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O Papa pede não cair na tentação de ser cristãos sem Cristo

VATICANO, 27 Jun. 13 / 03:39 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia daMissa que presidiu na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco exortou a não cair na tentação de ser cristãos sem Cristo, não ser cristãos “líquidos” que fundamentam sua vida sobre a areia e não sobre a rocha que é Jesus, nem ser cristãos muito rígidos que esquecem a alegria.

Rígidos e tristes. Ou alegres, mas sem ter ideia do que é a alegria cristã. São duas “casas”, de certa forma opostas, onde moram duas categorias de fiéis e onde, em ambos os casos, há um defeito grave: se fundamentam em um cristianismo feito de palavras e não se baseiam na “rocha” da Palavra de Cristo. O Papa Francisco fez esta descrição ao comentar o Evangelho de São Mateus, concretamente a conhecida passagem das casas construídas sobre areia ou rocha.

“Na história da Igreja sempre existiu duas classes de cristãos: aqueles que vivem somente de palavras e aqueles que vivem de ação e verdade. Sempre houve a tentação de viver o nosso cristianismo fora da rocha que é Cristo. O único que nos dá a liberdade para dizer ‘Pai’ a Deus é Cristo ou a rocha. É o único que nos sustenta nos momentos difíceis, não é mesmo? Como diz Jesus: ‘caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha’, ai está a segurança, quando são as palavras, as palavras voam, não servem. Mas é a tentação destes cristãos de palavras, de um cristianismo sem Jesus, um cristianismo sem Cristo. E isto aconteceu e acontece hoje na Igreja: ser cristãos sem Cristo”.

O Papa analisou mais detalhadamente estes “cristãos de palavras”, revelando suas características específicas. Existe um primeiro tipo –definido “agnóstico”– “que em vez de amar a rocha, amam as palavras bonitas” e portanto, vivem flutuando sobre a superfície da vida cristã. E depois está o outro tipo que Francisco chamou “pelagiano”, que vive um estilo de vida sério e engomado. Cristãos, ironizou o Papa, que “olham o chão”.

“E esta tentação existe hoje. Cristãos superficiais que acreditam em Deus, em Cristo, mas de modo muito ‘leviano’: não é Jesus Cristo que dá o fundamento. São os agnósticos modernos. A tentação do agnosticismo. Um cristianismo ‘líquido’. Por outra parte, estão os que acreditam que a vida cristã deve ser levada tão seriamente que terminam por confundir solidez, firmeza, com rigidez. São os rígidos! Estes pensam que para ser cristão é necessário estar de luto, sempre”.

O Santo Padre disse logo que há muitos deste tipo de cristãos. Mas precisou que “não são cristãos, mas se disfarçam de cristãos”. “Não sabem –insistiu– quem é o Senhor, não sabem o que é a rocha, não têm a liberdade dos cristãos. E, para dizer de modo simples, não têm alegria”.

“Os primeiros têm certa ‘alegria’ superficial. Os outros vivem em um contínuo velório, mas não sabem o que é a alegria cristã. Não sabem gozar a vida que Jesus nos dá, porque não sabem falar com Jesus. Não se sentem acompanhados por Jesus, com essa firmeza que dá a presença de Jesus. E não só não têm alegria: não têm liberdade”.

O Papa disse para concluir que “aqueles são escravos da superficialidade, desta vida leviana, e estes são escravos da rigidez, não são livres. O Espírito Santo não encontra lugar nas suas vidas. É o Espírito o que nos dá a liberdade! O Senhor nos convida hoje a construir nossa vida cristã sobre Ele, a rocha, que nos dá a liberdade, que nos envia o Espírito, que nos faz ir adiante com a alegria, em seu caminho, em suas propostas”.

Urge um compromisso valente por uma fé capaz de dar sentido à vida, diz o Papa

VATICANO, 14 Jun. 13 / 01:59 pm (ACI/EWTN Noticias).- Diálogo, discernimento e fronteira. Três palavras para a reflexão que o Papa sugeriu aos membros da revista jesuíta Civiltá Cattolica (A Civilização Católica), que desde 1850 é escrita em Roma e publicada com a aprovação prévia da Secretaria de Estado do Vaticano, aos quais recebeu nesta manhã em audiência.

“Sua fidelidade à Igreja requer que sejam duros contra as hipocrisias, fruto de um coração fechado e doente. Mas seu trabalho principal é construir pontes e não muros; trata-se de criar um diálogo -primeira palavra- com todos os homens, inclusive com aqueles que não compartilham a fé cristã, mas têm outros valores e com aqueles que se opõem à Igreja e a perseguem de formas diferentes… Com o diálogo é sempre possível aproximar-se da verdade, que é dom de Deus e que assim ambas as partes se enriqueçam”.

O Papa Francisco disse que dialogar significa “estar convencido de que o outro tem algo bom para dizer, deixar espaço ao seu ponto de vista, a sua opinião, a suas propostas sem cair obviamente no relativismo. E para dialogar é necessário deixar de estar à defensiva e abrir as portas”.

O Santo Padre destacou aos presentes que o discernimento espiritual -segunda palavra- é um tesouro dos jesuítas com o qual se busca “reconhecer a presença do Espírito de Deus na realidade humana e cultural, a semente já plantada de sua presença nos eventos, na sensibilidade, nos desejos, nas tensões profundas dos corações e dos contextos sociais, culturais e espirituais”.

Mencionando a figura do grande apóstolo da China, o jesuíta Matteo Ricci como modelo, Francisco recordou que é necessário ter o coração e a mente abertos, evitando a doença espiritual da referência a si mesmo .

“Também a Igreja quando se comporta assim, adoece e envelhece. Que a nossa vista, bem fixa em Cristo, seja profética e dinâmica para o futuro: desta maneira, serão sempre jovens e audazes na leitura dos acontecimentos!”.

O Santo Padre declarou que a fratura entre Evangelho e cultura é sem dúvida um drama: “vocês estão chamados a contribuir para sanar esta fratura que passa através de seus corações e o de seus leitores. Este ministério é típico da missão da Companhia de Jesus. Por favor, sejam homens de fronteira -terceira palavra- com a capacidade que vem de Deus”.

“No mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, é urgente um valente compromisso para educar em uma fé convencida e amadurecida, capaz de dar sentido à vida e de oferecer respostas convincentes a todos aqueles que estão buscando a Deus. Trata-se de sustentar a ação da Igreja em todos os campos de sua missão… Ânimo, estou seguro de que posso contar com vocês!”, concluiu.

O Papa exorta erradicar as idolatrias sutis e escondidas na própria vida

VATICANO, 06 Jun. 13 / 02:35 pm (ACI/EWTN Noticias).- Cada um de nós vive com pequenas ou grandes idolatrias, mas o caminho que nos leva a Deus passa por um amor que é exclusivo a Ele, como Jesus nos ensinou. Afirmou assim nesta quinta-feira o Papa Francisco na missa matutina da Casa Santa Marta.

Quando o escriba se aproximou de Jesus para perguntar-lhe qual era, segundo ele, “o primeiro de todos os mandamentos”, provavelmente sua intenção não era tão inocente. Foi assim que o papa Francisco iniciou a sua homilia, avaliando o comportamento do homem que, na narração evangélica da liturgia de hoje, se dirige a Cristo dando a impressão de “coloca-lo a prova”, ou de “fazê-lo cair na armadilha”.

E quando o escriba responde aprovando a passagem bíblica de Jesus: “o Senhor nosso Deus é o único Senhor”, o Papa chamou atenção sobre o comentário de Cristo: “Não estás longe do Reino de Deus”.

Essencialmente, disse Francisco, com o “não estás longe”, Jesus queria dizer ao escriba: “sabes muito bem a teoria”, mas “ainda te falta um longo caminho para o Reino de Deus”, ou seja, deves caminhar para transformar em “realidade este mandamento”, já que “a confissão de Deus” se faz no “caminho da vida“.

O Santo Padre acrescentou que “não é suficiente dizer: ‘Mas eu acredito em Deus, Deus é o único Deus’. Está bem, mas como você vive este caminho devida? Porque podemos dizer: ‘O Senhor é o único Deus e não existe outro’, mas ao mesmo tempo viver como se Ele não fosse o único Deus e ter outras deidades a nossa disposição. É o perigo da idolatria: a idolatria que chega a nós com o espírito do mundo. E Jesus, nisto, era claro: o espírito do mundo, não. E na última ceia Jesus pede ao Pai que nos defenda do espírito do mundo, porque o espírito do mundo nos conduz à idolatria”.

“A idolatria é sutil”, todos nós “temos nossos ídolos escondidos” e “o caminho da vida para chegar, para não estar longe do Reino de Deus”, implica “descobrir os ídolos escondidos”. Um comportamento que já se encontra naBíblia -recorda-, lê-se no episódio no qual Raquel, mulher de Jacó, finge não ter ídolos consigo, os quais levou da casa do seu pai e os escondeu atrás do seu cavalo.

Também nós, disse Francisco, “os escondemos em um cavalo, mas temos que buscá-los e destrui-los”, porque a única maneira de seguir a Deus é a de um amor baseado na “lealdade”.

“E a lealdade -prosseguiu-, nos pede que espantemos os ídolos, descobri-los: estão escondidos na nossa personalidade, na nossa forma de vida. Mas estes ídolos escondidos fazem que não sejamos fiéis no amor. O apóstolo São Tiago, quando diz: ‘Quem é amigo do mundo, é inimigo de Deus’, começa dizendo: ‘Vocês adúlteros!’. Reprova-nos, mas com o adjetivo: adúlteros! Por que? Porque quem é “amigo” do mundo é um idólatra, não é fiel ao amor de Deus! O caminho para não estar longe, para avançar no Reino de Deus, é um caminho de lealdade que se assemelha ao do amor nupcial”.

Enquanto que “com as pequenas idolatrias que temos”, como é possível, não ser fiel “a um amor tão grande?”. Para isso, é necessário confiar em Cristo, que é “fidelidade plena” e que “tanto nos ama”.

“Podemos dizer agora a Jesus: ‘Senhor, você que é tão bom, ensina-me o caminho para estar cada dia menos longe do Reino de Deus, aquela forma de espantar todos os ídolos’. É difícil, mas temos que começar… Os ídolos escondidos nos muitos cavalos que temos na nossa personalidade, na nossa forma de vida: mandar para longe o ídolo do mundano, que nos leva a converter-nos em inimigos de Deus. Peçamos esta graça em Jesus, hoje.”

Concelebraram com o papa o arcebispo de Curitiba (Brasil), Dom José Vitti; e os bispos de Ibiza (Espanha), Dom Juan Segura, e de Sagar (Índia), Dom Chirayath Anthony. Conforme informou a Rádio Vaticano, também assistiram empregados da Biblioteca Apostólica Vaticano, acompanhados pelo vice-prefeito Ambrogio Paizzoni, e por um grupo do pessoal da Universidade Lateranense, acompanhados pelo vice-reitor, Dom Patrick Valdrini.

Os irmãos de Jesus na visão dos Pais da Igreja

Fonte: Apostolado Spíritus Paraclitus

Os irmãos de Jesus na visão dos Pais da Igreja Algumas vertentes oriundas do protestantismo, em sua grande maioria, diz Jesus ter tido irmãos. Porém, a doutrina protestante não possui embasamento algum, geralmente se utiliza de textos isolados e truncados levando muitos a cair no erro diante de tal ensinamento.

Tomarei o ensino dos escritores antigos, conhecidos como os Padres da Igreja ou Pais da Igreja, a respeito dos irmãos de Jesus. Antes é bom esclarecer o termo aplicado aos escritores antigos – O termo Padres da Igreja ou Pais da Igreja foi designado aos grandes escritores que lutaram contra as heresias em favor da reta elaboração das verdades de fé. Isto se explica pelo fato de que, para os antigos o mestre ou o transmissor da verdade é, de certo modo, pai dos seus discípulos.

A seguir abordarei os escritos dos mestres da fé tratando a respeito dos irmãos de Jesus, que por sinal, contraria totalmente o que é ensinado no meio de algumas seitas(tudo aquilo que causa divisão) protestantes. Abaixo segue as citações do que foi ensinado, vejamos :

Atanásio de Alexandria ( + 373 )

Como o corpo do Senhor foi colocado a sós no sepulcro, para que pudesse demonstrar sua ressurreição, talvez por motivo semelhante seu corpo proveio de Maria, como filho único, para que crêssemos em sua origem divina” (Da virgindade 2)

Epifânio de Salamina(  ? – 403 )

Voltando-se o Senhor, viu o discípulo a quem amava e lhe disse, a respeito de Maria: Eis aí a tua Mãe!  E então, à Mãe: Eis aí o teu filho(Jo 19,26). Ora, se Maria tivesse filhos, ou se seu esposo ainda estivesse vivo, por que o Senhor a confiara a João ou João a ela? Mas: e por que não confiou a Pedro, a André, a Mateus, a Bartolomeu? Fê-lo a João por causa da sua virgindade. A ele foi que disse: ’Eis aí a tua Mãe’. Não sendo mãe corporal de João, o Senhor queria significar ser ela a mãe ou o princípio da virgindade: dela procede a Vida. Nesse intuito dirigiu-se a João, que era estranho,  que não era parente, a fim de indicar que sua Mãe devia ser honrada. Dela, na verdade o Senhor nascera, quanto ao corpo; sua encarnação não fora aparente, mas real. E se ela não fosse verdadeiramente sua Mãe, aquela de quem recebera a carne e que o dera à luz, não se preocuparei tanto em recomendá-la como a sempre Virgem. Sendo sua Mãe, não admitia mancha alguma na sua honra e no admirável momento, o discípulo a levou consigo’. Ora se ela tivesse esposo, casa e filhos, iria para o que era seu, não parar o alheio”.

Agostinho de Hipona ( + 430 )

Já era filho único do Pai aquele que nasceu como filho único de sua Mãe”(Sermão 192,1)

O hábito de nossa Escritura Santa, com efeito, é de não restringir esse nome de ‘irmãos’ unicamente aos filhos nascidos do mesmo homem e da mesma mulher(…) É preciso penetrar o sentido das expressões empregadas pela Sagrada Escritura. Ela tem sua maneira de dizer. Possui sua linguagem própria. Quem ignora essa linguagem pode ficar perturbado e pergunta-se: ‘Então o Senhor tem irmãos? Será que Maria teve ainda outros filhos?’ Não, de modo algum!(…) Qual é, pois, a razão de ser da expressão ‘irmãos do Senhor’? Irmãos do senhor eram os parentes de Maria(…) Como se demonstra isso? Pela própria Escritura, que chama, por exemplo, Lot de irmão de Abraão(Gên. 13,8; 14,14) e ele era tio de Lot; e, todavia, chamava-se ambos de irmãos, unicamente por serem parentes. Também Labão era tio de Jacó , por ser irmão de Rebeca, esposa de Isaac. Lede a Escritura e vereis que tio e sobrinho tratavam-se de irmãos” (Comentários sobre o Evangelho de Jo 10,2)

Quando vocês ouvirem falar dos irmão do Senhor, pensem logo que se trata de algum parentesco que os une a Maria, sem imaginar ter ela tido outros filhos.” (Comentários sobre o Evangelho de João 28,3)

João Damasceno( + 749 )

Quem ama ardentemente alguma coisa costuma trazer seu nome nos lá lábios e nela pensar noite e dia. Não me censure, pois, se pronuncio este terceiro panegírico da Mãe de meu Deusvir, como oferenda em honra de sua partida(…) Hoje, da Jerusalém terrestre, a Cidade viva de Deus(= Maria) foi conduzida à Jerusalém do alto: aquela que concebera como seu primogênito e unigênito o Primogênito de toda a criatura e o Unigênito do Pai, vem habitar na Igreja das primícias!(…) Cantemos hinos sacros e nossas melodias se inspirem nas palavras: ‘Ave cheia de graça: o Senhor é contigo’”(Homilia sobre a Dormição de Nossa Senhora)

A Igreja Católica sempre ensinou que Jesus Cristo não teve irmãos consangüíneos, vejamos :

“A isto objeta-se por vezes que as Escrituras mencionam irmãos e irmãs de Jesus696. A Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeitos, Tiago e José, ‘irmãos de Jesus’(Mt 13,55), são os filhos de uma Maria discípula de Cristo697 que significativamente é designada como ‘a outra Maria’(Mt 28,1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento698.”(CIC 500)

A doutrina Católica permanece fiel à Tradição, comunicando o mesmo ensino dos Apóstolos ao longo dos séculos desde a fundação da Igreja por nosso Senhor Jesus Cristo. Percebemos que o ensino apregoado por algumas vertentes protestantes, não condiz com ensino da tradição da Igreja, beirando sempre ao erro e espalhando sempre heresias.

Bento XVI exorta presidiários a erguer-se de suas quedas com a ajuda de Cristo

Vaticano, 31 Mar. 12 / 08:41 am (ACI/EWTN Noticias)

VATICANO, 31 Mar. 12 / 09:05 am (ACI/EWTN Notícias).- O Papa Bento XVI saudou a iniciativa da Via Sacra que será realizada na prisão romana de Rebibbia, e exortou os reclusos a levantar-se de suas quedas no pecado com a ajuda de Cristo.

Em sua nota, emetida pela ocasião do Via Crucis, que será presidido pelo Vigário do Papa para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, o Santo Padre manifestou que sabe “que esta Via Sacra quer ser um sinal de reconciliação”.

“Quando no Via Crucis vemos Jesus que cai no chão, uma, duas, três vezes, compreendemos que Ele compartilhou nossa condição humana. O peso de nossos pecados o fizeram cair; mas três vezes Jesus se levantou e prosseguiu o caminho para o Calvário”, assinalou.

O Papa sublinhou que a força para que Jesus se levante provinha de que “em seu coração, tinha a firme certeza de ser sempre filho, o Filho amado de Deus Pai”.

Bento XVI exortou os presidiários a não terem medo de percorrer sua via crucis pessoal e carregar sua cruz junto a Cristo, “porque Ele está conosco. E conosco está também Maria, sua mãe e nossa mãe, que permanece fiel também aos pés de nossa cruz, e reza pela nossa ressurreição, porque crê firmemente que, também na noite mais escura, a última palavra é a luz do amor de Deus”.

Papa convida novos cardeais a não cair na lógica do poder

Vinte e quatro novos purpurados para a Igreja

CIDADE DO VATICANO, sábado, 20 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI convidou a não cair na lógica do poder, mas a viver a lógica do serviço, esse sábado, ao criar 24 cardeais no terceiro consistório ordinário público de seu pontificado.

Na celebração da Palavra, que aconteceu na Basílica de São Pedro, recebeu o barrete cardinalício um purpurado de língua portuguesa: o brasileiro Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida.

“Na Igreja ninguém é patrão, todos somos chamados, todos somos convidados, todos somos alcançados e guiados pela graça divina. E esta é também nossa segurança!”, assegurou o pontífice durante a homilia.

Ele recordou que Jesus não veio para ser servido, mas para servir. “É uma mensagem que vale para os apóstolos, vale para toda a Igreja, vale sobretudo para quem tem a tarefa de guia no Povo de Deus”, afirmou.

“Não é a lógica do domínio, do poder segundo os critérios humanos, mas a lógica de ajoelhar-se para lavar os pés, a lógica do serviço, a lógica da Cruz, que é a base de todo exercício da autoridade”, sublinhou.

“Em todo tempo a Igreja está comprometida em se moldar a esta lógica e a testemunhá-la para fazer transparecer o verdadeiro ‘Senhorio de Deus’, o do amor”, seguiu dizendo.
Por este motivo, Bento XVI se dirigiu diretamente aos novos purpurados: “a missão à qual Deus vos chama hoje e que vos habilita para um serviço eclesial ainda mais carregado de responsabilidade requer uma vontade sempre maior de assumir o estilo do Filho de Deus, que veio em meio a nós como aquele que serve”.

“Por isso, é necessário um enraizamento ainda maior e forte em Cristo. A relação íntima com Ele, que transforma sempre mais a vida até poder dizer com São Paulo ‘não vivo eu, é Cristo que vive em mim’, constitui a exigência primária para que nosso serviço seja sereno e alegre e possa dar o fruto que o Senhor espera de nós”.

Após o consistório, o Colégio Cardinalício conta com 203 membros, dos quais 121 são eleitores. Há 111 cardeais europeus, 21 da América do Norte, 31 da América Latina, 17 da África, 19 da Ásia e 4 da Oceania.

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