regressado a Éfeso, Apolo resistiu ao convite de Paulo para voltar imediatamente a Corinto, adiando a viagem para uma data posterior por nós desconhecida (cf. 1 Cor 16, 12). Não temos outras notícias suas, mesmo se alguns estudiosos pensam nele como possível autor da Carta aos Hebreus, da qual, segundo Tertuliano, seria autor Barnabé.

Estes três homens brilham no firmamento das testemunhas do Evangelho por um aspecto comum além das características próprias de cada um. Em comum, além da origem judaica, têm a dedicação a Jesus Cristo e ao Evangelho, juntamente com o facto de os três terem sido colaboradores do apóstolo Paulo. Nesta original missão evangelizadora eles encontraram o sentido da sua vida, e como tais estão diante de nós como modelos luminosos de abnegação e de generosidade. E, no final, voltemos mais uma vez a esta frase de São Paulo: tanto eu como Apolo somos ministros de Jesus, cada um a seu modo, porque é Deus que faz crescer. Esta palavra também é válida hoje para todos, quer para o Papa, quer para os Cardeais, os Bispos, os sacerdotes, os leigos. Todos somos humildes ministros de Jesus. Servimos o Evangelho na medida do possível, segundo os nossos dons, e rezamos a Deus para que faça crescer hoje o seu Evangelho, a sua Igreja.

O Papa lembra urgência de “evangelizar as culturas” na América Latina

.- Ao receber no Vaticano aos bispos da Conferência Episcopal da Guatemala ao final de sua visita “ad limina”, o Papa Bento XVI pediu reforçar a formação dos católicos perante o fenômeno das seitas e priorizar a “evangelização das culturas”.

“A evangelização das culturas é uma tarefa prioritária para que a Palavra de Deus se faça acessível a todos e, acolhida na mente e no coração, seja luz que as ilumine e água que as purifique com a mensagem do Evangelho que traz a salvação para todo o gênero humano”, indicou o Papa.

Do mesmo modo, explicou que “a firmeza da fé e a participação nos sacramentos fazem fortes aos fiéis perante o risco das seitas ou de grupos supostamente carismáticos, que criam desorientação e chegam a colocar em perigo a comunhão eclesiástica”.

Do mesmo modo, reconheceu que os bispos estão preocupados com “o aumento da violência e a pobreza que afeta a grandes setores da população, provocando uma forte emigração a outros países, com graves seqüelas no âmbito pessoal e familiar. É uma situação que convida a renovar seus esforços para mostrar a todos o rosto misericordioso do Senhor, de que a Igreja está chamada a ser imagem, acompanhando e servindo com generosidade e entrega especialmente aos que sofrem e aos mais desamparados”.

O Papa também se referiu à família que é tradicionalmente vista como “o núcleo básico da existência e da transmissão da fé e dos valores”. Diante dos “sérios desafios pastorais e humanos” que se perfilam para a instituição familiar “a Igreja se dedica sempre a formar solidamente a quem se prepara para contrair matrimônio, infundindo constantemente fé e esperança nos lares e velando para que, com as ajudas necessárias, possam cumprir com suas responsabilidades”, indicou.

Bento XVI falou também da relação entre bispos e presbíteros, e recordou aos prelados que estes últimos “necessitam sempre alento para perseverar no caminho da autêntica santidade sacerdotal, sendo verdadeiros homens de oração e também colocando instrumentos adequados para ampliar sua formação humana e teológica”.

Finalmente, abordou as repercussões no âmbito da evangelização do II Congresso Missionário Americano celebrado na Guatemala em 2003 e da V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe (Aparecida, Brasil, 2007), e convidou aos bispos a “continuar com espírito renovado a missão evangelizadora da Igreja no contexto das mudanças culturais atuais e da globalização, dando novo vigor à pregação e à catequese, proclamando a Jesus Cristo, o Filho de Deus, como fundamento e razão de ser de todo cristão”.

Igreja defende evangelização via web

Uso da web foi defendido durante encontro da Igreja Católica, em Honduras.
Para cardeal, igreja deve usar a internet ‘sem medo’.

A Igreja Católica considera que a internet e outras tecnologias da comunicação são fundamentais para promover seu trabalho pastoral, afirmaram nesta terça-feira (18) os participantes da X Reunião da Rede Informática da América Latina (RIIAL), em Honduras.

A reunião, com a presença de bispos do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), debateu a relação entre a Igreja com o ciberespaço, segundo os organizadores.
O chefe dos programas de Comunicação Social do Vaticano, monsenhor Claudio Maria Celli, afirmou que evangelizar através de internet é possível, da mesma forma como a rede ajuda a estabelecer amizades e até casamentos.

O arcebispo de Tegucigalpa, Óscar Andrés Rodríguez, afirmou que Deus “não está ausente da internet” e que a Igreja Católica se propõe a evangelizar utilizando esta tecnologia.

Na reunião, que começou na segunda-feira, o cardeal ressaltou que a Igreja deve usar a internet sem medo. “Ela nos dá uma grande oportunidade para evangelizar e milhões de pessoas podem conhecer Jesus assim”, observou. Rodríguez disse que não sabe quantas pessoas podem ser evangelizadas pela internet. Mas, mesmo assim, a igreja fará uso desse recurso.

O RIIAL procura criar novas formas de presença e serviços da rede na América Latina, aproveitando ao máximo o novo panorama tecnológico e cultural multimídia caracterizado pela internet, informaram os representantes da Igreja Católica na capital hondurenha.

Durante o encontro, que vai até próximo sábado, será apresentado o programa “Office Eclesial”, desenvolvido pela RIIAL, para a implementação das Redes Diocesanas. A RIIAL, que se define como uma equipe especializada em tecnologia para a evangelização, se dedica à formação e assessoria dos agentes pastorais.

Fonte: Portal G1

Leigos são "insubstituíveis" para evangelização, recorda representante vaticano

Fala arcebispo do Conselho Pontifício para os Leigos
ROMA, segunda-feira, 2 de julho de 2007 (ZENIT.org).- «Os leigos estão em primeira linha e são insubstituíveis na tarefa da evangelização», explica o arcebispo Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Leigos.

O prelado polonês presidiu, no sábado 30 de junho, a missa para os participantes de um encontro de ministérios eclesiais leigos que está acontecendo em «Lay Centre», em Roma.

«Ser um leito na Igreja é propriamente uma vocação; de fato, o chamado mais importante», expôs, citando o teólogo Hans Urs von Baltasar.

«Esta vocação deriva do sacramento do batismo», explicou o arcebispo Rylko em sua homilia, no sugestivo contexto do Batistério de São João de Latrão, uma das quatro basílicas papais de Roma.

«O caráter único da vocação leiga consiste no fato de ser cristão vivendo no mundo», disse ao grupo de leigos implicados em diferentes apostolados da Igreja Católica.

«Os leigos têm sua particular responsabilidade na vida da comunidade cristã na igreja local. Sua vocação é essencial, grande e bela», recordou.

O arcebispo Rylko reconheceu que, «contudo, não é fácil ser um leigo no mundo atual».

«O mundo tenta confinar Deus na esfera exclusivamente privada ou individual», denunciou.

«A apropriada autonomia da ordem secular às vezes se confunde com um secularismo militante que tenta eliminar Deus da vida pública», observou.

Segundo o arcebispo Rylko, que foi um amigo pessoal de João Paulo II, «ser leigo em nossos tempos requer coragem».

«Por isso, é extremamente importante não esquecer que ser cristão é uma vocação: o próprio Deus nos chama e nos envia ao mundo.»

«A vocação é um dom gratuito de Deus, que nos escolhe e nos chama sem que o mereçamos.»

O arcebispo Rylko agradeceu os participantes do seminário, «colaboradores na vinha do Senhor: leigos na Igreja de ontem e de hoje», e os animou a viver plenamente sua vocação.

Este seminário, que terminará na próxima quarta-feira, foi organizado pelo doutor Rick McCord, diretor executivo do Secretariado da Família, dos Leigos, das Mulheres e da Juventude da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, em colaboração com Donna Orsuto, diretora do «Lay Centre» de Roma.

Papa apresenta segredo da nova evangelização à Conferência de Aparecida

O anúncio de «Deus é amor»

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 23 de maio de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI espera que a V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, que se celebra até 31 de maio no santuário de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil, relance a nova evangelização da América Latina, centrando-se no coração do cristianismo: «Deus é amor».

Assim o confessou nesta quarta-feira, durante a audiência geral, na qual recordou sua viagem apostólica a esse país, que culminou em 13 de maio com a inauguração da assembléia episcopal que congrega mais de 260 participantes, não só da América Latina, mas também da Espanha, Portugal, Estados Unidos e Canadá.

O Santo Padre explicou que espera que essa reunião eclesial continue com a obra fundamental do pontificado de João Paulo II, que «sempre insistiu em uma evangelização ‘nova em seu ardor, em seus métodos, em sua expressão’».

«Com minha viagem apostólica, eu quis exortar a prosseguir por esse caminho, oferecendo como perspectiva de unificação a da encíclica ‘Deus caritas est’, uma perspectiva inseparavelmente teológica e social, que se resume nesta expressão: ‘é o amor que dá a vida’», acrescentou.

«A presença de Deus, a amizade com o Filho de Deus encarnado, a luz de sua Palavra, são sempre condições fundamentais para a presença e eficiência da justiça e do amor em nossas sociedades», afirmou o Papa.

Por este motivo, Bento XVI escolheu como tema da assembléia episcopal «Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos n’Ele tenham vida: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’».

«Renovar com alegria a vontade de ser discípulos de Jesus, de ‘estar com Ele’, é a condição fundamental para ser missionários ‘recomeçando desde Cristo’», acrescentou.

Estes argumentos foram recolhidos no esquema de redação do «Documento final» de Aparecida, aprovado na terça-feira passada na assembléia.

Papa pede oração para que Palavra de Deus cada vez se escute, se ame e se viva mais

Intenções da oração para o mês de março

ROMA, quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI pede oração para que «a Palavra de Deus seja cada vez mais escutada, contemplada, amada e vivida».

Assim se desprende da intenção geral para o mês de março, contida na carta pontifícia, junto a todas as demais intenções que o Santo Padre confiou ao «Apostolado da oração» para este ano.

O «Apostolado da oração» (AdP, http://www.adp.it) é uma iniciativa seguida por cerca de 50 milhões de pessoas dos cinco continentes.

Graças a ela, leigos, religiosos, sacerdotes e bispos de todo o mundo oferecem suas orações e sacrifícios pelas intenções que o Papa, indicadas cada mês no mundo inteiro.

Ao fazer da vivência da Palavra de Deus o eixo da oração do próximo mês, Bento XVI afirma novamente a importância que tem o tema, sobre o qual convocou o próximo Sínodo.

Há um mês, ao receber os membros do Conselho Ordinário da Secretaria Geral do Sínodo dos bispos reunidos pela primeira vez para preparar essa assembléia de bispos do mundo, o Santo Padre sublinhou sua esperança de que tal encontro sirva para redescobrir «a importância da Palavra de Deus na vida de cada cristão».

Acrescentou outro «desejo de coração»: que a assembléia episcopal ajude também a redescobrir «o dinamismo missionário que é intrínseco à Palavra de Deus».

De 5 a 26 de outubro de 2008, bispos de todo o mundo participarão do Sínodo, que se celebrará no Vaticano sobre o tema escolhido por Bento XVI: «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja».

A intenção missionária de oração para o mês de março é a seguinte «Para que os responsáveis das Igrejas jovens se preocupem pela formação dos catequistas, dos animadores e dos leigos entregues ao serviço do Evangelho».

Por Igrejas jovens nos territórios de missão se entendem «as dioceses ou vicariatos apostólicos de recente criação e outras realidades similares, ou lugares nos quais a evangelização ainda se encontra em uma fase incipiente», explica a Congregação vaticana para a Evangelização dos Povos — Dom Jerry Bitoon, oficial deste dicastério.

É o caso das Igrejas em países da Ásia, como Mongólia, Nepal, Butão, ou do Oriente Médio, como Arábia Saudita, Irã, Iraque ou do interior da África, da América do Sul, do sudeste asiático, da Oceania ou do subcontinente indiano.

«Em todos estes lugares, há uma grande escassez de sacerdotes locais, às vezes uma ausência total»; em outros, sim, há missionários preparados, mas as leis específicas de algumas nações «proíbem ou tornam extremamente difícil» a evangelização, ou se registra a «resistência, às vezes violenta» e «ameaças de morte, por parte de alguns fiéis extremistas, fanáticos ou fundamentalistas», recorda Dom Bitoon.

«As jovens Igrejas estão em primeira linha na evangelização», e é aí precisamente onde «o Senhor da grande messe chama inumeráveis catequistas e animadores, especialmente animadores missionários leigos, a colaborar com a Igreja local», constata.

E «qual é o segredo de sua incansável dedicação à evangelização?»: «os bispos das jovens Igrejas respondem rapidamente que é a formação contínua desses catequistas e animadores leigos — não missionários; o segredo escondido de sua eficácia e dedicação ao mandato de Cristo de proclamar sua Boa Nova a todos, a todo custo, inclusive arriscando a própria vida!», confirma o oficial do dicastério vaticano.

Daí a importância — adverte — de que os católicos de todo o mundo rezem «para que os responsáveis das jovens Igrejas possam ser constantemente conscientes da necessidade de formar bem seus catequistas e animadores missionários leigos».

Bento XVI propõe aos jovens ser os novos missionários das cidades

Ao dirigir-se aos jovens que concluíram uma missão na Cidade Eterna

CIDADE DO VATICANO, domingo, 8 de outubro de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI propôs aos jovens neste domingo que se convertessem nos novos missionários nas ruas e praças das cidades.

O Papa dirigiu sua exortação ao cumprimentar os 350 jovens «missionários», como ele os chamou, que acabam de participar da terceira edição da missão «Jesus no centro», celebrada de 28 de setembro a 8 de outubro pelas ruas do centro histórico de Roma.

Os jovens se encontravam reunidos na praça de São Pedro, junto aos peregrinos que rezaram o Ângelus com o Papa. Este encontro se converteu no ato conclusivo desta experiência missionária.

«Queridos amigos, eu me alegro pelo seu gozoso compromisso de anúncio do Evangelho nas ruas e praças, nas escolas e hospitais, assim como nos lugares de diversão dos jovens romanos», reconheceu.

«Eu os alento a manter este estilo missionário na vida de todos os dias, aproveitando sempre as iniciativas formativas diocesanas», acrescentou.

No contexto da missão, organizaram-se encontros de oração e adoração eucarística em algumas das igrejas da cidade eterna, a Via Sacra desde a basílica de São João de Latrão até a basílica da Santa Cruz de Jerusalém, atividades nas ruas e a instalação da «barraca do encontro».

Abriu-se cada dia uma «Cidade do esporte» , com a possibilidade de participar de torneios de futebol e vôlei.

Não faltaram momento de festa e testemunho, com o concerto de abertura da missão que foi celebrado na Praça Navona, na noite do dia 30 de setembro.

Graças à primeira edição deste missão, surgiu em Roma uma «Escola de evangelização diocesana», aberta a pessoas de 18 a 35 anos, dedicada a aprender a orar, à escuta da Palavra de Deus, na qual se oferecem, além disso, «práticas de evangelização».

A missão foi organizada pelo serviço diocesano, pela pastoral juvenil do Vicariato de Roma e do Seminário Pontifício Romano Maior, em colaboração com algumas paróquias, associações e movimentos presentes no território da diocese.

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