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Faleceu Bernard Nathanson, outrora chamado “o rei do aborto” que se converteu em líder pró-vida

NOVA IORQUE, 23 Fev. 11 / 10:55 am (ACI)

Bernard Nathanson, o célebre médico que se converteu em um incansável líder pró-vida após realizar 75 mil abortos, faleceu esta segunda-feira 21 de fevereiro em Nova Iorque vítima de câncer.

Nathanson, de 84 anos de idade, foi um dos mais ativos promotores da legalização do aborto nos Estados Unidos e um dos fundadores da Liga de Ação Nacional pelo Direito ao Aborto em 1969 e praticava tantos abortos por dia que seus colegas o batizaram como “o rei do aborto”.

No final da década de 70 graças ao uso da ultra-sonografia se convenceu de que o aborto era o assassinato de um ser humano e começou seu caminho de conversão.

Em 1984 obteve que um amigo médico gravasse o ultra-som de um aborto e a partir desse material realizou o hoje famoso documentário “O grito silencioso” que revela a verdade sobre esta prática anti-vida e assegura que não há justificação alguma para assassinar um não-nascido.

Nathanson, que admitiu ter feito o aborto de um filho seu, atravessou um longo e intenso caminho espiritual no qual deixou de considerar-se um “judeu ateu” para abraçar a fé católica.

Recebeu os sacramentos de iniciação cristã em dezembro de 1996 em uma cerimônia presidida pelo falecido Arcebispo de Nova Iorque, Cardeal John O’Connor.

“Durante dez anos, passei por um período de transição. Senti que o peso de meus abortos se fazia mais oneroso e persistente, pois despertava cada dia às quatro ou cinco da manhã, olhando à escuridão e esperando (mas sem rezar ainda) que se acendesse uma mensagem declarando-me inocente diante de um jurado invisível”, afirmou Nathanson em uma entrevista.

Sua amizade com o sacerdote católico, o Padre John C. McCloskey, permitiu-lhe descobrir que permanecer no agnosticismo, conduzia-o ao abismo e encontrou na fé católica o consolo que procurou por tanto tempo.

«Sair para evangelizar», resposta à perda de católicos na América Latina

Cardeal Errázuriz, um ano após a Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano

Por Bernardita M. Cubillos

SANTIAGO, quarta-feira, 28 de maio de 2008 (ZENIT.org).- A resposta da Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, celebrada há um ano em Aparecida (Brasil), à perda de católicos é um impulso sem precedentes a sair para evangelizar, afirma um dos co-presidentes daquela reunião eclesial.

«O número dos católicos diminuiu na última década como nunca antes na história, uma vez que se multiplicam as comunidades pentecostais e as seitas. Aumentou a indiferença e a descrença; esta última, em vários países, entre muitos jovens. A urgência de sair a evangelizar se tornou imperiosa», afirma o cardeal Francisco Javier Errázuriz, na última edição (50) da revista «HUMANITAS», da Universidade Católica do Chile.

Com o objetivo de prolongar as horas de graça da conferência celebrada na cidade brasileira, o arcebispo faz uma recontagem de suas impressões e dos frutos recolhidos um ano depois dos acontecimentos.

Afirma o fato de que voltar a Aparecida supõe reencontrar-se com sua mensagem central, o chamado a seguir «Jesus Cristo vivo, que nos faz seus discípulos missionários», uma vocação da qual, segundo declarou, participam todos os cristãos.

«Ser cristãos não consiste meramente em ser batizado e participar ocasional ou freqüentemente das celebrações do Povo de Deus. Ser cristão é ser sempre discípulo missionário de Jesus Cristo, na comunhão dos seus, enviados a construir seu Reino», expressa.

O cardeal Errázuriz constata em seu artigo o progressivo desaparecimento do espírito cristão na cultura dos povos latino-americanos.

«Em muitos países carregamos sobre nossos ombros a cruz pesada de estar perdendo no âmbito público, no discurso político e em muitos meios de comunicação a evidência do sentido de nossa vida como cristãos, a memória das contribuições do cristianismo aos nossos povos», assinala.

Frente a este contexto, ele fez um convite a impulsionar a evangelização da cultura. Manifestou que é necessário «apontar para a evangelização de nossas convicções, de nossos comportamentos e costumes, para a maneira como cultivamos a relação com a natureza, entre nós e com Deus».

Relendo a mensagem de Aparecida, o cardeal resume a situação continental nestes termos: «a Conferência de Aparecida constatou na América Latina e no Caribe grandes vacilações no âmbito das convicções e nos valores, o desconcerto que produz quem quer suplantar o substrato católico de nossa cultura por outros modelos de vida, de família e de convivência social, a incoerência com a fé de inumeráveis batizados, a incapacidade que demonstraram tantos construtores da sociedade de optar preferentemente pelos pobres na hora de tomar incisivas decisões».

Dessa forma, destaca a responsabilidade universal de todo cristão nesta missão, dirigindo-se particularmente aos fiéis leigos presentes nas realidades temporais: «A busca do bem de nossos povos em todas as suas dimensões leigas e a transformação das estruturas da sociedade, de maneira que sejam favoráveis à vida, é uma tarefa que implica uma opção pela missão específica dos fiéis leigos em meio às realidades temporais, presença responsável e ativa nos novos e antigos areópagos, nas cidades e nos campos, nas periferias e nos centros de decisão».

Com relação ao papel fundamental da família na sociedade e do direito essencial à vida, recorda a imperiosa exigência de defendê-los: «A opção pela vida de Jesus Cristo para nossos povos é desta forma uma opção pela família, pela cultura da vida e pela própria vida. Sobre a pastoral familiar, depois de constatar as ameaças sobre a família como realidade viva e como instituição, pede (o Documento de Aparecida) que, dado que a família é o valor mais querido por nossos povos, deve assumir-se a preocupação por ela como um dos eixos transversais de toda a ação evangelizadora da Igreja».

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