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Abstinência antes do casamento melhora a vida sexual, diz estudo

Rear view of a couple sitting on beach

COMPORTAMENTO

– Pesquisa de universidade americana ouviu duas mil pessoas; satisfação com aspecto sexual foi 15% maior entre casais que esperaram

– Casais que praticaram abstinência teriam relacionamento mais estáveis

28 de dezembro de 2010 | 10h 09

Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.

Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.

As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).

Para os casais que ficaram no meio do caminho – tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento – os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.

Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta “Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?”.

Religiosidade

Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material.

“Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo”, diz ele.

“Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento.”

O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento.

“Casais que chegam à lua de mel cedo demais – isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento – frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis.”

Por: BBC Brasil
Fonte: Estadao

Sacerdote argentino promotor do “casamento” homossexual desafia Igreja

Será submetido a um juízo canônico, mas se nega a deixar de celebrar a Missa

CÓRDOBA, quarta-feira, 14 de julho de 2010 (ZENIT.org) – O sacerdote argentino conhecido por promover as uniões homossexuais anunciou que não obedecerá à ordem cautelar do seu bispo, que o proibiu de exercer o ministério sacerdotal.

“Neste final de semana vou celebrar a Missa, a menos que me prendam”, anunciou o Pe. José Nicolás Alessio, quem, contra os ensinamentos da Igreja, apoia a reforma ao Código Civil que se votará hoje no Senado para permitir o erroneamente chamado “casamento” homossexual.

Ontem, a arquidiocese de Córdoba anunciou que seu arcebispo, Dom Carlos José Ñañes, iniciou perante o tribunal eclesiástico o processo canônico correspondente ao Pe. Alessio, de 52 anos, pároco de San Cayetano, no bairro Altamira, de Córdoba.

Enquanto se desenvolve o juízo, como medida cautelar, o arcebispo lhe proibiu o exercício público do ministério sacerdotal, Portanto, o mencionado sacerdote não poderá celebrar publicamente a Santa Missa nem administrar os sacramentos da Igreja, razão pela qual, na prática, não poderá trabalhar como pároco.

Na última segunda-feira, Dom Ñañez ordenou enviar um comunicado a todos os sacerdotes que têm alguma responsabilidade pastoral ou eclesial na arquidiocese de Córdoba, no qual “manifesta claramente que, depois de ter esgotado todos os meios de solicitude pastoral para que o presbítero José Nicolás Alessio se emendasse e retratasse publicamente das declarações realizadas por ele mesmo a favor do suposto ‘casamento’ entre pessoas do mesmo sexo, contrariando o ensinamento e o Magistério da Igreja Católica, e tendo o mencionado presbítero negado toda possibilidade de modificação do seu agir, decidiu iniciar o processo eclesiástico correspondente no tribunal interdiocesano de Córdoba, para que toda ação se realize conforme o direito eclesial vigente, estabelecendo uma medida cautelar na que formalmente ‘lhe proíbe o exercício público do ministério sacerdotal'”.

Família humana deve ser reflexo da família trinitária

Dom Orani João Tempesta fala sobre a Semana da Família no Brasil

RIO DE JANEIRO, quinta-feira, 13 de agosto de 2009 (ZENIT.org).- No contexto da Semana da Família no Brasil, o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, fez um convite a que as famílias humanas busquem ser como a família trinitária.

“Sendo a família humana uma instituição de origem divina, com semelhança da família trinitária, ela somente readquirirá a dignidade perdida quando voltar a ser o reflexo da família trinitária, na qual Deus não só é Pai, mas paternidade, Jesus Cristo não é apenas filho, mas filiação e o Espírito Santo, não é somente união, mas unidade”, afirma o arcebispo, em seu artigo semanal.

Segundo Dom Orani, a família, hoje, “para cumprir sua missão de promotora do bem-estar do ser humano, terá que cada vez mais ser poço de paternidade, berço da filiação e comunidade de amor”.

“É bom relembrar o compromisso solene do casamento cristão, que sempre é proclamado pelos noivos perante a comunidade eclesial: ‘Recebo-te por minha (por meu) esposa (esposo) e te prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-te e respeitando-te todos os dias de minha vida’.”

Vê-se, pois –prossegue o arcebispo–, “que o vínculo matrimonial que nasce do amor recíproco se exprime por esse juramento conjugal, que começa e se realiza diante da infinita majestade de Deus por aquele mesmo amor com que o Pai nos amou no seu Filho, Jesus Cristo, e nos santifica pelo Espírito desse Amor, que é o Espírito Santo”.

Dom Orani destaca que, ao celebrar a Semana Nacional da Família, a Igreja no Brasil “quer, uma vez mais, salientar a importância da família, que, talvez mais que outras instituições, tem sido posta em questão pelas amplas, profundas e rápidas transformações da sociedade e da cultura”.

“Por isso, é fundamental um olhar atento, dirigido com carinho, afeto e atenção à família, patrimônio da humanidade e tesouro dos povos”, escreve.

Segundo o arcebispo, “valorizando a família autêntica, de marido e mulher, com uma família bem estruturada, a Igreja no Brasil conclama a todos para que prossigam no objetivo pastoral de Evangelizar pela Família e para a Vida”.

“Quero convidá-los para que junto de sua esposa e filhos sejam cada vez mais comprometidos com a valorização de sua família, e para não medirmos esforços em protegê-la e defendê-la das grandes pressões externas.”

“Que a família brasileira seja respeitada como espaço privilegiado para a existência e a convivência humana”, deseja o arcebispo do Rio de Janeiro.

A praga da pornografia

Os Bispos se preocupam com o efeito sobre a sociedade e o casamento

ARLINGTON, Virginia, domingo, 17 de dezembro de 2006 (ZENIT.org).- A pornografia é como uma praga roubando a alma das pessoas e destruindo casamentos. Assim disse o bispo Paul Loverde, em uma carta pastoral intitulada «Bought With a Price: Pornography and the Attack on the Living Temple of God» (Vindo com um preço: pornografia e o ataque ao templo vivo de Deus).

No documento publicado no dia 30 de novembro, o bispo de Arlington explicou que a chegada de nova tecnologia de comunicação como a internet, televisão e celulares via satélite, permite que a pornografia atinja mais e mais pessoas.

«Hoje, quem sabe, mais que em qualquer tempo anterior, o homem encontra seu dom da visão e por conseqüência sua visão de Deus distorcida pelo mal da pornografia», escreveu. «Obscurece e destrói a habilidade das pessoas de ver um ao outro como únicas e belas expressões da criação de Deus, em vez disso obscurece sua visão fazendo-as ver os outros como objetos a serem usados e manipulados».

Dom Loverde também apontou que a experiência da pornografia «muda o modo com que o homem e a mulher tratam um ao outro, em algumas vezes de forma dramática mas frequentemente de forma sutil».

A cultura hoje em dia, continuou, considera a pornografia como mera fraqueza privada, ou até como prazer legítimo. De fato é uma grave ofensa de acordo com o que está situado no nº 2354 do Catecismo da Igreja Católica.

Essa imoralidade vem da distorção da verdade sobre a sexualidade humana. Dessa forma, o que deveria ser a expressão da intima união de vida e amor de um casal casado, «é reduzida a uma fonte degradante de entretenimento e até lucro para outros».

Acrescentando —a carta pastoral continuou— a pornografia viola a castidade, pois introduz pensamentos impuros à mente do observador, que geralmente leva a atos impuros, como a masturbação ou adultério.

Isso é também uma ofensa contra a justiça. Isso é devido à grave lesão à dignidade dos participantes os quais se tornam, cada um, objeto de prazer e lucro ilícito de outros.

«Todos aqueles envolvidos na produção, distribuição, venda e uso da pornografia cooperam e em algum grau, faz possível o desabamento de outros», alertou o bispo Loverde.

Dano familiar

A carta também alertou do dano que a pornografia faz à família e ao casamento: «Desde a imersão de todos que estão envolvidos na ilusão de um mundo de fantasias, o uso da pornografia pelo homem afasta sua atenção e afeto de sua mulher».

Além disso, a visão consumista da sexualidade promovida pela pornografia danifica as mulheres e torna difícil, tanto para o homem como para mulher, de se prepararem para a fidelidade matrimonial.

O uso da pornografia dentro do casamento «é uma violação do comprometimento do casamento» apontou o prelado. O seu uso por um dos parceiros no casamento leva a sentimentos de rejeição e traição, que não são curados e que levam à destruição permanente do comprometimento conjugal.

O Bispo Loverde também refutou o argumento normalmente usado para defender a pornografia, de que não há vitimas. De fato, ele argumentou, a industria pornográfica frequentemente saqueia o vulnerável e o necessitado, seduzindo-os a comportamentos perigosos.

Também, a própria natureza da pornografia aumenta a violência contra a dignidade da pessoa humana. «Mas tirando uma aspecto essencial da pessoa —a sexualidade humana— e a transformando em uma mercadoria a ser trocada e vendida, ser usada e descartada por outros desconhecidos, a industria pornográfica comete o mais violento ataque à dignidade dessas vítimas», comentou a carta pastoral.

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A preocupação dos bispos é bem fundada. No ultimo dia 28 de maio o jornal britânico Independent publicou o resultado de um estudo do uso da internet para o acesso de pornografia. De acordo com a análise entregue por Nielsen NetRatings, quase 40% da população masculina na Grã Bretanha fez uso de web sites pornográficos nos no último ano.

A pesquisa também descobriu que mais da metade das crianças já se depararam com pornografia na internet «ao procurarem por outra coisa».

Enquanto isso, na Austrália, o jornal de Melbourne, Age, alertou no artigo do dia 4 de junho que o romance na internet substituiu o romance no escritório, como sendo a principal causa de rompimento conjugal.

O artigo citou conselheiros conjugais dizendo que eles vêm que «mais do que nunca relacionamentos vem sendo rompidos por um secreto amor virtual, enquanto os advogados relatam um aumento de divórcios relacionados à internet».

O potencial para traições foi evidente nos comentários feitos ao Age por uma psicóloga da Universidade Swinburne, Simone Buzwell. Ela é a co-autora do estudo «Finding Love Online» que envolve entrevistas com mais de 1000 pessoas. Buzwell percebeu que metade daqueles que acharam um romance online já estavam em um outro relacionamento.

De volta aos Estados Unidos, um artigo do dia 16 de agosto, no Christian Science Monitor indica que a pornografia pode fomentar um comportamento criminoso. É claro que nem todo mundo dependente da pornografia se torne violento ou cometa crime sexual. Mas, alertou Corydon Hammond, co-diretor do Sex and Marital Therapy Clinic da Universidade de Utah: «eu não acho que tenha visto um adulto criminoso sexual que não esteja envolvido com pornografia».

Essas preocupações sobre a pornografia também foram direcionadas a uma seção especial do jornal Colorado Catholic Herald, publicada no dia 10 de novembro. Quando o uso de pornografia se torna vício, «em vez de ser direcionado a um relacionamento amoroso, o sexo se torna primariamente uma experiência química», «um barato», explica um dos entrevistados, Dan Spadaro do Imago Dei Counseling em Colorado Springs.

Isso significa que para o viciado muitos outros relacionamentos são descartados. Viciados também tendem a negar o problema e ao invés disso criticam os demais. Eles são supostamente um largo número de viciados que lutam contra a depressão, apontou Spadaro.

Ele também comentou que o uso da pornografia pelo marido possui um efeito negativo sob a esposa. A esposa pode ser afetada com um sentimento de incapacidade, pensando que não é interessante o suficiente para o marido. Além disso, como o uso de pornografia envolve um segredo por parte do marido, as mulheres normalmente se sentem traídas, por eles terem mentido para elas.

Outra entrevista de um conselheiro, Rob Jackson, acrescentou que estudos recentes sugeriram que mulheres normalmente sofrem sinais de stress pós-traumáticos. «De acordo com minha experiência, muitas sofrerão um mix de emoções que inclui a raiva, a tristeza e a depressão», disse ele.

Um câncer

Merecidamente, o Cardeal Justin Rigali, da Filadelfia, descreveu a pornografia como um «câncer sobre a cultura contemporânea». No noticiário do dia 8 de junho do Catholic Standard and Times, jornal arquidiocesano, ele escreveu: «Violência, abuso sexual, trauma psicológico e ruptura de relacionamentos são frutos da pornografia».

O cardeal alertou sobre perigos de web sites pornográficos e pediu para que parentes dêem passos para assegurar que tal material não esteja livremente disponível às suas crianças.

Ele também encorajou todos a irem além da atração superficial da pornografia, ao que é a verdadeira beleza do amor matrimonial, «um amor que é unitivo e procreativo, um amor que espelha o amor de sacrifício de Cristo por sua Igreja».

Somando a sua voz à lista dos bispos que falam do assunto, Dom Thomas Wenski, de Orlando, Florida, dirigiu-se aos pais que agora estão fazendo listas de presentes de natal. «Sejam cuidadosos par não comprarem parafernálias que darão às crianças acesso à pornografia», ele alertou.

Escrevendo no jornal Orlando Sentinel no dia 26 de novembro, ele explicou que com aparelhos portáteis, como telefones celulares, PDAs, iPod vídeos, «sua criança será capaz de acessar a pornografia disponível na internet». «E se adultos e casais podem ser prejudicados pela pornografia, as crianças são mais vulneráveis. Sóbria consideração no meio das preparações festivas.

Pe. John Flynn

O Celibato de Jesus

O conceito teológico de um clero celibatário é baseado na crença da Igreja de que o modelo de celibato é o próprio Cristo.

Alguns têm argumentado que o celibato voluntário era desconhecido entre os homens judeus do tempo de Jesus. Embora pudesse ser pouco comum, não era de todo desconhecido. Não será provável que João Baptista tenha sido casado, e provas quase contemporâneas indicam que pelo menos alguns membros da comunidade Judaica dos Essénios eram celibatários.

Outra prova indirecta do estado celibatário de Jesus são as suas próprias palavras acerca dos que se mantém célibes. Depois de rejeitar o divórcio tal com era aceite na Lei de Moisés, os seus discípulos dizem-lhe que “será melhor não casar” (Mt.19:10). Jesus fala então daqueles incapazes de casar “porque nasceram assim do ventre de sua mãe” de outros “a quem os homens fizeram tais” e ainda daqueles que “renunciaram ao casamento por causa do reino dos céus. Quem puder compreender isto, compreenda”( Mt.19:12).

São Paulo, que escreve aos Coríntios, “Imitem-me, como eu imito Cristo”( 1 Cor.11:1); e também escreve, “Digo isto aos solteiros e às viúvas: é bom ficarem como estão, tal como eu, mas se não conseguirem controlar-se deverão casar-se, pois é melhor casarem-se do que abrasarem-se”( 1 Cor7:8-9).

Este chamamento ao celibato não diminui a importância do casamento. O Matrimónio, tal como a Ordem, é um sacramento, um dos sete sinais indeléveis através dos quais Cristo manifesta a sua presença permanente na Sua Igreja. No casamento, a relação espiritual e física entre marido e mulher torna-se um símbolo sagrado do amor de Cristo pela Igreja. (Efésios 5:25-33).

Fonte: Jesus Decoded

"Casamento" homossexual rejeitado nas Filipinas com emenda constitucional

MADRI, 07 Jul. 06 (ACI) .- Depois de uma sentença que permitiu que um transexual se casasse, apresentou-se uma emenda constitucional no Congresso de Filipinas para evitar que através de novas ações judiciais se aprove o “casamento” homossexual no país.

Segundo Análise Digital, a proposta legislativa, apresentada pelo senador Rodolfo Biazon, busca evitar que os juizes terminem por dar carta branca às uniões homossexuais e rebater a sentença que permite aos transexuais se casarem como pessoas do sexo oposto do que nasceram.

“Estas ações judiciais além de ir contra às leis de Deus e às leis da natureza, vão contra ao matrimônio e o interesse geral da sociedade”, anotou Biazon.

A iniciativa do congresso é apoiada pela Conferência Episcopal Filipina e outros congressistas e senadores.

Jesus foi solteiro, casado ou viúvo?

02 de abril de 2006
Juan Chapa

Os dados evangélicos dizem-nos que Jesus desempenhou seu oficio de artesão em Nazaré (Mc 6,3) e, quando tinha aproximadamente trinta anos, iniciou seu ministério público (Lc 3,23). Durante o tempo em que o exerceu, há algumas mulheres que Lhe seguem (Lc 8,2-3) e outras com quem cultiva amizade (Lc 10, 38-42). Ainda que em nenhum momento nos seja dito que fosse um homem celibatário, casado ou viúvo, os evangelhos trazem referências à sua família, à sua mãe, a seus ?irmãos e irmãs?, mas nunca à sua ?mulher?. Esse silêncio é eloqüente.

Jesus era conhecido como o ?filho de José? (Lc 3,23; 4,22; Jo 2,45; 6,42) e, quando os habitantes de Nazaré se surpreendem pelos seus ensinamentos, exclamam: ?Não é este o artesão, o filho de Maria, o irmão de Tiago e de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não vivem entre nós?? (Mc 6,3). Em nenhum lugar se faz referência a que Jesus tivesse ou tivera uma mulher.

A tradição jamais falou de um possível casamento de Jesus. Não porque considerasse que a realidade do casamento denegrisse a figura de Jesus (Ele mesmo restituiu a dignidade original do casamento, Mt 19, 1-12) ou por vê-lo incompatível com a fé na divindade de Cristo, mas simplesmente porque se ateve à realidade histórica. Se houvesse querido silenciar aspectos que podiam ser comprometedores para a fé da Igreja, porque transmitiu o batismo de Jesus pelas mãos de João Batista, que administrava o batismo para a remissão dos pecados? Se a Igreja primitiva quisesse silenciar o casamento de Jesus, porque não silenciou a presença de mulheres concretas entre as pessoas que se relacionavam com ele?

Apesar disto, difundem-se argumentos que sustentam que Jesus esteve casado. Fundamentalmente aduz-se a favor do casamento de Jesus a prática e doutrina comum dos rabinos do século I de nossa era (para o suposto casamento de Jesus com Maria Madalena, ver Que relação teve Jesus com Maria Madalena?). Como Jesus foi um rabino e o celibato era inconcebível entre os rabinos da época, teve que estar casado (ainda que houvesse exceções, como o Rabi Simeão ben Azzai, o qual, ao ser acusado de permanecer solteiro, dizia: ?Minha alma está apaixonada pela Torá. Outros podem levar adiante o mundo?, Talmude da Babilônia, b. Yeb. 63b). Assim, pois, afirmam alguns, Jesus, como qualquer judeu piedoso, teria se casado aos vinte anos e depois abandonado mulher e filhos para desempenhar sua missão.

A resposta a essa objeção é dupla:

1) Existem dados que indicam que no judaísmo do século primeiro se vivia o celibato. Flávio Josefo (Guerra Judia 2.8.2. & 120-21; Antiguidades judaicas 18.1 & 18-20), Fílon, (numa passagem conservada por Eusébio, Prep. Evang. 8, 11.14) e Plínio, o Velho, (História Natural 5.73, 1-3) nos informam que havia essênios que viviam o celibato e sabemos que alguns de Qumrán eram célibes. Também Fílon (De vita contemplativa) assinala que os ?terapeutas?, um grupo de ascetas do Egito, viviam o celibato. Além disso, na tradição de Israel, alguns personagens famosos como Jeremias, foram célibes. O próprio Moisés, segundo a tradição rabínica, viveu a abstinência sexual para manter estreita relação com Deus. João Batista também não se casou. Portanto, ainda que o celibato fosse algo pouco comum, não era inaudito.

2) Ainda que ninguém tivesse vivido o celibato, não teríamos que assumir por isso que Jesus estivera casado. Os dados, como já se disse, mostram que quis permanecer célibe e são muitas as razões que tornam essa opção plausível e conveniente, precisamente porque ser celibatário sublinha a singularidade de Jesus em relação ao judaísmo de seu tempo e está mais de acordo com sua missão. O celibato de Cristo manifesta que, sem desvalorizar o casamento nem exigir o celibato a seus seguidores, o Reino de Deus (cf. Mt 19,12), buscado por amor a Deus (Ele mesmo encarna esse amor), está acima de todas as coisas.

BIBLIOGRAFIA

GNILKA, J. Jesús von Nazareth. Botschaft und Geschichte, Herder, Freiburg 1990 (edição em espanhol: Jesús de Nazaret, Herder, Barcelona 1993).
PUIG I TÀRRECH, Armand. Jesús, un perfil biogràfic, Proa, Barcelona 2004 (edição em espanhol: Jesús. Una biografía, Destino, Barcelona 2005).

Fonte: www.opusdei.org.br

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