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Discípulo de Cristo não pode cansar-se, especialmente no âmbito político, diz arcebispo

Dom Walmor Oliveira de Azevedo afirma que discípulo atua como cidadão

Por Alexandre Ribeiro

BELO HORIZONTE, segunda-feira, 3 de março de 2008 (ZENIT.org).- O discípulo de Jesus é cidadão, sendo assim, não pode cansar-se na luta pelo bem e a justiça, especialmente no âmbito político, afirma o arcebispo de Belo Horizonte.

Em artigo enviado a Zenit sexta-feira passada, Dom Walmor Oliveira de Azevedo afirma que «é inadmissível que um discípulo de Jesus Cristo, justificando cansaço, desista da labuta em prol do bem, particularmente no mundo da política e nas instâncias que influenciam a organização e funcionamentos da sociedade».

Segundo o arcebispo, «cansaço e desilusões existem», mas o discípulo «não pode desistir». «Este é seu sacrifício também, inspirado na oferta radical que o seu mestre e Senhor, Cristo Jesus, faz de si para salvar a humanidade», completa.

Dom Walmor considera que a razão para a labuta pelo bem «não é um simples gosto pessoal ou a conveniência das circunstâncias. A fonte que justifica é a pessoa de Cristo na força do seu sacrifício único e insubstituível».

O prelado explica também que, como cidadão, o discípulo tem como horizonte para sua cidadania, além dos valores comuns que a definem no âmbito da sociedade, o Evangelho da Vida.

«Não se pode fugir dos confrontos e do compromisso com a vida. Sua promoção e defesa dependem visceralmente da prática política. Esta prática política tem que ser iluminada pela fé professada e vivida pelo discípulo.»

«O discípulo cidadão tem, por compromisso de fidelidade, uma cidadania qualificada. Este cansaço, um refrão na boca de muitos, tem no seu reverso as exigências prementes deste momento grave da história da humanidade», afirma.

Dom Walmor cita o Documento de Aparecida (387), para enfatizar que ‘a cultura atual tende a propor estilos de ser e viver contrários à natureza e dignidade do ser humano. O impacto dominante dos ídolos do poder, da riqueza e do prazer efêmero se transformou, acima do valor da pessoa, em norma máxima de funcionamento e em critério decisivo na organização social’.

Sendo assim, cabe ao discípulo de Jesus participar da desmontagem destas engrenagens que comprometem a vida, o sentido e finalidade da sociedade.

«É incontestável, pois, que nenhum discípulo pode cansar-se ou desinteressar-se desta sua tarefa política, isto é a construção de uma sociedade justa e solidária.»

Ainda que cansado — considera o arcebispo –, «embora caindo aos pedaços, seu compromisso de fé inclui sempre o empenho por uma ordem social e política justa».

«O discípulo, na missão da Igreja, é chamado a servir a formação da consciência na política, trabalhando para que se cumpram às exigências da justiça, com disponibilidade para agir com base nas mesmas. A sociedade justa é tarefa da política. Nesta sociedade, o discípulo de Jesus é cidadão», destaca.

Ante polêmica no carnaval, bispo médico explica que pílula do dia seguinte é abortiva

Por isso, ela «é moralmente inaceitável», afirma Dom Antônio Augusto Dias Duarte

Por Alexandre Ribeiro

BRASÍLIA, quinta-feira, 31 de janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Um bispo brasileiro que também é médico explica que a pílula do dia seguinte é sim abortiva e que sua distribuição durante o carnaval não pode ser feita de maneira indiscriminada, não só pelo fato do fármaco ser «moralmente inaceitável», mas também porque pode «acarretar sérias complicações à saúde da mulher».

Dom Antônio Augusto Dias Duarte, médico e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), manifestou-se por meio de nota essa quarta-feira, em apoio ao arcebispo de Recife e Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho, diante da ação da Igreja local contra a distribuição da pílula do dia seguinte.

A Igreja se manifestou diante da decisão da prefeitura de Recife de distribuir a pílula do dia seguinte durante o carnaval, que no Brasil se celebra nos próximos dias 2 a 5 de fevereiro.

A Pastoral da Saúde da arquidiocese de Olinda e Recife encaminhou um documento ao Ministério Público pedindo que fosse suspensa a distribuição do medicamento, não só durante o carnaval, mas definitivamente, por seu caráter abortivo. O aborto no Brasil é crime, com exceções da lei em casos de estupro e risco de vida para a gestante.

Segundo Dom Antônio Dias Duarte, a intervenção do arcebispo de Recife e Olinda é acertada, pois o prelado «é movido por zelo pastoral e por fundamentadas motivações éticas, e sua iniciativa merece todo o nosso apoio».

O bispo e médico destaca primeiramente em sua nota que «qualquer tipo de pílula anticoncepcional é um fármaco, que pode ter efeitos colaterais prejudiciais ao organismo da mulher, e seu uso deve ser acompanhado com adequados critérios clínicos, e mediante receita médica».

Dom Antônio Dias Duarte explica que «dentre os anticoncepcionais, a assim chamada pílula do dia seguinte – também denominada contracepção de emergência – apresenta o agravante de ser abortiva».

De fato – prossegue –, «trata-se de um recurso usado para interceptar o desenvolvimento do concepto após uma relação sexual dita “desprotegida”, isto é, quando não foi usado um método anticoncepcional e se supõe que houve uma fecundação e o início de uma gravidez».

«Para interceptar o concepto, essa pílula deveria ser ingerida dentro das primeiras 72 horas após a relação sexual que se presume tenha sido durante o período fértil da mulher e que tenha ocorrido a fecundação.»

Na composição dessa pílula – afirma o bispo auxiliar do Rio de Janeiro – «estão presentes os hormônios femininos estrogênio e progesterona em altas doses, segundo o protocolo de Iuzpe, e eles têm a função de alterar as fases do desenvolvimento da parede uterina (endométrio), impedindo assim a nidação (ou seja, a fixação no útero materno) da pessoa recém-concebida».

O bispo explica que «o uso desses hormônios em alta dose pode acarretar sérias complicações à saúde da mulher, como os tromboembolismos».

Além disso, «sua ingestão nas primeiras 72 horas após a concepção provoca, na verdade, um aborto químico, tão gravemente imoral quanto o aborto cirúrgico».

Por tudo isso – afirma Dom Antônio Dias Duarte –, «o uso da pílula do dia seguinte é moralmente inaceitável, ainda mais quando sua distribuição é feita de maneira indiscriminada e com o uso do dinheiro público».

Boas Novas – Jesus Cristo nasceu mesmo em 25 de Dezembro do ano 1 A.C.

Por Robert A. Sungenis
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://www.catholicintl.com/

Os pesquisadores críticos costumam a afirmar que Jesus provavelmente nasceu no ano 6 a.C. ou talvez até antes. Tal afirmação se baseia na informação fornecida por Flávio Josefo, de que Herodes morreu no ano 4 a.C. Considerando que Herodes teria ordenado matar as criancinhas de até dois anos de idade, isto levaria alguém a conjecturar que o nascimento de Cristo se deu entre os anos 5 e 6 a.C.

As obras de Josefo que nos interessam aqui são “A Guerra Judaica” e “Antiguidades Judaicas”, as quais compreendem o período que vai de 170 a.C a 70 d.C. Embora muitos pesquisadores confiem totalmente em Josefo, suas obras contêm muitos erros e discrepâncias, que podem ser atribuídas ao próprio Josefo, ou ainda pelo fato de que na Idade Média existiaram dúzias de manuscritos das suas obras, cada uma diferenciando significativamente das demais. De fato, um artigo sobre Josefo na “Grande Encyclopédie” de Ladmirault (publicada em Paris, em 1893) afirmava que ele era “orgulhoso, arrogante e pretencioso; alguém que falsificava a história em vantagem própria e que tratava os eventos muitas vezes de forma inadequada”. Várias edições críticas das obras de Josefo foram publicadas a partir de então (p.ex.: Niese, 1881; Reinach 1902-1932). Reinach chega a acrescentar comentários nos relatos de Josefo tais como “isto é um erro” ou “em outro livro…as coisas são diferentes…”[1]

Graças ao trabalho de Hughes de Nateuil, descobrimos que os críticos modernos estão equivocados. Pouco conhecido (ou divulgado) pelos pesquisadores modernos é que Josefo usou duas formas diferentes para datar a morte de Herodes e a interpretação da fonte que aponta o ano 4 a.C. é extremamente discutível. Em outra obra, ele chega a afirmar que Herodes morreu em 7 ou 8 a.C.

Por outro lado, no ano 532 o monge Dionísio, o Exíguo, declarou que Cristo havia nascido em 25 de dezembro do ano 1 a.C. Ele também estabeleceu que o ano 1 d.C. correspondia ao ano 754 da fundação de Roma.

Para compreendermos este sistema de datação, precisaremos retornar para a era pré-cristã. Nessa época existiam dois sistemas de datação:

Jesus veio à terra «para responder à esperança de séculos», diz cardeal

Segundo D. Eusébio Scheid, Jesus trouxe a paz, a fraternidade, o perdão, o Reino de Deus

Por Alexandre Ribeiro

RIO DE JANEIRO, terça-feira, 25 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- Jesus veio à terra «para responder à esperança de séculos, que Ele preenche completamente e, até mesmo faz transbordar», afirma o cardeal Eusébio Scheid.

«Tudo que a humanidade poderia esperar, e mais que isso, encontra-se na sua Pessoa, na sua obra e na sua mensagem», enfatiza o arcebispo do Rio de Janeiro, em mensagem de Natal dirigida aos fiéis.

Segundo Dom Eusébio, Jesus trouxe a paz. «Embora a paz messiânica ainda não esteja plenamente instaurada, conforme anunciou o profeta Isaías (cf. Is 11), Jesus plantou-a, definitivamente, em nosso meio, para dar a plenitude de frutos a seu tempo. “Ele é a nossa paz” (Ef 2,14)».

Jesus também trouxe ao mundo a fraternidade. «Este é um elemento que deveria predominar no Natal e, a partir do Presépio, impregnar a sociedade, abolindo distinções de raça, cor, cultura, posição social. Esforço sincero e contínuo de superação das desigualdades».

O cardeal Scheid diz ainda que Jesus trouxe o perdão. «O perdão é dom de Deus. Através de sua entrega à vontade do Pai, Jesus distribui a imensidade desse perdão para povos e gerações, lavando as manchas e preenchendo os vazios da história com valores absolutamente novos».

«Jesus nos trouxe o Reino de Deus» — prossegue o arcebispo do Rio de Janeiro –; «esse Reino não está ainda consubstanciado, mas se constrói gradativamente».

«E cada passo nosso é importante na sua construção, para chegarmos ao ideal de verdade, justiça e paz. Reino, enfim, que seja digno do ser humano, feito à imagem e semelhança de Deus», afirma.

«Aproveito a oportunidade para desejar a todos que este Natal não seja somente feliz; isto é o mínimo que se possa esperar. Mas que seja um Natal de transformação nossa, com maior interioridade e maior adesão aos valores cristãos.»

O cardeal Scheid convida os fiéis a que «nossos olhos não se fixem tanto nas coisas transitórias, que não têm valor estável, mas se voltem para o transcendente».

«Pois a nossa vida é preciosa demais para que a dissipemos com as coisas materiais que, ademais, nos tolhem a liberdade.»

«Contemplemos, na face do Menino Jesus, a verdade de Deus. Assim, poderemos experimentar o cumprimento de sua promessa: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32)», afirma o arcebispo.

O Concílio de Nicéia

Por Steve Brandt
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: Steve’s Theology Page

O CONCÍLIO

Quando Constantino derrotou o imperador Licínio em 323 d.C., ele pôs fim às perseguições promovidas contra a Igreja cristã. Pouco tempo depois, os cristãos passaram a enfrentar um problema vindo de dentro da Igreja: a controvérsia ariana começara e ameaçava dividir a Igreja. O problema iniciara em Alexandria, na forma de um debate entre o bispo Alexandre e o presbítero (padre ou sacerdote) Ário.

Ário afirmava que se o Pai gerara o Filho, este necessariamente teve um começo, que houve um tempo em que Ele não existira e que sua substância não se diferenciava do resto da criação. O Concílio de Nicéia, uma assembléia semelhante àquela descrita em Atos 15,4-22, condenou as doutrinas de Ário e redigiu a primeira versão do famoso Credo, proclamando que o Filho era “um em substância com o Pai” mediante o uso do termo grego “homoousius”.

QUÃO CONTROVERSA FOI A CONTROVÉRSIA ARIANA?

Cerca de trezentos bispos se reuniram então no Concílio de Nicéia, provindos de todas as partes do mundo. Em seus escritos, Eusébio lista vários deles e aponta seus países de origem. Devemos recordar que vários dos presentes, em razão das recentes perseguições, tinham sofrido e visto a morte de perto por causa de sua fé. Não eram, pois, homens oportunistas. Também devemos observar que eles eram extremamente sensíveis aos detalhes da doutrina. Como prova disso, o segundo maior objetivo do Concílio de Nicéia foi discutir calorosamente qual deveria ser o dia apropriado para se celebrar a ressurreição do Senhor.

A Sagrada Tradição e os Protestantes

Os protestantes que se dizem voltar ao cristianismo primitivo, que se dizem conhecedores da Palavra de Deus e seus fiéis seguidores, renegam duas parcelas importantíssimas da Palavra de Deus: A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério.

O escopo de nosso artigo está na Sagrada Tradição, em outra oportunidade trataremos do Sagrado Magistério.

A Ordem Apostólica

Os adeptos da “Sola Scriptura” (Somente as Escrituras), na verdade são adeptos da “Sola alguns versículos da Scriptura”. Negam verdades bem explícitas da Sagrada Escritura como a real presença do Senhor no pão e no vinho da Eucaristia (cf. Jo 6,51-56), negam também que a autoridade apostólica não se encerrou com a geração dos apóstolos, mas se perpetuou em seus legítimos sucessores (cf. At 1,15-26; 1Tm 5,1.19-20; Tt 1,5; 2,9-10.15), negam o preço que o Senhor e São Paulo possuiam pelos celibatários (cf.Mt 19,12; 1Cor 7,1.26-27) e entre outras coisas. Mas se tratando da Sagrada Tradição, fecham seus olhos para a seguinte instrução de São Paulo:

    “Assim, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavra, seja por carta nossa” (2Tes 2,15).

Verter por escrito a Revelação era uma preocupação secundária

Vejam que São Paulo nos manda guardar toda doutrina apostólica, seja ela oral ou escrita. A Sagrada Tradição é maior que a Escritura, pois foi ela que deu origem à Escritura. A ordem do Senhor foi: “Ide, e pregai o Evangelho a toda criatura” (cf. Mt 28,19-20) e não “Ide e imprimi as Escrituras”.

A preocupação da Igreja era anunciar o Evangelho. E fizeram isto de viva voz. Somente em circunstância especiais é que os apóstolos se viram obrigados a colocar algo por escrito. Mas de forma alguma se preocuparam em colocar tudo por escrito (cf. Jo 21,25; 1Cor 11,12; 2Jo 1,12; 3; 3Jo 1,13-14).

Veja o testemunho de Eusébio, Bispo de Cesaréia e historiador da Igreja nos tempos primitivos:

    “[Os Apóstolos] Anunciaram o reino dos céus a todo orbe habitado, sem a menor preocupação de escrever livros.Assim procediam porque lhes cabia prestar um serviço maior e sobre-humano. Até Paulo, o mais potente de todos na preparação dos discursos, o mais dotado relativamente aos conceitos, só transmitiu por escrito breves cartas, apesar de ter realidades inúmeras e inefáveis a contar […] Outros seguidores de nosso Salvador, os primeiros apóstolos, os setenta discípulos e mil outros mais não eram inexperientes das mesmas realidades. Entretanto, dentre eles todos, somente Mateus e João deixaram memória dos entretenimentos do Salvador. E a Tradição refere que estes escreveram forçados pela necessidade. […] Quanto a João [o Apóstolo], diz-se que sempre utilizava o anúncio oral. Por fim, também ele pôs-se a escrever pelo seguinte motivo. Quando os três evangelhos precedentes já se haviam propagado entre todos os fiéis e chegaram até ele, recebeu-os, atestando sua veracidade. Somente careciam da história das primeiras ações de Cristo e do anúncio primordial da palavra. E trata-se de verdadeiro motivo.” (História Eclesiástica Livro III, 24,3-7. Eusébio de Cesaréia, + ou – 317 d.C)

Pois o Cristianismo não é baseado num manual de instruções, mas sim no Magistério Vivo da Igreja. E é disto que as Sagradas Escrituras (cf. 2Cor 3,6) e os antigos deram testemunho.

Rússia: Igreja de São João Batista retorna aos católicos

ROMA, quarta-feira, 28 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Uma das igrejas católicas construídas a princípios do século XIX, em um dos lugares de maior tradição histórica na Rússia, foi devolvida aos católicos mais de 50 anos depois de ter sido confiscada pelo poder soviético.

Trata-se do templo de São João Batista que se localiza no povoado de Pushkin — ou Tsarskoe Selo, como era conhecido antigamente — no noroeste da Rússia, a poucos quilômetros de São Petersburgo.

Em uma cerimônia celebrada em 24 de junho passado no portão do templo, foram firmados os documentos que registram o regresso à comunidade católica do lugar desta igreja, que havia sido fechada desde 1938 para converter-se em um lugar de práticas de educação física e posteriormente, em uma sala de concertos.

«Preparai o caminho do Senhor!» disse, ao retomar o templo de São João Batista, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, arcebispo da Arquidiocese da Mãe de Deus, em Moscou, durante a missa celebrada ante mais de 200 fiéis que se reuniram para a ocasião. Que «Cristo chegue a seus discípulos através do serviço da Igreja».

Como símbolo da devolução do templo de são João Batista, foram entregues ao arcebispo Kondrusiewicz uma cruz, representando o templo, e as chaves do mesmo.

«Espero que de agora em adiante, estas chaves na Rússia sejam utilizadas não para fechar igrejas como se fez por dezenas de anos durante a época soviética, mas para abrir santuários que sejam regressados aos fiéis», disse Dom Kondrusiewicz, ressaltando o significado do gesto das chaves.

No ato, estiveram presentes também o deputado da Assembléia Legislativa de São Petersburgo, Igor Rimmer, o diretor do Museu Nacional Tsarskoe Selo, Ivan Sautov, assim como sacerdotes russos e protestantes.

Durante a celebração da missa, Dom Kondrusiewicz abençoou um ícone da Virgem de Fátima, preparado especialmente para este tempo.

Dados históricos
A igreja de São João Batista começou a ser construída entre 1823 e 1825, por ordem do czar Alexandre I, depois de que o templo de madeira que existia em Tsarskoe Selo se tornasse pequeno para acolher os fiéis.

Em 21 de novembro de 1826, a igreja foi abençoada e terminada em sua totalidade pelo arcebispo da diocese de Minsk, Lipski. Após a prisão posterior do pároco já em tempos da União Soviética, as pressões fizeram firmar a quem se encontrava a seu cargo, um documento onde se declaravam «impossibilitados para reparar o templo e pagar os impostos correspondentes do imóvel ao Estado».

Desta forma, no ano de 1938 a igreja de São João Batista foi fechada ao culto até 1991, quando em 17 de março se voltou a realizar uma celebração religiosa.

Cabe mencionar que durante dois séculos, o povoado de Tsarkoe Selo foi considerado como «a residência de gala» do czar durante o verão. De 1811 a 1843, construiu-se também o Liceu Imperial de Tsarskoe Selo, onde fora educado o poeta nacional da Rússia, Alexander Pushkin.

Curiosamente, o regresso do templo de São João Batista à comunidade católica coincide com o percurso que realizam pela Rússia algumas relíquias que são consideradas, segundo a tradição, os restos da mão direita de quem precisamente batizara Jesus no Jordão.

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