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Vaticano vai debater evolucionismo

Cientistas, filósofos e teólogos se reunirão no Vaticano para discutir teorias do evolucionismo a partir da paleontologia, da biologia molecular e da classificação das espécies, com atenção especial à origem do homem. 

O Congresso Internacional “Evolução biológica: fatos e teorias” é promovido pela Pontifícia Universidade Gregoriana e será realizado de 3 a 7 de março, com o patrocínio do Pontifício Conselho para a Cultura. 

Um comunicado emitido pela Universidade Gregoriana afirma: “A exigência de um confronto entre vários pontos de vista nasceu neste momento em que há uma grande confusão no debate sobre a evolução. O objetivo do encontro não é oferecer respostas definitivas, mas encontrar-se para ver juntos como atuar neste campo delicado, distinguir e articular racionalmente os vários níveis”. 

Terça-feira, 10 de fevereiro, Dom Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, apresentará o tema e o programa do Congresso numa coletiva de imprensa na Sala de Imprensa do Vaticano.

Fonte: Canção Nova

Novas descobertas genéticas dão razão aos médicos católicos

A clonagem humana deixa de ser interessante, reconhece o pai da ovelha Dolly

ROMA, quarta-feira, 28 de novembro de 2007 (ZENIT.org).- As novas descobertas científicas sobre células-tronco (ou estaminais) adultas, que não implicam a eliminação de vidas humanas, deram razão à batalha ética liderada há anos pelos médicos católicos.

O Dr. Josep Maria Simón, presidente da Federação Internacional de Associações Médicas Católicas (FIAMC), elogia os resultados de uma equipe japonesa e uma equipe americana que conseguiram transformar células de pele humana em células-tronco, que são capazes de evoluir em células nervosas, cardíacas ou em qualquer dos 220 tipos de células do corpo humano.

A nova técnica, ainda que exija aperfeiçoamento, é tão promissora que o cientista que conseguiu clonar a primeira ovelha do mundo, Ian Wilmut, anunciou que deixará de lado a clonagem de embriões para focalizar-se nas células-tronco derivadas de células da pele.

«Parece que a Providência está nos indicando o caminho dos médicos e demais pesquisadores. Deus aperta, mas não enforca. Fecha-se uma porta e se abre outra», reconhece o Dr. Simón em declarações à Zenit.

«Os médicos católicos ainda têm algumas dificuldades para que muitas pessoas compreendam e aceitem que a vida humana nascente é digna de todo respeito. Contudo, só a pesquisa e os tratamentos com base nas células-tronco adultas estão dando resultado», acrescenta.

«Ao tratar com elas não se destroem embriões e temos resultados – constata. E os resultados são muito valorizados em nossas sociedades ocidentais desenvolvidas e eficazes.»

O presidente dos médicos católicos confessa: «Não sei o que teria sido de nossa capacidade para comunicar se as embrionárias tivessem dado resultado! A Providência nos economizou a dureza de ter que dizer: ‘Você poderia curar com embriões, mas deve continuar assim, já que sua destruição é imoral’».

«Este era o pensamento do Papa quando nos dirigiu o famoso discurso há um ano, aos participantes do congresso organizado pela FIAMC e pela Pontifícia Academia pela Vida», recorda o doutor em referência ao encontro que ainda pode ser visitado em www.stemcellsrome2006.org.

«Não queremos medalhas, mas então dissemos que havíamos convidado os melhores. E agora foi a equipe japonesa que convidamos que demonstrou os grandes resultados com as células adultas», conclui o Dr. Simón.

O bispo Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifícia para a Vida, tem a mesma opinião.

«Agora que não há necessidade de embriões nem da clonagem terapêutica – supostamente terapêutica –, fecha-se uma página de polêmicas agudas», reconhece.

«A Igreja a havia enfrentado por motivos éticos, alentando os pesquisadores a continuar com as células-tronco adultas e declarando ilícita a imolação do embrião», explicou Dom Sgreccia nos microfones de «Rádio Vaticano».

«A ética que respeita o homem é útil também para a pesquisa e confirma que não é verdade que a Igreja esteja contra a pesquisa: está contra a má pesquisa, que é nociva para o homem», conclui Sgreccia, constatando que todos os milhões destinados a pesquisar com células embrionárias se converteram em um «esbanjamento».

Pregador do Papa: quem são os santos e o que eles fazem

Comentário do Pe. Cantalamessa à liturgia da Solenidade de Todos os Santos

ROMA, quarta-feira, 31 de outubro de 2007 (ZENIT.org).- Publicamos o comentário do Pe. Raniero Cantalamessa, ofmcap. – pregador da Casa Pontifícia ¬– sobre a liturgia da Solenidade de Todos os Santos.

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Solenidade de Todos os Santos
Apocalipse 7, 2-4. 9-14; João 3, 1-3; Mateus 5, 1-12a

Quem são os santos

Faz tempo que os cientistas enviam sinais ao cosmos em espera de respostas por parte de seres inteligentes em algum planeta perdido. A Igreja desde sempre mantém um diálogo com os habitantes de outro mundo, os santos. É o que proclamamos ao dizer: «Creio na comunhão dos santos». Ainda que existissem habitantes fora do sistema solar, a comunicação com eles seria impossível, porque entre a pergunta e a resposta passariam milhões de anos. Aqui, ao contrário, a resposta é imediata, porque existe um centro de comunicação e de encontro comum que é Cristo Ressuscitado.

Talvez também pelo momento do ano em que cai, a Solenidade de Todos os Santos tem algo especial que explica sua popularidade e as numerosas tradições ligadas a ela em alguns setores da cristandade. O motivo está no que diz João na segunda leitura. Nesta vida, «somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que seremos»; somos como o embrião no seio da mãe que anseia nascer. Os santos «nasceram» (a liturgia chama «dia do nascimento», dies natalis, no dia de sua morte); contemplá-los é contemplar nosso destino. Enquanto ao nosso redor a natureza se desnuda e caem as folhas, a festa de todos os santos nos convida a olhar para o alto; e nos recorda que não estamos destinados a ficar na terra para sempre, como as folhas.

A passagem do Evangelho é a das bem-aventuranças. Uma em particular inspirou a escolha da passagem: «Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados». Os santos são aqueles que tiveram fome e sede de justiça, isto é, na linguagem bíblica, de santidade. Não se resignaram à mediocridade, não se contentaram com meias palavras.

A primeira leitura da Solenidade nos ajuda a entender quem são os santos. São «os que lavaram suas vestes no sangue do Cordeiro». A santidade se recebe de Cristo; não é uma produção própria. No Antigo Testamento, ser santos queria dizer «estar separados» de tudo o que é impuro; na acepção cristã, quer dizer o contrário, ou seja, «estar unidos», mas a Cristo.

Os santos, isto é, os salvos, não são só os que o calendário ou o santoral enumeram. Existem os «santos desconhecidos»: que arriscaram suas vidas pelos irmãos, os mártires da justiça e da liberdade, ou do dever, os «santos leigos», como alguém os chamou. Sem saber, também suas vestes foram lavadas no sangue do Cordeiro, se viveram segundo a consciência e lhes importou o bem dos irmãos.

Surge espontaneamente uma pergunta: o que os santos fazem no paraíso? A resposta está, também aqui, na primeira leitura: os salvos adoram, deixam suas coroas ante o trono, exclamando: «Louvor, honra, bênção, ação de graças…». Realiza-se neles a verdadeira vocação humana, que é a de ser «louvor da glória de Deus» (Ef 1, 14). Seu coro é guiado por Maria, que no céu continua seu canto de louvor: «Minha alma proclama a grandeza do Senhor». É neste louvor que os santos encontram sua bem-aventurança e seu gozo: «Meu espírito se alegra em Deus». O homem é aquilo que ama e aquilo que admira. Amando e louvando a Deus, ele se une Deus, participa de sua glória e de sua própria felicidade.

Um dia, um santo, São Simeão, o Novo Teólogo, teve uma experiência mística de Deus tão forte que exclamou para si: «Se o paraíso não for mais que isso, já me basta!». Mas a voz de Cristo lhe disse: «És bem mesquinho se te contentas com isso. O gozo que experimentaste em comparação com o do paraíso é como um céu pintado no papel com relação ao verdadeiro céu».

[Tradução realizada por Zenit]

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