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Quem foram os evangelistas?

02 de abril de 2006
Vicente Balaguer

Os livros da Sagrada Escritura ensinam de modo firme, com fidelidade e sem erros, a verdade que Deus queria que ficasse registrada para nossa salvação. Falam, pois, de fatos reais.

Mas se pode expressar os fatos com veracidade servindo-se de vários gêneros literários, e cada gênero tem seu próprio estilo de contar as acontecimentos. Por exemplo, quando nos Salmos se diz que ?os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos? (Sl 19, 2), não se pretende dizer que os céus pronunciam palavras ou que Deus tem mãos; expressa-se o fato real de que a natureza dá testemunho de Deus, que é o seu criador.

A história é um gênero literário que na atualidade tem o seu modo peculiar de contar os fatos; modo este diverso daqueles utilizados nas literaturas do antigo Oriente Médio e inclusive na Antigüidade greco-latina. Todos os livros da Bíblia, tanto do Antigo como do Novo Testamento, foram escritos há 2-3 mil anos, de modo que seria um anacronismo qualificá-los de ?históricos? no sentido em que hoje damos a essa palavra, já que não foram pensados nem escritos com base nos esquemas conceituais atualmente em uso.

Todavia, o fato de não se poder qualificá-los de ?históricos? nesse sentido atual não implica na transmissão de informações ou noções falsas ou enganosas, e que por isso não mereçam credibilidade. Eles transmitem verdades e fazem referência a fatos realmente acontecidos no tempo e no mundo em que vivemos, contados através de modos de falar e de se expressar distintos, mas igualmente válidos.

Esses livros não foram escritos para satisfazer nossa curiosidade sobre detalhes irrelevantes para a mensagem que transmitem, como por exemplo sobre alimentação, vestuários ou hábitos dos personagens dos quais fala. O que proporcionam é sobretudo uma valoração dos fatos do ponto de vista da fé de Israel e da fé cristã.

Os textos bíblicos nos permitem conhecer o que ocorreu até melhor do que as testemunhas diretas dos acontecimentos, já que eles podiam não ter todos os dados necessários para avaliar em seu justo alcance o que estavam presenciando. Por exemplo, uma pessoa que passasse junto ao Gólgota no dia em que crucificaram Jesus dar-se-ia conta de que estavam executando um condenado à morte pelos romanos, mas o leitor dos evangelhos, além disso, sabe que esse crucificado é o Messias, e que nesse exato momento está a culminar a redenção do gênero humano.

BIBLIOGRAFIA

G. Segalla, Panoramas del Nuevo Testamento, Verbo Divino, Estella 2004; P. Grelot, Los evangelios, Verbo Divino, Estella 1984; R. Brown, Introducción al Nuevo Testamento, Trotta, Madrid 2002; V. Balaguer (ed), Comprender los evangelios, Eunsa, Pamplona 2005; M. Hengel, The four Gospels and the one Gospel of Jesus Chris : an investigation of the collection and origin of the Canonical Gospels, Trinity Press International, Harrisburg 2000.

Fonte: www.opusdei.org.br

Meios de comunicação também fazem parte da luta contra a fome, diz Papa

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Na luta contra a praga da fome, os meios de comunicação também têm uma responsabilidade, advertiu neste domingo Bento XVI.

A uma semana da XL Jornada Mundial das Comunicações Sociais, a atenção do Papa ? antes de entoar a oração do «Regina Cæli» ? se dirigiu à praga da fome no mundo.

E é que neste domingo ? explicou ?, «com a iniciativa ?O mundo em marcha contra a fome? (Walk the World), sugerida pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, procura-se sensibilizar os governos e a opinião pública sobre a necessidade de uma ação concreta e oportuna para garantir a todos, em particular às crianças», libertar-se da fome.

Nesse ponto, recordou que «a Igreja olha com atenção os meios, porque representam um veículo importante para difundir o Evangelho e para favorecer a solidariedade entre os povos, chamando a atenção sobre os grandes problemas que ainda os marcam profundamente».

Já em sua mensagem para a próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais ? querida pelo Concílio Vaticano II ? Bento XVI aprofundou no lema desta edição: «Os meios: rede de comunicação, comunhão e cooperação».

Expressando sua proximidade, na oração, da citada «Marcha contra a fome ? que acontece em Roma e em outras cidades de uns cem países ?, o Papa recordou diante das dezenas de milhares de fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, e a todos que seguiam sua intervenção por conexão televisiva internacional, «a urgente e dramática situação de Darfur, no Sudão».

Lá «persistem fortes dificuldades para satisfazer inclusive as necessidades primárias de alimentação da população», lamentou (Zenit, 27 de fevereiro de 2006).

«Desejo vivamente que, graças à contribuição de todos, possa ser superar a praga da fome que ainda aflige à humanidade, pondo em grave perigo a esperança de vida de milhões de pessoas», expressou o Papa.

Em sua oração, encomendou especialmente a Nossa Senhora todos os «oprimidos pelo açoite da fome» e a «todos que prestam a ajudá-los».

Igualmente, estendeu sua oração pelos que, «através dos meios de comunicação social, contribuem a consolidar entre os povos os vínculos da solidariedade e da paz».

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