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Arquidiocese do Rio: Polêmicas sobre a “Infância de Jesus” não são coerentes

RIO DE JANEIRO, 27 Nov. 12 / 12:58 pm (ACI).- Apesar das críticas que a recente obra do Papa Bento XVI “A infância de Jesus” vem recebendo no Brasil e em outros lugares do mundo por parte de alguns setores da imprensa — que afirmam injustificadamente que o Papa pretende mudar o presépio e as tradições do Natal, entre outras insinuações sem fundamento —, o livro, segundo a opinião de importantes teólogos, e do bispo auxiliar da arquidiocese do Rio de Janeiro afirma a historicidade do nascimento de Cristo através de uma verdadeira meditação teológica, por meio da qual elementos históricos se misturam com os simbólicos, em um diálogo que compõe a fé do cristão.

Segundo o site oficial da arquidiocese carioca, o Papa Bento XVI lançou o último livro da trilogia que narra a vida do Senhor como uma forma de repensar o Natal, às vésperas do tempo litúrgico do Advento. Em meio a um mundo secularizado, onde predomina a falta de fé, o Pontifice apresenta, de maneira sábia e didática, Jesus como o centro dos debates e em perspectiva histórica. A mensagem é uma só: Jesus nasceu e ele é o filho de Deus, Salvador e Redentor do mundo. Esse é o foco do livro. A tentativa de criar polêmica sobre a mudança nas tradições natalinas não é coerente com a verdade da publicação.

O Pontífice, conforme explicou com simplicidade no prefácio de sua obra, procurou “interpretar, em diálogo com exegetas do passado e do presente, o que Mateus e Lucas narram no início dos seus evangelhos sobre a infância de Jesus”.

Em artigo publicado no Portal da Arquidiocese, o Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro Dom Edson de Castro Homem relembrou a fala do Papa Bento XVI em ocasião do lançamento do primeiro livro da trilogia e afirmou que a posição do Pontifice pode também ser aplicada para o lançamento de “A Infância de Jesus”.

“O que ele afirmou do primeiro livro “Jesus de Nazaré”, serve para o último da trilogia “A Infância de Jesus”. Disse na ocasião: “Este livro não é um ato de magistério, mas unicamente expressão da minha procura pessoal “do rosto do Senhor” (cf. Sl 27, 8). Por isso, cada um está livre para me contradizer. Peço apenas aos leitores um adiantamento de simpatia, sem o qual não há nenhuma compreensão”. É claro que já há contraditores à altura e os que infelizmente não leram com nenhuma simpatia. Pior: fizeram uma leitura dinâmica, superficial, bem apressada”, disse Dom Edson.

“O pontífice valoriza a história assim como aprecia a razão. Lembra que Jesus nasceu em data precisa, no décimo quinto ano do reinado de Tibério Cesar. Insiste que Ele não nasceu e apareceu em público no impreciso “era uma vez”. Pertence a um tempo exatamente datado e a um ambiente geograficamente definido. Portanto, é um ser histórico, não mitológico. Entretanto, são muitos os simbolismos, ricos de mensagens espirituais, que transparecem nos relatos da Infância. Assim se misturam elementos históricos com os simbólicos que compoem a mensagem da fé”, afirmou também o prelado.

“Com a companhia de Santo Agostinho, afinidade que Bento XVI cultiva, contempla o simbolismo da manjedoura. Não apenas o simples lugar no qual os animais encontram seu alimento. Agora nela está Aquele que indicou a si mesmo como o verdadeiro pão descido do céu. Eis o significado profundo do símbolo a serviço da fé: “a manjedoura se tornou uma referência para a mesa de Deus, à qual o homem está convidado, para receber o pão de Deus””, conclui o artigo de Dom Edson de Castro

Eurodeputado Cristiano Magdi Allam suplica ao Papa para que acolha no seio da Igreja os muçulmanos convertidos.

Por Edson Carlos de Oliveira – Sou conservador sim, e daí?

Publicamos abaixo a íntegra da carta do eurodeputado Cristiano Magdi Allan direcionada ao Papa Bento XVI suplicando que a Igreja acolha os muçulmanos que, como ele, se converteram ao catolicismo. A missiva foi publicada no jornal Il Giornale no dia 15 de outubro último.

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Caro Papa, acolhei no Vaticano os muçulmanos convertidos a Jesus

Peço ao Papa que teve a coragem de conceder-me o batismo, vencendo o medo da vingança islâmica e a resistência interna da Igreja, de acolher-me junto com uma delegação de muçulmanos convertidos ao cristianismo na Europa e no mundo.

 Bento XVI batiza Cristiano Magdi na Basília de São Pedro. Bento XVI batiza Cristiano Magdi na Basílica de São Pedro.

A ideia, que eu aceitei imediatamente com entusiasmo, é de Mohammed Christophe Bilek, franco-argelino que fundou a associação Notre Dame de Kabyla. Através do site www.notredamedekabylie.net, ele promove uma missão para a conversão dos muçulmanos ao cristianismo por meio de um diálogo baseado na certeza da nossa fé e na exortação constante de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15-18).

Embora o fenômeno esteja envolto na discrição, tornando, portanto, difícil dizê-lo com certeza, pode-se afirmar a partir de diversas fontes que seriam muitíssimos os muçulmanos que abraçam a fé de Jesus Cristo.
Em 2006, entrevistado pela [televisão] Al-Jazeera, o xeque Ahmad al-Qataani deu estes números: “A cada hora, 667 muçulmanos se convertem ao cristianismo. A cada dia, 16 mil muçulmanos se convertem ao cristianismo. A cada ano, 6 milhões de muçulmanos se convertem ao cristianismo”.

Falando ontem em Paris, Bilek disse que até na Arábia Saudita, berço do Islã e reduto dos dois principais lugares de culto islâmicos, haveria 120.000 muçulmanos convertidos ao cristianismo.

Os dados de 2008 indicam que os muçulmanos convertidos somavam 5 milhões no Sudão, 250 mil na Malásia, mais de 50 mil no Egito, de 25 a 40 mil no Marrocos, 50 mil no Irã, 5 mil no Iraque, 10 mil na Índia, 10 mil no Afeganistão, 15 mil no Cazaquistão e 30 mil no Uzbequistão.

Estive em Paris neste fim de semana, para pronunciar uma palestra intitulada “A Europa e suas raízes face ao acosso da cristianofobia”, organizada pelas associações Tradição Família e Propriedade, presidida por Xavier da Silveira, e Chrétienté-Solidarité, fundada por Bernard Antony.

Era o dia depois do anúncio da atribuição do Prêmio Nobel da Paz à União Europeia. Que escândalo no momento em que a União Europeia está alinhada na Síria com os extremistas islâmicos que estão perpetrando ao pé da letra um genocídio contra os cristãos!

No fim da tarde, na praça em frente à igreja de Santo Agostinho, junto com um argelino berbere que também se converteu, participei de uma vigília de oração e solidariedade com os cristãos perseguidos.
Em meu discurso, ousei fazer esta previsão:

“Quanto mais eu vou adiante, mais eu olho em volta, mais eu valorizo tudo, mais eu estou convencido de que o futuro da civilização laica e liberal, da democracia e do Estado de Direito, vai depender de sua capacidade de tomar distâncias em relação ao Islã enquanto religião, sem discriminar os muçulmanos enquanto pessoas.

“Eis por que eu fico cada vez mais convencido de que seremos salvos pelos cristãos que fugiram da perseguição islâmica. Só quem já experimentou pessoalmente a tirania islâmica saberá convencer o Ocidente sobre a verdade do Islã.

“Aqueles que se mantiveram firmes na fé de Jesus Cristo derrotarão o Islã, salvarão o Cristianismo neste Ocidente descristianizado e salvarão nossa civilização. Obrigado, Jesus”.

E, imediatamente após a minha palestra, diante de 500 pessoas que testemunham a resistência do cristianismo, Bilek me fez o convite de promover uma associação que reúna os muçulmanos convertidos ao cristianismo em toda a Europa.

Para mim, a ideia de ser classificado de “ex”muçulmano verdadeiramente não me compraz. Sinto-me e quero ser considerado exclusivamente cristão, do mesmo modo que sou orgulhosamente italiano, embora de origem egípcia.

Mas faço meu o conteúdo da mensagem: é preciso dar à luz uma instituição que encoraje os muçulmanos a superarem o medo, para serem batizados publicamente, para viverem abertamente sua nova fé.

Nós dois estamos cientes de que o verdadeiro problema provém dos cristãos natos, porque eles são os primeiros a terem medo. São inúmeras as denúncias de muçulmanos que gostariam receber o batismo, mas que sofrem a recusa de padres católicos, que não querem violar as leis dos países islâmicos que proíbem e punem com prisão – e por vezes com a morte – tanto quem faz o trabalho de proselitismo como quem incorre no “crime” de apostasia. É paradoxal que enquanto as igrejas vão se esvaziando cada vez mais, a ponto de serem colocadas à venda e acabarem se transformando em mesquitas, a Igreja bloqueie a conversão de muçulmanos ao cristianismo.

É por isso que apelo ao Santo Padre: acolha no Vaticano aos convertidos ao cristianismo, a fim de enviar uma mensagem forte e clara a todos os pastores da Igreja em favor da evangelização dos muçulmanos. Serão eles que nos libertarão da ditadura do relativismo religioso que nos obriga a legitimar o Islã, que restaurarão entre nós a fé sólida na verdade em Cristo, e que salvarão nossa civilização laica e liberal que, gostemos ou não, está baseada no cristianismo.

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Observação deste blog (Sou conservador sim, e daí?): Não podemos concordar com a última frase dessa carta. Escreveríamos de outra maneira: se há ainda algo de bom em nossa sociedade laica e liberal é o que resta de cristianismo nela.

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