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Teorias do Big Bang e da evolução estão corretas, diz papa Francisco

O papa Francisco afirmou na segunda-feira (27) que as teorias científicas da evolução e do Big Bang estão corretas e que não são incompatíveis com a existência de um criador.

“Quando lemos sobre a criação no Gênesis, corremos o risco de imaginar que Deus era um mágico com uma varinha capaz de fazer tudo. Mas não é isso”, disse.

Papa Francisco inaugura busto do seu antecessor, papa Bento 16, no Vaticano

Segundo o papa, a teoria do Big Bang, que explica a origem do mundo, não se opõe à ideia de um criador divino –justo ao contrário, exige um criador.

A evolução, diz Francisco, também requer que antes os seres tenham sido criados.

“Deus criou os seres humanos e permitiu que se desenvolvessem de acordo com leis internas que deu a cada um para que alcancem sua realização”, disse o papa na Academia Pontifícia de Ciências.

OUTROS PAPAS

Antes de Francisco, o papa Pio 12 já havia recebido bem as ideias do evolucionismo e do Big Bang.

O papa João Paulo 2º chegou a dizer em 1996 que a evolução era um “fato comprovado”.

Já o papa Bento 16 defendia a tese de que a seleção natural por si só não explicaria a complexidade do mundo e, assim, haveria um “design inteligente” implícito na evolução.

Ou seja, a evolução não seria um processo do acaso, totalmente não planejado.

BUSTO

O papa Francisco inaugurou um busto do seu antecessor na sede da Academia Pontifícia de Ciências, no Vaticano, e disse algumas palavras em homenagem a Bento 16.

“Ninguém pode dizer que o estudo e a ciência fizeram com que ele e seu amor por Deus e pelo próximo diminuíssem. Ao contrário, o conhecimento, a sabedoria e a oração ampliaram seu coração e seu espírito”, disse.

Fonte: Folha de São Paulo

Segredo de uma homilia: pregar «com muita clareza»

«Deve-se poder ouvir Deus através da fala», segundo um artigo de L’Osservatore Romano

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 19 de agosto de 2008 (ZENIT.org).- Coerência na própria vida e a brevidade e concretização na mensagem são aspectos necessários para que uma homilia atinja seu propósito de comunicar: é o conselho que propõe o sacerdote especialista em comunicação Dario Edoardo Viganò, em um artigo publicado em 13 de agosto passado em L’Osservatore Romano.

O autor fala da estruturação da homilia a partir do ponto de vista comunicativo, um tema «complexo», já que «não se trata de copiar ou adotar as formas discursivas mais difundidas no panorama da mídia».

Não se trata, portanto, de realizar uma classificação de tipos de homilia desde o ponto de vista meramente comunicativo, «desde as homilias ‘spot’ às homilias ‘blog’ (tipo diário), das homilias ‘chakra’ (ou narrações ‘new age’ de sugestões fortes e significados vagos)».

Na práxis homilética não estão em jogo aspectos meramente instrumentais, mas «o perfil de uma comunicação que é sacramental», e na qual «se deve poder ouvir Deus que fala».

«Falar da homilia, portanto, significa ser conscientes de que ela está feita de complexidade e de beleza. Ainda que tenha sido marginalizada, maltratada, às vezes complicada ou clericalizada, ou às vezes sugestiva e acertada, a homilia representa um verdadeiro eixo essencial e irrenunciável da liturgia.»

Viganò explica que a homilia é, antes de tudo, um jogo comunicativo de «complexidade fascinante» e ao mesmo tempo de «cativante excentricidade», sobre o qual seria excessivamente redutivo aplicar a típica tipologia da linguagem.

«Não faltam estudos empenhados em desenvolver algo sistemático, quase uma metodologia da homilia», acrescenta. «Existem há muito tempo os dicionários de homilética, textos que sugerem métodos de preparação a partir de diferentes modelos de homilias, inclusive esquemas já preparados.»

Apesar disso, não existe, segundo Viganò, um «modelo» de homilia, mas «o jogo da homilia deve ser concebido como a escuta comum e compartilhada da Revelação que chega através da Palavra e da história».

«Ainda mais, trata-se de uma grande ocasião de recompor e reconhecer a memória, as identidades pessoais e coletivas e, por outro lado, de orientar os projetos e percursos de ação social.»

Alguns conselhos

Apesar dessa complexidade, Viganò assinala dois aspectos importantes para que a homilia alcance seu propósito comunicativo: a coerência de vida do pregador e a brevidade e concretização da mensagem.

Tomando uma frase de São Bernardino de Sena, padroeiro dos publicitários, Viganò insiste em que a chave está na clareza da homilia: «Que o pregador fale com muita, muita clareza, para que quem escuta fique contente e iluminado, e não deslumbrado».

Com relação à coerência, o autor recorda uma frase do filósofo Soren Kierkegaard, que advertia que «a diferença entre um pastor e um ator é precisamente o momento existencial; que o pastor seja pobre quando prega a pobreza, que seja escarnecido quando exorta a suportar o escárnio. Enquanto o ator tem a tarefa de enganar eliminando o momento existencial, o pregador tem precisamente o dever, no sentido mais profundo, de pregar com sua própria vida».

Sobre a brevidade, Viganò explica que se trata de evitar tanto as «homilias inexistentes» como as «homilias sem fim».

«São Francisco exortava seus frades a que na pregação usassem palavras ponderadas e castas, para utilidade e edificação do povo, anunciando aos fiéis os vícios e as virtudes, a pena e a glória, com discurso breve, porque o Senhor disse na terra palavras breves.»

O sacerdote Dario Edoardo Viganò é diretor da revista especializada em cinema Il Cinematografo, presidente do Ente dello spettacolo, fundação italiana dedicada ao cinema, e presidente do Instituto Pontifício Redemptor Hominis, da Universidade Pontifícia Lateranense.

Deus realmente existe ou é só uma invenção do homem?

Há pessoas que dizem que Deus é uma invenção de alguns homens para conseguir exercer uma influência sobre os demais…

O pensamento de Deus ronda a mente do homem desde tempos imemoriais. Aparece com teimosa insistência em todos os lugares e todos os tempos, até nas civilizações mais arcaicas e isoladas que já se teve conhecimento. Não há nenhum povo nem período da humanidade sem religião. É algo que tem acompanhado o homem desde sempre, como a sombra que segue o corpo.

A existência de Deus se apresenta como a maior das questões filosóficas. E -como diz J.R.Ayllón- não por sua complexidade, mas por apresentar-se ao homem com um caráter radicalmente comprometedor. Como dizia Aristóteles, “Deus não parece ser um simples produto do pensamento humano, nem um inofensivo problema intelectual”.

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